O médico pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, acusado de abusar sexualmente de crianças que eram suas pacientes, inclusive sua sobrinha, foi preso recentemente em Pernambuco. Ele estava foragido desde novembro de 2024, quando o Tribunal de Justiça da Paraíba emitiu um primeiro mandado de prisão preventiva que não pôde ser cumprido, já que não foi encontrado em sua residência. Um novo pedido de prisão preventiva foi emitido pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) na última quarta-feira (5).

A primeira denúncia formal contra o médico ocorreu em 25 de julho de 2024 e partiu de uma das vítimas. O relato chocante veio acompanhado por outros casos semelhantes, revelando um padrão criminoso que, infelizmente, não é incomum.

— Não confie cegamente. Confie com os olhos abertos.

Este caso reacende uma discussão delicada, mas urgente: o perigo muitas vezes mora mais perto do que se imagina. Pessoas de confiança absoluta, como médicos, professores, líderes religiosos e até mesmo familiares podem se tornar criminosos quando ninguém está olhando. Embora apenas uma minoria possa cometer atos criminosos, é nosso dever ficar em alerta máximo quando o assunto é a segurança de nossas crianças. 

Os pais não podem deixar suas crianças sozinhas com ninguém. O ser humano, lamentavelmente, pode ser capaz de atos terríveis quando acredita não estar sendo observado. Não confiar cegamente não é paranoia; é uma medida necessária diante de uma realidade dolorosa.

O silêncio das vítimas, motivado por medo e vergonha, fortalece criminosos e perpetua sofrimentos indescritíveis. Ensinar limites às crianças, dialogar abertamente e criar um ambiente seguro são atitudes fundamentais para prevenir novos casos. Além disso, é preciso fortalecer as redes de proteção e garantir investigações eficazes.

Que esse caso sirva como alerta para que pais, responsáveis e a sociedade em geral adotem uma postura vigilante e protetora. Proteger nossas crianças é dever de todos nós.

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