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A Quando uma UTI vira palco dos horrores. Por Aragão.

Num dia, há quem comemore a morte de um Papa. No outro, há quem aplauda a intimação de um homem internado em uma UTI. Em comum, a desumanização.

A política brasileira atravessa o que talvez seja seu momento mais cruel: a dessensibilização do outro.
As redes sociais mostram que não importa se alguém está debilitado, morrendo ou orando.
Se estiver do “lado errado”, que apodreça, que desapareça, que sofra — e, se amanhã for torturado, mereceu. — É isso mesmo?

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi intimado formalmente enquanto se recuperava de uma cirurgia, em um leito de terapia intensiva. O motivo alegado? Ele apareceu em uma live.
Mas entre aparecer alguns minutos e elaborar uma defesa sob risco de prisão, há um abismo.
Uma live não exige concentração contínua, nem horas de raciocínio extenuante.
Uma defesa com a própria liberdade em jogo, em apenas cinco dias, exige — e muito.
Ainda mais de quem está costurado e sob sedação em uma UTI, onde se luta pela vida.

E, convenhamos: o que está em jogo não é apenas a legalidade do gesto.
É o significado simbólico de fazê-lo na UTI.

Como se dissesse: “você pode estar fragilizado, mas ainda assim não merece compaixão”.

É o mesmo espírito que fez com que alguns comemorassem abertamente a morte do Papa Francisco, não por convicção, mas por cálculo — porque, em algum momento, ele teria desagradado a sua bolha. — Existe sede por sangue? O que podemos esperar?

Se um Papa pode ser reduzido a inimigo político, qual é o limite?
Se um adversário pode ser intimado em estado clínico vulnerável, o que mais estamos dispostos a normalizar?

Vivemos a era da razão convertida em revanche.
Da falta de respeito pelo ser humano.
E da justiça que, quando perde o senso de proporção, perde também a legitimidade que sustenta sua autoridade.

Hoje foi Bolsonaro.
Ontem foi o Papa.
Amanhã, será quem?

Porque quando a civilização aplaude a humilhação em nome da justiça,
ela deixa de ser civilização — e vira uma seita.

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4 respostas para “A Quando uma UTI vira palco dos horrores. Por Aragão.”

  1. Nosso país está entregue nas mãos de bandidos. E o lema deles parece que é o tal de “perdeu, playboy”, pois eles fazem o que querem, quando querem, e nem fazem mais questão de esconder os absurdos. Só Nosso Senhor Jesus para nos salvar.

  2. Falou a verdade que muita gente gostaria de gritar para o mundo. Parrem que eu quero descer!!! O mundo afunda cada vez mais na maldade. Que o Senhor tenha misericórdia de todos nós.

  3. Amanhã será qualquer um….
    Menos os deuses assim auto intitulados e homologados pela rede de analfabetos que os adoram.
    Sociedade doente, subserviente, congelada e conduzida pelas suas ideologias apodrecidas.
    Mas, importante é que se recebam as bolsas, fantasias de carnaval, as garrafas de cerveja e que o futebol não falte.

  4. Isso foi o cúmulo do absurdo!!!!! Nem sabia q uma atitude assim,fosse permitida, dentro de um quadro dessa complexidade.
    Oremos!!!!

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Unimed Natal amplia serviços voltados à saúde da mulher no Complexo de Saúde

Espaço Mulher oferece exames de mamografia, ultrassonografias e densitometria óssea em ambiente exclusivo no Centro de Diagnóstico e Imagem do CSU

A Unimed Natal passa a contar com um novo serviço dedicado ao público feminino dentro do Centro de Diagnóstico e Imagem do Complexo de Saúde Unimed (CSU). O Espaço Mulher concentra exames essenciais para o acompanhamento da saúde da mulher, como mamografia, ultrassonografias e densitometria óssea, reunidos em um ambiente exclusivo.

A proposta é oferecer um cuidado integral, reunindo em um mesmo local serviços de diagnóstico voltados para diferentes fases da vida da mulher, com mais praticidade e conforto para as clientes da cooperativa.

“O Espaço Mulher representa um avanço na organização da assistência à saúde feminina. É muito bom ter a opção de reunir os principais exames em um ambiente acolhedor, com estrutura adequada e equipe especializada. Isso reforça o nosso compromisso com a promoção da saúde e a prevenção de doenças”, destaca a vice-presidente da Unimed Natal, Dra. Carla Karini.

