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O Brasil que cresce… nas calçadas. Dobramos a população de moradores de rua. Por Aragão.

Vidas estacionadas na calçada.
Em pouco menos de dois anos, o número de pessoas vivendo nas ruas no Brasil passou de 160 mil para aproximadamente 345 mil, segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Não está fácil para ninguém, mas a decisão de ir morar na rua da amargura só ocorre depois que o governo da ilusão bate a porta na cara dele — foram várias portas batidas.
As portas da educação de qualidade, da saúde digna, do transporte eficaz, da moradia decente ainda não abriram. O brasileiro bate, bate, até que desiste.

Cansado de bater a cabeça na parede, resta-lhe dormir nas calçadas, coberto de papelão e usando paralelepípedo de travesseiro. O banho é de chuva ou mangueira; a alimentação, no self-service das latas de lixo. As dores são anestesiadas com cola, por verem seus filhos arriscando a vida entre veículos indiferentes e motos apressadas. Vez por outra, as portas do inferno se abrem, e um filho da puta toca fogo nele ou atira em seu peito.

Enquanto chineses, alemães, coreanos e americanos constroem carros modernos, uma parte da nossa população pendura docinhos no retrovisor e limpa para-brisas.

A economia da ilusão tenta, mas não consegue resolver. Não é por maldade. São as fórmulas ultrapassadas que não funcionam. Aumentar impostos e o assistencialismo é uma solução provisória — me engana que eu gosto. Aliás, gostava.

A picanha com cerveja apodrece numa promessa atrasada que nunca chegou. Que dirá uma educação capaz de concorrer com os países desenvolvidos.

Saímos do mapa da fome e entramos no mapa do Waze?
Os milhares de moradores de rua, se fossem mostrados na plataforma de trânsito, dariam tilt — ou “bugariam”, num palavreado mais recente.

Dividimos o país entre direita e esquerda.
Triplicamos as tarifas dos EUA.
Dobramos os moradores de rua.

A solução só virá quando todos nós nos juntarmos aos moradores de rua para cobrar mudanças.

Comentários (2)

2 respostas para “O Brasil que cresce… nas calçadas. Dobramos a população de moradores de rua. Por Aragão.”

  1. Vdd verdadeira, Aragão. Louvo sua capacidade de redigir – ela se comunica de forma fulminante. A msg alcança o leitor instantaneamente. “Vamos nos unir, oh povo – de novo”.

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Soberania ou sobrevivência. Por Alexandre Teixeira.

Já passou a vigorar a tarifa de 50% sobre uma fatia pesada das exportações brasileiras para os EUA. O golpe não veio com suspense, veio com impacto direto no bolso do produtor, do exportador e de toda a cadeia. Café, carne e outros setores estratégicos, que agora competem com o peso de um imposto que derruba margens e esmaga competitividade.

E o que fez Lula? Transformou a crise em mais um palco de bravata. Criou um pacote de crédito de R$ 30 bilhões, batizou de “Brasil Soberano” e correu para a OMC como quem aciona um botão mágico. Problema: a OMC está travada, sem órgão de apelação desde 2019. É como levar o caso para um tribunal que não funciona — serve para discurso, não para resolver. O crédito anunciado fragiliza ainda mais nosso orçamento que grita por corte de gastos, logo, criar essa falsa narrativa que esse recurso virá de um fundo específico não passa de uma ficção, tudo vem do orçamento geral da união.

Enquanto os setores atingidos imploram por negociação direta e abertura de exceções, Lula prefere falar em “moeda dos BRICS” e independência do dólar. Conversa bonita para auditório de militante, mas inútil diante de tarifas já em vigor. A realidade é que dependemos dos EUA para investimentos, tecnologia, mercado comprador e até insumos críticos como fertilizantes. Se o maior cliente decide punir, não há moeda alternativa que salve.

