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Manual de Sobrevivência do WhatsApp — Como não ser chato! Por Aragão.

Cada vez mais pessoas usam o WhatsApp para resolver todos os assuntos. Trabalho, lazer, família… nossa vida passa pelo aplicativo. — O Brasil envia quatro vezes mais mensagens de voz do que qualquer outro país do mundo. Putz!. E ainda tem gente que não aprendeu a usar. Por isso, segue o guia definitivo. Afinal, o sol nasceu para todos — mas o bom senso, não.

1. Evite enviar áudios com mais de um minuto.

Tente ser objetivo. Grave no máximo 2 ou 3 áudios curtos. Ninguém gosta de receber uma sequência infinita de notificações. Não seja repetitivo nem prolixo — as pessoas têm mais o que fazer. 

2. “Bom dia” não é assunto.

Se for enviar, junte com o conteúdo principal. Ninguém está do seu lado para responder na hora. O receptor da mensagem vai ler quando puder. Forçar interação pode ser irritante.

3. Em ambientes públicos, use texto.

Ninguém quer ouvir o que você está ouvindo. Muito menos no ônibus, na cafeteria ou na recepção do consultório.

4. Mandou mensagem? Espere.

Se for urgente, ligue. Se não obtiver resposta, aguarde. Não mande uma enxurrada de áudios, mensagens ou interrogações cobrando retorno.

5. Não conhece a pessoa? Apresente-se.

“Olá, sou fulano de tal. Tenho seu contato por causa disso e gostaria de falar sobre aquilo.” Parece básico, mas tem gente que ignora.

6. Mantenha o foco nos grupos.

Se o grupo é sobre trabalho, evite piadas, memes ou vídeos aleatórios. Fale do que interessa.

7. “Pensamentos do dia” nem sempre iluminam.

Começar o dia com dezenas de imagens e mensagens pode ter o efeito oposto. Se gosta de enviar esse tipo de conteúdo, observe as reações — especialmente em grupos profissionais.

8. Não repasse tudo o que recebe.

Evite correntes, teorias conspiratórias e informações sem checar a veracidade. Você pode acabar sendo o chato ou, pior, o desinformado.

10. E por tudo que é mais sagrado… não abra o WhatsApp no trânsito.

É o fim do mundo ter que buzinar para a fila andar.

No fim, a regra é simples: — Se incomoda quando fazem com você, não faça com os outros.

Comentários (6)

Edmilson 03 abr 2025

Show👏👏👏👏👏

Clara Campos 03 abr 2025

Muito bom kkkkkkkk

de Fátima veras 03 abr 2025

👏👏👏👏👏excelente!😁😁😁😁

Fábio 03 abr 2025

Vou já enviar esse Manual para os grupos para ver se alguns começam a praticar.

Romulo 03 abr 2025

Perfeito.

Ricardo 03 abr 2025

Simplesmente brilhante. Claro e objetivo. De forma extremamente sutil, só faltou perguntar se não precisava desenhar ✍️ 😂😂

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PPA Participativo — A Prefeitura de Natal na palma da sua mão. Por Aragão.

Tem a hora de criticar e a hora de elogiar. Pois bem, nem sempre é fácil ver inovação em meio ao barulho da política. Mas, de vez em quando, algo realmente diferente acontece.

A Prefeitura do Natal acaba de lançar uma ferramenta inédita no Brasil: o PPA Participativo – Plano Natal Pra Frente via WhatsApp.

Parece simples — e é. E justamente por isso chama atenção.

Sem aplicativo, sem burocracia, sem consumo de dados móveis.

Qualquer pessoa, de qualquer lugar da cidade, com qualquer celular, pode dizer o que precisa, o que deseja, o que espera para o bairro onde vive.

E mais: essas respostas vão direto para o planejamento oficial da cidade.

Pelo WhatsApp, o cidadão responde perguntas curtas, como:

– Quais os problemas do seu bairro?

– O que pode melhorar em Natal?

A conversa é feita com inteligência artificial — mas não daquele tipo frio e mecânico.

O sistema foi programado para ser acessível, gentil e compreensível até para quem tem pouca familiaridade com tecnologia.

Tudo isso vai alimentar o novo Plano Plurianual da cidade (2026–2029), que define os rumos dos próximos anos em termos de obras, serviços e investimentos.

