Arquivo de Opinião - Página 4 de 11 - Blog do Aragão Arquivo de Opinião - Página 4 de 11 - Blog do Aragão

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Carnaval — Somos 210 milhões de músicos do Titanic. Por Aragão.

Quem esquece a cena impressionante do Titanic, em que, com o naufrágio em curso e em meio ao caos, os oito músicos entraram para a história ao simplesmente ignorar a realidade dramática que enfrentavam e continuar tocando?

Por aqui, navegamos em nosso Titanic verde e amarelo chamado Brasil. Somos 210 milhões de brasileiros que decidem sambar e tocar como se não houvesse amanhã. A economia naufragada, os preços pela hora da morte, o caos nos índices sociais e famílias se afogando em dívidas… e onde estamos? Na semana do Carnaval — pulando de alegria.

Seria isso alienação? Uma fuga necessária? Uma aceitação resignada do destino? Poderíamos questionar se não deveríamos, ao menos por um instante, largar os instrumentos e tentar nadar. Mas o brasileiro, de alguma forma, sempre encontra motivos para sorrir. Enquanto outros povos se afundam em desespero diante das adversidades, aqui a dor se converte em piada, a tragédia vira marchinha e a crítica social se disfarça em bloco de rua.

Dizem que a esperança é a última que morre. Mas, no Brasil, ela é enterrada pelos escárnios dos governantes e velada pela alegria do povo. Porque, se há algo que nunca morre por aqui, é a alegria. Essa, sim, é imortal.

Que povo extraordinário, capaz de transformar qualquer naufrágio em festa, qualquer tristeza em samba. Se faz tanto por uma alegria passageira, imagine o que poderia conquistar quando decidir lutar por uma alegria que dure para sempre.

Fotos: Divulgação/Internet

Comentários (6)

Jean 02 mar 2025

Você vive no mundo paralelo do BOZOLOEDISMO? Dê um Google para de se informar por banner de zap. 2 anos crescemos quase 7% mais que a média do mundo .

Jean Oliveira 02 mar 2025

Vocês estão falando do mundo invertido de Stranger Things? Emprego e Renda: • A taxa de desemprego atingiu 6,1% no final de 2024, a menor desde 2012, com 103,9 milhões de pessoas ocupadas, estabelecendo um novo recorde. Além disso, foram criados 3,7 milhões de empregos com carteira assinada desde janeiro de 2023. • O salário mínimo foi reajustado de R$ 1.320 para R$ 1.412 em janeiro de 2024, seguindo a política de valorização adotada pelo governo. Crescimento Econômico: • O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9% em 2023 e 3,8% em 2024, impulsionado pela agropecuária, serviços e investimentos públicos. Combate à Pobreza: • Em 2023, a pobreza caiu de 31,6% para 27,4%, enquanto a extrema pobreza atingiu 4,4%, o menor índice desde 2012.  • Programas sociais, como o Bolsa Família, foram reforçados, beneficiando milhões de famílias e contribuindo para a redução da desigualdade social. Investimentos e Infraestrutura: • O governo lançou o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em agosto de 2023, prevendo investimentos de R$ 1,68 trilhão em áreas como saúde, educação, habitação e transporte até 2026.

Fabio 02 mar 2025

Excelente

Suely 02 mar 2025

👏👏👏👏👏

Flávio R Sousa 02 mar 2025

Triste (alegre para alguns) realidade

HENRIQUE DE CARVALHO 02 mar 2025

210 milhões - 1..... Alienação combinada com analfabetismo... Essa coisa de ser um povo alegre sob quaisquer circunstâncias é um eufemismo nocivo. Os ditadores conhecem e usam essas "característica" do brasileiro para, então, dar-lhe mais circo e ter o controle... Circo financiado por impostos, a propósito. O horizonte é sombrio e o naufrágio já começou há tempos.

Jean 02 mar 2025

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Enem. E só tem medicina?

O Brasil vive um paradoxo. Enquanto o mercado de trabalho em diversas áreas sofre com a falta de profissionais qualificados, os melhores talentos acadêmicos continuam a se concentrar em um único campo: a medicina. Não se trata apenas de vocação, mas de uma escolha racional baseada em um cenário econômico desolador. Em um país marcado pela estagnação econômica, altos índices de desemprego e a precarização de diversas profissões, a medicina surge como uma das poucas áreas que ainda oferece segurança financeira e prestígio social. Mas que tipo de sociedade estamos construindo ao canalizar quase todos os esforços para uma única profissão?