O teatro da “soberania” ignora que o Brasil nem controla plenamente seu território. Portos infiltrados pelo narcotráfico, garimpo ilegal prosperando na Amazônia, fronteiras vulneráveis e o cenário urbano controlado pelas facções. Como falar em independência nacional quando facções e mineradores ilegais operam com mais liberdade que a própria Policia e Receita Federal? Eles é quem ditam onde o Estado entra, a lógica tá invertida.

Soberania de verdade se constrói com segurança, infraestrutura, capacidade de barganha e estratégia comercial clara. O que temos hoje é um presidente que rejeita negociar com quem impôs a tarifa, prefere discursos inflamados e aposta em alianças ideológicas com Rússia e China como se fossem resolver um impasse com Washington. No mundo real, quem perde mercado não recupera com retórica — recupera com acordos, pressão diplomática e ação coordenada.

Lula e seus BRICS não derrubam tarifa. No máximo, derrubam a paciência de um País que precisa vender para sobreviver.

 

Alexandre Teixeira é Advogado e economista – Preside o Instituto Mais Cidades e a Comissão de Direito Financeiro da OAB/DF.

Comentários (6)

Marcossouza 16 ago 2025

Sê Alexandre de Moraes , esse ditador e seu cúmplice Lula saíssem do cenário atual , o Brasil teria , ( como tem ) , capacidade de subir ao pódium e ser tornar um dos três mais rico entre os países de primeiro mundo .

NILSON 16 ago 2025

Excelente ponderações

jorgemedeirosrn@gmail.com 16 ago 2025

Meu querido Alexandre, temos um Congresso cheio de discursos de Corte de gastos mas não aceita negociar Corte na farra das emendas parlamentares, importante também lembrar que temos um deputado pago com dinheiro da nação, que grita por sanções contra o Brasil até que chegue a terra arrazada. E a culpa disso tudo é do Presidente? Buscar dialogar com que não quer dialogar? Baixar a cabeça para um Imperador mentiroso não tem nada de Patriota.

Abdo Farret 16 ago 2025

Para Alexandre pelo comentário cirúrgico e corajoso. Precisamos de mais discursos assim. Simone Abdo

Yasmim 16 ago 2025

Perspectiva verdadeira dos fatos!

Maria de Fátima 16 ago 2025

👏👏👏👏👏👏

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Márcio Rêgo é eleito representante do Ramo Saúde na OCERN

Presidente da Unimed Natal reforça compromisso de unir cooperativas e ampliar diálogo no setor

O presidente da Unimed Natal, Dr. Márcio Rêgo, foi eleito como representante do Ramo Saúde junto ao Sistema Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Norte (OCERN). A nova função amplia o espaço de atuação de  Márcio Rêgo no movimento cooperativista potiguar e reforça o compromisso da Unimed Natal com o fortalecimento do setor de saúde no Estado.

A escolha ocorreu durante encontro realizado na sede da instituição, e também de forma virtual, reunindo dirigentes e delegados(as) de cooperativas do setor. A reunião contou com a participação de representantes da Uniodonto/RN, Coopanest/RN, Coopmed/RN, Coopern Enfermagem, Mais Vida Cooperativa, Saúdecoop, Universo Cooper, AMCoop, Multicoop, Uniodonto Mossoró, Enove, Uniodonto Seridó e Coophealth/RN.

Tendo assumido a presidência da Unimed Natal em abril deste ano, Dr. Márcio Rêgo agora terá também a missão de representar o conjunto das cooperativas do Ramo Saúde, tendo como suplente o presidente da Coopern Enfermagem, Marcelo Bessa. “Esse é um momento de construir pontes. Queremos fortalecer o diálogo entre as cooperativas, trocar experiências e desenvolver iniciativas conjuntas que tragam benefícios para todos, especialmente para quem mais importa: as pessoas que atendemos”, destacou o presidente.

Além da eleição, a reunião também apresentou detalhes sobre a atuação do Sistema OCERN, alinhamentos em relação à regularidade das cooperativas conforme a Resolução OCB nº 066-A/2024 e a construção do calendário anual de reuniões.

