— Tem gente vivendo com o suor do seu rosto.
Sim, na impostocracia, boa parte da nação vive de mesadas — isto é, do assistencialismo. E de onde vem esse dinheiro? Do imposto que você paga.
Um regime onde o poder não emana do povo, mas do tributo. Aqui, o cidadão nasce contribuinte, vive de boleto em boleto e morre deixando uma última prestação chamada ITCMD — o imposto sobre a própria morte.
Os governos não desenvolveram a nação. Não capacitaram as pessoas para que, sendo bem remuneradas, possam consumir mais e, assim, fazer a roda da economia girar. O que faria o emprego e a renda acontecerem naturalmente — desfazendo a necessidade de se investir tanto em assistencialismo, já que as pessoas conseguiriam se manter com o suor do próprio esforço. E não por mesadas do governo.
Só que a impostocracia sai cara para o Brasil, pois o contribuinte e as empresas não conseguem prosperar — e o desenvolvimento emperra — já que é muito imposto arrecadado e pouco investido em infraestrutura. A estrada esburacada, o hospital lotado e a escola em ruínas são sintomas crônicos de um Estado que não soube gerir o que arrecadou.
— A nação deve produzir riqueza para todos, e não impostos.
O empresário brasileiro acorda todos os dias para competir não com o mercado, mas com o sistema tributário. São 93 tipos diferentes de cobranças, entre impostos, taxas e contribuições. Uma empresa média gasta cerca de 1.500 horas por ano apenas para cumprir obrigações fiscais. É um recorde mundial — e vergonhoso.
Enquanto o Estado arrecada, o contribuinte asfixia. E, quando não consegue respirar, o próprio governo o acusa de sonegação.
A impostocracia é o regime que pune o empreendedor e premia o ineficiente.
E, como se não bastasse, vem aí mais. O governo já promete cem bilhões de reais em novos programas assistencialistas para 2026. E como o Estado brasileiro nunca corta gastos nem diminui a corrupção — apenas inventa arrecadações — a conta inevitavelmente cairá no colo de quem trabalha.
Somos a favor de políticas sociais. Mas com critério. Que sejam temporárias e tenham o propósito de fazer o brasileiro aprender a pescar — e não continuar recebendo o peixe para sempre.
Foto: Ricardo Stuckert
                        
                                
                                
                                
                                
                                
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