A engenharia é um exemplo claro de como o Brasil tem desperdiçado talentos. Dados recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o Brasil tem um déficit de 75 mil engenheiros. Se investíssemos mais na indústria, entre tantas outras áreas, absorveríamos mais talentos. Afinal, uma indústria forte demanda mão de obra especializada, desde técnicos até engenheiros, cientistas e gestores.

— Brasil: Um país doente

O impacto dessa concentração de talentos na medicina vai além do mercado de trabalho. Ele afeta diretamente o desenvolvimento social e econômico do país. Quem vai desenvolver novas tecnologias? Quem vai educar as próximas gerações? Quem vai projetar as infraestruturas que sustentam uma nação?

Enquanto os melhores cérebros são direcionados para a medicina, a sociedade sofre com a ausência de talentos em áreas fundamentais. Isso cria um círculo vicioso: o Brasil continua dependente da importação de tecnologia e de soluções externas, enquanto suas próprias capacidades internas permanecem subutilizadas.

É evidente que o Brasil precisa de mais médicos, mas também é urgente que o país invista em engenheiros, professores, cientistas e tantos outros profissionais que sustentam o progresso de uma sociedade. A concentração de talentos em uma única área é o reflexo de um governo que não oferece alternativas e de uma economia que não inspira confiança.

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ARTIGO: CPI da Violência no RN, por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 08/10/21.

Existem as cidades violentas; as extremamente perigosas; as zonas de guerra; e Natal. Poliana lendo este texto deve achar exagero. Vamos ao tiroteio dos fatos.

Entre as 38 mil cidades do mundo, Natal é a 4ª cidade mais perigosa do planeta Terra e a mais violenta do Brasil, segundo o Word Population Review 2020.

— Se ficou duvidando, digite no google: World’s most dangerous cities.

O pior é que os quatro primeiros colocados estão próximos, enquanto que o quinto está mais distante. Isso quer dizer que podemos subir nesse ranking em breve.

  • 1o) Los Cabos, México (111,3 mortes por 100mil habitantes)
  • 2o) Caracas, Venezuela (111,2)
  • 3o) Acapulco, México (107)
  • 4o) Natal, Brazil (102,7)
  • 5o) Tijuana, México (84)

Para você ter uma ideia, a taxa de homicídios em Nova York é de 3,4 para cada 100 mil habitantes. Pronto. Agora você não precisa mais viajar para locais como o Rio de Janeiro e ficar com medinho de ser assaltado. Não precisa esconder relógio, celular e olhar para os lados. Pare com isso! Você é selva! É mais fácil terem medo de você, quando souberem que é de Natal.

— Deveríamos ter a CPI da violência?

Duvido muito. Apesar desses números, acredite, nosso efetivo da Policia Civil ainda está com déficit de quase 76% e a responsabilidade dessa falta de policiais é do Governo. Hoje, na Policia Civil, existem 980 agentes, 178 escrivães e 150 delegados. Totalizando 1.308 policiais para garantir a segurança de todo RN. Você talvez não saiba, mas deveríamos ter 5.150. O concurso que está em andamento oferece 350 vagas que não servirão nem para repor as aposentadorias.

E na PM? Hoje, dos 13.466 cargos da Polícia Militar somente 8.000 estão preenchidos, mostrando um déficit de 40%. Meu perplexo leitor, está entendendo porque não tem como reduzir os crimes se nem o básico nós temos? Claro que somente o acréscimo do efetivo não resolve. O problema é muito enraizado, amplo e complexo. É preciso investimentos em Educação, Políticas Públicas e muito mais. No entanto, sem polícia é impossível. Não vou falar do aparelhamento das polícias. Vou deixar com sua imaginação.

— É a economia, estúpido!

A frase cunhada por James Carville, estrategista político de Bill Clinton, durante a campanha de 1992 contra George H. W. Bush, deveria ser repetida para nossos políticos. Seja em NY, Rio de Janeiro ou Natal, a violência sempre é consequência da economia. Não é fácil morar em Natal, RN, Brasil. Não é só nossas vidas e pertences que perdemos com a criminalidade. A inflação tem roubado nosso poder de compra; a corrupção nos rouba a esperança; e as fake news nos roubam a verdade.

— É a eleição, idiota!

A situação deve piorar.

Uma educação que não ensina e está disponível para bem poucos devido a pandemia, trará resultados ainda mais desesperadores para a economia e, por conseguinte, aumentará a criminalidade.

Infelizmente, é mais fácil manipular as pessoas sem instrução. Outra coisa, Natal é cercada de favelas por todos os lados. Uma rota de fuga sempre próxima para bandidos. Desapropriar e remanejar parque local melhor? Nem pensar! No outro dia, apareceriam políticos caça-votos defendendo que a favela fique onde está. O politicamente correto também nos rouba soluções.

