É melhor Jair se acostumando?
— Mas o que é isso, companheiro?
Estamos diante de dois pesos e duas medidas? Aliás, um preso e duas medidas. Lógico que não estou comparando a gravidade das acusações nem mesmo os fóruns, pois são bem distintos. Apenas avalio aqui o rigor proporcional.
No caso de Bolsonaro, existiram punições antes do julgamento pelo Judiciário. Inclusive, proibição de falar nas redes sociais, prisão domiciliar e tornozeleira eletrônica. E o mais grave: já imaginamos claramente o veredito.
Aqui está o contraste: enquanto o STF age preventivamente, a Câmara se acomoda no formalismo. Poderíamos pensar, ao menos, em afastamento cautelar? Seria impossível imaginar que a vereadora esteja tentando influenciar os outros vereadores que terão que votar no seu caso? Se relacionar com os outros vereadores já não exerce alguma influencia mesmo involuntária? Não seria razoável afastar Brisa enquanto o processo não se conclui?
— Podemos pensar no Rolé Azul? Brisa cassada?
Tudo parece estranho demais quando é com o outro lado. Se é contra a direita, vamos com tudo. Lembrei agora daquela repórter da TV Tropical, Andreyna Patrício, que foi agredida enquanto fazia uma reportagem e a esquerda não polemizou — soltaram a mão dela. Enfim, ou aceitamos que as regras mudam conforme o lado político, ou cobramos que o rigor seja igual para todos.
— O que queremos? A brisa da impunidade ou o vento da igualdade?
Comentários (0)