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O Turista está certo em não vir ao RN. Parte 2. Por Aragão.

O mundo inteiro quer conhecer nossas inúmeras belezas naturais e nossa maravilhosa gastronomia.
Mas precisamos fazer nossa parte.

E nossa parte não é jogar nada para debaixo do tapete.
Precisamos jogar fora o tapete que esconde o que está errado.
Jogar luz no que precisa ser feito — e fazer.

Essa é a função deste artigo: expor a real situação, que pode ser incômoda para tantos, mas cômoda para alguns, pois nada fazem.

Bem, depois de fazermos nosso dever de casa, vamos estender o tapete vermelho para o turista — ele retornará.

Enquanto não fazemos, o turista, infelizmente, começou a desistir do RN.
Mais um levantamento reforça esse triste fato: segundo pesquisa da ForwardKeys, divulgada pela PANROTAS, o RN ocupa, em 2025, apenas a 18ª posição nacional em número de voos domésticos.

Quando comparamos com 2015, uma década atrás, o RN registra 20% menos voos e 250 mil assentos a menos.

Já o IBGE registrou que o estado teve a quarta maior retração do Brasil, atrás apenas de Rondônia, Goiás e Rio Grande do Sul.
Caímos duas posições.
Entre os estados nordestinos, o RN ficou em penúltimo lugar, à frente apenas de Sergipe.

— Não adianta fingirmos que está tudo bem — tem algo errado com nosso turismo, ou não?

Precisamos reagir urgentemente.
Não esqueçamos que já perdemos Fernando de Noronha para Pernambuco, porque nossos políticos nada fizeram.
Agora estamos perdendo nossos turistas.
— Quem defende o nosso turismo?

Lembremos que o turista não quer nada demais — apenas o básico bem feito.

Levantando o tapete:

Ele quer pagar um preço justo nas passagens aéreas e não absurdamente mais caro partindo ou chegando ao RN.

Ele quer apenas segurança, para não ser roubado, assaltado nem sequestrado (relâmpago).

Ele quer estradas dignas, sem buracos.

Ele quer praias limpas.

Ele quer não ser explorado nas barracas.

Ele quer um hospital público de qualidade, caso precise de atendimento.

Nosso estado investe em turismo apenas uma pequena fração do que investem outros estados — e o resultado disso sempre aparece.
Ou desaparece.

A melhoria do RN será boa para o turismo e excelente para todos nós, potiguares.
Afinal, o RN é o nosso destino permanente.

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O turista está certo em não vir ao RN. Por Aragão.

No ranking nacional, nosso Estado foi o 17º mais visitado em 2024. O RN registrou a quarta maior retração do Brasil, atrás apenas de Rondônia, Goiás e Rio Grande do Sul.
Caímos duas posições. O RN recebeu 285 mil turistas brasileiros; em 2023 foram 317 mil.
Entre os estados nordestinos, o RN ficou em penúltimo lugar, à frente apenas de Sergipe.

— Respeitemos o turista.

Pra começar: por que o turista tem que pagar um preço extraordinariamente mais alto nas passagens aéreas partindo e chegando ao RN?

Esse recuo do turista não foi à toa. Nosso Estado investe em turismo apenas uma pequena fração do que investem outros estados do Nordeste — e o resultado disso sempre aparece. Ou desaparece.

Por outro lado, Pipa não pode levar o turismo do RN nas costas. É uma praia maravilhosa, mas nosso turismo pode — e deve — ser muito mais.

É preciso começar a consertar uma história de desmandos. São décadas de atraso.
Se, para nós que somos daqui, só temos basicamente a praia e o shopping como opção de lazer, o que o turista vem fazer por aqui?

— Vai para o interior? Seria ótimo, mas com que estradas?

Se resolver ficar por aqui, que tal conhecer nosso bairro histórico da Ribeira?
Bem que poderia se chamar “Parque das Ruínas IPHAN”.
Também podemos conhecer o Centro da cidade, que agoniza principalmente pela falência da Ribeira, que já não gera mais fluxo de passagem.

