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Rio Grande do Medo. Por Aragão.

Na noite de ontem, mais um crime brutal manchou de sangue as ruas de Natal. O ex-prefeito de São Pedro, Miguel Cabral, foi executado no Largo do Atheneu, um dos pontos mais tradicionais da cidade. Um atentado digno de filmes, mas que agora faz parte do nosso cotidiano.

A manchete logo será esquecida, engolida pelo turbilhão de notícias que nos acostumamos a consumir sem sequer sentir indignação. Amanhã ou depois, um novo crime chocante ocupará o lugar do de ontem, e a cidade seguirá vivendo no piloto automático da insegurança. Mas a pergunta que ecoa é: até quando?

— O Estado de insegurança perdeu o controle

Os números da violência no Rio Grande do Norte oscilam conforme os interesses do governo de plantão. De um lado, as autoridades divulgam estatísticas apontando redução nos homicídios. Do outro, a população sente na pele – e às vezes na bala – que a insegurança não está diminuindo, apenas se transformando.

E onde está a resposta do poder público? No discurso. Na promessa de reforço policial. Em operações midiáticas que duram alguns dias e logo desaparecem. Enquanto isso, o cidadão comum tenta se proteger como pode, vivendo entre muros altos, câmeras de segurança e orações. Ao bem da verdade sabemos que o déficit na policia civil e militar é enorme. Não temos contingente para atender o estado com eficiência.

— A sociedade anestesiada

Talvez o pior de tudo seja a normalização da barbárie. Antigamente, uma execução a tiros em plena rua provocaria revolta. Hoje, gera apenas um comentário breve antes de seguirmos para o próximo vídeo do Instagram. O medo virou rotina e o horror perdeu o impacto.

O problema da violência não se resolve com operações pontuais nem com discursos vazios. Ele nasce da impunidade, da infiltração do crime nas instituições e da falta de políticas de segurança pública efetivas. Mas enquanto os responsáveis fingem que governam, a população segue como refém, caminhando de cabeça baixa e olhando por cima do ombro.

Natal, antes chamada de “Noiva do Sol”, hoje vive como viúva da paz.

O crime tomou conta do RN. E se nada mudar, amanhã pode ser eu, pode ser você.

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Governadora veta projeto que prevê punição a quem invadir propriedades públicas e privadas

A governadora Fátima Bezerra (PT) vetou “integralmente” o Projeto de Lei n° 53/24, que “estabelece multas e sanções administrativas a luem praticar invasões, ocupações, atos de esbulho e turbação contra propriedades privadas e detenções precárias de propriedades públicas”
A matéria é de autoria do deputado estadual Gustavo Carvalho (PL) e havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa em sessão realizada em 18 de dezembro do ano passado. Vale lembrar que em 2024 aconteceram algumas invasões a propriedades no estado.

Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Arquivo TN

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Feras na areia: a convivência entre cães e banhistas nas praias de Natal.

Quem esquece a cena de crianças aterrorizadas sendo atacadas por pitbulls, com seus braços e pernas esmagados por inúmeras mordidas, justamente no parquinho onde deveriam brincar tranquilamente? Entre essas crianças poderia estar o seu filho. E quem nunca viu uma fera caminhando tranquilamente em nossas praias, sem qualquer proteção? Entenda a situação e participe desse debate.

O Brasil registrou, em 2023, o maior número de mortes por ataques de cães desde 1996: 51 pessoas faleceram, conforme dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Este número representa um aumento de 27% em relação a 2022, quando foram contabilizadas 40 mortes. Especialistas apontam que a humanização excessiva dos animais e a falta de socialização com outros cães contribuem para esse crescimento.

Casos recentes ilustram a gravidade da situação:

•São Paulo (novembro de 2024): Duas crianças, de 11 e 12 anos, foram atacadas por dois pitbulls em um parquinho na Vila Guilherme, sofrendo ferimentos graves que exigiram atendimento médico de emergência.

•Ponta Grossa, Paraná (novembro de 2024): Um pedestre foi atacado por um pitbull solto, incidente registrado por câmeras de segurança e amplamente divulgado.

•Londrina, Paraná (novembro de 2024): Um ciclista ficou ferido após ser atacado por cães em via pública, com imagens do ataque circulando nas redes sociais.

Com a chegada do verão, período de maior movimento nas praias de Natal, é crucial adotar medidas para garantir a segurança de todos. Praias como Ponta Negra, Areia Preta e Praia dos Artistas, que atraem moradores e turistas, tornam-se ainda mais lotadas, aumentando o risco de incidentes envolvendo cães de grande porte sem controle adequado.

A mais completa falta de controle

Cães são companheiros leais e afetuosos, mas mesmo os mais dóceis podem reagir de forma imprevisível diante de estímulos como movimentos bruscos, outros animais ou barulhos intensos. Em uma praia lotada, o ambiente propicia incidentes, desde mordidas acidentais até ataques graves. Quando o tutor não tem força ou habilidade para conter o animal, o risco aumenta exponencialmente. Quem nunca viu uma garotinha segurando um pitbull pela coleira com a ponta dos dedos?

Será que medidas não precisam ser impostas para proteger a sociedade?

Responsabilidade legal dos tutores

Conforme a Polícia Civil, os tutores são responsáveis por danos ou lesões causados por seus animais, tanto nas esferas cível quanto criminal. É uma contravenção penal deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente ou não guardar com a devida cautela animal perigoso. A pena pode ser de prisão de até dois anos, multa e apreensão do animal.

Merecemos um verão com mar, sol, paz e tranquilidade

Com a alta temporada se aproximando, é fundamental adotar medidas concretas para proteger a sociedade e permitir uma convivência harmoniosa:

•Campanhas preventivas: Informar tutores sobre as normas e a importância de equipamentos como coleiras curtas e focinheiras.

•Reforço na fiscalização: A presença de agentes fiscalizadores nas praias pode inibir comportamentos inadequados.

•Espaços pet-friendly: Criar áreas exclusivas para cães nas praias pode reduzir riscos e oferecer um ambiente controlado para os animais.

•Multas exemplares: Penalizar quem não respeitar as regras reforça a importância da responsabilidade.

Uma questão de responsabilidade

Cães refletem a criação que recebem. Tutores responsáveis treinam, socializam e respeitam os limites impostos por normas de segurança. Contudo, a convivência harmoniosa também depende de fiscalização eficaz e de uma sociedade que valorize o respeito ao próximo.

As praias de Natal, frequentadas por moradores e turistas, são patrimônio público, e a segurança deve ser prioridade. Permitir que cães – por mais dóceis que pareçam – circulem sem controle é ignorar os riscos. Cabe aos tutores, autoridades e à comunidade buscar soluções que garantam a segurança de todos, sem abrir mão da alegria que os cães podem trazer aos nossos dias.

Com o verão batendo à porta, estamos preparados para dividir nossas areias com eles de forma segura?

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