Não deve estar longe o dia em que as agências de turismo oferecerão opções de safari urbano, no qual os turistas testemunhariam nossa violência batendo selfies — protegidos dentro de carros blindados.

A situação não está assim por sua causa, assustado leitor. Mas depende de você ela continuar assim. Não é só nas urnas que você deve fazer sua parte, mas também nas redes sociais. Você já postou foto do seu chopp, do seu cachorro, do treino pago na academia, da sua roupa nova no elevador e do prato de macarrão. Agora chegou a hora de você pedir a CPI da Violência no RN. Temos que saber o porquê, entre 38 mil cidades no mundo, somos a 4a mais violenta. Por que o déficit enorme nas policias? Por que as audiência de custodia liberam tantos marginais? São tantos os porquês.

Por que você não faz alguma coisa?

Marcus Aragão
@aragao01

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Artigo: Governo do RN nas Olimpíadas. Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NA TRIBUNA DO NORTE EM 28/07/24.

Marcus Aragão
@aragao01

Nosso governo continua batendo recordes olímpicos no revezamento com barreiras para a engorda. Começou com o IDEMA, depois a Procuradoria, seguindo com o MPF e termina com Natália Bonavides criticando a obra. Também está impressionando no salto à distância das decisões judiciais — lembremos da decisão judicial para desocupar o prédio do Diário de Natal e para liberar a licença para a engorda. Outro merecido destaque é na luta livre, com uma imobilização impressionante da obra na Ponte de Igapó.

Por outro lado, está bem longe de vencer os grandes desafios como o combate à fome, o desemprego, a violência e a melhoria no sistema de saúde. O despreparo é evidente, pois não conseguimos fazer o tempo mínimo. Uma engorda da praia de Ponta Negra é algo que deveria ser decidido em uma reunião de 20 minutos após analisar os fatos e a viabilidade — fique sabendo que somos o estado lanterninha.

Veja os estados que chegaram na frente e já realizaram engorda: Santa Catarina com Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Jurerê, Canavieiras e Praia dos Ingleses; Rio de Janeiro com Copacabana; Ceará com Praia de Iracema; e Pernambuco com a Praia Central de Jaboatão dos Guararapes.

— O Governo do RN ganha destaque também no nado contra a maré.

No jogo político, percebendo a relutância do governo em entrar em campo para liberar a obra, é inevitável chegarmos à conclusão de que, quando as melhorias na cidade não são sugeridas pelo time dos aliados, é bola para fora na certa. Além disso, precisam passar também por uma maratona para serem aprovadas — mas, por outro lado, a lamentável situação em que se encontra o RN pode caminhar livre como numa marcha atlética sob a torcida dos órgãos de controle.

Quando houver a coletiva de imprensa, como ocorre em toda olimpíada, gostaria de fazer algumas perguntas à dupla do nado sincronizado, Governo e Ministério Público, que tanto questionam os impactos da engorda, sobre os outros impactos que saíram da coreografia da dupla.

Qual o impacto da criminalidade na economia e na qualidade de vida do potiguar?

Qual o impacto da educação de péssima qualidade na infância das nossas crianças e nas próximas gerações?

Qual o impacto das estradas esburacadas para o turismo e para o desenvolvimento dos municípios?

Qual o impacto do sistema de saúde que não atende às demandas mínimas da população?

Vão ter que suar a camisa para responder.

Somos brasileiros e não desistimos nunca. Vamos continuar torcendo pelo nosso RN, pois fica a certeza de que ganharemos ao menos uma medalha de ouro na ginástica que fazemos para sobreviver.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.

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ARTIGO: Morro do Careca. O RN está com uma doença autoimune? Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 07/07/24.

Tremores na democracia com a invasão do prédio do Diário de Natal, estradas com erupções, empresas falecendo, calafrios na educação e a violência fazendo o nosso estado sangrar. Esses são apenas alguns sintomas enfrentados pelo nosso Estado de sofrimento.

Agora, vemos o Morro do Careca se esvaindo e continua sem atendimento. Como se esperasse numa urgência e não pudesse ser atendido. É preciso uma licença para ser atendido.

— Não adianta o Estado nadar, nadar e o Morro do Careca morrer na praia.

Vamos explicar o que é uma doença autoimune — é quando o sistema que deveria proteger nosso organismo, ataca erroneamente as próprias células e tecidos do corpo. Seria isso que está acontecendo em nosso estado? Autoridades que deveriam proteger nossa terra, trabalham justamente contra?