Gestões municipais anteriores atrapalharam mais do que ajudaram. Lembremos o Plano Diretor, que atrasou imensamente nossos bairros de Petrópolis e Tirol.

Outra opção seria ir ao Parque das Dunas passear?
Mas e o lixo? E os brinquedos quebrados? E os formigueiros?
O Governo não faz a manutenção necessária.

Quer caminhar pelas calçadas do RN? Mas com que segurança?

Vir de navio para cá? Não é possível, pois o Terminal Marítimo da Ribeira foi mal projetado e não consegue receber grandes embarcações — já que elas não passam por baixo da ponte.

— Já pensou se o turista se acidenta?
Ele vai para o Walfredo Gurgel?

Belezas naturais e hotéis de qualidade temos de sobra — problemas para serem resolvidos em nosso Estado, também.

O turista não é bobo.
Talvez os bobos sejamos nós, que ainda achamos que ele virá sem as mudanças necessárias.

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Novo Hub. Veja como os preços das passagens aéreas podem baixar no RN. Por Aragão.

Para quem está cansado de pagar passagens mais caras do que os estados vizinhos, a simples notícia de que o Nordeste pode estar prestes a receber um financiamento para construir um HUB internacional de grande porte e alta tecnologia soa como um sopro de esperança. 

— Temos que embarcar nessa oportunidade.

A aprovação do Projeto de Lei nº 4.392, que autoriza empresas estrangeiras a operarem voos domésticos no Brasil (a chamada cabotagem), é o ponto de partida para o financiamento para a construção de um novo aeroporto internacional no Nordeste. Empresas como TAP, Iberia, Air France e outras poderiam oferecer voos para trechos internos no Brasil.

Esse novo hub internacional foi anunciado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe, em SP, no último dia 16. O projeto conta com possíveis incentivos do Programa de Aceleração do Turismo Internacional, iniciativa federal voltada a ampliar a conectividade aérea do país e atrair mais visitantes estrangeiros.

— A Paraíba já decolou na frente.

A ideia já despertou a cobiça de vizinhos. O governador da Paraíba, João Azevedo, presente no evento, declarou que o estado “vai concorrer” para receber o terminal e que pode oferecer condições fiscais atrativas. 

Aumentando a concorrência as tarifas — tanto para fora do país quanto nas rotas internas — tendem a cair. Em alguns trechos, especialistas falam em reduções que podem chegar a 40%.

Se Pernambuco, Ceará ou Paraíba conquistarem o hub, o potiguar terá que pegar estrada para embarcar de lá, porque os preços serão ainda mais imbatíveis nos aeroportos vizinhos.

— Nosso destino é a redução do ICMS e a articulação para trazer o Hub para o RN.

O querosene de aviação (QAV) responde por até 30% do custo de uma passagem. Estados que reduziram o ICMS desse combustível conquistaram mais voos e atraíram novas rotas. Aliado a isso, o governo do RN deve iniciar sua articulação política urgente tentar reduzir o preço das nossas caras passagens aéreas de uma vez por todas.

Fonte da informação: Panrotas

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Luiz Fernando 28 set 2025

Se for depender de "nossa desgovernadora" estamos lascados

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O deputado estúpido, Napoleão, Brasil do Norte e Brasil do Sul. Por Aragão na

 

Certa vez, Napoleão, cansado de se deparar com absurdos, disse que nada é pior do que um imbecil com iniciativa. O imperador, claro, não imaginaria que um dia as redes sociais dariam megafones aos idiotas — que, com uma estupidez na cabeça e um smartphone na mão, conseguem viralizar o impensável.

São capazes de defender causas absurdas e têm a coragem de atacar moinhos de bom senso como um Dom Quixote surtado.

— O deputado federal Paulo Bilynskyj quer dividir o Brasil em dois.

Sei que ele poderia não entender nenhum dado sobre economia — mas você entende, caro leitor.  O Nordeste é o segundo maior mercado consumidor do Brasil: responde por cerca de 20% a 22% de todo o consumo nacional, ultrapassando o Sul (15% a 16%) e o Centro-Oeste (8% a 9%). Sozinho, consome mais do que o Sul inteiro e mais do que o Centro-Oeste e o Norte somados. E isso sem falar em energias renováveis, minérios, petróleo, gás e muito mais.