Os exames podem ser agendados pelo telefone (84) 3220.6200, que também funciona como whatsapp. O Espaço da Mulher está integrado ao Centro de Diagnóstico e Imagem do CSU, que concentra ainda outros exames como tomografia, raios-X, ressonância magnética, ecocardiografia e hemodinâmica.

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João Bomba e Igor Cabral — Os Algozes do RN. Por Aragão.

— Jamais esqueceremos.

Podem passar dias, meses, anos, décadas, e os nomes de João Batista, vulgo João Bomba, e Igor Cabral permanecerão na infâmia. Criminosos que trouxeram as trevas para pessoas inocentes — e caberá a eles o lugar mais escuro da sociedade.

João Bomba cometeu o crime atroz contra Fabiana Véras em abril do ano passado. João Bomba não queria uma morte rápida — senão a teria estrangulado. Preparou um kit da morte com facas, cordas e até soco inglês, pois queria martirizá-la nos vinte minutos em que ficaram no quarto. Não posso imaginar o suplício que Fabiana Véras passou.

Igor Cabral não parou de bater em Juliana porque achou que era o bastante — parou porque cansou. Nas imagens, vemos o rosto ensanguentado e deformado de Juliana, como que implorando por misericórdia — ser ignorado por Igor. Nada era capaz de deter sua fúria assassina. 61 intermináveis socos.

— A nossa população precisa reagir!

— A mídia e a sociedade dando as mãos para fechar o cerco. — Não passarão!

Atenção, Judiciário do RN — todos sabemos qual é o modus operandi dos criminosos que cometem atos abomináveis: covardes como são e sempre serão, tentam terceirizar a culpa. Ora para o diabo, ora para a loucura.

— Loucura seletiva não é loucura.

João Bomba nunca foi doido para estudar, nunca foi doido para passar em concurso, nunca foi doido para trabalhar, nunca foi doido para treinar, nunca foi doido para dirigir, nunca foi doido para tentar matar uma vítima forte e armada.

Igor Cabral da mesma forma. Nunca foi doido para estudar, passar em Ciências Contábeis, dirigir, disputar jogos pela seleção brasileira de basquete em Nanjing (China). Alegar loucura é provar que não há limites para o cinismo.

— Surto de hipocrisia.

No mesmo dia em que foi preso, algemado e trancado no camburão — que é bem mais apertado, escuro e claustrofóbico que o elevador —, o covarde Igor Cabral não teve surto nenhum. Sereno e tranquilo como um psicopata.

O sangue derramado por Fabiana Véras e Juliana Garcia não foi em vão. Através do suplício de vocês, inúmeras outras pessoas poderão se salvar, pois os psicopatas que circulam entre nós irão testemunhar a força da lei prevalecer.

— Existem monstros entre nós.

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Uniclube lança campanha de Dia dos Pais com ofertas especiais e presentes para todos os estilos

Ação vai até 10 de agosto e inclui frete grátis para clientes Unimed em Natal e região metropolitana

O Uniclube, marketplace da Unimed Natal, lançou uma campanha especial em comemoração ao Dia dos Pais. Até o dia 10 de agosto, os consumidores podem acessar o site e aproveitar ofertas em diversos segmentos, com uma curadoria pensada para atender aos mais variados perfis de pais.

A seleção inclui produtos com descontos em categorias como acessórios, vestuário, cuidados pessoais, perfumaria, eletrônicos, ferramentas, itens para churrasco, passeios turísticos, entre outras. A ideia é facilitar a busca por um presente que una praticidade, significado e bom custo-benefício.

A campanha pode ser acessada por meio do link uniclube.com.br/busca?q=achadinhosdopai, onde os usuários encontram sugestões para pais clássicos, vaidosos, aventureiros, conectados ou apaixonados por churrasco.

Além da variedade de produtos, o Uniclube oferece frete grátis para clientes Unimed em Natal e na Região Metropolitana (consulte as condições no site), além de um ambiente seguro e prático para a realização das compras online.
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*Serviço:*
📌 *Campanha Dia dos Pais Uniclube*
🗓 Período: até 10 de agosto de 2025
🔗 Acesse: uniclube.com.br/busca?q=achadinhosdopai
🚚 Frete grátis para clientes Unimed (consulte condições no site)
🛍️ Ofertas em diversos segmentos, como acessórios, vestuário, eletrônicos, ferramentas e muito mais

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Trump isenta 694 produtos da taxação, mas taxa Alexandre de Moraes em 100%. Por Aragão.