— IDEMA, dá licença? Queremos salvar o Morro do Careca!

Talvez seja realmente por conveniência política que o governo parece não cooperar. Não é por maldade. Mas por uma percepção errada do que faz bem para nossa gente. Creio que nossas autoridades pensam que estão fazendo o correto, o certo, o melhor para nosso Estado de arrependimento — não incentivar o empreendedorismo e estimular o assistencialismo, é um bom exemplo.

Voltando ao Morro, ou melhor, à Falésia do Careca, é mais que um símbolo, mais que uma analogia, está se transformando no verdadeiro raio-x da nossa terra. Olhemos para o Morro do Careca e lá está um resumo do nosso Estado de calamidade.

Deixar de construir um Estado de desenvolvimento é uma coisa. Assistir à deterioração de um presente dado por Deus, esculpido pela natureza, é outra bem diferente. A prefeitura já tem os recursos para executar a obra de engorda que resolveria o problema, mas falta a licença do IDEMA. A draga já está ancorada em nosso porto, mas falta o governo liberar a licença.

Já ouviu falar no Cristo Redentor caindo aos pedaços? Ou no Pão de Açúcar? Ou no Elevador Lacerda em Salvador? Não, você nunca vai ver nem ouvir isso. Os governos, por piores que sejam, preservam seus símbolos.

Será que já estamos vivendo num Estado de decomposição?

Marcus Aragão
@aragao01

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ARTIGO: Nossas praias, a Via Costeira e o bunda-lê-lê. Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 07/07/23.

Nossas praias estão impróprias para o banho, impróprias para o turismo, impróprias para os natalenses.

Durante muito tempo fomos conhecidos em todo o Brasil pelas belezas das nossas praias. A questão é que até o morro está careca de saber que isso está mudando. Se antes os turistas se sentiam atraídos pelas nossas praias, hoje eles se sentem traídos.

— Até tu, Ponta Negra?

Se em Recife precisamos ter cuidado com os tubarões, aqui em Natal a atenção é com ratos, baratas e bocas de lobo. Quem começa a andar pela nossa orla tem que ter cuidado onde pisa. A eterna falta de uma urbanização racional infestou nossas praias com barracas e ambulantes que, pela falta de higiene, atraem ratos e outras pragas, tornando-se alvo involuntário de pisadas distraídas. Fique atento. Banheiros imundos, assaltos frequentes e lixo nas calçadas compõem esse cenário de purgatório — e o inferno é logo ali.

Segundo o presidente da ABIH, o risco do turista ser assaltado é de 90%. A falta de policiamento ostensivo e o domínio da cidade pelas facções estão tornando a vida na cidade do sol um inferno de Dante. Os 10% que não foram assaltados pelos bandidos não resistirão aos preços extorsivos cobrados pelas barracas. Sem falar na prostituição que compõe o cardápio alternativo da orla.

— A boca de lobo é o ânus da cidade.

Um cano enorme que defeca literalmente toneladas de fezes em nossas praias ao ar livre, sem nenhum pudor, para todos assistirem incrédulos esse espetáculo bizarro. Quantas bactérias essa imundície não traz em seu córrego? Se a “boca de lobo” é o ânus, nossa orla é um imenso rego? A “língua preta” é a diarréia da cidade. Quantas crianças, idosos, pais de família e ainda a vida marinha são infectados através dessa imundície? E o pior, temos várias “bocas de lobo” em nossas praias. Se o turista europeu já fica constrangido quando percebe um cachorro fazendo o que o gato enterra em via pública, imaginemos o que não pensa quando se depara com todo o potencial de uma “boca de lobo”. É a cidade fazendo bunda-lê-lê para o turismo.

Se o turista escapou dos perigos do calçadão, conseguiu não ser fisgado pelos preços das barracas, desviou as bocas de lobo na areia e resolve dar um mergulho, percebe que está bem no meio do bojo dos problemas. Os relatórios de balneabilidade constantemente apontam a presença de coliformes fecais, ou agora chamados de “termotolerantes”s, em uma presença bem elevada, tornando impróprio entrar na água. Teríamos que substituir o Morro do Careca por uma pastilha sanitária gigante?

A situação do turista é realmente preocupante. Porém, a diferença é que seus problemas se acabam quando ele vai embora. Certamente, a melhor parte da viagem, ou pelo menos a mais segura, é o retorno para casa. Ele está livre. Não precisa dar ouvidos ao canto da sereia dos políticos locais que prometem e nunca resolveram essa questão.