E o mais interessante: essa é só a primeira etapa.

A ideia é transformar o WhatsApp em um canal direto com o poder público: agendamento de exames, matrícula escolar, serviços urbanos, informações tributárias. Tudo sem fila, sem papel, sem espera.

Claro, não resolve tudo.

Mas aproxima. Simplifica. E começa a corrigir um dos maiores problemas da gestão pública: a distância. Falta muito para fazer em nossa cidade — mas me parece que Paulinho está no caminho certo.

Antes disso, Paulinho Freire zerou as filas nas creches.

Depois, reajustou o salário dos professores em 6,27%.

Agora, amplia a escuta e entrega um novo canal de participação cidadã.

Conheça PPA Participativo – Plano Natal Pra Frente via WhatsApp:

👉 https://scanned.page/67e6b8245844a

Estaremos acompanhando a implementação desse importante passo para ouvir o cidadão.

Comentários (8)

Edmilson 02 abr 2025

Por essas iniciativas e muitas outras que ainda estão por vir, que estamos satisfeitos em termos votado na continuação dos serviços que natal precisa. Tenho certeza se fosse aquela outra que não venceu a eleição nada disso estava acontecendo.

Camila Nunes 02 abr 2025

Uma bela iniciativa do Paulinho. Esperamos que funcione bem.

de Fátima veras 02 abr 2025

Excelente iniciativa! Comentário esclarecedor,como sempre.

Agostinho 02 abr 2025

Desde o início da sua gestão que Paulinho Freire vem mostrando porque veio. Várias ações já estão consolidadas, conforme Marcus Aragão mencionou acima. O seu modo de gestão vem surpreendendo pela agilidade e êxito das suas ações. Estou muito confiante que Natal voltará a brilhar como antes. Diga-se que o prefeito Álvaro tbm deixou a cidade a ponto de absorver as melhorias, e a sequência com Paulinho, teremos o crescimento e o desenvolvimento que Natal merece. Vamos todos cooperar e dar nossas sugestões, o prefeito está pedindo e é para nós.

AGOSTINHO 02 abr 2025

Desde o início que o prefeito Paulinho Freire vem mostrando por que veio. É notório o emprenho e as ações que, mesmo com pouco tempo, já aconteceram, como falou-se neste brilhante texto de Marcus Aragão. Com certeza estamos no caminho certo!

Albanisa 02 abr 2025

Iniciativa inovadora que eu farei questão de participar. E mais ainda de torcer para que Natal tenha resolução efetiva dos seus velhos problemas.

Joan 02 abr 2025

Paulinho Freire (quase o filosofo lixo Paulo Freire) esta fazendo um trabalho bom mesmo, porem, como sempre a classe esquerdista, principalmente dos professores, so sabe criticar. Gostei do aplicativo, so espero que tenham as respostas para a populacao.

Alex 02 abr 2025

Encheção de linguiça isso

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Márcio Rêgo é eleito presidente da Unimed Natal. Por Aragão.

A eleição desta segunda-feira entrou para a história da Unimed Natal. Com ampla participação, os cooperados escolheram a Chapa 2, liderada pelo médico Márcio Rêgo, para conduzir a cooperativa nos próximos anos.

Foi uma eleição histórica, marcada pelo engajamento, pela vontade de construir novos caminhos e pelo desejo legítimo de renovação.

Parabéns a todos os cooperados pela escolha consciente, pela serenidade e pela confiança no processo democrático.

Merece destaque o trabalho sensível e estratégico de Odemar e Erick, diretores da agência Execom, que souberam traduzir ideias em movimento com profissionalismo e respeito aos princípios cooperativistas. Sua condução ajudou a construir uma campanha ética, clara e profundamente conectada aos anseios dos cooperados.

Agora, a eleição termina — e começa um novo ciclo. Um ciclo que será construído por todos, independentemente de posição ou preferência. Porque a Unimed é uma só, e sua força está justamente na união.

 

Comentários (5)

Alex 01 abr 2025

Parabéns a nova diretoria, espero que o Dr Márcio Rêgo, melhore também a parte comercial, voltando a liberar as vendas para a faixa de 0 a 14 anos para equipe externa, os terceirizados!

Maria do Carmo 31 mar 2025

Parabéns!!!Sucessos!.

