Arquivo de Educação - Blog do Aragão Arquivo de Educação - Blog do Aragão

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Jornada de Capacitação do HUB CREA-RN é sucesso entre profissionais.

A Jornada de Capacitação gratuita, promovida pelo HUB Crea-RN em parceria com o Sebrae, tem apresentado resultados positivos, com grande adesão de engenheiros, agrônomos e geocientistas. Em apenas uma semana, os primeiros módulos tiveram turmas lotadas, confirmando o interesse pelos cursos oferecidos. 

O curso de Modelagem de Negócios já formou duas turmas, reunindo mais de 70 profissionais e se consolidando como uma das principais demandas da Jornada. O módulo de Inteligência Artificial aplicada aos negócios também completou duas edições, alcançando recorde de público e demonstrando o crescente interesse pelo tema.

Diante da procura, o Crea-RN já organiza a abertura de novas turmas e, na próxima semana, será anunciado um novo curso inédito, ampliando a oferta de capacitação. 

Diferenciais da Jornada 

Os cursos foram planejados especialmente para profissionais do ecossistema Confea/Crea/Mútua e oferecem: 

Carga horária ampliadae conteúdos aprofundados; 

Mentoria individual, com foco na aplicação prática do conhecimento; 

Diálogos Empresariais, com empresários compartilhando experiências de mercado. 

Próximos módulos 

Introdução à Inteligência Artificial – Início em 17/09
Local: Sede do Crea-RN, em Natal
Inscrições: encerradas 

A Jornada também será realizada em outras cidades do Rio Grande do Norte. Em setembro, o programa será lançado em Mossoró, oferecendo novas oportunidades de capacitação para profissionais da região.

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A Ditadura do Enem. Por que nossa educação só ensina a obedecer e não a pensar? Por Aragão

A grande conveniência do nosso sistema educacional é que ele não foi feito para formar cidadãos pensantes, mas para moldar profissionais obedientes. Temos excelentes escolas que ensinam a passar no Enem, mas não a questionar o mundo. O jovem aprende a Fórmula de Bhaskara, mas não entende os juros que destroem sua família endividada. Decora o Teorema de Pitágoras, mas não enxerga o abismo entre promessas políticas e a realidade social.

Esse condicionamento covarde não poupa ninguém. Nas classes mais altas, até os profissionais mais bem-sucedidos seguem o mesmo roteiro: leem apenas livros técnicos, focam em se destacar em suas áreas específicas, mas raramente se aventuram por filosofia, história ou ciência política. Tornam-se exímios especialistas, mas limitados cidadãos. — Você pode ganhar dinheiro mas continua sendo o rei do lixo. Afinal, a sociedade precisa se levantar por inteiro.

Já as classes mais baixas, sem acesso nem a essa formação técnica, ficam presas a uma alienação cultivada. São embaladas por frases de efeito, raciocínios rasos e um caldo cultural regado a álcool, feriados, futebol e músicas que celebram sexo e a vida desregrada. As redes sociais completam o ciclo, despejando títulos inflamados, discursos de ódio e fake news travestidas de coragem. Confunde-se intolerância com convicção, ignorância com autenticidade.

E como essa massa pode se defender? Como identificar os padrões históricos que se repetem diante dos nossos olhos se sua visão da história foi moldada por filmes tendenciosos no cinema? Como cobrar mudanças se não houve preparo mínimo para interpretar a realidade? E o pior é que tudo isso não é acidente — é projeto. Manter a educação rasa garante um povo dócil, manipulável e dividido. 

O Brasil segue, assim, sem educação de qualidade, preso à lógica do colono: formar mão de obra para trabalhar, consumidores para gastar e eleitores para obedecer. O que não se quer é formar pensadores. Porque pensadores questionam, reconhecem padrões, exigem mudanças.

Talvez seja essa a grande tragédia brasileira: não nos falta inteligência, nos falta consciência. E sem consciência, o Brasil seguirá sendo uma colônia.

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Nelson Mattos Filho 01 set 2025

Mais uma vez, parabéns pelo texto!

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TCE constata falta de vagas em creches no RN e recomenda medidas aos municípios.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) constatou déficit de vagas em creches para crianças de 0 a 3 anos nos municípios potiguares e emitiu, nesta quarta-feira (27), uma nota técnica com recomendações para ampliar a oferta e garantir o direito à educação infantil. O documento reforça que a criação dessas vagas é dever do Estado e direito subjetivo da criança, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).