Se para o turista não está fácil, imagine para nós, natalenses, que não temos para onde escapar? O turista, que tem menos, tem mais do que a gente. Aliás, ele ainda tem um direito extra que nos é negado — usufruir da Via Costeira. Podemos passear de carro e de bicicleta, liberam para correr e andar, mas não podemos ficar nem estacionar. Nascemos aqui, mas não é permitido usar a praia que Deus nos deu. A maior faixa litorânea da cidade — é só para as visitas.

Fazendo uma comparação da Via Costeira com uma casa, é como se não nos deixassem jantar na sala. Só podemos fazer as refeições na cozinha — só que somos os donos da casa.

A Via Costeira é admirada por todos, mas usufruída por bem poucos. O pernambucano pode desfrutar tranquilamente, basta se hospedar nos hotéis. O baiano da mesma forma. O capixaba, idem. O gaúcho e o alagoano, também. Enfim, só quem não pode somos nós — os nativos. Afinal, não vamos nos hospedar nos hotéis em nossa própria cidade. Queremos morar com vista para o mar, entendeu? Por que não?

Meu leitor ecochato, não fique verde de raiva, pois não defendo acabar com o meio ambiente. É possível conciliar e planejar com sabedoria. Maceió errou? João Pessoa errou? Claro que não. Ah, quer dizer que temos leis arcaicas? Vamos fazer novas leis para um novo tempo.

Já foi um grande passo a implantação do novo plano diretor que melhorou a situação das edificações em diversos pontos de nossa cidade e na Via Costeira. Excelente, mas, por enquanto, ainda está no papel — é preciso que comecemos a construir. A população não pode esperar ainda mais. Quase 40 anos não foram suficientes?

Fiz o artigo em 2020: “Por que a Via Costeira não é sua?”. Foi realmente um recorde de acessos e compartilhamentos. Fiquei feliz com a repercussão, mas nada comparável à alegria que terei em escrever o artigo comemorando a entrega da Via Costeira ao povo de Natal.

Para não me alongar muito, já vou terminando esse giro pelas praias, passando pelo Forte e indo para a Ribeira. Tenho acompanhado com otimismo as iniciativas da prefeitura para resgatar esse importante bairro. Vamos ver se é para inglês ver ou se é para nossa gente viver. Espero que sim. Quem sabe essa onda de mudança começa pela Ribeira e vai desaguar no mar — trazendo de volta nossas praias! Quando esse dia chegar, bastará um mergulho para lavar a alma de todos nós.
 

Marcus Aragão
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ARTIGO: Padre Júlio — o pecador. Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 05/06/22.

Naquele tempo a Igreja Católica adotou o celibato dos padres e freiras para defender seu patrimônio. Não casava bem o sacerdócio com herdeiros brigando pelo patrimônio do padre. Isto é, o patrimônio da Igreja — era a Idade Média. Foi aí que começou, Deus me perdoe, o inferno dos padres.

Durante o papado de Gregório VII, em 1075, o clero foi obrigado ao celibato. Vejam que foi mais de 1000 anos depois de Cristo. Essa ideia não partiu de Jesus. Hoje em dia, continua na mesma ladainha, apesar de que muito se superou dos absurdos da Idade Média. Um bom exemplo foi o fim da venda de indulgências, ou o perdão divino a quem pagasse por isso. Graças a Deus, acabou. As missas em latim, também. Mas o celibato continua.

A manutenção de algo tão fora de contexto pode trazer, e tem trazido inúmeros problemas. Pedofilia, relações clandestinas com homens ou mulheres e muita repressão para não aceitar a maçã da eva. Ou de Adão.

— Se você ainda vai continuar a leitura deste artigo, reze 10 ave-marias e 10 pai-nossos.

Essa semana tivemos a vida do Pe. Júlio devassada nas redes sociais e antissociais. Pegaram o Júlio para Cristo. Mas o Júlio é humano e, como tal, erra. E é lógico que errou. Afinal, o adultério é um dos pecados mortais, porém, cabível de perdão se o arrependimento é genuíno. Vejam agora a ironia do destino. Particularmente, não conheço o Pe. Júlio, mas sei que todo padre atende fiéis que querem se confessar. Todos nós precisamos de uma segunda chance. Nos confessar, receber a penitência e voltar a vida com esperança de sermos pessoas melhores. Quem vai perdoar os pecados do Pe. Júlio se a arquidiocese e a sociedade já condenaram à fogueira?

— Senhor, tende piedade de nós.

A igreja não evoluiu quando Papa Francisco, em 2018, disse que padres gays devem largar o sacerdócio. O médico gay salva sua vida; o engenheiro gay constrói sua casa; o professor gay ensina sua profissão, mas o padre não pode ser homossexual nem hétero. Não pode ser nada. Deve ser um inferno mesmo.

