Não bastasse os escândalos recentes de corrupção na CBF, já entra em campo mais um absurdo: A camisa da seleção vermelha. — Mais um gol contra!

A Seleção Brasileira é mais do que um time de futebol. Ela é a expressão viva de um país inteiro, carregando nas costas a bandeira, o hino e a história de um povo.
Nos últimos dias, surgiram notícias de que a camisa 2 do Brasil para a Copa do Mundo de 2026 seria vermelha — abandonando, pela primeira vez desde 1958, o tradicional azul.

O uniforme, segundo vazamento do site especializado Footy Headlines, seria fabricado pela marca Jordan, da Nike.

O estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em seu capítulo III, artigo 13, inciso III, é claro: os uniformes da Seleção devem obedecer às cores existentes na bandeira da entidade — azul, amarelo, verde e branco —, salvo em casos comemorativos e mediante aprovação da diretoria.
Ou seja: o vermelho — cor ausente tanto na bandeira da CBF quanto na do Brasil — não faz parte da nossa tradição oficial, salvo por exceções muito específicas.

É importante dizer: o problema não é a cor vermelha em si. O vermelho é usado, comercialmente, por empresas como McDonald’s, Santander, Coca-Cola, Bradesco, Claro — e até por este blog — sem qualquer conotação ideológica. Até porque seria um absurdo todas as empresas serem apenas amarelo, azul e verde.

A cor, isoladamente, não pertence a uma ideologia. Mas quando falamos da Seleção Brasileira, a situação muda de figura. Ela é a pátria de chuteiras.
Aqui, a camisa não é apenas uma peça de marketing. Ela é um símbolo nacional. Representa o país em campo, sob o olhar do mundo inteiro.

A Seleção não é uma empresa privada. Não pertence à Nike, à Jordan, nem a qualquer gestão temporária da CBF. — Ela pertence ao povo brasileiro.
Permitir que o uniforme oficial adote cores alheias às nossas tradições nacionais, abre espaço para distorções, ressentimentos e divisões.

E a última coisa que o Brasil precisa é transformar até mesmo o futebol em mais um campo de batalha ideológica.