Com a aproximação das eleições estaduais de 2026, o campo da direita ou da quase direita no começa a se movimentar com mais nitidez. Alguns nomes despontam como os principais protagonistas desse tabuleiro: Rogério Marinho, Álvaro Dias e Ezequiel Ferreira. Cada um representa uma vertente distinta: o ideológico, o gestor e o articulador institucional. E, à margem desse triângulo central, um nome tenta permanecer no jogo — mas foi uma peça comida pela esquerda: Alysson Bezerra.
— Rogério Marinho: o comandante da direita ideológica.
Senador da República, ex-ministro de Bolsonaro e autor da Reforma Trabalhista, Rogério Marinho é hoje o nome mais consolidado da direita no RN. Com discurso técnico, experiência administrativa no governo federal e apoio direto do bolsonarismo, tornou-se o candidato natural de uma base fiel e bem estruturada.
Tem o respaldo do PL, influência no interior, prestígio empresarial e fala direta ao eleitor conservador. Seu perfil, porém, é mais racional do que popular, o que pode limitar sua projeção fora da bolha ideológica. Se o cenário for de confronto, ele cresce. Se for de moderação, precisará construir pontes.
— Álvaro Dias: o ex-prefeito que busca projeção estadual.
Álvaro Dias encerrou seu mandato como prefeito de Natal no fim de 2024, deixando a gestão com boa avaliação e um capital político relevante, especialmente entre servidores públicos, idosos e o eleitorado conservador urbano. Agora, fora do cargo, articula sua possível candidatura ao governo do estado.
Seu maior ativo é a popularidade consolidada na capital, onde liderou uma administração marcada por estabilidade, investimentos e moderação. No entanto, para ser competitivo em 2026, precisará romper o isolamento geográfico e político, construindo alianças fora da Grande Natal e se posicionando com mais clareza no cenário estadual. Se conseguir isso, pode surpreender.
— Ezequiel Ferreira: o nome do sistema.
Presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira é o fiel da balança. Com ampla capilaridade no interior, forte influência entre prefeitos e um discurso institucional, apresenta-se como pragmático, agregador e “pró-RN” — acima de ideologias.
Apesar de ser do PSDB, Ezequiel tem sido um aliado funcional do governo Fátima Bezerra, garantindo a governabilidade sem se alinhar ideologicamente à esquerda. Seu nome é cogitado como possível candidato ao governo com apoio do sistema estadual — ou até mesmo como alternativa da própria governadora, caso o PT não tenha nome viável. Ele representa moderação, estabilidade e articulação — três moedas políticas importantes em tempos de radicalização.
— Allyson Bezerra: a peça isolada no tabuleiro.
Em “Uma cilada para Allyson Bezerra?” Artigo que escrevemos em fevereiro, analisamos como a aproximação institucional entre o prefeito de Mossoró e o governo estadual poderia ser uma armadilha cuidadosamente desenhada. À época, levantamos a hipótese de que a esquerda usaria sua imagem até o momento em que se tornasse mais vantajoso descartá-lo — justamente quando o desgaste com a direita fosse visível.
Esse movimento se confirmou há poucos dias.
Recentemente, Raimundo Alves, chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado, declarou publicamente que o PT não apoiará Allyson Bezerra como candidato ao governo em 2026. A fala veio após meses de gestos sutis de aproximação entre Allyson, Fátima e até Lula, como recepções institucionais em Mossoró e acenos em eventos públicos.
O recado foi claro: ele não pertence a nenhum dos lados. Desgastado com a direita, rejeitado pela esquerda, Allyson entra em 2025 como uma peça que saiu do tabuleiro e agora deve esperar uma nova partida começar em 2030.
— Que comecem os jogos.
Foto: reprodução
Comentários (2)
2 respostas para “A direita já é maior que Bolsonaro. A esquerda ainda é do tamanho de Lula. Por Aragão”
Bolsonaro SEMPRE liderou à frente de Lula.
O que houve na última campanha foi duvidoso….
Daí, o medo do stablishment em mostrar as codificações, a recusa no voto impresso e outros.
Em que pese existirem sectários ignorantes da esquerda, muitos, não superariam a Direita.
O que houve foi a facilitação desenvolvida pela Corte Suprema, com finalidade de alçar ao poder um sujeito cheio de problemas Morais e legais sobretudo.
Qta esperança isso traz!!