A nota, elaborada pela Secretaria de Controle Externo (Secex) e pela Diretoria de Avaliação de Políticas Públicas (DPP), orienta os gestores a:

  • Realizar diagnósticos periódicos da demanda, utilizando dados socioeconômicos e territoriais;

  • Elaborar planos de expansão com metas e cronogramas definidos;

  • Priorizar áreas com maior déficit, prevendo a construção de novas unidades;

  • Considerar convênios temporários com instituições privadas e até auxílio financeiro emergencial às famílias vulneráveis, enquanto a rede pública é ampliada.

O documento também estabelece critérios de priorização no acesso às vagas: crianças em situação de vulnerabilidade social, com deficiência, filhas de mães solo, vítimas de violência doméstica ou em acolhimento institucional. Além disso, as listas de espera devem ser públicas, respeitar critérios objetivos e estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Outro ponto destacado é o monitoramento contínuo da política pública. O TCE recomenda a criação de comitês com participação da sociedade civil, a publicação de relatórios anuais sobre a evolução da oferta e a capacitação permanente de gestores da área.

As orientações se baseiam em evidências técnicas e decisões anteriores do próprio Tribunal e estão reunidas no documento “Síntese de Evidências sobre Oferta de Vagas em Creches”, disponível no site do TCE-RN.

Foto: Kleber Teixeira / Intertv

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Maria de Fátima 28 ago 2025

👏👏👏👏👏👏👏

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Crea-RN disponibiliza Jornada de Capacitação gratuita para profissionais

O programa começa em agosto e oferece cursos para engenheiros, agrônomos e geocientistas, em parceria com o Sebrae.

O Crea-RN, por meio do HUB de Inovação, disponibiliza gratuitamente a Jornada de Capacitação, voltada a engenheiros, agrônomos, geocientistas e membros do CreaJr. A iniciativa oferece ferramentas modernas para aprimorar a atuação profissional e ampliar as oportunidades no mercado.

A jornada será dividida em 10 módulos independentes, com temas como modelagem de negócio, técnicas de vendas, comunicação e Inteligência Artificial aplicada à prática profissional. Os participantes terão ainda mentorias individuais e os diálogos empresariais, momento de troca com profissionais que transformaram suas carreiras ao aplicar os conhecimentos adquiridos.

📍 Primeiro módulo: Modelagem de Negócio

🗓 Dias 28 e 29 de agosto, em Natal (sede do Crea-RN)

👥 Vagas limitadas a 20 participantes

O segundo módulo, Introdução à Inteligência Artificial, terá início em 17 de setembro. A Jornada também será levada a outras cidades do estado, começando por Mossoró.

Inscreva-se:

👉 Modelagem de Negócio (28/08)

👉 Introdução à Inteligência Artificial (17/09)

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Maria de Fátima 23 ago 2025

👏👏👏👏👏👏

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Ensino Superior Privado no Brasil: Entre a Acessibilidade e a Mercantilização. Por Ronald Campos.

Em muitos cantos do Brasil, o valor de uma mensalidade em um curso de ensino superior privado
é inferior ao custo de uma escola de educação básica particular. Esse aparente paradoxo
escancara uma realidade desconfortável: estamos formando jovens no nível universitário com
investimentos que, em tese, não sustentariam sequer o ciclo fundamental de ensino. A que custo
– simbólico, social e pedagógico – estamos entregando esse diploma?

Segundo o Censo da Educação Superior 2022, publicado pelo INEP, mais de 87% das matrículas
de graduação no Brasil estão na rede privada. Ainda de acordo com o estudo, o valor médio da
mensalidade em cursos de graduação EAD gira em torno de R$ 270, cifra inferior a muitas
mensalidades de escolas particulares de educação infantil. Essa discrepância revela um modelo
que aposta em volume e custo reduzido, frequentemente em detrimento da qualidade.

A expansão do ensino superior privado nas últimas décadas foi vertiginosa. Impulsionadas por
programas como o FIES e o Prouni, além da liberação de capital estrangeiro no setor, centenas
de instituições ampliaram sua oferta, especialmente nas modalidades semipresencial e a
distância. Essa democratização numérica, entretanto, não veio acompanhada de um
compromisso uniforme com a excelência acadêmica.

