Mais uma vez atentam contra a democracia. Ano passado, invadiram a antiga sede do Diário de Natal. Agora, a antiga sede da Semut. A postura leniente que deixa mendigos ocuparem praças, viadutos e calçadas parece ampliar a zona de desconforto da sociedade. Como se tolera, o problema só cresce.
Ao meu ver, essa tolerância toda faz parte de uma estratégia muito maior: a indústria da militância. A indústria convencional, que gera emprego e renda, não quer vir para o RN — certamente porque não recebe incentivos suficientes para isso.
A verdade é que as invasões poderiam ser revertidas rapidamente através de uma canetada da governadora. O que é, para um governo, reinstalar 40, 50 famílias? Bastava uma canetada. Mas, se fizesse isso, implodiria o movimento.
Foi curioso como, num passe de mágica, começaram a chegar alimentos, colchões, bandeiras, camisetas, e bonés no antigo Diário de Natal. O planejamento da esquerda é eficaz. Não deixaram a PM entrar. Depois, chamam a mídia, pois é importante dar visibilidade para que políticos de esquerda possam explorar esse produto através de entrevistas.
A mensagem subliminar é: “Se você quer conseguir algo, tem que ser através da militância! Mobilize um grupo, chame a atenção da mídia, que somente depois de ser explorado pela esquerda, você conseguirá algum paliativo”.
— Lembremos os Sem-Terra com suas camisas, bonés, bandeiras, entrevistas e narrativas brotando no terreno fértil da esquerda.
Capitalizar-se através da indústria militante é cruel. Lula pode dar canetadas, distribuir terras e acabar com o movimento dos sem-terra? Jamais! Acabaria com o apoio político. A governadora pode reinstalar o MLB rapidamente? Jamais! Destruiria o exército militante. A solução tem que ser paliativa, pois se resolver em definitivo — com cursos profissionalizantes que insiram os integrantes no mercado de trabalho — acabaria o movimento.
Mas há algo ainda pior: querer formar militantes bandidos com propostas como “vamos descriminalizar o pequeno furto”. — É o projeto de poder construído através de meios maquiavélicos.
Por enquanto, continuamos com os Movimentos dos Sem-Educação, Sem-Saúde, Sem-Segurança e Sem-Esperança.
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