Quando a esquerda dispensou Allyson Bezerra, apostou que isso provocaria uma rachadura na direita — pensou errado. O campo conservador segue se alinhando com Rogério Marinho, Álvaro Dias e Styvenson. É verdade que a entrada de Allyson colocou mais um rei no tabuleiro — mas essa coroa anda pesada, e deve cair antes da próxima rodada.
A lei do retorno parece ter alcançado com força o prefeito de Mossoró. Desde o embargo ao Hospital Infantil, é só ladeira abaixo: denúncias de corrupção, áudios de empresários acusando cobrança de propina, e até autorização judicial para investigação por parte do Ministério Público. Soma-se a isso a queda de popularidade nas redes sociais e, agora, nas pesquisas — como a da Perfil, em Nova Cruz, onde o nome de Allyson vem derretendo.
Mais ao centro do tabuleiro está Ezequiel Ferreira, que já afirmou disputar a reeleição para deputado estadual — mas tem deixado claro que está aberto a outros caminhos, desde que haja viabilidade política. É um ativo político consolidado por sua habilidade em transitar entre mundos polarizados, manter ampla capilaridade no interior e exercer forte influência entre prefeitos. Num cenário fragmentado, seu nome pode emergir como alternativa de convergência.
Já Cadú Xavier aproveita os holofotes da suposta candidatura ao governo para iluminar o que parece ser uma caminhada mais realista rumo à Assembleia Legislativa. Ao mesmo tempo, cumpre um papel estratégico: fazer sombra para que o verdadeiro (ou verdadeira) candidato(a) da esquerda ao governo não receba críticas antecipadas. Esse nome ainda será revelado mais para frente, mas tudo indica que será Natália Bonavides. — Quem mais seria?
O xadrez está apenas começando — mas uma peça já caminha para o xeque-mate: Allyson Bezerra.
Comentários (1)
Uma resposta para “Uma geral no tabuleiro político para o governo. Por Aragão.”
Perfeito!👏👏👏👏👏👏👏