Trump recuou na economia — e avançou na política. Isentou 694 produtos brasileiros da tarifa de 50% anunciada dias atrás, mas não abriu exceção para um item que, segundo sua lógica estratégica, não pode entrar nos Estados Unidos: Alexandre de Moraes.

O presidente norte-americano não vetou soja, nem frango, nem minério. Vetou Moraes. Aplicou a Lei Magnitsky. Transformando Alexandre Moraes em persona non grata globalmente, bloqueando seus bens, restringindo viagens e isolando-o do sistema financeiro internacional.

Trump não virou súbito defensor dos direitos humanos nem está arriscando capital político por compaixão a Bolsonaro. Ele está, como sempre esteve, defendendo interesses econômicos — os do mercado americano, e principalmente os do eixo financeiro-tecnológico que deseja preservar a hegemonia do dólar e o domínio das plataformas ocidentais.

Porque o que realmente incomoda Washington não é a censura brasileira em si pois a Arábia Saudita é muito pior e está tudo bem para Trump — o que incomoda realmente é uma possível cobranças das Big Techs que não querem pagar impostos; a tentativa de desdolarização que os BRICS estão ventilando e o Brasil acenando para a China, usando o sistema bancário CIPS, sinalizando que talvez, num futuro não tão distante, não dependa mais do SWIFT (sistema ocidental) nem de Wall Street.

A taxação foi apenas o primeiro degrau de uma escada que, se continuar a subir, pode empurrar o Brasil para baixo. O adiamento da entrada em vigor das tarifas para o dia 6 de agosto não é gesto diplomático — é aviso. Um tempo calculado para que o governo brasileiro ceda, negocie, ou pelo menos sinalize alguma inflexão.
— Não temos poderio militar nem econômico para uma disputa com os EUA.

Lamentamos que isso tudo esteja acontecendo. Que Moraes e o STF têm exagerado nas suas decisões, têm sim, é verdade. Mas a entrada de um outro país nesse tabuleiro interno abre um precedente perigoso. A partir do momento em que uma potência estrangeira interfere — outras nações poderão seguir esse caminho?

— O primeiro dia do resto de nossas vidas está chegando. 06/08/25.

Foto: Metroploes.

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Flávio 02 ago 2025

Boa análise

Maria de Fátima 31 jul 2025

Precisamos de preces!!!

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IX Mostra Pedagógica da Casa Durval Paiva acontece nesta quinta-feira (31)

As crianças e adolescentes acolhidos pela Casa Durval Paiva apresentam, nesta quinta-feira, 31 de julho, os trabalhos produzidos por eles na Classe Domiciliar e Hospitalar da instituição, dentro da IX Mostra Pedagógica da CDP, um evento repleto de criatividade, descobertas e muitas emoções, que será aberto ao público e vai acontecer a partir das 14h, na sede da instituição, localizada na Rua Clementino Câmara, 234 – Barro Vermelho.

O Espaço Educacional da Casa Durval Paiva trabalha projetos pedagógicos interdisciplinares integrados aos conteúdos curriculares enviados pelas escolas. Teremos exposições, atividades interativas, arte, cultura e muito mais.

O acompanhamento educacional possibilita que os pacientes deem continuidade aos estudos, respaldados pelas leis que regem a educação especial. O método de ensino objetiva cumprir e organizar estratégias que possibilitem a continuidade do processo de escolarização, a fim de oportunizar o desenvolvimento e construção do conhecimento dos alunos.

Cumprindo a missão da Casa Durval Paiva de “Acolher a criança e ao adolescente com câncer e doenças hematológicas crônicas e seus familiares, antes, durante e após o tratamento, buscando a cura, contribuindo para o resgate da cidadania, dignidade e a qualidade de vida”, atualmente, a organização é uma referência no suporte ao tratamento de crianças e adolescentes.

As chances de cura do câncer infantojuvenil são de até 80%, se for diagnosticado precocemente. Conheça outras ações e projetos desenvolvidos pela Casa em www.casadurvalpaiva.org.br ou nas redes sociais da instituição (@casadurvalpaiva).

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Maria de Fátima 30 jul 2025

👏👏👏👏👏👏

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Deputada Cristiane Dantas anuncia suporte jurídico, psicológico e social à vítima do espancamento.