— Vamos rezar a oração que o Senhor nos ensinou.

Viu? Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido. As partes envolvidas devem pensar em perdoar. É nosso dever e nossa salvação! Por isso, peço aos mais exaltados que guardem a tocha acessa, pois não vamos ter caça às bruxas. O nosso coração está em Deus.

— O amor de Cristo nos uniu.

Agora, tentando amar o próximo como a si mesmo, pergunto-me quem pode perdoar o Pe. Júlio por ter caído em tantas tentações? Antes, gostaria que o padre perdoasse a Igreja por insistir no celibato e em pensamentos vigentes da Idade Média e que perdoasse também a todos nós que expomos sua vida nas mídias.

— Aquele que não tem pecado que atire a primeira pedra.

Após esse momento de fraternidade em que perdoaremos uns aos outros, rogo a Deus que tenha compaixão de nós, perdoe nossos pecados e nos conduza a vida eterna. Amém.

— Vamos em paz e que o senhor nos acompanhe.

Marcus Aragão
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ARTIGO: A invasão do Diário de Natal — um crime organizado. Por MARCUS ARAGÃO

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 05/06/22.

Como seria bom ver os setores do governo federal e estadual que não funcionam, nada produzem, e pudéssemos chegar com uma frota de ônibus cheios de técnicos e profissionais capacitados para promover uma justa reforma administrativa. O resultado seria enorme.

Já pensou como seria nossa economia? A segurança e a educação? Como seria bom que o governo liberasse a invasão de profissionais nas secretarias, verdadeiros terrenos baldios cheios de carrapatos querendo grudar em negociatas.

Que nosso estado também permitisse a invasão de dezenas de indústrias para gerar emprego e renda para milhares de potiguares — derrubando impostos e burocracias a marretadas.

— Quando o governo fica sempre em cima do muro, a sociedade começa a derrubá-los.

A queda do muro do prédio do Diário de Natal é uma ameaça real à democracia — a propriedade privada, que, juntamente com a liberdade de imprensa, a divisão dos poderes, eleições justas e a proteção dos direitos individuais, formam a base sagrada que mantém nosso estilo de vida. Em outras palavras, quem é a favor da invasão é indiscutivelmente contra a democracia.

— As marretadas que derrubaram o muro do Diário de Natal causaram rachaduras nos muros de todas as propriedades do RN.

É assim que vamos inserir os mais necessitados na sociedade? Pela porta dos fundos? Ou melhor, derrubando a porta, o muro e invadindo as terras e imóveis de terceiros? Aceitar essa situação não só destrói a democracia e nosso senso de justiça, mas também a esperança destes invasores de conseguirem seu lugar na sociedade por meios legítimos, ou seja, pela educação, pela capacitação profissional. O Estado falha miseravelmente quando nega aos que mais precisam, um futuro melhor e oferece como consolo a possibilidade de serem invasores ou criminosos. A prisão que o estado falido guarda para eles é a pior possível — viverem presos num sistema de paliativos que não permite sua melhora real pois como Lula falou: “Quem ganha acima de 5 salários já tem dificuldade de votar no PT”.

Não podemos aceitar um governo que não olhe para todos os setores da sociedade. Ninguém pensa que determinado imóvel pode estar abandonado, seja na cidade, na praia ou no campo, porque o proprietário está tentando viabilizar uma melhoria? Ou ainda que a família se sacrificou por anos para comprar o terreno e, no momento, não pode construir ou ainda que tem outras prioridades? Não me refiro ao imóvel especifico na Avenida Deodoro mas qualquer um, inclusive o seu, assustado leitor.

Outra coisa, qual impacto dessa invasão para a vizinhança? Desvalorização, claro. A prefeitura ou o governo podem ceder um local mas nada fazem. É essa politica habitacional do nosso governo? Os ônibus que levaram os invasores à avenida Deodoro não poderiam levar às escolas?

Tenho que interromper este artigo para outra questão absurda. Na escalada para, ao meu ver, implantar o caos no Brasil, eis que essa semana vejo o nosso presidente e o ex-Ministro da Justiça, Flavio Dino, defendendo a tolerância com o pequeno roubo. Só faltam falar: “Tenham paciência com o aprendiz de ladrão!”

Será que nosso presidente enquanto preso, se sensibilizou demasiadamente com os presidiários? Ser contra a prisão de quem comete o pequeno furto é certo? Se aproximar das causas daqueles que sofrem nas penitenciárias, não é um problema — o absurdo é se distanciar do homem de bem.

