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Ninguém solta a mão de ninguém. Mas soltaram a mão da Andreyna Patrício. Por Aragão.

 

A repórter da Rádio Tropical estava em seu lugar de fala. Sozinha, sendo atacada, ela representava a minoria diante do ódio. E muitos silenciaram. O que é mais importante: combater a violência ou proteger a ideologia?

Infelizmente, não vimos a esquerda condenar o ato de violência.

É preciso que todos lutemos para defender as vítimas de agressão, os violentados, os injustiçados — não apenas quando forem “do nosso lado”. — Hipocrisia que chama?

Vamos lutar juntos contra a agressão — ou só quando o agressor não é “do nosso lado”?

A verdadeira luta contra a violência não tem cor, sexo, religião nem partido.
Nossa pauta deve ser a defesa do ser humano.
Nossa agenda permanente deve ser o combate à violência e a defesa da mulher, das crianças, da comunidade LGBT e da liberdade religiosa. Nosso compromisso deve ser com a justiça.

— Se você se calou, você defendeu o agressor.
Além de hipocrisia, isso deteriora o tecido social. Enfraquece seu discurso e estimula que outro repita — ou revide — a agressão, entrando assim numa espiral que só gera mais ressentimento.

Ninguém solta a mão de ninguém — mesmo que a outra mão vote diferente.

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2 respostas para “Ninguém solta a mão de ninguém. Mas soltaram a mão da Andreyna Patrício. Por Aragão.”

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Uniclube lança campanha de Dia dos Pais com ofertas especiais e presentes para todos os estilos

Ação vai até 10 de agosto e inclui frete grátis para clientes Unimed em Natal e região metropolitana

O Uniclube, marketplace da Unimed Natal, lançou uma campanha especial em comemoração ao Dia dos Pais. Até o dia 10 de agosto, os consumidores podem acessar o site e aproveitar ofertas em diversos segmentos, com uma curadoria pensada para atender aos mais variados perfis de pais.

A seleção inclui produtos com descontos em categorias como acessórios, vestuário, cuidados pessoais, perfumaria, eletrônicos, ferramentas, itens para churrasco, passeios turísticos, entre outras. A ideia é facilitar a busca por um presente que una praticidade, significado e bom custo-benefício.

A campanha pode ser acessada por meio do link uniclube.com.br/busca?q=achadinhosdopai, onde os usuários encontram sugestões para pais clássicos, vaidosos, aventureiros, conectados ou apaixonados por churrasco.

Além da variedade de produtos, o Uniclube oferece frete grátis para clientes Unimed em Natal e na Região Metropolitana (consulte as condições no site), além de um ambiente seguro e prático para a realização das compras online.
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*Serviço:*
📌 *Campanha Dia dos Pais Uniclube*
🗓 Período: até 10 de agosto de 2025
🔗 Acesse: uniclube.com.br/busca?q=achadinhosdopai
🚚 Frete grátis para clientes Unimed (consulte condições no site)
🛍️ Ofertas em diversos segmentos, como acessórios, vestuário, eletrônicos, ferramentas e muito mais

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Trump isenta 694 produtos da taxação, mas taxa Alexandre de Moraes em 100%. Por Aragão.

Trump recuou na economia — e avançou na política. Isentou 694 produtos brasileiros da tarifa de 50% anunciada dias atrás, mas não abriu exceção para um item que, segundo sua lógica estratégica, não pode entrar nos Estados Unidos: Alexandre de Moraes.

O presidente norte-americano não vetou soja, nem frango, nem minério. Vetou Moraes.

Trump não virou súbito defensor dos direitos humanos nem está arriscando capital político por compaixão a Bolsonaro. Ele está, como sempre esteve, defendendo interesses econômicos — os do mercado americano, e principalmente os do eixo financeiro-tecnológico que deseja preservar a hegemonia do dólar e o domínio das plataformas ocidentais.

Porque o que realmente incomoda Washington não é a censura brasileira em si pois a Arábia Saudita é muito pior e está tudo bem para Trump — o que incomoda realmente é uma possível cobranças das Big Techs que não querem pagar impostos; a tentativa de desdolarização que os BRICS estão ventilando e o Brasil acenando para a China, usando o sistema bancário CIPS, sinalizando que talvez, num futuro não tão distante, não dependa mais do SWIFT (sistema ocidental) nem de Wall Street.