Boa parte das instituições privadas opera com margens apertadas, infraestrutura limitada e um
corpo docente sobrecarregado. Em 2021, o próprio INEP apontou que mais da metade dos
cursos de graduação a distância oferecidos por instituições privadas recebeu conceito 3 ou
inferior (em uma escala de 1 a 5) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), um dos principais
indicadores de qualidade do MEC.

Entretanto, seria injusto demonizar por completo o setor privado. Em muitos municípios
brasileiros, principalmente em regiões afastadas dos grandes centros urbanos, é ele quem
sustenta o sonho do ensino superior. Segundo levantamento do Semesp, em mais de 70% dos
municípios brasileiros com instituições de ensino superior, a única oferta disponível é da rede
privada. Enquanto universidades públicas concentram-se nas capitais ou em cidades de porte
médio, as instituições privadas marcam presença em quase todo o território nacional. Elas
chegam onde o Estado não chegou – ou não quis chegar.

É comum encontrarmos histórias de superação: jovens de famílias humildes, os primeiros a
cursar uma faculdade, mudando o destino de suas famílias graças a uma faculdade particular em
sua cidade. Ainda que a estrutura seja modesta, o acesso à formação representa uma chance
real de mobilidade social.

O desafio, portanto, não está apenas em criticar o modelo privado, mas em propor uma revisão
mais ampla do papel do ensino superior no país. O Estado precisa retomar seu protagonismo
com mais investimentos, expansão responsável da rede pública e fortalecimento das
universidades federais e estaduais. Ao mesmo tempo, é urgente redefinir com clareza as funções
e responsabilidades das Universidades, Centros Universitários e Faculdades isoladas,
especialmente no que se refere à produção científica, à pesquisa aplicada e ao compromisso
com o desenvolvimento local e regional. Cada tipo de instituição deve assumir seu papel com
coerência e responsabilidade, evitando uma homogeneização do sistema que enfraquece a
identidade e o propósito da educação superior. Por fim, é necessário estabelecer marcos mais
firmes de regulação e qualidade para o setor privado, garantindo que acessibilidade não seja
sinônimo de precarização.

O Brasil não pode aceitar um ensino superior barato como produto de prateleira nem raro como
um privilégio de elite. É necessário equilibrar o acesso com a qualidade, e a escala com o
compromisso formativo. Formar profissionais, sim – mas também cidadãos críticos, capazes de
compreender e transformar a realidade à sua volta.

Referências:
• Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Censo da
Educação Superior 2022.
• INEP/MEC. Indicadores de Qualidade da Educação Superior 2021.
• SEMESP – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior. Mapa do Ensino Superior no
Brasil 2023.
• MEC. Sistema e-MEC – Avaliação de Cursos e Instituições.

Ronald Campos é Diretor da Eco Consultoria & Sistemas | Consultor no Ensino Superior

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Maria de Fátima 09 ago 2025

Perfeito!

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Nossos alunos são aprovados com 6 reprovações. Que matemática é essa? Por Aragão.

— No RN agora é assim: O aluno da rede pública do ensino médio passa de ano mesmo reprovando em 6 matérias.

— Que história é essa?

Qual mensagem estamos passando para nossas crianças?
Estamos tirando delas a lógica da causa e efeito?
Ora, se reprovar não impede mais de passar de ano, talvez nem seja preciso estudar. Talvez nem precise se esforçar. Não é impossível que uma criança pense assim.

Fico pensando: de que serve esse diploma?
Fomos avaliados como o pior ensino do Brasil da rede pública no ensino médio. Essa ideia de passar de ano mesmo reprovando em 6 matérias melhoraria nossos índices no IDEB? Isso não é muito fake? Esse é o plano para melhorar o ensino?
Essa criança cresce e vai conseguir um emprego com que qualificação? Essa questão não tem a ver com ideologia. Se você é de direita, esquerda ou centro, deve ser a favor do ensino de qualidade e contra esse “jeitinho” na educação.

— Estamos traindo essas crianças quando amputamos o futuro delas.

Português, Matemática, Ciências, Geografia, História — talvez elas não aprendam direito.
Mas será que estamos ensinando, sem perceber, outras “matérias”?
Irresponsabilidade? Impunidade? Injustiça? Cinismo? Mediocridade? Incoerência?

Mesmo sem querer, podemos estar transmitindo esses valores.

E se a escola já não ensina o essencial,
qual futuro podemos esperar se a educação é a base de tudo?
O que nos resta quando essa base simplesmente não existe?