Teria ele capacidade de sugerir uma solução racional? Não. Se tivesse, já teria feito. Em vez disso, aproveitou sua diarreia cerebral para produzir uma arte degenerada e repugnante, pintando um Brasil partido ao meio.

Somos um só povo. Um país indivisível que ainda tem muito a melhorar para alcançar o desenvolvimento merecido, mas que sabe estender a mão ao irmão de outra região quando este precisa. Que tipo de canalhas seríamos se abandonássemos nossos irmãos nas trincheiras da luta pela independência, pela democracia e pelo futuro do Brasil?

Esse é o problema do idiota: ele não se percebe idiota. Se o fizesse, deixaria de ser.

Não satisfeito, ainda inventa fake news. Como a de que países grandes são ditatoriais e os pequenos, democracias. Ora, os Estados Unidos e o Canadá são imensas democracias. Já Venezuela, Cuba e Nicarágua são pequenos, mas ditatoriais.

— Gigante pela própria natureza.

A única separação aceitável é excluir da vida pública, através do voto, aqueles que, em vez de lutar pela melhoria de todos, sonham em dividir nossa Pátria Amada, Brasil.

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O Vexame dos Advogados no STF. Por Aragão.

O desempenho de alguns advogados de defesa no julgamento de Bolsonaro foi vergonhoso pela bajulação desmedida. Tenho certeza de que a corte não se envaidece; no máximo, pode se divertir com o entretenimento. É uma peça teatral ensaiada e planejada. Os atores? Alguns dos maiores advogados do Brasil. Infelizmente, o que pode parecer cômico é trágico, pois o advogado entrega um pouco de sua dignidade em oferenda aos deuses da justiça.

Faz parte? Não, não faz parte! É uma deformação do respeito, uma anomalia, uma mutação da referência que se faz liturgia.

É entretenimento puro para os ministros que assistem às apresentações também de contorcionismo da retórica, onde alongam uma simples cortesia até romper os tendões do bom senso. É dolorido e carrega uma tensão disfarçada.

Se fosse à noite, e os ministros estivessem nas sacadas, teríamos advogados dedilhando alaúdes — aqueles violões medievais em formato de pêra — e cantando serestas melosas, enquanto recitavam versos que fariam Shakespeare chorar de vergonha.

— Quem é o bobo da corte? Sou eu!

Penso verdadeiramente que seja eu mesmo. Pois acreditei que assistiria à força dos argumentos aliados à coragem baterem nas muralhas da intransigência das acusações até libertarem a justiça — independentemente do resultado que fosse.

— Quem é a testemunha? Você.

Todos nós. O país inteiro. Testemunhamos não apenas um julgamento histórico de réus e acusados, mas também o julgamento de advogados e juízes diante da opinião pública.

 

 

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Josebel Urib 06 set 2025

Infelizmente o Brasil tem um judiciário, não apenas o STF, que julga mais pelos órgãos internos dos que carregam (fígado, umbigo, Bile, coração) a caneta do que a lei.

Maria de Fátima 05 set 2025

Chega a dar pena!

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Já expulsamos os franceses e os holandeses. Agora, expulsamos os potiguares. Por Aragão.

— A história agora é outra.

Expulsar os invasores do passado, ok. Mas a própria gente? Todo mundo tem um amigo que foi morar no exterior. Quem não conhece alguém que partiu para os EUA, Canadá, Portugal ou algum país da Europa?

No RN, ao contrário da Paraíba, tem saído mais gente do que entrado. Pessoas que nasceram, estudaram e viveram entre nós precisam buscar uma alternativa para a vida, porque por aqui as coisas não andam nada fáceis.

Imagino o duplo desafio para aqueles que moram fora da sua terra: a saudade da família, dos costumes, da cultura… e, ao mesmo tempo, a necessidade de enfrentar um modo de vida muito diferente do nosso. Muitas vezes encarando o preconceito e, quem sabe, a xenofobia.