Glória 31 mar 2025

Chapa ética, unida e cristã,parabéns, mudança salutar

de Fátima veras 31 mar 2025

👏👏👏👏👏👏👏👏

Marília 31 mar 2025

Vitória merecida

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“Adolescência” não é uma série para entretenimento. É um alerta. Por Aragão.

A série britânica Adolescência, recém-lançada na Netflix, não é apenas uma produção impactante — é um soco no estômago. Em quatro episódios intensos, ela faz o que muitos pais, escolas e plataformas digitais têm falhado em fazer: mostrar a dor crua e silenciosa da juventude.

Jamie poderia ser brasileiro. Já tivemos nossos “Jamies” — meninos em silêncio, mergulhados em dor, empurrados para o fundo do poço sem que ninguém percebesse. A diferença? Aqui não virou roteiro.

O que assusta não é apenas o crime cometido. É tudo que veio antes.

É o menino que nunca aprendeu a lidar com frustração.

É o jovem que se isolou no quarto e encontrou companhia em fóruns que espalham ódio.

É o bullying que a escola não percebeu — ou fingiu não ver.

É o vício nas redes sociais, onde a vida parece um jogo de curtidas, comparações e filtros.

E, acima de tudo, é o silêncio. O silêncio dos pais, das escolas, da sociedade.

Aquele silêncio que disfarçamos com frases vazias como:

“Todo adolescente é assim.”

“É só uma fase.”

Mas a adolescência de hoje não é como a de ontem.

Eles não brincam mais na rua. Eles não se perdem mais no shopping.

Eles se perdem dentro do próprio quarto, diante de uma tela que nunca os abraça, mas que os prende.

Sozinhos, mas conectados — com o pior lado da internet.

Quantos pais sabem em que universo digital seus filhos estão imersos?

Quantos educadores sabem que tipo de conteúdo seus alunos consomem na madrugada?

Quantos de nós já percebeu que o adolescente calado da sala do lado pode estar gritando por dentro — e ninguém ouve?

A série é só um roteiro. Mas o enredo é real.

Talvez mais real do que gostaríamos de admitir.

Porque todos os sinais estavam lá. Mas ninguém quis ver.

Ou não teve tempo. Ou não teve preparo.

Ou acreditou na falácia mais perigosa da vida moderna: “meu filho está bem, sim. Ele não dá trabalho.”

É preciso abrir os olhos.

A dor dos jovens de hoje é profunda, silenciosa e altamente compartilhável.

Mas raramente escutada.

 

— E se o próximo adolescente perdido não for um personagem da Netflix, mas alguém da sua família?

Foto: Netflix/Divulgação.

Comentários (11)

Aldenize 31 mar 2025

Parabéns e excelente reflexão.

Felipe Alexandre Leite 31 mar 2025

Excelente 👏🏻👏🏻

Jane 31 mar 2025

Vc como sempre se superando👏👏👏vou procurar ver essa série

de Fátima veras 31 mar 2025

Mais cruel vdd!

Camila Medeiros 31 mar 2025

Já queria assistir, mas agora virou meta. Excelente análise.

Albanisa 31 mar 2025

A preocupação com"a geração do quarto" só aumenta. E os diagnósticos de transtornos mentais e emocionais também.

Romulo 31 mar 2025

Parabéns, excelente análise. Bom dia!

Marcos 31 mar 2025

👏👏👏👏👏👏

Marilia 31 mar 2025

Espetacular

Giovanna Sinedino 31 mar 2025

Análise perfeita, Marcus. Assisti há 1 semana e não paro de pensar no que deixei passar e até hoje não sei....

rodrigo 31 mar 2025

Parabéns grande reflexão

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Unimed — Pense no seu amanhã. Por Aragão.

Peço isso porque a gestão atual fez uma campanha como se não houvesse amanhã. Promoveu ataques gratuitos contra ex-presidentes, adotou narrativas agressivas e protagonizou uma tentativa de se manter no poder que causou surpresa dentro e fora da instituição — evidenciada quando ultrapassou os limites do razoável e proibiu alguns cooperados de votar. Todos foram atingidos por essa medida absurda, posteriormente revertida pela Justiça.

É bem verdade que a gestão atual construiu o hospital — o problema foi querer reconstruir o passado com uma narrativa inverídica de que Márcio Rêgo era contra sua construção. Nunca foi. Por zelo e cuidado, cumpria seu papel de coordenador do conselho fiscal.