O caso Igor Cabral chocou o Rio Grande do Norte — e o país inteiro.
Mas do outro lado da covardia, se levanta uma rede de proteção, amparo e coragem.
A Procuradoria da Mulher da ALRN, sob a liderança da deputada Cristiane Dantas, já acolheu a vítima e mobilizou suporte jurídico, psicológico e social.

Não é apenas uma fala de efeito. É ação.
E toda ação contra a impunidade merece ser reconhecida.

Todos os políticos — de todas as esferas — devem se manifestar contra essa monstruosidade.
O silêncio, nesse caso, também é uma forma de agressão.

Nenhuma mulher potiguar está sozinha.
E nenhum agressor ficará impune.

#JustiçaPorEla #CristianeDantas #ProMulher #IgorCabralNaCadeia #ViolênciaContraMulher #PorAragão

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Ricardo 30 jul 2025

Parabéns pela rápida atuação da deputada Cristiane Dantas. Não existem palavras para traduzir tamanha brutalidade e covardia. Parabéns à deputada Cristiane e a você Aragão pela abertura do espaço.

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Igor Eduardo Pereira Cabral – O Covarde. Por Aragão.

Natal ainda não tinha visto uma aberração dessa natureza — Hoje sabemos que existe um monstro entre nós.

— 28 de julho de 2025 — o dia que o covarde Igor Cabral entrou para a Infâmia.

— 61 socos no rosto de uma mulher indefesa.

Todos nós já vimos brigas de rua, lutas entre profissionais, e nunca tínhamos relatado uma explosão de violência dessa magnitude. Um tentativa de homicídio com requintes de crueldade. Igor Cabral conseguiu cometer um crime contra as mulheres, contra as leis dos homens, as leis de Deus e, acredito, até as leis do mundo do crime. Sim, criminoso como é, a partir de agora terá que se ver também com a justiça do crime. Não me admiro se os bandidos não quiserem dividir a cela com ele. Por outro lado, acho que o demônio também não queira a presença dele.

“Foi um surto claustrofóbico.”
Surto, Igor?

— Surto claustrofóbico ou surto de hipocrisia?

Seria essa a primeira vez que Igor Cabral anda de elevador? Não? Outras vezes ele já esmurrou as paredes dos elevadores? Já bateu com a cabeça na parede? Não? Já bateu em alguém mais forte? Não? Só escolhe os mais fracos? Muito conveniente ter um surto justamente com alguém indefeso. Ora, se é surto, não teria consciência para fazer escolhas. Poderia ter agredido um policial, alguém mais capaz de se defender, mas nosso monstro do cinismo fez a escolha conveniente e agora faz uma alegação bombada de inconsistências.

Ora, ora, no mesmo dia quando preso e trancado no camburão, que é bem mais apertado e claustrofóbico que o elevador, o covarde não teve nada. Mesmo sabendo que estava preso, que estava com o rosto em todas as mídias, que enfrentaria processos, que não teria liberdade, que ficaria numa cela em instantes cercado por marginais… o covarde não teve surto nenhum. Sereno e tranquilo como um psicopata.

— É preciso que a nossa sociedade reaja!

A midia deve seguir vigilante contra esse monstro. Vamos acompanhar o desenrolar dessa história para divulgar cada passo nesse processo. Afinal, Igor Cabral agrediu toda população que segue inconformada e clama por justiça.

— Igor Cabral, quem quebrou a cara foi você!

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Maria de Fátima 29 jul 2025

COVARDE MESMO!

Sérvulo Medeiros 29 jul 2025

Muitos que tem físico avantajado, fazem isso com certo prazer...buscam academias de luta e ginástica buscando ter um porte físico maior para amedrontar, intimidar e agredir indefesos, ou menos preparados, não sei e não dizer qual o percentual, mas são muitos.

Silvia Helena 29 jul 2025

Muito triste e revoltante. Muita covardia. Monstruosidade! Sem palavras para definir. Um homem que acabou com a própria vida por causa da sua agressão, covardia e perversidade.

Marília Lima 29 jul 2025

A cadeia é o lugar dele. Vamos ver como os juízes vão julgar.

Manoel Rocha 29 jul 2025

Vergonha ter um canalha desses no RN

Fernando Almeida 29 jul 2025

Barbarie sem fim. Um monstro!!!!