— Por que estamos expulsando nossa gente?

Se não oferecemos condições para que nosso povo permaneça aqui, enfrentando conosco os problemas do dia a dia, é porque falhamos miseravelmente.

E o que esperar de um estado em que a educação do ensino médio da rede pública tem a pior avaliação do país? Onde áreas privadas são invadidas e o poder público se arrasta para agir? Onde temos candidatos que assinam projetos de lei que tentam descriminalizar o pequeno furto? Poderia falar da saúde, da segurança, das estradas… e você sabe que é verdade.

Quais fábricas estão vindo para o RN? Qual comércio abre suas portas em nossas ruas que não seja Farmácias ou Pet Store?

Para que não pense que a questão é nacional, lembro mais uma vez: na Paraíba acontece o contrário. Lá há mais gente chegando do que saindo. O paraibano está num estado em desenvolvimento.

Enfim, o RN forma gente, mas não consegue mantê-la. Continuaremos exportando esperança — se não mudarmos essa rota — até que só reste saudade, enquanto outros escrevem o futuro que deixamos para trás.

— Até quando o caminho da prosperidade no RN será a estrada para o aeroporto?

Precisamos de uma mudança histórica em nosso Estado.

Comentários (4)

Fábio 24 ago 2025

Não se iluda!

Maria de Fátima 24 ago 2025

Potiguares expulsos,quase,de forma compulsória. Triste!

Ubirajara 24 ago 2025

Parabéns Aragão, o RN precisa mudar para facilitar o empreendedor e o desenvolvimento pois atualmente só abrem as portas para fuga de recursos e nossos talentos

Ubirajara 24 ago 2025

Parabéns Aragão talvez seus comentários despertem nossas autoridades para abrirem nossas portas para facilidade do empreendimento e do desenvolvimento, e não para saída de nossos talentos

Fábio 24 ago 2025

Não se iluda!

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E se Brisa fosse julgada com o mesmo rigor que Bolsonaro está sendo? Por Aragão.

É melhor Jair se acostumando?

— Mas o que é isso, companheiro?

Estamos diante de dois pesos e duas medidas? Aliás, um preso e duas medidas. Lógico que não estou comparando a gravidade das acusações nem mesmo os fóruns, pois são bem distintos. Apenas avalio aqui o rigor proporcional.

No caso de Bolsonaro, existiram punições antes do julgamento pelo Judiciário. Inclusive, proibição de falar nas redes sociais, prisão domiciliar e tornozeleira eletrônica. E o mais grave: já imaginamos claramente o veredito.

Aqui está o contraste: enquanto o STF age preventivamente, a Câmara se acomoda no formalismo. Poderíamos pensar, ao menos, em afastamento cautelar? Seria impossível imaginar que a vereadora esteja tentando influenciar os outros vereadores que terão que votar no seu caso? Se relacionar com os outros vereadores já não exerce alguma influencia mesmo involuntária? Não seria razoável afastar Brisa enquanto o processo não se conclui?

— Podemos pensar no Rolé Azul? Brisa cassada?

Tudo parece estranho demais quando é com o outro lado. Se é contra a direita, vamos com tudo. Lembrei agora daquela repórter da TV Tropical, Andreyna Patrício, que foi agredida enquanto fazia uma reportagem e a esquerda não polemizou — soltaram a mão dela. Enfim, ou aceitamos que as regras mudam conforme o lado político, ou cobramos que o rigor seja igual para todos.

— O que queremos? A brisa da impunidade ou o vento da igualdade?

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Queria falar com você, doguinho do portão. Por Aragão.

Você sempre reclama muito, fica bravo e late mesmo com tudo que está errado. Quando passa uma canalhice da política na frente do portão, ou uma corrupção desenfreada, ou a economia tropeçando, você chega até a morder amigos e familiares nos grupos de WhatsApp.