Lembremos alguns pontos que a Deloitte evidenciou na auditoria sobre a construção do hospital:

— Falta de controle orçamentário detalhado e de justificativas para certos aditivos contratuais.

— Ausência de critérios objetivos para medições, resultando em avaliações subjetivas.

— Compras sem licitações, exigindo maior controle sobre cronograma e custos.

— Planejamento deficiente na aquisição de materiais, comprometendo a eficiência financeira.

— Não existia estudo de viabilidade. Só ficou pronto no último trimestre de 2024.

A gestão atual é honesta. Porém, ficou evidente que o problema foi de organização e planejamento. E esse pode ser o cerne da questão que explica outros problemas igualmente preocupantes. O market share da Unimed Natal caiu de 36,14% em 2020 para 29,72% em 2024. Isso não é narrativa, não é opinião — é um fato: a Unimed perdeu 12.086 usuários.

Por que a Unimed encolheu? E mais: por que, no mesmo período, a despesa administrativa saltou de 7,18% em relação ao faturamento para 9,5% em 2024? — em números absolutos, saiu de R$ 73.243.430,94 em 2020 para R$ 129.322.028,52 em 2024. A tentativa de continuidade de uma gestão marcada por perdas relevantes exige, no mínimo, uma reflexão séria por parte dos cooperados que irão votar nesta segunda (31).

— O passado te preocupa? Pense no seu amanhã.

— Será que algumas categorias tiveram seus honorários reajustados recentemente ou foram chamadas para conversar a respeito? — O cooperado sabe.

— O médico cooperado sabe que esperou oito (8) longos anos da gestão atual para ter a justa valorização e a redução dos custos administrativos. É justo receber novas promessas para atender antigas demandas? — É preciso mudar isso.

— Tudo tem limite. Mas os R$ 126 milhões de prejuízo da Unimed neste último mandato parecem extrapolar o razoável.

— A hora da verdade está chegando.

Chega de passado. — Amanhã há de ser outro dia.

Comentários (3)

Alex 30 mar 2025

E quem paga a conta disso também é o comercial, onde vendedores ficaram proibidos de vender para a faixa etária de 0 a 14 anos, isto é, só podemos vender para pessoas com 15 anos ou mais! A Unimed teve um salto com vendedores em vendas, aumentou o seu quadro e hoje, você diz que perdeu mais de 12 mil clientes? Bem, isso tbm acontece quando não valoriza o vendedor. Mas fazer o que, quando médicos vendo o sucesso de vendas e campanhas boas para incrementar as vendas e eles ficaram irritados com os ganhos financeiros dos vendedores!

José Ferreira 30 mar 2025

A Unimed precisa mudar urgentemente.

de Fátima veras 30 mar 2025

Hora de avaliar bem!!!

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A Ucrânia é aqui: Como a guerra das facções explode a paz no RN. Por Aragão.

Não é Kiev, é Mãe Luiza.

Não é Donetsk, é Paço da Pátria.

Não é Mariupol, é Quintas, Felipe Camarão, Guarapes.

Nossa guerra de cada dia não aparece em rede nacional. Nem Putin, nem Zelensky querem nossa cidade, nosso estado — mas nós queremos. E o que vemos são ruas tomadas, escolas fechadas, famílias fugindo, bairros sitiados. Pessoas estão tombando, vítimas de uma violência atroz, perpetrada por duas grandes facções, Comando Vermelho e Sindicato do Crime, que disputam território, impõem regras e estabelecem o medo como método.

E uma população que, sem perceber, vai se acostumando à presença da guerra como se ela fosse apenas mais uma camada do cotidiano.

A diferença entre uma guerra internacional e a que se trava aqui é que lá há câmeras e cobertura ao vivo. Aqui, há silêncio. Um silêncio conveniente para quem governa, mas ensurdecedor para quem vive sob o medo. A taxa de homicídios cresceu 24%, e os casos envolvendo intervenção policial, 40%.

Enquanto o Brasil se indigna com os mísseis russos, crianças da zona Oeste de Natal crescem ouvindo o estalo dos fuzis como trilha sonora. Enquanto jornais narram, com detalhes, o avanço dos tanques em solo europeu, nossos becos, vielas e bairros inteiros já foram ocupados — só que sem repórteres, sem mapas, sem atenção.