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Maria de Fátima 16 ago 2025

👏👏👏👏

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Referência nacional em Cuidados Paliativos estará em Natal para treinar equipes do Hospital Unimed.

A médica Lilia Embiruçu, referência nacional em Cuidados Paliativos, estará em Natal nesta sexta (15) e sábado (16) para uma agenda de treinamentos e palestras no Novo Hospital Unimed – CSU e na Gerência de Prevenção e Atenção Domiciliar – GPAD. Além de capacitar equipes técnicas e multiprofissionais, ela será palestrante no 1º Seminário de Cuidados Paliativos promovido pela cooperativa.

Com ampla experiência clínica e acadêmica, Dra. Lilia é neonatologista, paliativista, pós-graduada em Luto e Capelania, integra comitês nacionais da área e atua em projetos de referência no Brasil e no exterior. Sua presença oferece ferramentas para fortalecer a assistência integral, humanizada e multidisciplinar, valorizando não apenas o tratamento físico, mas também as dimensões emocionais, sociais e espirituais dos pacientes.

Para o diretor de Recursos Próprios da Unimed Natal, Dr. Robinson Dias, a vinda da especialista representa uma oportunidade valiosa para atualização e aprimoramento das práticas assistenciais. Já o coordenador do Núcleo de Cuidados Paliativos do Hospital Unimed – CSU, Dr. Rodrigo Furtado, destaca que o cuidado paliativo exige um olhar atento que valoriza o paciente como um todo, e que a experiência da Dra. Lilia será um ganho imensurável para a equipe e para os pacientes.

O Núcleo de Cuidados Paliativos do Novo Hospital Unimed – CSU, em fase final de implantação, tem como objetivo oferecer suporte especializado a pacientes com doenças crônicas ou em estágio avançado, orientar familiares e promover qualidade de vida. A iniciativa reforça o compromisso da Unimed Natal com a excelência técnica e a sensibilidade humana no atendimento.

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Setor Jurídico da ALRN amplia acesso à justiça para população vulnerável

No último semestre, a Coordenadoria de Defesa dos Direitos Humanos e Assistência Jurídica Popular da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) tem consolidado seu papel como elo essencial entre o poder público e a população de baixa renda. Com 372 processos em tramitação nas áreas de Direito das Famílias e Sucessões, Cível Especializada e defesa dos direitos das mulheres, a unidade reforça o compromisso da Casa Legislativa com o acesso à justiça e a dignidade da pessoa humana.

Para o presidente da ALRN, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), o serviço prestado pela Coordenadoria é uma demonstração prática do papel social do parlamento. “Nem todo cidadão tem condições de pagar por um advogado ou enfrentar os custos de um processo judicial. Por isso, a atuação dessa Coordenadoria é essencial. Ela representa o compromisso da Assembleia em garantir que a justiça seja acessível a todos, especialmente aos que mais precisam”, declarou o parlamentar.

Localizada no prédio anexo da Assembleia, na Avenida Jundiaí, em Natal, a Coordenadoria atua sob a chefia da advogada Karina Silveira Silva e tem como missão garantir apoio jurídico gratuito à população financeiramente hipossuficiente, especialmente, famílias com renda de até dois salários-mínimos.

A atuação do setor é voltada para casos de interdição, adoção, disputas familiares, registros públicos e processos relacionados à Lei Maria da Penha, assegurando o acompanhamento integral de cada demanda, da orientação inicial à representação em audiências, passando pela elaboração de peças processuais e cumprimento de diligências.

Esse atendimento gratuito só é possível graças a uma cooperação técnica firmada entre a Assembleia Legislativa e a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte, que permite a atuação jurídica da unidade dentro do escopo legal previsto e com respaldo institucional. “Nosso trabalho vai além da atuação processual. É um instrumento de promoção da justiça social, que busca pacificar conflitos e assegurar os direitos fundamentais, especialmente das mulheres em situação de vulnerabilidade”, afirma Karina Silveira.

