A inauguração do Complexo Hospitalar da Unimed Natal é um marco para a cidade e para os 1.500 cooperados. Um projeto imponente, que tem o potencial de elevar ainda mais o padrão de atendimento da cooperativa e beneficiar diretamente médicos e pacientes. Esse avanço deve ser celebrado.
Embora a ladainha da chapa da situação não pare de insistir o contrário, todos sabemos que desde o início, Márcio Rêgo sempre foi favorável à construção do hospital. Sua única preocupação foi garantir que a obra fosse conduzida com responsabilidade, transparência e planejamento.
Vejamos se foram infundadas as preocupações com o andamento da obra. Afinal, quando um orçamento inicial de R$ 115,6 milhões em 2019 se transforma em uma projeção de gastos que já ultrapassa R$ 417,2 milhões, é natural que um coordenador do conselho fiscal, responsável, questione. Um investimento de quase meio bilhão de reais não deveria ser auditado?
A auditoria Deloitte apontou pontos que justificavam essa preocupação. Analisem.
— Falta de controle orçamentário detalhado e de justificativas para certos aditivos contratuais.
— Ausência de critérios objetivos para medições, resultando em avaliações subjetivas.
— Compras sem licitações, exigindo maior controle sobre cronograma e custos.
— Planejamento deficiente na aquisição de materiais, comprometendo a eficiência financeira.
— Não existia estudo de viabilidade. Só ficou pronto no último trimestre de 2024.
A pergunta que não quer calar: Por que essa auditoria incomodou tanto? A minha leitura é que não houve desonestidade alguma por parte da atual gestão, apenas falta de organização e ausência quase total de planejamento. Se não sabiam fazer, gerir, era dever da atual gestão contratar quem soubesse.
Bem, agora, é olhar para frente. Com o hospital entregue, surge um novo momento para a Unimed. A atual gestão pode encerrar seu ciclo com um legado positivo, passar o bastão, ou pode insistir em se perpetuar no poder e desgastar sua própria imagem. O episódio recente envolvendo o impedimento de cooperados de votarem é um reflexo desse comportamento, no mínimo, abusivo. Uma tentativa descabida de barrar colegas profissionais que sempre contribuíram com a cooperativa, comprometendo a legitimidade do processo eleitoral. Isso mostra desespero — Não acreditam nas próprias pesquisas?
Fico imaginando se o atual presidente da Unimed fosse participar de uma corrida de bastão, aquele revezamento, como seria? Ele levaria o bastão do inicio ao final? No instante de passar, simplesmente diria: — Deixe comigo que conheço essa prova melhor do que todos!! — Seria assim?
Pela democracia, pelos cooperados excluídos do direito de votar, pela alternância de poder, pela passagem de bastão, vote Unimed livre.
— O Novo Hospital Unimed tem dono? Tem sim! 1.500 cooperados.
Foto: Reprodução.
Comentários (7)
7 respostas para “O Complexo Hospitalar Unimed e a Corrida de bastão dos Desesperados. Por Aragão.”
Foi inaugurado mas não está aberto a população?
A alternância de poder é necessária em todas as instituições. Parabéns pela matéria.
Já está mais do que provado que a perpetuação no poder não ajuda a nenhum desenvolvimento organizacional. Muito pelo contrário. Todas as organizações necessitam de mudanças constantes. MUDA UNIMED!
Sensacional!
Aragão, parabéns pelo comentário limpo, com analogias válidas e serenidade nas palavras. Havendo transparência, qualquer um pode estar ocupando a diretoria. Mas isso ficou um pouco difícil de perceber.
Excelente
👏👏👏👏👏👏