O Estado já não consegue conter a onda de violência. Ela é regulada pelas próprias facções. Há locais em que se comete — ou se proíbe — crimes por ordem do tráfico. E o mais grave: enquanto nos acostumamos com essa realidade, a autoridade se inverte. Quem dita a lei não é mais a Constituição, mas o “salve” da comunidade.

Não se trata apenas de segurança pública. Trata-se de soberania. De dignidade. De cidadania.

É a democracia sendo fatiada, rua por rua, até que reste muito pouco dela nas áreas onde o Estado não pisa mais.

— Tá tudo dominado.

Foto: Jean Catuffe/Getty Images

 

Comentários (8)

Flávio R Sousa 30 mar 2025

Mais um texto cirúrgico, indo no cerne da questão. Tudo isso embaixo do nosso nariz e começamos a achar normal. Precisamos fazer algo

Marcelo Barbosa 29 mar 2025

E a propagando do Governo é que a criminalidade diminuiu e muito

Paulo Cortes 29 mar 2025

A questão da segurança pública deveria ser uma das prioridades do governo. Entretanto, parece que andamos para trás.

O observador 29 mar 2025

Texto perfeito. Lamentável a situação que nosso estado se encontra.

Albanisa 29 mar 2025

Hoje o seu artigo merece um "EITA! PORRA", assim mesmo em letras garrafais tamanha é a nossa indignação com o domínio das facções no Brasil. É inconcebível o que vem acontecendo, anualmente, na data de 27 de março. A população acuada aguardando a queima de fogos que anunciam, não a chegada de mais um ano novo, mas sim o quanto estamos dominados pelos bandidos.

Marília 29 mar 2025

👏👏👏👏👏👏

Carlos Sena 29 mar 2025

Já estamos tão acostumados com esse PODER das facções, que parece normal, onde nem cobramos mais.de nossos políticos. Toca da Raposa, Rocas e tantos outros não podemos passar em certas ruas sem acender a luz interna e desligar os faróis. Não é problema na polícia, mas nas políticas públicas, legisladas por nossos políticos.

de Fátima veras 29 mar 2025

Nossa realidade descrita c perfeição!

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O Homem Performático. Por Fernando Rocha.

Arthur Schopenhauer (1788-1860) acreditava que a verdadeira individualidade era uma dádiva rara. Para ele, a maioria das pessoas não passava de meros repetidores, encaixados em categorias previsíveis, reféns de hábitos triviais e pensamentos padronizados. Suas vontades não eram próprias, mas sim reflexos do coletivo, como se a vida fosse um grande palco onde todos atuam conforme o roteiro já escrito por outros. O que ele talvez não tenha previsto é que, mais de um século depois, essa tendência à repetição se tornaria ainda mais radical – não apenas uma característica natural do homem, mas uma exigência imposta pelo mundo digital e pela lógica produtivista da contemporaneidade.

Byung-Chul Han, em sua crítica à sociedade do desempenho, aponta como o homem moderno é forçado a ser não apenas produtivo, mas um produto em si. Se antes o capitalismo exigia corpos que trabalhavam exaustivamente, agora ele exige corpos que se exibam, que se vendam como marcas pessoais, que monetizem sua própria existência. O ser humano não precisa apenas ser eficiente, ele precisa parecer eficiente. Não basta viver, é necessário demonstrar que se vive – e bem. É a era do espetáculo total.

As redes sociais, com suas câmeras sempre ligadas, transformaram o cotidiano em um reality show sem roteiro, mas com regras invisíveis e rígidas. O sorriso precisa ser perfeito, os dentes brancos como os dos influenciadores, a pele polida, os ângulos estudados. Até mesmo a tristeza precisa ser performada de maneira esteticamente aceitável. Não basta sofrer, é necessário sofrer de forma instagramável. A espontaneidade deu lugar à coreografia ensaiada; a autenticidade cedeu espaço à simulação de autenticidade. Não se trata mais de ser, mas de parecer ser. E, para isso, há um manual implícito: os mesmos filtros, as mesmas legendas motivacionais, os mesmos trejeitos nas danças virais.

A vida real foi substituída por um teatro digital onde todos desempenham papéis que não criaram, mas que precisam interpretar para serem aceitos. A estética dos corpos agora é forjada em clínicas de harmonização facial, criando rostos uniformes, bocas idênticas, expressões esculpidas para caberem nos moldes de um ideal que sequer foi escolhido conscientemente. O mundo digital se tornou a verdadeira realidade, e a vida offline, uma mera preparação para ele.