Com mais de três décadas de atuação, inicialmente vinculada à antiga Procuradoria Judicial, a Coordenadoria hoje integra a estrutura da Diretoria de Políticas Complementares. Seu fortalecimento reflete o empenho do Legislativo estadual em assegurar que o acesso à justiça seja um direito efetivo e não um privilégio.

Além do impacto direto no atendimento à população, os resultados do setor também indicam avanços na humanização do serviço público e na construção de uma sociedade mais igualitária. “Cada processo que acompanhamos representa uma família que encontra respaldo no poder público para resolver situações muitas vezes delicadas e urgentes”, reforça a coordenadora.

O contato com a Coordenadoria pode ser feito pelo telefone (84) 3132-0343. O atendimento é realizado presencialmente na sede da unidade, localizada na Avenida Jundiaí, nº 481, bairro Tirol, ao lado da Câmara Municipal de Natal.

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O TST e os super penduricalhos — Da sala VIP aos 30 Lexus. Por Aragão.

É possível até entender a existência de alguns penduricalhos — benefícios que, dentro de um certo limite, se justificam pela função exercida. Mas o que o Tribunal Superior do Trabalho fez com a sala VIP de R$ 1,5 milhão e os 30 Lexus de R$ 346,5 mil cada para 27 ministros ultrapassa qualquer lógica de razoabilidade. Mostra não apenas a falta de conexão com a sociedade e com o momento que o país enfrenta, mas também joga luz, sem necessidade alguma, sobre uma questão que só reforça a distância entre o Judiciário e o cidadão comum. Será que o próximo passo será criar o “auxílio hora certa”, com a entrega de 30 Rolex para que seus donos não percam o voo?

Esses gastos chegam num momento em que o país enfrenta filas na saúde, cortes orçamentários, obras paradas e promessas engavetadas. E é justamente essa desconexão que transforma um ato administrativo em um símbolo político — e negativo. Uma sala VIP privativa e 30 Lexus por R$ 10,3 milhões não representam apenas conforto: representam uma mensagem. E, no caso, a mensagem é a de que o topo da Justiça do Trabalho tem uma caneta mágica e um caixa sem fundo para realizar qualquer desejo. Basta querer. Com esse distanciamento “necessário” da população, como o proposto pela Sala VIP, amanhã não seria difícil imaginar ministros em ilhas privativas.

O problema é que cada um desses excessos funciona como adubo para algo mais perigoso: o ressentimento social. O brasileiro comum, que lida com transporte precário, salários achatados e insegurança, enxerga nesses privilégios um país para poucos — onde pouquíssimos desfrutam de muito às custas de muitos que têm quase nada. Esse rancor vai se acumulando, regado por cada sala VIP, cada carro de luxo, cada promessa não cumprida e cada escândalo de corrupção.

E aqui mora o risco: um dia, esse ressentimento pode ser usado como combustível por algum radical habilidoso na retórica — um populista capaz de inflamar as massas contra “tudo que está errado”. E a história mostra que esse tipo de reação, quando vem, raramente constrói algo melhor no lugar.

Não dá para culpar apenas as redes sociais.

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CREA REALIZA CONGRESSO ESTADUAL DE PROFISSIONAIS — DIAS 14 E 15 DE AGOSTO

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) realizará, entre os dias 14 e 15 de agosto, na sede do Crea-RN em Natal, a etapa final do Congresso Estadual de Profissionais (CEP). Com o tema “Engenharia, Agronomia e Geociências no Desenvolvimento das Cidades”, o evento faz parte de uma mobilização nacional do Sistema Confea/Crea e Mútua para debater ideias e propor melhorias para a engenharia, agronomia e geociências no país.

Realizado a cada três anos, o Congresso Nacional de Profissionais (CNP) reúne contribuições de todas as regiões do Brasil. No RN, o CEP, etapa que antecede a fase nacional, foi promovido em diversas cidades, por meio de reuniões preparatórias em Caicó, Currais Novos, Mossoró, Assú e Pau dos Ferros, com o objetivo principal de formatar propostas que possam transformar a vida nas cidades brasileiras por meio da atuação técnica e estratégica dos profissionais do Sistema. Essas propostas serão debatidas em Natal e, se aprovadas, seguirão para a etapa nacional.

