Bolsonaro começa a pavimentar e sinalizar os caminhos para as próximas eleições ao governo por todo país através da Rota 22 — uma referência ao número do PL. Penso que seja uma pré-campanha sutil e inteligente. Afinal, o risco de não poder participar ativamente nas campanhas das próximas eleições é real. Sendo assim, a Rota 22 é um caminho alternativo para essa questão. É uma marcha com cara de saudade, mas alma de mobilização.
— “Nosso cabra da peste, Rogério Marinho, vai ser governador do RN ano que vem”, disse Jair Bolsonaro em Mossoró.
Reservado, técnico, experiente, Marinho vem se mostrando o mais indicado para representar a direita potiguar na disputa pelo governo pela sua forte ligação com Bolsonaro e como porta-voz da causa ideológica. Sua força vem da competência administrativa e da articulação política — mas a ausência de carisma de massas ainda é um desafio. É justamente aí que entra o ex-presidente.
Ora, Tarcisio de Freitas, que também não tem carisma, mas tem Bolsonaro, foi eleito. É inegável que o ex-presidente tem um capital político impressionante. Onde passa, atrai multidões de seguidores. Mesmo inelegível, mesmo processado, mesmo silenciado, sua imagem tem mais adesão do que qualquer outra figura pública. E a Rota 22 é, em parte, uma resposta a isso: se em 2026 o ex-presidente estiver impedido de concorrer, ao menos terá colocado seus aliados na direção certa, na rota com destino às eleições.
No RN, o terreno é fértil. A rejeição ao governo estadual é alta, a oposição está sedenta por um nome forte, e o eleitor conservador permanece órfão de um projeto estadual que dialogue com suas pautas. Marinho pode ocupar esse vácuo. E a Rota 22 é o tapete que está sendo estendido.
— A caravana que transporta mudanças e patrimônio eleitoral.
Mais do que lançar candidaturas, Bolsonaro quer mostrar força institucional. Mostrar ao Judiciário que não está só. Mostrar ao Brasil que sua base não enfraqueceu. Mostrar ao mundo que, mesmo fora do cargo, ainda é o maior capital eleitoral da política brasileira.
O destino? A cadeira do governo.
O condutor? O capitão.
O passageiro? Rogério Marinho.
Comentários (5)
5 respostas para “Lembrando os deputados que votaram a favor do aumento do ICMS. Por Aragão.”
Há quem os defenda. Fazendo parte das barbáries em série. Lamentável! Muitos desses oportunistas… O que eles querem mesmo? Dinheiro no bolso deles… E a população em extinção de uma moeda no bolso…
Boa tarde, prezado! Lembranças sempre bem vindas, afinal todos os listados sem exceção mudam vestes e faces ao sabor do oportunismo continuamente… e por óbvio seguirão apoiando absurdos e os criticando ao sabor de suas ambições de momento… e quando for oportuno!
👏👏👏👏👏
Osmar Terra, Bia Kicis, Gustavo Gayer, Nikolas Ferreira, Ricardo Sales, Marcel Van Haten, Bibo Nunes, Abílio Brunini, Zambelli…….chega. Sabem o que estes deputados federais votaram contra? Uma reforma tributária que é modelo em praticamente TODOS OS PAÍSES DESENVOLVIDOS e que resultará em ISENÇÃO DE IMPOSTOS SOBRE ITENS DA CESTA BÁSICA a partir de 2027. Já que o assunto aqui é ” refrescar a memória” sobre assuntos que irão refletir diretamente no bolso do potiguar, sejamos justos… PAU QUE DÁ EM CHICO DA EM FRANCISCO
Boa lembrança!