O que resta do humano quando ele se transforma em um avatar de si mesmo? Quando cada momento é vivido com a consciência de que pode ser filmado, editado, analisado, curtido ou rejeitado? Quando cada emoção precisa ser modulada para caber na expectativa do público invisível que habita o outro lado da tela? O homem performático deixou de ser sujeito para se tornar personagem. Não mais um ser único, mas um fragmento repetido, um eco incessante daquilo que já foi visto antes.

Talvez Schopenhauer estivesse certo ao dizer que poucos realmente possuem individualidade. Mas o que ele não poderia imaginar é que, no futuro, essa falta de singularidade não seria apenas um traço da natureza humana – seria uma obrigação social.

Fernando Rocha de Andrade.
Procurador da República e Mestre em Direito Internacional.

 

Comentários (7)

Flávio R Sousa 30 mar 2025

Triste, mas real. Falta de consciência individual,

Rildete 29 mar 2025

Quando professora, hj eu com 75 anos já dizia: a prova é ondividual e a vida tb.

Raquel Medeiros 29 mar 2025

Excelente texto que nos faz refletir exatamente sobre o que vivemos hoje. Essa necessidade de ser validado pelo outro, é que causa grande sofrimento. A essência do ser humano está se perdendo, a partir do momento que a preocupação gira em torno do que se aparenta ser ao invés do que se realmente é.

Maria Felicia 29 mar 2025

Perfeito! Muito atual!

Gleidson 29 mar 2025

Muito bom!

Felicia Carlos Felicia 29 mar 2025

Perfeito! O que vivemos hoje!

Maria de Fátima 29 mar 2025

Uma lamentável constatação! Sensacional!

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Eita Porra! Por Aragão.

O Brasil é a terra do Eita Porra!

Às vezes nem falamos — só pensamos.

É a nossa reação automática quando parece que tudo está escapando do controle.

 

É o preço da gasolina. É a decisão absurda da Justiça.

É o celular que nunca para, a política que nunca muda, o dinheiro que nunca dá.

É o absurdo virando rotina.

 

— Eita Porra nas redes sociais.

 

A gente acorda e já tá rolando o dedo.

Vê notícia ruim, gente indignada e os algoritmos manipulando as emoções.

Parece que o mundo inteiro virou uma guerra de versões — e se você não escolher um lado, é cancelado por todos.

Você lê, compartilha, comenta — mas, no fim do dia…

Tá cansado. E nem sabe por quê.

 

— Eita Porra na Justiça.

 

Um pichador pega 14 anos.

Um corrupto milionário pega 4.

A gente cresce ouvindo que a Justiça é cega…

Mas parece que ela tirou a venda — e é míope.

Só vê bem quem está perto. Não enxerga quem está distante.

 

— Eita Porra na política.

 

Promessa não falta. Solução que é bom, nada.

E, quando aparece, vem com a desculpa:

“Não dá pra fazer porque o outro deixou tudo bagunçado.”

 

— Eita Porra no supermercado.

 

Você vai no mercado e volta com duas sacolas.

Tá tudo mais caro. Tudo subiu, menos o salário.

O poder de compra virou o poder de dizer: “deixa pra próxima”.

 

— Mas olha… o problema não é dizer “Eita Porra”.

 

O problema é a gente acostumar.

Começar a achar que é normal.

Que a vida é isso mesmo: aguentar, engolir — e torcer pra não piorar.

Reclamar cansa. Fingir que tá tudo bem, mais ainda.

A gente não precisa de salvador.

Precisa de consciência. De ação. De coragem.

A mudança só virá quando os governantes começarem a dizer “Eita Porra” — por causa das nossas ações. — Aí, sim.

 

— Agora me diga: Qual foi seu último Eita Porra?

Comentários (9)

Joan 30 mar 2025

Eita porra, o absurdo virou padrão

Mauro Santos 27 mar 2025

Eita Porra!

Pupilo 27 mar 2025

Que texto! muito preciso e zero agressividade.

O Observador 27 mar 2025

Só vi verdades. Parabéns pela qualidade do texto.