Já foram aprovadas mais de 30 propostas nas fases microregionais do CEP, que irão se somar às contribuições a serem discutidas durante a etapa final, em Natal, ampliando a representatividade das propostas potiguares.

“É a oportunidade de qualquer profissional do nosso sistema interferir diretamente na vida do cidadão e das cidades. Tem uma ideia para melhorar a vida das cidades através da engenharia, da agronomia e da geociência? Vem pro evento, vamos ajudar a formatar.”, afirmou Júlio Nobre, coordenador estadual do congresso.

Para orientar a construção das propostas, o Confea definiu eixos temáticos e disponibilizou textos de apoio, que estão disponíveis no site do Crea-RN: https://crea-rn.org.br/page/12o-congresso-estadual-de-profissionais-do-crea-rn. O corpo técnico do Conselho também estará presente durante o evento para auxiliar na formatação e estruturação das contribuições.

As propostas selecionadas no estado integrarão o debate nacional no CNP 2025, que ocorrerá em Vitória/ES, de 10 a 13 de setembro.

Serviço

Congresso Estadual de Profissionais
Data: 14 e 15 de agosto de 2025
Horário: 18h
Local: Sede do Crea-RN
www.crea-rn.org.br

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Comitê de Governança da Assembleia Legislativa se reúne para avaliação de metas

Com a presença das diretorias  que compõem a ALRN, o Comitê de Governança da ALRN se reuniu nesta sexta-feira (8), na Sala das Comissões.

A reunião acontece mensalmente a fim de avaliar as metas, tratar dos avanços e demais assuntos pertinentes na Casa.

Hoje estão sendo apresentados os resultados dos indicadores e metas de todos os setores da ALRN. Os números são relativos ao último trimeste.

O Comitê de Governança fiscaliza e avalia o cumprimento dos indicadores do planejamento estratégico implantado pela primeira vez na história do Legislativo do RN, uma iniciativa da gestão do presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB).

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Alessandro Bicca. Temos um Predador entre nós? Por Aragão.

Atendendo aos inúmeros pedidos que recebi, escrevo sobre um caso que tomou as redes sociais após o relato de Geovana Almeida. No centro da denúncia está o dentista Alessandro Bicca, cuja imagem pública de profissional respeitado contrasta com a experiência que ela decidiu expor: um padrão de violência meticulosa, requinte de crueldade e dominação psicológica que choca pelo cálculo e pela frieza.

À luz do dia, um homem cordial e aparentemente inofensivo. Mas, atrás das portas fechadas — ainda de acordo com seu relato —, a violência se agravava especialmente quando consumia álcool. Geovana contou que os sinais de abuso começaram com controle disfarçado de cuidado, passando por ciúmes, manipulação e isolamento social. Disse que se afastou da família e amigos e foi convencida a deixar o trabalho. A situação escalou até culminar em episódios de extrema violência física e mental. Geovana se mudou para a Europa com apoio da família, em busca de segurança e recomeço.

— Ele desferiu socos, chutes e me sufocou por diversas vezes. Bateu forte contra minha nuca e meu rosto, relatou Geovana.

A vítima afirma que, a cada três minutos, um novo ataque acontecia — o que, pelo relato, sugere que Alessandro não agia por impulso. Não era para “acabar logo” — e sim para mantê-la em estado permanente de pânico. Essa cadência, segundo especialistas, transforma a dor física em tortura psicológica, algo que a criminologia chama de sadismo instrumental: o sofrimento como ferramenta de controle.

— Me pegou pelos cabelos e me arrastou pelo chão por 2 metros, afirmou a vítima.

Será que Geovana poderia chorar? Imagino o quanto se sentiu reduzida a uma garotinha diante de uma autoridade com comportamento sádico.

