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Morre o empresário José Eduardo Vila.

Nota de Pesar

Recebemos com tristeza a notícia do falecimento do empresário José Eduardo Vila, fundador do Grupo Morada da Paz, neste domingo, aos 75 anos.

Um nome que marcou o Rio Grande do Norte pelo empreendedorismo, pela dedicação e pelo legado construído ao longo de décadas.

Nossos sentimentos à família, aos amigos e a todos que compartilham dessa perda.

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O vazio americano e a urgência de um projeto brasileiro. Por Fernando Rocha

O conteúdo a seguir é de autoria do articulista e não expressa, obrigatoriamente, o posicionamento do Blog Marcus Aragão.

Na entrevista concedida em agosto de 2024 à CNN Brasil, o economista e imortal Eduardo Giannetti foi direto: os Estados Unidos não são modelo de sociedade. Ao contrário, tornam-se cada vez mais um espelho de uma civilização adoecida, onde o valor da pessoa se reduz ao sucesso econômico e onde o fracasso financeiro se traduz em desprezo social. Angus Deaton já chamava atenção para o fenômeno das mortes por desespero, e Giannetti reforça que esse é um traço sistêmico: a expectativa de vida nos EUA caiu antes da pandemia, despencou durante ela e segue em queda.

O assassinato do ativista Charlie Kirk insere-se nesse quadro maior. Não se trata apenas de um ato de violência política, mas da expressão mais aguda de uma sociedade marcada pelo vazio existencial. Quando o único valor social é o sucesso material, a vida humana perde densidade simbólica. O “outro” deixa de ser alguém com dignidade intrínseca e passa a ser um obstáculo, um competidor ou um inimigo. A comemoração pública do homicídio é um sintoma ainda mais grave: a normalização do ódio como linguagem política.

Giannetti lembra que a crise de identidade americana é também uma crise semântica: ser “mediano” na renda equivale, nos EUA, a ser um “loser”, um derrotado, embora tal posição coloque o cidadão entre os 5% mais ricos do mundo. A contradição é brutal e revela como a lógica do sucesso econômico absoluto se converte em medida única de valor humano. Isso corrói a autoestima coletiva e, em última instância, desumaniza as relações.

É nesse ponto que sua provocação ao Brasil ganha relevância: não devemos importar esse colonialismo mental que toma o padrão americano como régua universal. O desafio brasileiro é construir um projeto nacional de valores próprios, preservando o que Giannetti chama de “doce sentimento da existência”: a afetividade, as raízes afro-indígenas, o sentido de comunidade. Em vez de nos iludirmos com a miragem do “sonho americano”, urge definir qual é o sonho brasileiro — um que não sacrifique a dignidade humana em nome de uma corrida desenfreada por números.

A morte de Charlie Kirk, longe de ser apenas um episódio trágico da política americana, funciona como um alerta global. Sociedades que reduzem a vida ao êxito econômico criam desertos de sentido, nos quais florescem tanto o desespero silencioso quanto a violência aberta. Cabe ao Brasil aprender com esse colapso identitário e, ao mesmo tempo, reafirmar políticas públicas que consolidem nossos valores: educação de base de qualidade, segurança cidadã e uma economia a serviço da convivência e não do individualismo predatório.

Porque, ao contrário da lógica americana, o Brasil tem chance de mostrar ao mundo que civilização também se mede pelo afeto.

 

Fernando Rocha é Procurador da República.

Comentários (4)

Carlos 14 set 2025

Muito bom

Gleidson Paulino 14 set 2025

Ótimo texto. Concordo com Giannetti

Maria de Fátima 14 set 2025

Ótima reflexão.

Albanisa 14 set 2025

Sensacional, viva Fernando Rocha e você Aragão por compartilhar conosco.

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CREA-RN e Prefeitura de Natal promovem mutirão de avaliação na Ribeira

Após os bairros mais antigos da cidade registrarem desabamento de fachadas, órgão reúnem parceiros para uma ação conjunta.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) e a Prefeitura de Natal, através de diversas secretarias, estão organizando uma ação conjunta no bairro da Ribeira. O objetivo é unir forças com universidades e instituições para identificar fachadas mais críticas, com risco de acidentes. Após fazer registro fotográfico, os órgãos competentes vão fazer um trabalho de identificação dos proprietários destes imóveis.
“A ideia surgiu de uma funcionária do Crea que viu uma oportunidade aqui de contribuir com a sociedade através da nossa fiscalização. Então articulamos com os órgãos responsáveis como poderíamos proteger a sociedade. Queremos evitar acidentes como o que vimos acontecer em junho. A ideia aqui é identificar fachadas com maior risco e chamar os proprietários à responsabilidade”, afirmou Roberto Wagner, presidente do Crea-RN.