Fabio 27 mar 2025

Eita porra! É assim mesmo.

de Fátima veras 27 mar 2025

Nem sei ...basta entrar nas redes sociais é um "eita porra"atrás do outro!

de Fátima veras 27 mar 2025

Nem sei ...basta entrar nas redes sociais é um "eita porra"atrás do outro!

HENRIQUE JUNQUEIRA 27 mar 2025

Malfeitores na sanha constante de implementar um regime pernicioso no país, uma meia dúzia de muitos, enquanto o povo reage apenas com um "eita porra". O final caótico se avizinha e muitos se arrependerão das suas passividades...

Alves 27 mar 2025

Concordo em grau, número e gênero. Eita p****!

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Themis do STF: A Deusa da Justiça ou Gladiadora? Por Aragão.

Themis, a deusa da Justiça, sempre foi representada segurando uma balança e uma espada. A balança simboliza o equilíbrio, a capacidade de pesar argumentos com isenção, distribuindo o direito conforme a medida de cada caso. A espada, por sua vez, representa a aplicação da lei—firme, necessária, mas controlada pela razão.

— Mas por que a Themis do STF não tem a balança? Somente a espada!

Se a Justiça que ali está representada nunca segurou a balança, será que, em sua outra mão, ela teria erguido uma lança? Uma arma de longo alcance, feita para atingir alvos distantes? Teria a Justiça ido longe demais?

A invasão ao Congresso e ao STF no dia 8 de janeiro foi um ataque grave às instituições democráticas. O Estado tem o dever de punir os responsáveis, porque, sem consequência, a democracia se enfraquece — Mas Justiça não é vingança. A condenação de 14 anos por uma pichação levanta um questionamento inevitável: estamos diante de uma aplicação justa da lei ou de um exemplo extremo para intimidar?

Se pichar uma estátua resulta em uma sentença comparável à de crimes hediondos, o que deveria acontecer com quem rouba bilhões dos cofres públicos? A Justiça não pode ser medida pelo impacto simbólico de uma decisão, mas pelo equilíbrio entre o ato e sua consequência. Quando esse equilíbrio se rompe, a toga se confunde com armadura, e o tribunal pode se converter, de fato, em uma arena.

— Tirou a venda e revelou uma visão míope?

A venda que cobria seus olhos nunca foi um sinal de cegueira, mas de imparcialidade. Ela não deveria enxergar rostos ou circunstâncias políticas — deveria apenas pesar atos e consequências. Mas a Themis que se apresenta hoje parece enxergar com nitidez apenas quem está perto e com distorções quem está mais distante.

Confiamos na Justiça, não porque seja perfeita, mas porque acreditamos que ela pode e deve se corrigir. A grandeza da Justiça não está na infalibilidade, mas na capacidade de reconhecer excessos e retomar o equilíbrio. Que Themis, mesmo sem ser infalível, reencontre sua balança, reajuste sua venda e prove que ainda é merecedora da nossa confiança.

— Porque quando a Justiça erra, ela não condena apenas um réu — ela condena a si mesma.

Comentários (10)

Orlando 28 mar 2025

O STF têm partido político,uma suprema corte era pra ser composta por juízes de carreira aprovado em concurso público,advogados de meia pataca indicado por políticos num país onde a corrupção não têm limites,tá tudo errado.

Edmilsonms61@gmail.com 27 mar 2025

O STF estar desacreditado uma vergonha para nosso país, antes do julgamento já sabemos as decisões e sentenças.

de Fátima veras 25 mar 2025

Genial..perfeito...sensacional!

Joan 25 mar 2025

A arma mais perigosa do Brasil é um batom que dá 14 anos de prisão.

Albanisa 25 mar 2025

Na verdade, os cargos do STF e do STJ teriam que ser ocupados através de concursos públicos como as demais instituições públicas E não por indicação presidencial. Porque assim sendo por indicação política vamos continuar com a (in)justiça onde só se mudam as moscas para o mesmo lixo.

HENRIQUE DE CARVALHO 25 mar 2025

Qual justiça? Parcialidade escancarada, desrespeito ao devido processo legal e à individualização da conduta, anomalia na identificação do crime e por aí vai. O país de joelhos e coagido pelo alexandrismo.

Fernanda 25 mar 2025

Excelente artigo. Você sabe como prender um leitor. Parabéns

Carlos 25 mar 2025

👏👏👏👏👏

Marília 25 mar 2025

Explicou com clareza o que está acontecendo.