84999826656 29 jul 2025

Quero que tire esse vídeo pq qualquer um que vise isso ..quede a educação dos pai ?? Colocar a filiação?? tou revolta cadeia d 30.A 🤬💔🙏

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Projeto apoiado pela Unimed Natal e ONG Atitude Cooperação oferece atendimento gratuito a crianças e adolescentes

Pediatria Itinerante reúne médicos e parceiros para levar cuidados de saúde a crianças e adolescentes do RN

Na manhã deste domingo (27), Dia do Pediatra, a diretoria da Unimed Natal marcou presença na ação social Pediatria Itinerante, projeto idealizado e coordenado pelo médico infectologista e pediatra Dr. Francisco Américo Micussi, e que vem se destacando pelo impacto positivo junto à população infantil do Rio Grande do Norte.

A edição especial comemorativa contou com a parceria da ONG Atitude Cooperação – braço social da Unimed Natal – e ofereceu atendimentos voluntários em diversas especialidades médicas para crianças e adolescentes de 0 a 15 anos residentes na zona Oeste de Natal.

A Unimed Natal reforçou seu apoio à iniciativa. Para o diretor-presidente Dr. Márcio Rêgo, o projeto merece ser ampliado e reconhecido. “Esse projeto já é vitorioso, foi premiado e está a serviço da população, especialmente das nossas crianças. A Unimed Natal apoia em toda sua complexidade e magnitude, e convida os nossos cooperados, principalmente os pediatras e suas subespecialidades, a participarem ativamente das próximas edições”, afirmou.

A vice-presidente da Unimed Natal, Dra. Carla Karini, também esteve presente e destacou a relevância da parceria. “É muito bom ter a Unimed Natal como parceira de um projeto tão inspirador. Ações como essa aproximam o médico da comunidade e promovem um cuidado integral e humano com as crianças e adolescentes”, disse.

*SOBRE A ONG*
A Atitude Cooperação, parceira da iniciativa, é uma organização sem fins lucrativos fundada em setembro de 2006 pelo conselho da Unimed Natal. Atua em comunidades vulneráveis como os bairros Bom Pastor e Felipe Camarão, com o objetivo de promover inclusão social, desenvolvimento comunitário e oportunidades culturais. Entre seus projetos, destacam-se o programa Tocando a Vida com D’Amore, que oferece aulas de música e orquestra para crianças e jovens, e diversas ações voltadas à educação, saúde, cultura e esporte.

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A democracia que precisa calar o silêncio ainda é democracia? Por Aragão.

Sou a favor da liberdade de expressão — mas não da liberdade de agressão.
É claro que o país precisa discutir limites, com todo o cuidado para não instituir a censura.
O que não se pode é usar o pretexto da proteção institucional para censurar até o silêncio.

Foi isso que vimos com o deputado Hélio Lopes.
Não havia microfone. Não havia gritos.
Era um protesto mudo.
Havia apenas um esparadrapo na boca.

Era uma manifestação silenciosa — e simbólica.
E foi proibida.

Tem gente dizendo que calar o deputado foi necessário pra proteger a democracia.
Mas a democracia que precisa calar o silêncio dos outros… ainda é democracia?

Karl Popper, filósofo austríaco, dizia que não se pode tolerar os intolerantes.
Pesquisem depois sobre o paradoxo da tolerância.
Mas Hélio não gritou, não pregou golpe, não xingou ninguém.
Ele se calou — e mesmo assim foi censurado.

É preciso defender a democracia.
Mas que, para isso, não precisemos destruí-la.
Não adianta salvá-la e transformá-la em refém.

— Proibir a fala é autoritarismo.
— Proibir o silêncio é desespero.

Sim, é preciso proteger a democracia.
Mas analisando cada passo, cada movimento, para que — no fim — esse caminho sem volta para o autoritarismo não tenha ido longe demais.

Foto: Luis Nova/Metropoles.

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A inaplicabilidade da Lei Magnitsky a autoridades brasileiras. Por Fernando Rocha.

A inaplicabilidade da Lei Magnitsky a autoridades brasileiras: por que ministros do STF e o Procurador-Geral da República não podem ser alcançados por sanções externas.