O depoimento de Geovana mostra um martírio digno de filmes sobre psicopatas: sem defesa, sem fuga, sem chance de pedir ajuda. Aqui, damos voz a Geovana e a tantas outras mulheres que dizem ter sofrido abusos. A solução para casos assim está na reação da sociedade. A imprensa expõe, a população pressiona e o Judiciário deve fazer prevalecer a justiça — sinalizando aos agressores que se mantenham na coleira, com a focinheira apertada.

— O silêncio protege o agressor. A voz protege a vítima.

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Imoral. As mortes violentas cresceram 37,9% no RN. Olha aí, a violência taí. Por Aragão.

 

O Blog Marcus Aragão teve acesso aos relatórios da Polícia Civil que mostram a situação da violência em nosso estado.

— Em julho de 2025, as mortes violentas cresceram 37,9% no RN, quando comparadas com julho de 2024.

O impacto da violência molda nosso dia a dia. Vivemos assustados, muitas vezes com receio de ir e vir a lugares que antes transitávamos sem medo. Alteramos nosso trajeto, nossos horários, investimos em segurança eletrônica, mas o temor de sermos a próxima vítima não passa.

Toda noite é a mesma coisa: ruas vazias, praças sem vida e calçadas sem as senhoras conversando em frente às casas — paisagem muito comum até poucos anos atrás. Nas áreas mais residenciais, ninguém ousa sair para conversar, as crianças não brincam nas praças; só sai de casa quem precisa. É um entra e sai ligeiro, atento, olhando para os lados. É como se um alerta interno ficasse ligado 24 horas por dia.

O Estado tenta reagir, mas não consegue controlar a escalada da violência, em parte pelo déficit absurdo nas polícias Civil e Militar. Para você ter uma ideia, a Civil conta com apenas 34,83% do seu efetivo. Por que não faz mais concursos? Como vencer a criminalidade? Você entende por que a percepção de insegurança é enorme em nosso estado?

É verdade que as mortes por 100 mil habitantes diminuíram de 68,78 em 2017 para 24,23 em 2024. Foi uma conquista. Mas o crime, de forma geral, tem crescido, e a percepção de insegurança cresce junto. É preciso fazer muito mais.

— Pense e responda: você se sente seguro nas ruas do RN?

Com a economia em frangalhos, a pior nota do país no ensino médio segundo o IDEB, polícias sem efetivo nem estrutura, e um presídio federal em Mossoró, o RN se torna terreno fértil para as facções. Uma guerra silenciosa para quem vê de fora, mas real e mortal para quem vive aqui.

Nossa guerra não aparece em rede nacional. Nossa gente vive assustada e tem tombado, vítima de uma violência atroz, perpetrada por duas grandes facções, Comando Vermelho e Sindicato do Crime, que disputam território, impõem regras e estabelecem o medo como método.

— Tá tudo dominado.

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Pesquisa mostra que aprovação de Paulinho Freire só cresce. Quando o político trabalha, o resultado sempre aparece.

Existe o político que vive de promessas e há o que vive de entregas.

Nos últimos meses, a gestão de Paulinho Freire coleciona resultados concretos que saíram do papel e já estão mudando o dia a dia dos natalenses:

• Fila zero nas creches: mais de 1.600 novas vagas e o fim da espera de pais e mães que lutavam por um lugar para seus filhos.

• 85% da cidade iluminada com LED: mais segurança, economia e modernização em mais de 52 mil pontos.

• Grandes obras de drenagem: 170 km de rede limpa e 17 lagoas de captação revitalizadas para enfrentar o inverno com menos transtornos.

• Mobilidade urbana: binários implantados, calçadas acessíveis, sinalização renovada.

• Eventos que movimentam a economia: Carnaval e São João somando mais de R$ 380 milhões em impacto econômico.

• Atenção à saúde: ampliação do Corujão da Saúde, telemedicina e prontuário eletrônico.

Esses avanços não são peças de marketing. São obras, projetos e ações com impacto direto na vida das pessoas.

É por isso que a aprovação de Paulinho tem crescido tanto.

Contra fatos, não há argumentos.

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