O atentado que atingiu o senador colombiano Miguel Uribe Turbay, neste sábado (7), chocou o país e reacendeu o fantasma da violência política na América Latina. O parlamentar, ligado ao partido Centro Democrático, foi baleado durante um ato de campanha em Bogotá. Os tiros — dois na cabeça e um no joelho – partiram de um menor de idade, entre 14 e 15 anos, que foi baleado no pé pelos seguranças e capturado no local.
Miguel Uribe permanece em estado crítico, internado na Fundação Santa Fe, após passar por cirurgia eurocirúrgica e vascular. Sua esposa declarou que ele está
“lutando pela vida”.
O uso de um adolescente como autor do atentado levanta questões perturbadoras. Não se trata apenas de um crime político, mas de um sinal da degradação moral que atravessa o continente: menores recrutados como instrumentos de guerra, ideológica ou não. O caso lembra as cicatrizes abertas da colômbia, onde o narcotráfico, a guerrilha e os interesses escusos da política tradicional já ceifaram vidas demais.
O presidente Gustavo Petro cancelou sua viagem à França e se ronunciou pedindo investigação urgente.
Até quando aceitaremos que a política na América Latina seja decidida no gatilho — e não no voto?
Comentários (0)