O RN não tem dinheiro para nada. O Estado está falido. Mas eis que surge mais uma benesse para o mundo do crime — enquanto isso, faltam recursos para serviços básicos e para quem vive com medo atrás das grades de casa.
Não estamos falando do auxílio‑reclusão, pago à família do preso em um salário mínimo — esse permanece intocado pelo Governo Federal; agora soma‑se a ele a nova bolsa da Fundase/RN para jovens infratores, mais um capítulo da benevolência seletiva da esquerda com quem escolheu o caminho do crime.
No debate público, a esquerda trata qualquer crítica a esses auxílios como “falta de humanidade”, mas não demonstra o mesmo ardor para defender um auxílio estável, nacional e robusto para quem perdeu pai, mãe ou filho para a violência que explode nas ruas.
— Não fiquei sabendo do auxílio‑carteiro, da bolsa‑porteiro, do auxílio‑pedreiro, do auxílio‑trabalhador.
No RN, a Fundase criou uma bolsa de 500 reais mensais para adolescentes e jovens egressos do sistema socioeducativo que já cumpriram medida de internação ou semiliberdade, podendo chegar a 12 meses de pagamento e a um total de até 6 mil reais por pessoa.
No papel, tudo vem embrulhado em termos bonitos: “reinserção social”, “projeto de vida”, “superação da vulnerabilidade”; na prática, será que o jovem da periferia não interpreta esses auxílios como um incentivo ao crime?
— Enquanto isso, onde está o “auxílio‑vítimas”?
Onde está o programa nacional permanente, com orçamento garantido, para a viúva do comerciante assassinado em um assalto, para os filhos do motorista morto por um bandido em fuga, para a mãe que cria sozinha uma criança com sequelas de um crime violento?
Esse contraste não é acidente; é fruto de uma visão ideológica que transformou o criminoso em personagem reiteradas vezes beneficiado pela esquerda. Para esse grupo, o bandido é sempre explicado, justificado, contextualizado: é produto do sistema, da desigualdade, da polícia, do “Estado opressor”. Já a vítima vira sempre estatística.
Foto ilustrativa
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