A taxação foi apenas o primeiro degrau de uma escada que, se continuar a subir, pode empurrar o Brasil para baixo. O adiamento da entrada em vigor das tarifas para o dia 6 de agosto não é gesto diplomático — é aviso. Um tempo calculado para que o governo brasileiro ceda, negocie, ou pelo menos sinalize alguma inflexão.
— Não temos poderio militar nem econômico para uma disputa com os EUA.

Lamentamos que isso tudo esteja acontecendo. Que Moraes e o STF têm exagerado nas suas decisões, têm sim, é verdade. Mas a entrada de um outro país nesse tabuleiro interno abre um precedente perigoso. A partir do momento em que uma potência estrangeira interfere — outras nações poderão seguir esse caminho?

— O primeiro dia do resto de nossas vidas está chegando. 06/08/25.

Foto: Metroploes.

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IX Mostra Pedagógica da Casa Durval Paiva acontece nesta quinta-feira (31)

As crianças e adolescentes acolhidos pela Casa Durval Paiva apresentam, nesta quinta-feira, 31 de julho, os trabalhos produzidos por eles na Classe Domiciliar e Hospitalar da instituição, dentro da IX Mostra Pedagógica da CDP, um evento repleto de criatividade, descobertas e muitas emoções, que será aberto ao público e vai acontecer a partir das 14h, na sede da instituição, localizada na Rua Clementino Câmara, 234 – Barro Vermelho.

O Espaço Educacional da Casa Durval Paiva trabalha projetos pedagógicos interdisciplinares integrados aos conteúdos curriculares enviados pelas escolas. Teremos exposições, atividades interativas, arte, cultura e muito mais.

O acompanhamento educacional possibilita que os pacientes deem continuidade aos estudos, respaldados pelas leis que regem a educação especial. O método de ensino objetiva cumprir e organizar estratégias que possibilitem a continuidade do processo de escolarização, a fim de oportunizar o desenvolvimento e construção do conhecimento dos alunos.

Cumprindo a missão da Casa Durval Paiva de “Acolher a criança e ao adolescente com câncer e doenças hematológicas crônicas e seus familiares, antes, durante e após o tratamento, buscando a cura, contribuindo para o resgate da cidadania, dignidade e a qualidade de vida”, atualmente, a organização é uma referência no suporte ao tratamento de crianças e adolescentes.

As chances de cura do câncer infantojuvenil são de até 80%, se for diagnosticado precocemente. Conheça outras ações e projetos desenvolvidos pela Casa em www.casadurvalpaiva.org.br ou nas redes sociais da instituição (@casadurvalpaiva).

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Maria de Fátima 30 jul 2025

👏👏👏👏👏👏

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Deputada Cristiane Dantas anuncia suporte jurídico, psicológico e social à vítima do espancamento.

O caso Igor Cabral chocou o Rio Grande do Norte — e o país inteiro.
Mas do outro lado da covardia, se levanta uma rede de proteção, amparo e coragem.
A Procuradoria da Mulher da ALRN, sob a liderança da deputada Cristiane Dantas, já acolheu a vítima e mobilizou suporte jurídico, psicológico e social.

Não é apenas uma fala de efeito. É ação.
E toda ação contra a impunidade merece ser reconhecida.

Todos os políticos — de todas as esferas — devem se manifestar contra essa monstruosidade.
O silêncio, nesse caso, também é uma forma de agressão.

Nenhuma mulher potiguar está sozinha.
E nenhum agressor ficará impune.

#JustiçaPorEla #CristianeDantas #ProMulher #IgorCabralNaCadeia #ViolênciaContraMulher #PorAragão

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Ricardo 30 jul 2025

Parabéns pela rápida atuação da deputada Cristiane Dantas. Não existem palavras para traduzir tamanha brutalidade e covardia. Parabéns à deputada Cristiane e a você Aragão pela abertura do espaço.

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Igor Eduardo Pereira Cabral – O Covarde. Por Aragão.

Natal ainda não tinha visto uma aberração dessa natureza — Hoje sabemos que existe um monstro entre nós.

— 28 de julho de 2025 — o dia que o covarde Igor Cabral entrou para a Infâmia.