Muito se tem falado, especialmente em redes sociais e círculos políticos polarizados, sobre a possibilidade de aplicação da chamada Lei Magnitsky a autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ou o próprio Procurador-Geral da República. Há quem defenda que, diante de supostos abusos de poder ou omissões institucionais, essas figuras públicas deveriam ser alvo de sanções internacionais, nos moldes do que já ocorre com autoridades de regimes autoritários. No entanto, do ponto de vista jurídico e institucional, essa ideia é, ao mesmo tempo, inviável e perigosa, por representar uma confusão entre política externa e Estado de Direito.

A Lei Magnitsky, originalmente adotada pelos Estados Unidos em 2012 e depois expandida globalmente, é uma ferramenta de política internacional que permite a imposição de sanções a indivíduos estrangeiros envolvidos em graves violações de direitos humanos ou corrupção sistêmica. Trata-se, essencialmente, de um instrumento unilateral de soberania externa, usado como resposta estatal à impunidade transnacional. Nada mais legítimo — e necessário — em um mundo onde a responsabilização internacional ainda é rarefeita.

Contudo, o alcance dessa lei se limita ao território e à jurisdição do Estado que a promulga. Ela não possui qualquer validade jurídica no Brasil, não gera efeitos vinculantes internos e tampouco serve como base para responsabilização formal de autoridades brasileiras. É um erro conceitual — e jurídico — supor que um ministro do STF ou o chefe do Ministério Público da União possam ser afastados, investigados ou punidos a partir de uma legislação estrangeira que sequer foi recepcionada ou ratificada pelo ordenamento jurídico nacional.

A Constituição Federal de 1988 é clara ao estabelecer o Brasil como um Estado soberano (art. 1º) e ao fixar as competências e prerrogativas de seus Poderes e agentes públicos. Ministros do STF possuem foro por prerrogativa de função (art. 102, I, b), e o Procurador-Geral da República goza de independência funcional (art. 127, §1º). Essas garantias não existem para blindá-los de críticas ou isentá-los de responsabilidade, mas para assegurar a autonomia institucional e a estabilidade do sistema de freios e contrapesos.

Aceitar que um país estrangeiro — por mais democrático que seja — possa sancionar unilateralmente membros do Poder Judiciário ou do Ministério Público brasileiros, com consequências jurídicas internas, seria abrir um precedente inaceitável contra a soberania nacional e contra o devido processo legal. Imagine se o Brasil, por sua vez, resolvesse aplicar sanções a juízes da Suprema Corte americana ou a procuradores alemães. Isso equivaleria a uma interferência internacional indevida, repudiada por qualquer ordem constitucional séria.

Ademais, do ponto de vista doutrinário, juristas como Valério Mazzuoli lembram que normas estrangeiras só produzem efeitos no Brasil mediante ratificação de tratados internacionais e sua internalização por decreto presidencial (art. 49, I, e art. 84, VIII, da CF/88). A Lei Magnitsky não atende a nenhum desses requisitos. Trata-se, pois, de um instrumento eficaz — mas internacionalmente limitado.

Isso não significa que agentes públicos brasileiros estejam acima da lei. Pelo contrário: devem prestar contas dentro do sistema constitucional brasileiro, inclusive por meio de investigações internas, controle judicial, processos legislativos ou até responsabilização perante tribunais internacionais como o Tribunal Penal Internacional (TPI), se for o caso. O que não se pode aceitar é a tentação populista de substituir o ordenamento jurídico nacional por um mecanismo estrangeiro de sanção simbólica, sem o devido contraditório, sem instância recursal e sem previsão constitucional.

Em tempos de crise institucional, é fácil ceder ao impulso de buscar soluções externas para os problemas internos. Mas a defesa do Estado de Direito exige firmeza de princípios — inclusive o princípio da soberania. A Lei Magnitsky é uma ferramenta legítima de política externa, mas não pode ser usada como atalho punitivo para resolver impasses institucionais no Brasil. O caminho para a responsabilização de autoridades é árduo, jurídico e interno — e precisa ser trilhado com respeito à Constituição.

Se o Brasil quiser adotar um regime semelhante ao da Lei Magnitsky, que o faça por meio de debate legislativo, aprovação democrática e adaptação constitucional. Fora disso, estaremos apenas importando o arbítrio travestido de justiça, ainda que sob a bandeira sedutora do combate à corrupção e aos abusos de poder.

 

Fernando Rocha é Procurador da República e Mestre em Direito  Internacional

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Xavier 27 jul 2025

Não tem validade jurídicano Br, mas tem todos os efeitos práticos.

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