No ranking nacional, nosso Estado foi o 17º mais visitado em 2024. O RN registrou a quarta maior retração do Brasil, atrás apenas de Rondônia, Goiás e Rio Grande do Sul.
Caímos duas posições. O RN recebeu 285 mil turistas brasileiros; em 2023 foram 317 mil.
Entre os estados nordestinos, o RN ficou em penúltimo lugar, à frente apenas de Sergipe.
— Respeitemos o turista.
Pra começar: por que o turista tem que pagar um preço extraordinariamente mais alto nas passagens aéreas partindo e chegando ao RN?
Esse recuo do turista não foi à toa. Nosso Estado investe em turismo apenas uma pequena fração do que investem outros estados do Nordeste — e o resultado disso sempre aparece. Ou desaparece.
Por outro lado, Pipa não pode levar o turismo do RN nas costas. É uma praia maravilhosa, mas nosso turismo pode — e deve — ser muito mais.
É preciso começar a consertar uma história de desmandos. São décadas de atraso.
Se, para nós que somos daqui, só temos basicamente a praia e o shopping como opção de lazer, o que o turista vem fazer por aqui?
— Vai para o interior? Seria ótimo, mas com que estradas?
Se resolver ficar por aqui, que tal conhecer nosso bairro histórico da Ribeira?
Bem que poderia se chamar “Parque das Ruínas IPHAN”.
Também podemos conhecer o Centro da cidade, que agoniza principalmente pela falência da Ribeira, que já não gera mais fluxo de passagem.
Gestões municipais anteriores atrapalharam mais do que ajudaram. Lembremos o Plano Diretor, que atrasou imensamente nossos bairros de Petrópolis e Tirol.
Outra opção seria ir ao Parque das Dunas passear?
Mas e o lixo? E os brinquedos quebrados? E os formigueiros?
O Governo não faz a manutenção necessária.
Quer caminhar pelas calçadas do RN? Mas com que segurança?
Vir de navio para cá? Não é possível, pois o Terminal Marítimo da Ribeira foi mal projetado e não consegue receber grandes embarcações — já que elas não passam por baixo da ponte.
— Já pensou se o turista se acidenta?
Ele vai para o Walfredo Gurgel?
Belezas naturais e hotéis de qualidade temos de sobra — problemas para serem resolvidos em nosso Estado, também.
O turista não é bobo.
Talvez os bobos sejamos nós, que ainda achamos que ele virá sem as mudanças necessárias.
                        
                                
                                
                                
                                
                                
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