— 61 socos no rosto de uma mulher indefesa.

Todos nós já vimos brigas de rua, lutas entre profissionais, e nunca tínhamos relatado uma explosão de violência dessa magnitude. Um tentativa de homicídio com requintes de crueldade. Igor Cabral conseguiu cometer um crime contra as mulheres, contra as leis dos homens, as leis de Deus e, acredito, até as leis do mundo do crime. Sim, criminoso como é, a partir de agora terá que se ver também com a justiça do crime. Não me admiro se os bandidos não quiserem dividir a cela com ele. Por outro lado, acho que o demônio também não queira a presença dele.

“Foi um surto claustrofóbico.”
Surto, Igor?

— Surto claustrofóbico ou surto de hipocrisia?

Seria essa a primeira vez que Igor Cabral anda de elevador? Não? Outras vezes ele já esmurrou as paredes dos elevadores? Já bateu com a cabeça na parede? Não? Já bateu em alguém mais forte? Não? Só escolhe os mais fracos? Muito conveniente ter um surto justamente com alguém indefeso. Ora, se é surto, não teria consciência para fazer escolhas. Poderia ter agredido um policial, alguém mais capaz de se defender, mas nosso monstro do cinismo fez a escolha conveniente e agora faz uma alegação bombada de inconsistências.

Ora, ora, no mesmo dia quando preso e trancado no camburão, que é bem mais apertado e claustrofóbico que o elevador, o covarde não teve nada. Mesmo sabendo que estava preso, que estava com o rosto em todas as mídias, que enfrentaria processos, que não teria liberdade, que ficaria numa cela em instantes cercado por marginais… o covarde não teve surto nenhum. Sereno e tranquilo como um psicopata.

— É preciso que a nossa sociedade reaja!

A midia deve seguir vigilante contra esse monstro. Vamos acompanhar o desenrolar dessa história para divulgar cada passo nesse processo. Afinal, Igor Cabral agrediu toda população que segue inconformada e clama por justiça.

— Igor Cabral, quem quebrou a cara foi você!

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Maria de Fátima 29 jul 2025

COVARDE MESMO!

Sérvulo Medeiros 29 jul 2025

Muitos que tem físico avantajado, fazem isso com certo prazer...buscam academias de luta e ginástica buscando ter um porte físico maior para amedrontar, intimidar e agredir indefesos, ou menos preparados, não sei e não dizer qual o percentual, mas são muitos.

Silvia Helena 29 jul 2025

Muito triste e revoltante. Muita covardia. Monstruosidade! Sem palavras para definir. Um homem que acabou com a própria vida por causa da sua agressão, covardia e perversidade.

Marília Lima 29 jul 2025

A cadeia é o lugar dele. Vamos ver como os juízes vão julgar.

Manoel Rocha 29 jul 2025

Vergonha ter um canalha desses no RN

Fernando Almeida 29 jul 2025

Barbarie sem fim. Um monstro!!!!

84999826656 29 jul 2025

Quero que tire esse vídeo pq qualquer um que vise isso ..quede a educação dos pai ?? Colocar a filiação?? tou revolta cadeia d 30.A 🤬💔🙏

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Projeto apoiado pela Unimed Natal e ONG Atitude Cooperação oferece atendimento gratuito a crianças e adolescentes

Pediatria Itinerante reúne médicos e parceiros para levar cuidados de saúde a crianças e adolescentes do RN

Na manhã deste domingo (27), Dia do Pediatra, a diretoria da Unimed Natal marcou presença na ação social Pediatria Itinerante, projeto idealizado e coordenado pelo médico infectologista e pediatra Dr. Francisco Américo Micussi, e que vem se destacando pelo impacto positivo junto à população infantil do Rio Grande do Norte.

A edição especial comemorativa contou com a parceria da ONG Atitude Cooperação – braço social da Unimed Natal – e ofereceu atendimentos voluntários em diversas especialidades médicas para crianças e adolescentes de 0 a 15 anos residentes na zona Oeste de Natal.

A Unimed Natal reforçou seu apoio à iniciativa. Para o diretor-presidente Dr. Márcio Rêgo, o projeto merece ser ampliado e reconhecido. “Esse projeto já é vitorioso, foi premiado e está a serviço da população, especialmente das nossas crianças. A Unimed Natal apoia em toda sua complexidade e magnitude, e convida os nossos cooperados, principalmente os pediatras e suas subespecialidades, a participarem ativamente das próximas edições”, afirmou.