Uma reunião de alinhamento com diversos órgões parceiros aconteceu na sede do Crea para definir as prioridades da ação. O início do trabalho está marcado para o sábado, dia 13 de setembro. Além de profissionais do Crea e de diversas secretarias da Prefeitura de Natal, a UFRN vai participar com alunos e professores do curso de Engenharia Civil.

Janela Urbana
Durante o mutirão, as equipes do Crea, Prefeitura de Natal, UFRN e instituições vão registrar tudo através de um app desenvolvido pela equipe de Gestão de Tecnologia e Informática do Crea. O App vai ser um repositório de fotos e observações que usa georreferenciamento para organizar melhor as fachadas observadas. O repositório ficará disponível para futuras ações de identificação dos responsáveis dos imóveis que precisam de manutenção.

Acidentes preocupantes
Parte de um casarão antigo desabou sobre um prédio vizinho na madrugada da quinta-feira, 27 de março, em Natal. O caso aconteceu na Rua Frei Miguelinho, na Ribeira, bairro histórico onde fica a zona portuária da cidade. Segundo moradores da região, o caso aconteceu durante a madrugada e não deixou ninguém ferido. Em junho, um homem morreu após uma marquise desabar no bairro do Tirol.

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Maria de Fátima 07 set 2025

👏👏👏👏👏

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CREA-RN Será anfitrião da Força-Tarefa Nacional de fiscalização em setembro.

A região Oeste do Rio Grande do Norte é o cenário da 7ª edição da Força-Tarefa Nacional de Fiscalização (FTNF), que acontece entre os dias 22 e 26 de setembro. A ação vai trazer cerca de 80 fiscais de todo o país para fiscalizar projetos e atividades de energia renováveis, com coordenação do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Nosso estado é reconhecido pela geração de energias renováveis, e vai ajudar os conselhos do país a padronizar a fiscalização deste tipo. Teremos 17 equipes formadas por cerca de 60 fiscais vão fiscalizar em cidades como Mossoró, Assú, Serra do Mel, tanto atividades em usinas solares fotovoltaicas quanto eólicas.

“Estamos investindo no Setor de Fiscalização. Isso vai desde carros novos, equipamentos eletrônicos modernos e treinamentos. Temos um BI que acompanha a produtividade do setor. E entramos na fase de criar uma fiscalização mais inteligente, baseada em dados”, destaca o engenheiro eletricista Roberto Wagner, presidente do Crea-RN.

A troca de experiências e o conhecimento agregado tem um objetivo claro: melhorar a fiscalização do Crea-RN. O presidente do Confea, engenheiro Vinicius Marchese, vem ao estado para participar da ação. “Nosso objetivo é padronizar os procedimentos em todo o País. Isso gera oportunidades de trabalho para os profissionais registrados”, afirma.

A iniciativa dá continuidade a uma série de operações realizadas desde. A primeira edição ocorreu em Salvador (BA), em junho do ano passado, seguida por ações em Rondon (PA), Boa Vista (RR) e Ribas do Rio Pardo (MS). Em 2025, as fiscalizações já foram realizadas em Belém (PA), Sinop (MT) e Campinas (SP).

Calendário de Forças Tarefas Nacionais
Desde então, foram realizadas as seguintes edições da Força-Tarefa Nacional de Fiscalização (FTNF):

  •    1ª FTNF: realizada em Salvador/BA, no período de 17 a 19 de junho de 2024;
  •    2ª FTNF: realizada simultaneamente em Rondon do Pará/PA e Boa Vista/RR, de 2 a 6 de setembro de 2024;
  •    3ª FTNF: realizada em Campo Grande/MS, nos dias 9 e 10 de dezembro de 2024;
  •    4ª FTNF: realizada em Belém/PA, de 12 a 16 de maio de 2025.
  •    5ª FTNF: em Sinop/MT, no período de 30 de junho a 4 de julho de 2025;
  •    6ª FTNF: em Campinas-SP, no período de 25 a 29 agosto de 2025;
  •    7ª FTNF: no Rio Grande Norte-RN, no período de 22 a 26 de setembro de 2025;

Está prevista ainda para este ano, a oitava edição:

  •    8ª FTNF: no Maranhão-MA, em data e local ainda a ser definido

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Maria de Fátima 05 set 2025

👏👏👏👏👏👏

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HUB-CREA. Reunindo soluções num só lugar.