E, quando achamos que não pode piorar, essa mesma criança descobre que há um projeto de lei tentando descriminalizar o pequeno furto.
Mais uma mensagem poderosa e com potencial destrutivo que entregamos a ela.

Depois, ela vê um grupo invadindo um terreno privado, e todos os direitos são garantidos aos invasores — que saem quando querem. O juiz mandou sair, mas ninguém saiu. Essa é mais uma mensagem que ficará ecoando na cabecinha dela.

Juntemos isso às facções que aliciam uma juventude carente —
Carente de sonhos, de perspectivas, de esperança.

— Estamos ensinando o quê para essas crianças?

Imagem gerada por IA

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Albanisa 04 ago 2025

Misericórdia! Agora "Olodum piorou de vez"...

Flávio 04 ago 2025

Um absurdo. Vamos da mal a pior

Maria de Fátima 03 ago 2025

Qual o fundamento para uma educação de qualidade?

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Canindé Alves lança livro sobre Inteligência Artificial com vídeo produzido em IA

O advogado e sócio do escritório Alves Duarte Advogados, Canindé Alves, lança no próximo dia 10 de julho, às 18h30, o livro “O Futuro Regulado – IA, Livre Iniciativa e Direitos Humanos no Brasil”, com um diferencial inovador: o vídeo de divulgação da obra foi totalmente produzido com o uso de inteligência artificial.

O evento de lançamento será realizado na sede do Alves Duarte Advogados, localizada na Rua Potengi, 383, Petrópolis e reunirá profissionais do direito, acadêmicos, empresários e entusiastas da tecnologia para uma noite de debates sobre os desafios éticos e jurídicos do avanço da IA no Brasil.

A obra propõe uma análise crítica e atual sobre como a inteligência artificial impacta a livre iniciativa e os direitos fundamentais em um cenário regulatório ainda em construção. Com linguagem acessível e abordagem multidisciplinar, o livro se posiciona como leitura essencial para quem deseja compreender os rumos da regulação tecnológica no país.

“Mais do que acompanhar as transformações, é preciso refletir sobre elas e garantir que a tecnologia caminhe junto com a democracia e os direitos humanos”, afirma o autor.

O vídeo de lançamento, desenvolvido com recursos de IA generativa, reflete o espírito da obra: uma ponte entre o futuro tecnológico e a responsabilidade jurídica.

Lançamento do livro “O Futuro Regulado – IA, Livre Iniciativa e Direitos Humanos no Brasil”
📅 Data: 10 de julho de 2025
🕡 Horário: 18h30
📍 Local: Sede do Alves Duarte Advogados – Rua Potengi, 383, Petrópolis – em frente a Praça Cívica

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Albanisa 09 jul 2025

Que maravilha e um presentaço para todos nós que ainda temos muitas dúvidas sobre a Inteligência Artificial. Parabéns!

Maria de Fátima 08 jul 2025

Sucesso!👏👏👏👏

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Prefeitura de Natal nomeia 710 professores aprovados em concurso da Educação

A Prefeitura de Natal nomeou, nesta terça-feira (18), os 710 professores aprovados no concurso da Secretaria Municipal de Educação (Edital nº 001/2024), completando o total de vagas previstas. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Município.

“A nomeação desses professores é um marco para a educação de Natal. Estamos fortalecendo nossas escolas com profissionais comprometidos com o ensino público,” destacou o prefeito Paulinho Freire.

Entre os convocados estão professores para Educação Infantil, Ensino Fundamental, Atendimento Educacional Especializado (AEE), artes, língua estrangeira, ciências, matemática e intérpretes de Libras.

O secretário Aldo Fernandes ressaltou: “Estamos investindo em quem faz a diferença: nossos educadores. Essa é uma ação concreta que reafirma a educação como prioridade.”

Além da nomeação, a Prefeitura confirmou que os professores ativos da rede municipal receberão 40% do décimo terceiro salário com recursos do Fundeb, fortalecendo ainda mais a valorização da categoria.

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Maria de Fátima 19 jun 2025

👏👏👏👏👏

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Escolas off-line  — Por que celulares foram proibidos em sala de aula? Por Aragão

Por muito tempo, justificou-se o uso do celular como um instrumento pedagógico, uma forma de trazer a tecnologia para o aprendizado. Mas sejamos sinceros: quantos alunos realmente estavam assistindo videoaulas e quantos estavam no WhatsApp ou no TikTok?