Infelizmente, devido a uma vida de condicionamento para ter medo, quando abrimos o portão você se cala e lambe o nariz. Tem receio até de dar um like ou fazer um comentário nas redes sociais. Como você sempre silencia, quem manda no país, no máximo, lhe dá um afago, ração e coleira.

Mas, doguinho, tenho que te contar um segredo: você não é um doguinho — é um ser humano, um brasileiro. Abra esse portão e saia. Junte-se a outros que estão nas calçadas e vão para as ruas reivindicar as mudanças que você quer e o Brasil precisa. Você não quer correr atrás de uma bola, você quer dignidade.

Sabendo agora que não é um doguinho, está na hora de parar de abanar o rabo, tirar a coleira e correr atrás das mudanças que você insiste em terceirizar. Não vamos mudar o Brasil assim, delegando as mudanças, pois elas são nossas, dos brasileiros. É necessário mover um dedo ao menos — nas urnas, nas redes sociais.

— Agindo assim, você será o melhor amigo do Brasil.

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Soberania ou sobrevivência. Por Alexandre Teixeira.

Já passou a vigorar a tarifa de 50% sobre uma fatia pesada das exportações brasileiras para os EUA. O golpe não veio com suspense, veio com impacto direto no bolso do produtor, do exportador e de toda a cadeia. Café, carne e outros setores estratégicos, que agora competem com o peso de um imposto que derruba margens e esmaga competitividade.

E o que fez Lula? Transformou a crise em mais um palco de bravata. Criou um pacote de crédito de R$ 30 bilhões, batizou de “Brasil Soberano” e correu para a OMC como quem aciona um botão mágico. Problema: a OMC está travada, sem órgão de apelação desde 2019. É como levar o caso para um tribunal que não funciona — serve para discurso, não para resolver. O crédito anunciado fragiliza ainda mais nosso orçamento que grita por corte de gastos, logo, criar essa falsa narrativa que esse recurso virá de um fundo específico não passa de uma ficção, tudo vem do orçamento geral da união.

Enquanto os setores atingidos imploram por negociação direta e abertura de exceções, Lula prefere falar em “moeda dos BRICS” e independência do dólar. Conversa bonita para auditório de militante, mas inútil diante de tarifas já em vigor. A realidade é que dependemos dos EUA para investimentos, tecnologia, mercado comprador e até insumos críticos como fertilizantes. Se o maior cliente decide punir, não há moeda alternativa que salve.

O teatro da “soberania” ignora que o Brasil nem controla plenamente seu território. Portos infiltrados pelo narcotráfico, garimpo ilegal prosperando na Amazônia, fronteiras vulneráveis e o cenário urbano controlado pelas facções. Como falar em independência nacional quando facções e mineradores ilegais operam com mais liberdade que a própria Policia e Receita Federal? Eles é quem ditam onde o Estado entra, a lógica tá invertida.

Soberania de verdade se constrói com segurança, infraestrutura, capacidade de barganha e estratégia comercial clara. O que temos hoje é um presidente que rejeita negociar com quem impôs a tarifa, prefere discursos inflamados e aposta em alianças ideológicas com Rússia e China como se fossem resolver um impasse com Washington. No mundo real, quem perde mercado não recupera com retórica — recupera com acordos, pressão diplomática e ação coordenada.

Lula e seus BRICS não derrubam tarifa. No máximo, derrubam a paciência de um País que precisa vender para sobreviver.

 

Alexandre Teixeira é Advogado e economista – Preside o Instituto Mais Cidades e a Comissão de Direito Financeiro da OAB/DF.

Comentários (9)

Gabriel 18 ago 2025

O amigo só esqueceu de dizer o motivo das tarifas. Elas foram impostas pelo "xerife do mundo" por não aceitar as decisões soberanas da justiça brasileira sobre golpistas.