HUB CREA-RN – Conectando para Avançar

Imagine um espaço onde ideias florescem, conexões acontecem e o aprendizado é constante. 🌱💡 Esse lugar existe: é o HUB CREA-RN.

Criado pela atual gestão do Crea-RN, o HUB é um ambiente vivo para profissionais e empresas da engenharia, agronomia e geociências. Nosso propósito é claro: unir talentos, gerar oportunidades e impulsionar o desenvolvimento profissional.

🚀 O que você encontra no HUB:

🔹 Coworking gratuito

Espaços inspiradores, disponíveis em Natal, Mossoró, Caicó, Pau dos Ferros, Assú e Currais Novos, com baias individuais, salas de reunião, internet de alta velocidade, projeção e ambiente climatizado.

🔹 Oportunidades de negócios

O HUB funciona como uma vitrine para talentos, projetos e empresas, conectando profissionais a demandas reais de mercado.

🔹 Parcerias estratégicas

Acesso a instituições educacionais, financeiras e empresariais que podem impulsionar sua carreira ou empresa.

🔹 Valorização profissional

O registro no CREA-RN ganha ainda mais valor: networking, aprendizado contínuo, novos negócios e um ambiente para trocar experiências.

🔹 Comodidade e flexibilidade

Agende sua sala online, organize reuniões com praticidade e aproveite um espaço pronto para receber você e seus clientes.

🔹 Endereço fiscal

Profissionais e empresas da área tecnológica com até 5 anos de atividade podem utilizar o endereço fiscal e/ou comercial do CREA-RN.

👉 Descubra tudo o que o HUB pode oferecer: hubcrea-rn.com

#HubCREARN #Engenharia #Agronomia #Geociências #Inovação

 

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Alessandro Bicca. Temos um Predador entre nós? Por Aragão.

Atendendo aos inúmeros pedidos que recebi, escrevo sobre um caso que tomou as redes sociais após o relato de Geovana Almeida. No centro da denúncia está o dentista Alessandro Bicca, cuja imagem pública de profissional respeitado contrasta com a experiência que ela decidiu expor: um padrão de violência meticulosa, requinte de crueldade e dominação psicológica que choca pelo cálculo e pela frieza.

À luz do dia, um homem cordial e aparentemente inofensivo. Mas, atrás das portas fechadas — ainda de acordo com seu relato —, a violência se agravava especialmente quando consumia álcool. Geovana contou que os sinais de abuso começaram com controle disfarçado de cuidado, passando por ciúmes, manipulação e isolamento social. Disse que se afastou da família e amigos e foi convencida a deixar o trabalho. A situação escalou até culminar em episódios de extrema violência física e mental. Geovana se mudou para a Europa com apoio da família, em busca de segurança e recomeço.

— Ele desferiu socos, chutes e me sufocou por diversas vezes. Bateu forte contra minha nuca e meu rosto, relatou Geovana.

A vítima afirma que, a cada três minutos, um novo ataque acontecia — o que, pelo relato, sugere que Alessandro não agia por impulso. Não era para “acabar logo” — e sim para mantê-la em estado permanente de pânico. Essa cadência, segundo especialistas, transforma a dor física em tortura psicológica, algo que a criminologia chama de sadismo instrumental: o sofrimento como ferramenta de controle.

— Me pegou pelos cabelos e me arrastou pelo chão por 2 metros, afirmou a vítima.

Será que Geovana poderia chorar? Imagino o quanto se sentiu reduzida a uma garotinha diante de uma autoridade com comportamento sádico.

O depoimento de Geovana mostra um martírio digno de filmes sobre psicopatas: sem defesa, sem fuga, sem chance de pedir ajuda. Aqui, damos voz a Geovana e a tantas outras mulheres que dizem ter sofrido abusos. A solução para casos assim está na reação da sociedade. A imprensa expõe, a população pressiona e o Judiciário deve fazer prevalecer a justiça — sinalizando aos agressores que se mantenham na coleira, com a focinheira apertada.