O argumento da “educação digital” perdeu força quando os próprios professores passaram a perceber que os celulares estavam roubando o protagonismo da sala de aula.

Em vez de ouvirem a explicação do professor, os alunos estavam rolando a tela sem parar.

Em vez de interagirem entre si, estavam imersos em redes sociais, conversando com quem não estava ali. Em vez de enfrentarem os desafios da aprendizagem, estavam buscando respostas prontas no Google.

— Como competir com um universo inteiro dentro de uma tela?

A ciência já nos alertava há tempos. Pesquisas ao redor do mundo demonstram os impactos negativos do uso excessivo de celulares na escola:

Menos aprendizado, mais distração → Um estudo da London School of Economics mostrou que escolas que baniram celulares tiveram melhora de 6% no desempenho acadêmico dos alunos.

Menos criatividade, mais respostas prontas → Pesquisadores da Universidade de Stanford demonstraram que crianças expostas a telas excessivas têm dificuldades para interpretar expressões faciais e desenvolver empatia.

Mais ansiedade, menos interação → A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que adolescentes que passam mais de 3 horas por dia no celular apresentam maior risco de ansiedade, depressão e dificuldades de socialização.

Lívia, de cinco anos, costuma usar o celular desde pequenininha. Começou como uma estratégia dos pais para entrete-la enquanto faziam as tarefas domésticas. Mas acabou virando hábito: todo dia, ela abre o YouTube e vê um vídeo atrás do outro.

A rotina, no entanto, começou a preocupar os pais. Não só pelo que a pequena vê no celular, mas, principalmente, pelas reações dela quando está sem o aparelho. É o que conta a mãe de Lívia, a fisioterapeuta Bruna Rosa. Pesquisas traduzem em números o problema que ela vive em casa.

“Essa irritabilidade quando acaba a bateria do celular, quando a gente tira do celular porque acabou o horário (de usar o aparelho). Ou quando não pode pegar o celular naquele momento, ou não tem como pegar o celular naquele momento. Essa mudança de comportamento dela, de ficar mais estressada, mais agitada a gente começou a perceber que talvez ela estivesse passando para um nível de vício mesmo. De vício em telas.”

Ou seja, estamos criando uma geração cada vez mais conectada também aos problemas advindos do uso excessivo dos smartphones — além de ficarem mais desconectada do mundo real.

Noventa e cinco por cento das pessoas entre 9 e 17 anos acessam a internet. A grande maioria usa o celular para isso. 24% delas começam a usar a internet antes dos seis anos. Em 2015, esse percentual era de 11%.

O ambiente escolar precisa de foco, disciplina e troca real entre alunos e professores. Não há aprendizado profundo sem atenção plena. 

A ideia de banir o uso de celulares nas escolas acompanha mobilizações semelhantes de pais nos Estados Unidos e na Inglaterra e vem na esteira da decisão de países como Holanda, Finlândia e França, que aboliram o aparelho das salas de aula.

A proibição não significa um retrocesso, mas um passo necessário para que os alunos redescubram a arte de pensar sem distrações. A forma como as escolas irão proibir deve ser combinada com pais e alunos para evitar desgastes desnecessários. 

Porque no fim das contas, não estamos apenas proibindo um aparelho — estamos tentando resgatar o que foi perdido. Porque o mundo é on e off-line — o desafio será sempre equilibrar esses dois mundos.

E você, acha que ainda dá tempo?

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Felipe leite 17 fev 2025

Difícil, mas ainda dá tempo.

Ana Lúcia 17 fev 2025

Essa abstinência vem depois de qq vício q e cortado. Mas, antes tarde do q nunca. Sofre um pouco agora, pra sofrer menos depois..

Jurema 17 fev 2025

Sensatíssimo 👏👏👏

Carlos 17 fev 2025

Pela saúde dos nossos filhos 🙏

Fe 17 fev 2025

Exatamente assim. Parabéns pelo artigo

Romulo 17 fev 2025

Argumentos fortes e interessantes. No entanto, considerando a origem da ideia, o meio de efetivação do projeto, e seu desenrolar até a aprovação e efetivação, ofereço um contraponto, também fundamentado em um sem número de ocorrências nos países citados e também por aqui: até onde ficarão os alunos privados de registrar e denunciar os assédios, ideológicos e de gênero, principalmente, daqui para a frente? E como pais e efetivos responsáveis pelas condutas em sala de aula ficarão ainda mais alheios do que realmente acontece em sala de aula nestes tempos sombrios? A refletir! Feliz dia!