Faço um apelo geral a todos. Primeiramente a você, jovem da periferia. Leia nossa constituição, a bíblia e não caia nas tentações de entrar na vida louca do crime. Assim como Jesus foi tentado no deserto, os políticos estão tentando você com facilidades sugeridas como as vistas grossas ao pequeno roubo, sem falar nas audiências de custódia, entre outros. Isso tudo não vale o seu caráter. No fundo você sabe que só querem o seu voto. E lembre que se os governantes estivessem fazendo um bom trabalho, você teria emprego digno, teria saúde, habitação, educação e transporte.

Tenho certeza que os invasores do prédio do Diário de Natal também não querem cometer crimes. Querem apenas construir um futuro melhor para sua família — eles não precisam de aval para cometer irregularidades. Muito pelo contrário, merecem que o estado garanta dignidade e um crescimento sustentável através da educação, segurança, saúde, transporte e habitação. É como se o governo quisesse transferir na marra a responsabilidade para a classe privada.

Acredito que a justiça será feita e o proprietário do terreno terá seu imóvel de volta e o mínimo que o governo e a prefeitura devem fazer é ceder um prédio para que esses invasores tenham onde habitar.

O pior crime quem comete são os governantes que roubam nossa esperança de um futuro melhor para todos.

Marcus Aragão
@aragao01

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ARTIGO: Lula — A Política Pão e Circo dos Horrores. Por MARCUS ARAGÃO

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 25/02/24.

Lula, olhemos também para as nossas Faixas de Gaza. O Brasil está sendo devassado pelo poder das facções com influência em praticamente todas as esferas do poder. A violência ocorre numa progressão nunca vista, onde o cidadão, o trabalhador, não tem mais segurança alguma. As milícias disputam com o tráfico de drogas os morros e favelas do país. Enquanto isso, nosso presidente segue na busca por holofotes diplomáticos.

— Essa postura internacional representa, no máximo, nossa indignação.

Lula foi eleito com apenas 50,83% dos votos válidos. É unanimidade que uma parte desses votos foi devido à rejeição a Bolsonaro, que não necessariamente queria Lula. E ainda que um grande percentual da base de seus eleitores sejam pessoas sem instrução, beneficiárias de programas assistencialistas.

Sou a favor do Estado de Israel e também a favor da formação de um Estado Palestino. Todos somos contra a loucura que o Hamas fez em invadir e atirar nos inocentes. Somos contra a morte de civis na Faixa de Gaza, mas jamais faríamos a comparação desse ato com o Holocausto sofrido pelos judeus. Se houvesse uma nova guerra mundial, penso que, infelizmente, estaríamos fazendo parte do eixo do mal.

— Diz-me com quem tu andas e te direi quem tu és.

Nosso presidente é amigo dos nossos inimigos. O brasileiro tem sua cultura enraizada no ocidente. Somos a favor da democracia, da liberdade de imprensa, da propriedade privada; somos contra a violência, contra ditaduras. Sempre fomos aliados dos Estados Unidos, Inglaterra e demais países do ocidente, pois essa é a nossa identidade. Lula é aliado do Irã, Cuba, Venezuela de Maduro, Nicarágua de Daniel Ortega, Rússia de Putin, Hamas… Isso tudo é muito anti-Brasil.

Não sei se essa falta de filtro nas palavras vem da idade avançada ou da ânsia de ser visto como um estadista ou ainda se é fruto da forte influência de Janja. Já cheguei a pensar que no Brasil o regime não é o presidencialismo, mas sim o casamentalismo — Um regime onde o poder executivo é exercido pela esposa do presidente eleito. O presidente aparenta ter um papel cerimonial e representa a nação no exterior sempre que possível. Que saudades de D. Marisa…

É possível que a repercussão dessa postura possa trazer problemas enormes para o turismo, economia e relações exteriores. Como o brasileiro será recebido no exterior?

Os desatinos não param. Depois de amargarmos prejuízos bilionários com financiamentos descabidos para países como Cuba, Angola, Argentina, Venezuela, República Dominicana, Equador, nosso presidente vai doar para a agência da ONU (UNRWA), mesmo sabendo, após denúncias, que os funcionários da agência tinham envolvimento com o Hamas. Lembremos que nosso país está quebrado e sem dinheiro para este tipo de despesa.

E olhe que hoje não iremos falar na política interna com casos de corrupção, suposta relação com o crime organizado e cerceamento da liberdade de imprensa. Essa postura que parece não se importar com as consequências, aproxima nosso presidente de um perfil ditatorial — se colocando acima do bem e do mal.

