Está explicado por que, no Brasil, os políticos fazem o que querem com as massas.
Se um boneco inanimado, feito de material sintético, já é capaz de gerar surtos coletivos — com “pais” levando-o ao SUS, disputando guarda judicial e pedindo licença-maternidade — imagine o que ainda está por vir.
— Quem esquece do Wilson? A bola de vôlei do Tom Hanks em O Náufrago? Se não conhece, assista ao filme. Está na Netflix.
Lá era justificável ele se relacionar com o boneco em forma de bola como se fosse uma pessoa: ele estava em condições extremas.
Mas se você está investindo tempo, dinheiro e afeto para cuidar de um monte de borracha, silicone e tinta, talvez seja porque você está se tornando uma náufraga urbana — afundando em ilusões e carências que te descolam do mundo real e te fazem procurar uma ilha de realidade paralela em busca de alívio.
— O Reborn é sua boia emocional.
— Mas… o pior ainda não chegou.
Imaginemos, só por um instante, que um boneco desses tivesse IA.
Em dois dias, a humanidade estaria comendo capim ou pulando de abismos.
O humanoide Optimus, da Tesla de Elon Musk; o Atlas, da Boston Dynamics; ou o G1, da chinesa Unitree, com habilidades sobre-humanas e inteligência artificial, poderiam ser vendidos no Brasil? — O efeito seria devastador sobre a população mais vulnerável emocionalmente.
Ora, se um boneco de plástico já leva à loucura, imagine com o raciocínio de uma IA.
A tecnologia é muito bem-vinda e tem inúmeros pontos positivos. Mas é tempo de pensarmos em como fortalecer e preparar os que precisam de ajuda para enfrentar os desafios que o futuro nos impõe.
— Você acredita no Bebê Reborn… mas, e na humanidade?
Se trocássemos um Reborn pela adoção de um lindo bebê de carne e osso — que espera, cheio de amor, para retribuir esse gesto — seria um belo sinal de que ainda podemos acreditar no futuro da humanidade.
Foto: Veja/SP
Comentários (5)
5 respostas para “Wilson. Nosso Primeiro Reborn. Por Aragão”
Sensacional!!!👏👏👏👏👏👏
O último parágrafo é definitivo! A simples “nomeação” das bonecas já ilustra o avançado estado doentio de nossa sociedade (?), dar-lhes “status” de ser vivo e atrativos de continuidade familiar – recuso-me a chamar do que chamam, é inominável!! Feliz e produtivo sábado, longe dessas bizarrices extremas!!!
Perfeita análise Aragão. Os humanos estão ficando em segundo ou terceiro plano, com a humanização, também, de animais. Acho que as pessoas estão perdendo o eixo da civilidade. Quase sem volta, mas ainda há tempo para voltar a realidade da vida. Acordem!!!!!!!!!
👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Sensacional