Enquanto São Paulo abriga faculdades de ensino médico conectadas a hospitais de ponta, com integração à prática hospitalar, os potiguares veem a UnP cobrar R$ 13.495 — é mais caro que as faculdades do Einstein (R$ 13.100) e do Sírio-Libanês (R$ 13.020).
Num estado sem horizontes claros de desenvolvimento, o curso de Medicina tornou-se o símbolo de ascensão social, e a UnP, ciente disso, parece ter precificado o sonho até o limite do possível — e do impossível.
Em uma sociedade onde a mobilidade social é restrita, o diploma de Medicina ocupa lugar de destaque. E o sonho de ser médico custa caro, ok — mas é razoável cobrar acima do Einstein e do Sírio?
Enquanto a UnP vende esperança a R$ 13.495, o Einstein — com laboratórios integrados ao hospital e ensino voltado à pesquisa — cobra menos para entregar infinitamente mais.
Refiro-me aqui à experiência do aprendizado ser mais completa nas faculdades do Einstein e do Sírio-Libanês. Afinal, elas foram criadas justamente para levar ao ensino o mesmo padrão de excelência e integração prática que tornou essas instituições referência mundial em saúde.
— Qual é o hospital da UnP?
A formação do preço — Sabemos que o ensino da UnP é ótimo e forma grandes profissionais. Mas, quando imagino o valor dos aluguéis dos prédios, a estrutura, os hospitais e demais diferenciais entre as instituições de ensino, fica difícil entender como pode essa diferença nos preços das mensalidades. Imagino que a UnP se viu sozinha em um estado sem desenvolvimento e inserida em uma sociedade que, sem perspectivas, se sacrifica além do limite para oferecer uma esperança de futuro melhor para os filhos.
— A concorrência é o melhor remédio.
Essa situação nos preços das mensalidades serve para ilustrar como a sociedade paga caro quando não temos concorrência. É urgente que cheguem novos cursos de Medicina a Natal. A UniRN lançou recentemente seu curso de Medicina, com qualidade reconhecida e por um valor de R$ 9.975,00. Sabemos que a Unifacex será a próxima a oferecer o curso de Medicina de excelência. — Que o MEC não demore.
— Essa espera está saindo muito caro para os potiguares.
                        
                                
                                
                                
                                
                                
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