A vice-presidente da Unimed Natal, Dra. Carla Karini, também esteve presente e destacou a relevância da parceria. “É muito bom ter a Unimed Natal como parceira de um projeto tão inspirador. Ações como essa aproximam o médico da comunidade e promovem um cuidado integral e humano com as crianças e adolescentes”, disse.

*SOBRE A ONG*
A Atitude Cooperação, parceira da iniciativa, é uma organização sem fins lucrativos fundada em setembro de 2006 pelo conselho da Unimed Natal. Atua em comunidades vulneráveis como os bairros Bom Pastor e Felipe Camarão, com o objetivo de promover inclusão social, desenvolvimento comunitário e oportunidades culturais. Entre seus projetos, destacam-se o programa Tocando a Vida com D’Amore, que oferece aulas de música e orquestra para crianças e jovens, e diversas ações voltadas à educação, saúde, cultura e esporte.

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A democracia que precisa calar o silêncio ainda é democracia? Por Aragão.

Sou a favor da liberdade de expressão — mas não da liberdade de agressão.
É claro que o país precisa discutir limites, com todo o cuidado para não instituir a censura.
O que não se pode é usar o pretexto da proteção institucional para censurar até o silêncio.

Foi isso que vimos com o deputado Hélio Lopes.
Não havia microfone. Não havia gritos.
Era um protesto mudo.
Havia apenas um esparadrapo na boca.

Era uma manifestação silenciosa — e simbólica.
E foi proibida.

Tem gente dizendo que calar o deputado foi necessário pra proteger a democracia.
Mas a democracia que precisa calar o silêncio dos outros… ainda é democracia?

Karl Popper, filósofo austríaco, dizia que não se pode tolerar os intolerantes.
Pesquisem depois sobre o paradoxo da tolerância.
Mas Hélio não gritou, não pregou golpe, não xingou ninguém.
Ele se calou — e mesmo assim foi censurado.

É preciso defender a democracia.
Mas que, para isso, não precisemos destruí-la.
Não adianta salvá-la e transformá-la em refém.

— Proibir a fala é autoritarismo.
— Proibir o silêncio é desespero.

Sim, é preciso proteger a democracia.
Mas analisando cada passo, cada movimento, para que — no fim — esse caminho sem volta para o autoritarismo não tenha ido longe demais.

Foto: Luis Nova/Metropoles.

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A inaplicabilidade da Lei Magnitsky a autoridades brasileiras. Por Fernando Rocha.

A inaplicabilidade da Lei Magnitsky a autoridades brasileiras: por que ministros do STF e o Procurador-Geral da República não podem ser alcançados por sanções externas.

Muito se tem falado, especialmente em redes sociais e círculos políticos polarizados, sobre a possibilidade de aplicação da chamada Lei Magnitsky a autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ou o próprio Procurador-Geral da República. Há quem defenda que, diante de supostos abusos de poder ou omissões institucionais, essas figuras públicas deveriam ser alvo de sanções internacionais, nos moldes do que já ocorre com autoridades de regimes autoritários. No entanto, do ponto de vista jurídico e institucional, essa ideia é, ao mesmo tempo, inviável e perigosa, por representar uma confusão entre política externa e Estado de Direito.

A Lei Magnitsky, originalmente adotada pelos Estados Unidos em 2012 e depois expandida globalmente, é uma ferramenta de política internacional que permite a imposição de sanções a indivíduos estrangeiros envolvidos em graves violações de direitos humanos ou corrupção sistêmica. Trata-se, essencialmente, de um instrumento unilateral de soberania externa, usado como resposta estatal à impunidade transnacional. Nada mais legítimo — e necessário — em um mundo onde a responsabilização internacional ainda é rarefeita.

Contudo, o alcance dessa lei se limita ao território e à jurisdição do Estado que a promulga. Ela não possui qualquer validade jurídica no Brasil, não gera efeitos vinculantes internos e tampouco serve como base para responsabilização formal de autoridades brasileiras. É um erro conceitual — e jurídico — supor que um ministro do STF ou o chefe do Ministério Público da União possam ser afastados, investigados ou punidos a partir de uma legislação estrangeira que sequer foi recepcionada ou ratificada pelo ordenamento jurídico nacional.