Milton Azevedo 24 mar 2025

Sintetizou o pensamento de todos. Excelente

Carlos 25 mar 2025

👏👏👏👏👏

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Depois das Fake News, a Hora da Verdade. Por Aragão

— Quer fake news maior do que dizer que inúmeros cooperados estariam inaptos a votar? 

Pois é. Depois de uma extraordinária sequência de fake news, tinha que chegar a hora da verdade. E está chegando. Faltam apenas oito dias para a votação, o resultado de quase 90 dias de uma luta desigual entre o grupo que segue desesperadamente abraçado ao poder da Unimed e alguns cooperados que ousaram acreditar. Acreditar que é possível fazer uma Unimed para todos, inclusiva e democrática.

Sem saber que era impossível, foram lá e fizeram. Os cooperados da Chapa 2 fizeram uma campanha única, baseada na união, no respeito e na verdade, consolidando a liderança nas pesquisas. É claro que lutar contra o poder estabelecido não é fácil em lugar nenhum. Mesmo que a atual gestão quisesse ser isenta, ainda assim seria naturalmente difícil, pois todos querem retribuir favores — sabemos como as coisas funcionam.

— Interrompo o artigo para perguntar: você conhece algum cooperado que teve seus honorários reajustados recentemente ou que foi chamado para conversar a respeito? 

Depois dessa, tenho que concordar com uma frase do atual presidente no vídeo gravado após o webinar: “Tudo tem limite.” Pois é, concordo. Mas será que esse limite é seletivo ou ainda conveniente? Se não, vejamos:

•Tudo tem limite — até para o tempo de permanência no poder.

•Tudo tem limite — inclusive para os ataques contra a auditoria, que apenas buscava garantir transparência.

•Tudo tem limite — exceto na tentativa, frustrada pela Justiça, de impedir colegas cooperados de votarem — algo que deveria ser impensável em uma eleição democrática.

•Tudo tem limite — até na apresentação dos números da atual gestão. O cooperado é um eleitor muito esclarecido e sabe que os bons números do primeiro mandato devem ser analisados dentro do contexto da época, incluindo o impacto do cancelamento das cirurgias eletivas durante a pandemia.

Que a resistência da Chapa 2 sirva de inspiração para todos e, principalmente, para que outros cooperados não precisem passar por isso nas futuras eleições. Deve-se garantir que o estatuto seja cumprido de forma rigorosa e que as condições de disputa sejam verdadeiramente igualitárias, sem favorecimentos institucionais.

— Pau que dá em Chico, dá em Francisco. 

A Chapa 2, liderada por Márcio Rêgo, propõe um novo caminho, uma gestão plural, baseada na renovação e na melhoria contínua. Não haverá um grupo de continuísmo quando passar os possíveis oito anos de sua gestão. Esse é o compromisso assumido pela Chapa 2. A Unimed deve seguir forte, inovadora e aberta à alternância de gestão.

— Tudo tem limite. Dia 31. 

— A hora da verdade.

Comentários (11)

Orlando 28 mar 2025

O Brasil seja na política ou numa empresa sempre têm um grupo q quer se perpetuar no poder

Clara 23 mar 2025

Quero ver a caixa 📦 preta ,a sujeira debaixo do tapete,DP que a chapa 2 ganhar. .....as máscaras cairão....pir uma unimed melhor ,para todos.....mudança já!!!!!! Essa gestão atual,já deu... xô!

Joan 23 mar 2025

Essa chapa 1 está usando a estratégia PTista pra vencer

de Fátima veras 23 mar 2025

Vc é "cirurgico" nos seus comentários...👏👏👏👏👏👏

de Fátima veras 23 mar 2025

Vc é "cirurgico" nos seus comentários...👏👏👏👏👏👏

Ricardo 23 mar 2025

Chapa 2. Sem sombra de dúvidas

Claudia 23 mar 2025

👏👏👏👏👏

Marília 23 mar 2025

Excelente, com clareza de detalhes

Chico pé de Bixiga 23 mar 2025

Chapa 1 tah de um jeito q nao passa um fio de cabelo

Ana Lúcia 23 mar 2025

Parabéns pelo texto sensato, equilibrado e envolvente.

José Castro 23 mar 2025

Já está mais do que provado que a Unimed deve mudar.

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