Bem, Lula se portando como o “Cavalo do Cão”, na verdade mostra que ele galopa forte para o apocalipse onde o cavaleiro e cavalo se confundem num só, como um centauro com a faixa presidencial.

Marcus Aragão
Instagram @aragao01

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Artigo: Rei Charles, o bobo da corte e a liberdade. Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 07/05/23.

A coroação do Rei da Inglaterra é um carnaval. Feito não só para os ingleses verem, mas para mostrar ao mundo todo. É uma bela ação de publicidade com objetivo de divulgar o país.

— Deus salve o marketing!

Desde a Revolução Gloriosa, ocorrida na Inglaterra em 1688, que acabou com os poderes da monarquia absolutista, isto é, o rei fazia o que queria, e substituiu pela monarquia constitucional, a vida da família real mais se parece com a biografia de uma planta. Afinal, eles nascem, crescem, se reproduzem e morrem — e só! Tudo isso muito bem registrado pelas lentes dos paparazzi. Se ao menos realizassem a fotossíntese, teriam a única e útil função de trocar um pouco do gás carbônico por oxigênio na atmosfera.

Particularmente, a coroação do Rei Charles pode ser vista como uma história de superação onde o bobo da corte é levado ao trono. Tudo obra do destino, é claro. Apesar de uma vida de trapalhadas, nosso rei do baralho que, conseguiu trocar a Lady Di por Camila Parker Bowles, foi coroado sob o risinho indisfarçável dos líderes de Estado. Sua personalidade infantil se revela no olhar imaturo e jeito titubeante meio ressacado de ser. Sem perder o ar de desdém típico dos que não tiveram que enfrentar as dificuldades da vida.

Meu leitor plebeu, quero que se lembre de uma única frase dita pelo pequeno príncipe inglês, em algum momento difícil da humanidade ao longo dos seus 74 anos que não fosse protocolar. Nas suas viagens, nada faz mais do que visitar o líder local, assistir a uma apresentação cultural e tirar fotos em comunidades carentes e hospitais — para mostrar que, apesar de viver de frivolidades, também é humano. Isto é, se preocupa com a imagem.

Infelizmente, outras causas mais importantes não recebem tanta atenção das autoridades e da mídia. Um bom exemplo é a dependência forçada da Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales em relação ao Reino Unido. Como pode, em pleno século 21, esses países não terem podido declarar independência? O mundo aceita essa situação bizarra sem nenhuma sanção contra a Inglaterra. Não foram poucas as vezes em que esses países derramaram sangue para tentar serem livres. O sistema trata essa situação de forma mais branda. Os livros abordam com certa normalidade a criação do Reino Unido e a população, muitas vezes, só aprende história através do cinema — uma rara exceção de conteúdo de qualidade é o filme Coração Valente, onde Mel Gibson interpreta William Wallace, líder escocês que lutou e morreu pela independência da Escócia.

Quando Putin cometeu a insanidade de invadir a Ucrânia, o mundo reagiu ferozmente. Mas o governo britânico poder interferir nas decisões políticas da Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, tudo bem. Esses países sofrem essa influência na saúde, educação, infraestrutura, meio ambiente e finanças – é o governo britânico que define a política monetária, o orçamento e as políticas fiscais que afetam a todos. Isso tudo é tão pouco abordado na mídia que tendemos a achar normal o absurdo.

A Escócia já travou diversas guerras de independência contra a Inglaterra ao longo dos séculos XIII e XIV. A Irlanda lutou em inúmeros momentos, como na Revolta de 1916 e na Guerra da Independência (1919-1921). Em 2014, a Escócia fez um referendo sobre a independência, mas o governo britânico realizou uma intensa campanha contra e não conseguiu aprovação. O novo primeiro-ministro escocês, Humza Yousaf, é independentista e promete lutar pela soberania: “O povo escocês precisa de independência agora mais do que nunca, e seremos a geração que vai conquistar a independência”.

Vários países já se libertaram das algemas inglesas e hoje são livres. Estados Unidos (1776), Canadá (1867), Índia (1947), Austrália (1901), Nova Zelândia (1907), Jamaica (1962), Nigéria (1960), Gana (1957), Paquistão (1947) e a África do Sul (1931) conseguiram sua independência da Inglaterra. O mundo vai aceitar a situação da Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales até quando?

A independência desses países era o assunto que queria tratar com vocês – mas fiz como a Inglaterra e usei a família real só como marketing para chamar atenção.

Ucrânia livre!!
Escócia Livre!!
Irlanda do Norte Livre!!
País de Gales Livre!!

Marcus Aragão
@aragao01

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