Maria de Fátima 17 fev 2025

Ótima e necessária proibição, as crianças estão viciadas mesmo. Nesse momento estão em abstinência, algumas nem querem ir p a escola.

Maria de Fátima 17 fev 2025

Ótima e necessária proibição, as crianças estão viciadas mesmo. Nesse momento estão em abstinência, algumas nem querem ir p a escola.

Maria de Fátima 17 fev 2025

Ótima e necessária iniciativa. As crianças estão viciadas mesmo...nesse momento ,estão em abstinência!

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Quem Com Greve Fere, Com Greve Será Ferido. Por Aragão

Vivi pra ver o governo do PT sentir na pele as ameaças de greves e paralizações. Deus é realmente um roteirista surpreendente. Ora, Ora, o Partido dos Trabalhadores, historicamente conhecido por sua origem sindical e sua defesa intransigente do direito à greve, agora se encontra no papel de alvo das mesmas mobilizações que um dia incentivou. 

No Rio Grande do Norte, professores da rede estadual estudam paralisar suas atividades e protestam por reajuste salarial, enquanto o governo, enfrenta o desconforto de lidar com uma categoria que, por muitos anos, foi sua base de sustentação.

— Uma postura reprovável do governo?

A governadora, professora de formação e ex-sindicalista, sempre teve a educação como uma de suas bandeiras. Em seus discursos, defendeu greves, marchas e mobilizações como instrumentos legítimos da classe trabalhadora para pressionar governos a cumprirem seus compromissos. Agora, do outro lado da mesa, precisa administrar as limitações orçamentárias e justificar por que não pode conceder o reajuste de 6,27% do piso nacional da categoria, conforme reivindicado pelos docentes.

— Segundo o IDEB, nosso ensino médio da rede pública já é um dos piores do Brasil — imagine com as greves.

Essa questão vem expor um dilema enfrentado por partidos de origem sindical: é mais fácil defender bandeiras na oposição do que conciliá-las com a realidade administrativa no governo. Agora, o PT precisa explicar por que aquilo que um dia foi “falta de compromisso com a educação” nos governos adversários se tornou uma necessidade de contenção de gastos em sua própria gestão.

— Será que uma greve dos professores fará escola e será seguida por outras categorias?

É bem provável que sim, pois os servidores do Detran aprovaram greve no RN a partir de 17 de fevereiro. — E agora? Se há um aprendizado nisso tudo, é que a coerência política é um dos bens mais difíceis de preservar quando se assume o poder. Os professores e os servidores do Detran que hoje protestam por melhores reajustes não esquecerão facilmente essa ironia do destino.

Foto: Reprodução da Internet

Comentários (9)

Lilian 14 fev 2025

Pois é... parabéns para quem colocou eles no governo, que na realidade é um total desgoverno. Que Deus nos guarde.

admin 13 fev 2025

Obrigado, Ricardo

Ricardo 13 fev 2025

Parabéns pela clarividência e objetividade do texto. Ser pedra é fácil. Difícil é ser vidraça.

admin 13 fev 2025

Obrigado, Ricardo

Albanisa 13 fev 2025

A Profa. do "gopi"

Nina 13 fev 2025

👏👏👏👏👏👏

Leandro Mendes 13 fev 2025

Pau que dá em Chico, dá em Francisco.

Michel Pipolo 13 fev 2025

A “lei do retorno” é implacável. A base de mudança de uma sociedade é a educação, que nos últimos anos retrocedeu em nosso RN. Se a principal bandeira da chefe do executivo potiguar está em situação de greve, olhemos também para segurança publica, saude, agricultura, infraestrutura e gastos públicos.

Marcela 13 fev 2025

O governo de Fatima nao demostra respeito nem pelos grupos que um dia ela pertenceu. O RN deverá entrar em greve generalizada, ja que a insatisfacao, atraso salarial e nao realizacao dos ajustes sao realidade desde o inicio dessa nova gestao da governadora. Trabalhar sem receber ela nao faz, mas quer que os outros o façam 🤷🏻‍♀️

Dr Jedra 13 fev 2025

Vc tocou na ferida da demagogia e cutucou o cão com vara grande e grossa.

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