— O silêncio protege o agressor. A voz protege a vítima.

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Desordem e Regresso. Por Aragão.

“Ordem e Progresso.” A promessa que tremula no centro da bandeira brasileira nunca pareceu tão descontextualizada. Estamos vivendo um outro lema — aquele ainda não escrito, mas já sentido e percebido nas mentes dos que testemunham nossa nova realidade — Desordem e Regresso.

— Nossa democracia cambaleante tenta ficar em pé. Há anos que tropeça. Ainda não aprendeu a andar.

Quando se levantou após uma ditadura, já começou pisando em falso, com dois presidentes empichados e três que já foram presos: Temer, Collor e Lula. Um quarto, Bolsonaro, pode ser levado algemado nos próximos meses e já está com tornozeleira eletrônica.

As colunas que mantêm nossa república sentem os abalos. O pilar que sustenta a liberdade de imprensa apresenta rachaduras; o que apoia o Judiciário está ruindo; e o que mantém a divisão dos poderes — já caiu.

O tarifaço de Trump é um terremoto que faz tremer ainda mais nossa economia. A maioria não concorda com o tarifaço, mas creio que a totalidade dos brasileiros sente medo e insegurança em relação ao nosso futuro. Trump erra em se meter noutro país, mas vamos escalar com os EUA? O STF dobra a aposta a todo instante. Esse fardo não é muito pesado?

É bem verdade que nunca vi um líder de outra nação ajudar qualquer país sem interesses econômicos. Democracia? Todos negociam com Arábia Saudita e Qatar. Os africanos morrem diariamente de fome, miséria e doenças, submetidos a ditaduras brutais — e ninguém faz nada. O meio ambiente, nem se fala.

Por outro lado, nos assusta ver nosso presidente se aproximar de ditaduras — mas por quê? E até quando? Irã? China? Rússia? Venezuela? — Seria o novo eixo?

O país do futuro não pode retroceder na história e abrir mão da democracia — nem para a direita, nem para a esquerda. Ditaduras não prestam, independente da ideologia. Se não conseguimos ser realmente o país do futuro, que não sejamos o país do passado.

Talvez ainda haja tempo.

Tempo de consertar os alicerces antes do desabamento.

De erguer uma democracia mais madura, mais justa, mais sólida.

Que o Brasil pare de tropeçar na própria história — e finalmente aprenda a andar com os próprios passos.

— Vamos levantar a bandeira branca.

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Quantas vezes Caim ainda vai matar Abel? Por Aragão.

Inventamos o avião a jato, o carro elétrico, a internet, o smartphone que nos entrega o mundo na palma da mão. Descobrimos a sequência do genoma, quase erradicamos a AIDS, criamos trens que flutuam, cirurgias robóticas, inteligências artificiais. Mas seguimos incapazes de controlar o mais primitivo dos nossos instintos: matar uns aos outros.

— A estupidez humana é a grande fênix da guerra. Sempre renasce.

O século XXI deveria ser sobre superação, não repetição. Não aprendemos com a história? Mas, ao que parece, toda geração precisa criar sua própria catástrofe. A diferença agora é que não precisaremos de seis anos para devastar o mundo — seis minutos podem ser o suficiente.

Todos querem prever o que pode acontecer. Mas a verdade é que ninguém pode ter a certeza. Penso que nem os líderes sabem o desfecho, estão analisando e ponderando os caminhos. Porém, uma coisa é certa, estamos caminhando para um abismo, cada dia um passo.

Analisar em retrospectiva, será mais fácil para adaptar a história ao lado vencedor. Todos os lados jogam xadrez com peças humanas e apostam na ousadia e no blefe, como se o tabuleiro aguentasse uma explosão nuclear.

É bizarro o Irã dizer que tem que exterminar Israel. Sou descendente dos Judeus que saíram de Portugal e Espanha para o Brasil — como boa parte do brasileiros — e torço pelo Estado de Israel mas sonho com o mundo unido que não precise arriscar sua existência a cada conflito.

E o Brasil? Vai com quem? Com os democratas do Ocidente ou com os regimes autoritários que batem continência para ditadores e sonham com um mundo sem Israel?

Talvez a Terceira Guerra nunca venha. Mas o mais assustador é que o comportamento que levou às duas primeiras já está aqui — em rede social, em palanques, em alianças geopolíticas que cheiram a pólvora.