A Constituição Federal de 1988 é clara ao estabelecer o Brasil como um Estado soberano (art. 1º) e ao fixar as competências e prerrogativas de seus Poderes e agentes públicos. Ministros do STF possuem foro por prerrogativa de função (art. 102, I, b), e o Procurador-Geral da República goza de independência funcional (art. 127, §1º). Essas garantias não existem para blindá-los de críticas ou isentá-los de responsabilidade, mas para assegurar a autonomia institucional e a estabilidade do sistema de freios e contrapesos.

Aceitar que um país estrangeiro — por mais democrático que seja — possa sancionar unilateralmente membros do Poder Judiciário ou do Ministério Público brasileiros, com consequências jurídicas internas, seria abrir um precedente inaceitável contra a soberania nacional e contra o devido processo legal. Imagine se o Brasil, por sua vez, resolvesse aplicar sanções a juízes da Suprema Corte americana ou a procuradores alemães. Isso equivaleria a uma interferência internacional indevida, repudiada por qualquer ordem constitucional séria.

Ademais, do ponto de vista doutrinário, juristas como Valério Mazzuoli lembram que normas estrangeiras só produzem efeitos no Brasil mediante ratificação de tratados internacionais e sua internalização por decreto presidencial (art. 49, I, e art. 84, VIII, da CF/88). A Lei Magnitsky não atende a nenhum desses requisitos. Trata-se, pois, de um instrumento eficaz — mas internacionalmente limitado.

Isso não significa que agentes públicos brasileiros estejam acima da lei. Pelo contrário: devem prestar contas dentro do sistema constitucional brasileiro, inclusive por meio de investigações internas, controle judicial, processos legislativos ou até responsabilização perante tribunais internacionais como o Tribunal Penal Internacional (TPI), se for o caso. O que não se pode aceitar é a tentação populista de substituir o ordenamento jurídico nacional por um mecanismo estrangeiro de sanção simbólica, sem o devido contraditório, sem instância recursal e sem previsão constitucional.

Em tempos de crise institucional, é fácil ceder ao impulso de buscar soluções externas para os problemas internos. Mas a defesa do Estado de Direito exige firmeza de princípios — inclusive o princípio da soberania. A Lei Magnitsky é uma ferramenta legítima de política externa, mas não pode ser usada como atalho punitivo para resolver impasses institucionais no Brasil. O caminho para a responsabilização de autoridades é árduo, jurídico e interno — e precisa ser trilhado com respeito à Constituição.

Se o Brasil quiser adotar um regime semelhante ao da Lei Magnitsky, que o faça por meio de debate legislativo, aprovação democrática e adaptação constitucional. Fora disso, estaremos apenas importando o arbítrio travestido de justiça, ainda que sob a bandeira sedutora do combate à corrupção e aos abusos de poder.

 

Fernando Rocha é Procurador da República e Mestre em Direito  Internacional

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Xavier 27 jul 2025

Não tem validade jurídicano Br, mas tem todos os efeitos práticos.

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A Pandemia das Tarifas. Por Aragão.

A Covid-19 não poderia ter sido evitada de chegar ao Brasil. A nova pandemia, sim.
Pois não veio de um vírus invisível. Veio de decisões bem visíveis, que permitiram que o vírus da tarifa Trump chegasse e contaminasse toda a economia.
Não será medida em vidas perdidas, mas em empresas fechadas, empregos destruídos e qualidade de vida agonizando nas contas de luz, gás, água, combustível e impostos.

O início foi pelos EUA. Agora, a Venezuela impõe tarifas de 77%, e a União Europeia estuda novas medidas caso continuemos a negociar com a Rússia. Cada tarifa poderá atuar como um vírus na economia.

Com a pandemia instalada, quem deveria usar máscara agora são os responsáveis. Mas não para se proteger — e sim por vergonha.
Usar máscara, nesse caso, seria um ato de coerência.

O distanciamento social também se justificaria — mas não por risco de contágio, e sim por pura indignação.
Quem deseja proximidade com quem sufoca o orçamento do brasileiro em nome de uma luta inglória?
O isolamento social e a máscara seriam atos voluntários dos responsáveis pela nova pandemia.