Marcos dos santos 17 ago 2025

Sua análise é cirúrgica pois o senario político estar um caos com esse pinguco que não tem postura de presidente e sim de um fanfarrão vagabundo gastado do dinheiro do contribuinte e aí eu mim pergunto até quando nada será feito e a população aceita tudo principalmente vingo do togado o ser sem prêmio o cabeça de chibata Alexandre de Moraes aquele lixo

Edson Vieira 17 ago 2025

Perfeita análise Dr Alexandre, só complementando sobre o assunto, esse é apenas uma pontinha do iceberg,vivemos uma crise constitucional, vemos a omissão do congresso nacional, a maioria dos parlamentares com vários processos engavetados no STF, ou seja, tornando um congresso fraco e fragilizado.

Marcossouza 16 ago 2025

Sê Alexandre de Moraes , esse ditador e seu cúmplice Lula saíssem do cenário atual , o Brasil teria , ( como tem ) , capacidade de subir ao pódium e ser tornar um dos três mais rico entre os países de primeiro mundo .

NILSON 16 ago 2025

Excelente ponderações

jorgemedeirosrn@gmail.com 16 ago 2025

Meu querido Alexandre, temos um Congresso cheio de discursos de Corte de gastos mas não aceita negociar Corte na farra das emendas parlamentares, importante também lembrar que temos um deputado pago com dinheiro da nação, que grita por sanções contra o Brasil até que chegue a terra arrazada. E a culpa disso tudo é do Presidente? Buscar dialogar com que não quer dialogar? Baixar a cabeça para um Imperador mentiroso não tem nada de Patriota.

Abdo Farret 16 ago 2025

Para Alexandre pelo comentário cirúrgico e corajoso. Precisamos de mais discursos assim. Simone Abdo

Yasmim 16 ago 2025

Perspectiva verdadeira dos fatos!

Maria de Fátima 16 ago 2025

👏👏👏👏👏👏

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O Brasil que cresce… nas calçadas. Dobramos a população de moradores de rua. Por Aragão.

Vidas estacionadas na calçada.
Em pouco menos de dois anos, o número de pessoas vivendo nas ruas no Brasil passou de 160 mil para aproximadamente 345 mil, segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Não está fácil para ninguém, mas a decisão de ir morar na rua da amargura só ocorre depois que o governo da ilusão bate a porta na cara dele — foram várias portas batidas.
As portas da educação de qualidade, da saúde digna, do transporte eficaz, da moradia decente ainda não abriram. O brasileiro bate, bate, até que desiste.

Cansado de bater a cabeça na parede, resta-lhe dormir nas calçadas, coberto de papelão e usando paralelepípedo de travesseiro. O banho é de chuva ou mangueira; a alimentação, no self-service das latas de lixo. As dores são anestesiadas com cola, por verem seus filhos arriscando a vida entre veículos indiferentes e motos apressadas. Vez por outra, as portas do inferno se abrem, e um filho da puta toca fogo nele ou atira em seu peito.

Enquanto chineses, alemães, coreanos e americanos constroem carros modernos, uma parte da nossa população pendura docinhos no retrovisor e limpa para-brisas.

A economia da ilusão tenta, mas não consegue resolver. Não é por maldade. São as fórmulas ultrapassadas que não funcionam. Aumentar impostos e o assistencialismo é uma solução provisória — me engana que eu gosto. Aliás, gostava.

A picanha com cerveja apodrece numa promessa atrasada que nunca chegou. Que dirá uma educação capaz de concorrer com os países desenvolvidos.

Saímos do mapa da fome e entramos no mapa do Waze?
Os milhares de moradores de rua, se fossem mostrados na plataforma de trânsito, dariam tilt — ou “bugariam”, num palavreado mais recente.

Dividimos o país entre direita e esquerda.
Triplicamos as tarifas dos EUA.
Dobramos os moradores de rua.

A solução só virá quando todos nós nos juntarmos aos moradores de rua para cobrar mudanças.

Comentários (2)

ENYLDO EGITO 16 ago 2025

Vdd verdadeira, Aragão. Louvo sua capacidade de redigir - ela se comunica de forma fulminante. A msg alcança o leitor instantaneamente. “Vamos nos unir, oh povo - de novo”.

Maria de Fátima 16 ago 2025

👏👏👏👏👏👏👏 perfeito!!

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