Caim segue matando Abel. —Até quando?

Foto: Divulgação.

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Maria de Fátima 22 jun 2025

Exatamente assim!👏👏👏👏

Alex 22 jun 2025

Já vivemos a terceira guerra, Israel agora deseja que os Estados Unidos entre de vez, assim todos os países vão entrar e aí sim, teremos a terceira guerra mundial

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Israel x Irã. Nasce a flor do caos no jardim do inferno. Por Aragão.

— Vamos ser expulsos novamente do paraíso. Mas só saberemos disso quando já for tarde demais para fugir do inferno.

A guerra entre Israel e Irã é apenas mais uma flor que desabrocha no jardim do inferno. Outras já brotaram: Rússia e Ucrânia; Israel e Palestina na Faixa de Gaza; Índia e Paquistão; Houthis e o governo do Iêmen. Agora, a tensão se espalha. A Europa ressurge em sua corrida armamentista. A França repele Moscou com palavras duras. Putin responde com ameaças cada vez mais belicosas. EUA e China já travam uma guerra fria silenciosa — tecnológica, ideológica, estratégica.

Como no Éden, a serpente colheu o novo fruto proibido: dopamina colhida nas árvores da Inteligência Artificial e dos algoritmos. E o oferece não em troca de sabedoria — mas de engajamento, indignação e ressentimento.

A intolerância é o ovo da serpente. E dele nascem os monstros. Ódios antigos que rompem a casca frágil da civilização. Ressentimentos históricos, agora alimentados por mutações digitais que aprendem, adaptam e incitam.

Essa mesma intolerância serpenteia nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp, nas esquinas, nos parlamentos, nas fronteiras. Rompe amizades, divide famílias, derruba tratados, destrói alianças. — É a praga da nossa geração.

Os drones militares são as abelhas assassinas deste novo jardim. Polinizam o terror com precisão cirúrgica. Enquanto isso, a erva daninha dos memes depreciativos, das fake news embaladas em ironia, dos comentários ácidos, das comparações desumanas, das piadas cruéis e dos vídeos editados para florescer a animosidade, se espalha por toda a terra.

Estamos, mais uma vez, sendo expulsos do paraíso. Mas não por Deus — por nós mesmos. Porque não resistimos à tentação. E, de novo, comemos do fruto.

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AGOSTINHO 15 jun 2025

Excelente texto, Aragão. O mundo entregue, cada vez mais, a imbecis, lunátidos e suicidas. O mundo está por um fio. Medo do que há por vir.

Waldemir Bezerra 15 jun 2025

Excelente reflexão! Como sempre vc tem nos presenteado com pérolas que nos faz pensar no amanhã. A ciência avança de forma vertiginosa em todas as áreas humanas. Há pouco mais de um século a Revolução Industrial. Um novo século se inaugura com a IA. Está na hora de consultar o manual do fabricante: A Bíblia Sagrada. Pensem nisso !

Francisco Serejo 15 jun 2025

Concordo, a situação é alarmante e reflete a deterioração da civilização. A intolerância e a desinformação estão em ascensão, impactando relações e sociedades.

Maria de Fátima 15 jun 2025

Perfeito!

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Israel ataca o Irã. “Estão mais perto do que nunca da bomba atômica”. Diz porta-voz de Israel.

“Estão mais perto do que nunca da bomba atômica”, diz porta-voz de Israel sobre at4ques ao Irã. “Não temos escolha, estamos operando contra uma amaça iminente e existencial”, afirmou Effie Defrin sobre o ataque preventivo israelense a alvos nucleares iranianos.

Israel realizou uma série de ataques de grande proporção contra o Irã na madrugada de sexta-feira (13/06) em horário local- noite de quinta-feira (12/06) no Brasil. Por sua vez, o governo israelenses declarou estado de emergência no seu território na expectativa de retaliações.

Segundo a mídia estatal iraniana, o chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami, e o cientista Fereydoon Abbasi, ex-chefe da agência nuclear do país, foram mortos nos ataques.

A morte de Salami é um duro golpe para Teerã. A Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) é um estratégica força militar, política e econômica no Irã, com laços estreitos com o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei.

Khamenei, afirmou que, com a operação, Israel “preparou para si mesmo um destino amargo, que certamente receberá.”

Fonte: Metrópoles.

Foto: Getty Images

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