— E a vacina?

Ela existe. Não está em laboratórios, nem exige três doses. Chama-se bom senso.
Não tem efeito colateral. E está ao alcance de qualquer autoridade: não precisa carteirinha de vacinação, apenas responsabilidade, empatia e o mínimo de visão de país.

Para ser vacinado, não é preciso “dar o braço” — basta estender a mão.
Fazer as pazes para conseguir imunidade de rebanho para todos os brasileiros.
Quando a necessidade entra pela porta, a ideologia deve sair pela janela.
Infelizmente, temos os negacionistas dessa nova pandemia, que negam o grande risco que corremos — e a eficácia dessa vacina.

— A saúde econômica do Brasil é frágil.
Não seremos entubados, mas entraremos pelo cano.

Essa pandemia não mata com febre, mas com fatura.
E, diferentemente da anterior, ela não precisa se espalhar.
Mas, se deixarmos, vai contaminar o Brasil inteiro.

Foto: Imagem gerada por IA.

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Orlando 27 jul 2025

Esse governo é muito irresponsável não compromisso com o país,a ambição desse povo é o poder,essas alturas a diplomacia brasileira já se foi pelo ralo e assim fica complicado.

Maria de Fátima 26 jul 2025

Sensacional

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Os 3 Poderes Que Não Podem e o Louco. Por Aragão.

Eles podem muito, mas não podem tudo.

O Brasil tem três poderes. Mas nenhum poder real para enfrentar uma superpotência como os Estados Unidos. E não se trata de submissão. Trata-se de maturidade. De saber a hora de bater — e a hora de negociar.

— Os EUA não vão enlouquecer se ficarem sem nosso café e suco de laranja.

É aqui que entra a Teoria do Louco (Madman Theory).
Assisti ontem a um documentário da BBC que explica bem essa estratégia.
Criada por Nixon, aperfeiçoada por Trump, essa teoria parte de um princípio simples: quem parece capaz de tudo, impõe medo.
Trump faz questão de parecer irracional, imprevisível, perigoso. É uma encenação calculada. Um jogo de xadrez em que ele derruba as peças de propósito — só pra lembrar que pode virar o tabuleiro a qualquer momento.

E está dando certo. Saiu no Wall Street Journal:

“O mercado acionário está atingindo níveis recordes nos EUA.
O índice de confiança dos consumidores, que era o mais baixo dos últimos três anos, voltou a subir.
As vendas no varejo superaram as previsões dos economistas, e a inflação galopante não se concretizou, ao menos por ora.”

Sim, é preciso reagir. Mas com pragmatismo. Com o pé no chão da nossa terra.
Não precisamos de problemas externos se já temos internamente mais do que o suficiente.
Reagir na política internacional sem medir as consequências é uma loucura sem estratégia.

O Japão, 3a maior economia do mundo, não revidou, não polemizou e baixou a tarifa de 25% para 15%.

Estamos disputando com os EUA, lutando contra uma recessão interna e tentando apartar, sem sucesso, a esquerda e a direita. Esse clima de guerra serve bem às narrativas do presidente Lula — mas a um custo alto demais.

A alternativa de se aliar ao “novo eixo” — China, Rússia, Índia — é uma ilusão revestida de discurso ideológico.
Nenhum desses países tem histórico de proteger parceiros. São predadores sofisticados.
Trocar os EUA por eles pode até parecer ousadia, mas é só dependência com outro sotaque.

O Brasil precisa descer do palanque, tirar a toga, guardar a bandeira debaixo do braço e começar a fazer conta. Porque os 3 poderes devem se unir, primeiramente, para lutar pelo povo Brasileiro.

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Maria de Fátima 24 jul 2025

👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

Henrique Junqueira 24 jul 2025

Brasil....alguns brasileiros, precisam cair na real da sua inferioridade diante da super potência norte americana. Não bastasse essa falta de senso, continua de vento em popa rasgando e destruindo instituições basilares. Desordem! A promovida pelo STF é a pior de todas e sequer necessário desenhar. Solução: reconhecer o caos e desativar quem está manobrando as condutas nocivas. Atenção, Congresso! Disparem os impeachment de meia dúzia e põe ordem na casa.

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