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A Gasolina Mais Cara do Nordeste É a Melhor Propaganda do Carro Elétrico. Por Aragão. 

Existe uma campanha nas ruas para incentivar o uso de carros elétricos no RN de forma não convencional. Não precisa de anúncios, posts ou slogans bem elaborados. A cada posto de combustível, cada bomba, cada abastecimento, lembra ao potiguar sobre as vantagens do carro elétrico. Com a gasolina comum ultrapassando todos os limites, o RN se tornou o estado com o combustível mais caro do Nordeste, e essa realidade está fazendo cada vez mais motoristas fugirem das bombas.

— Soube da última bomba? Gasolina a R$ 6,60 (preço médio).

Não é só quem tem carro que sente o impacto. O preço do combustível afeta toda a economia.

— Fretes ficam mais caros, e isso encarece alimentos, produtos básicos e qualquer mercadoria transportada.

— O transporte público sofre pressão, levando a reajustes nas tarifas de ônibus e aplicativos.

— O comércio e o turismo perdem movimento, pois as pessoas evitam deslocamentos desnecessários.

A lógica é simples: quanto mais caro fica abastecer, menos as pessoas consomem combustível. Esse fenômeno pode ser explicado por uma lógica econômica conhecida como Curva de Laffer, que, embora aplicada geralmente à tributação, se encaixa perfeitamente no mercado de combustíveis. A ideia é simples: quanto mais alto o preço, mais o consumidor reduz seu consumo. No início, os reajustes são absorvidos, mas chega um ponto em que a reação muda. As pessoas passam a evitar o carro, limitar viagens e adotar hábitos para consumir o mínimo possível.

Quanto mais caro for abastecer, mais os motoristas buscam alternativas definitivas. E é aí que os carros elétricos entram na equação. Para muitos, o combustível caro já não é só um incômodo momentâneo – é um motivo real para considerar a mudança.

— O RN Está Perdendo Competitividade

Enquanto estados vizinhos, como Ceará e Pernambuco, conseguem oferecer combustível mais barato, o RN mantém uma das cargas tributárias mais altas do Brasil, tornando-se menos atrativo para empresas e investimentos. O que o setor de combustíveis e o governo podem fazer para reverter a situação?

— Entendeu por que o RN é um dos estados que mais vende carros elétricos?

Comentários (5)

O observador 18 mar 2025

Um absurdo o preço do combustível no RN. O governo não ajuda mas o cartel dos combustíveis tem sua óbvia parcela de culpa

de Fátima veras 18 mar 2025

Genial!👏👏👏👏👏👏👏

tiago 18 mar 2025

e é porque somo o TERCEIRO maior produtor de petróleo do Brasil. Perdendo apenas para o estado do RJ e ES.......REPITO, somo o TERCEIRO maior produtor dos 27 estados da federação.....

Alex 18 mar 2025

Somente de graça eu recebo um carro elétrico!

Claudia 18 mar 2025

👏👏👏👏👏

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Bets — A droga digital que destrói famílias e a economia. Por Aragão.

Segundo Renato Meireles, CEO do Instituto Locomotiva, que pesquisa os hábitos da classe média, o consumidor de baixa renda classifica as bets como investimento e não como despesa ou entretenimento.  

Insônia com as dívidas, tremores dos cobradores, dificuldade de enxergar perspectivas, fraqueza em voltar a jogar, delírios em acreditar que pode ganhar e depressão com o enorme prejuízo. Esses são apenas alguns dos sintomas que vêm assolando a vida de milhares de brasileiros.  

— Apostas online e a dependência. 

Você ficará viciado apenas com a possibilidade de ganhar. Veja como isso ocorre. O Dr. Timothy Fong, do Jane and Terry Semel Institute for Neuroscience and Human Behavior da UCLA, destacou que o vício em jogos online está relacionado ao sistema de recompensa do cérebro, que é acionado pela liberação de dopamina. No entanto, ele também ressalta que, ao contrário de outros vícios, o jogo é frequentemente associado a distorções cognitivas, como a crença de que continuar jogando eventualmente levará à vitória.  

No caso das apostas online, a incerteza e a possibilidade de ganhar disparam altos níveis de dopamina. Mesmo pequenas vitórias ou o simples ato de apostar ativam esse sistema.  

A dopamina não é liberada apenas quando você ganha, mas também na antecipação do ganho, alimentando a excitação e a expectativa. Essa descarga repetida faz o cérebro buscar novamente essa sensação, criando um ciclo vicioso. Percebe que você não se vicia em ganhar, mas sempre na possibilidade de ganhar.  

Além disso, os cassinos online e apostas usam um sistema de reforço intermitente, no qual as recompensas (vitórias) ocorrem de forma imprevisível. Isso mantém o jogador sempre esperando o próximo ganho, o que é altamente viciante.  

— Ficou com vontade de jogar?  

Escrevendo este artigo e imaginando como tudo isso funciona, confesso que, apesar de assustado com a engenhosidade, fiquei com vontade de jogar. Olhe o perigo! Nem ao menos joguei e já comecei a ser envolvido. Não se pode começar.  

Voltando, porque há muito mais manipulação. O Dr. Luke Clark, da Universidade da Colúmbia Britânica, esclarece que o córtex pré-frontal, responsável por decisões racionais e controle de impulsos, é prejudicado durante o jogo compulsivo. Sob forte estímulo da dopamina e do desejo de continuar apostando, a capacidade de resistir à tentação diminui, resultando em escolhas impulsivas. Ou seja, não adianta pensar que vai parar, pois seu poder de decisão será alterado.  

Semelhante a outras formas de vício, com o tempo, o cérebro começa a desenvolver tolerância à quantidade de dopamina liberada pelas apostas. Isso significa que a pessoa precisa apostar mais ou com maior frequência para obter o mesmo nível de satisfação. A dependência emocional e psicológica faz com que o indivíduo continue apostando para evitar o desconforto e a frustração que vêm com a falta do jogo, mesmo que as perdas financeiras e pessoais se acumulem.  

Além da dopamina, muitos cassinos online e apps de apostas utilizam elementos sensoriais (sons, luzes, animações) para reforçar a sensação de vitória ou proximidade dela. Isso ajuda a manter o jogador envolvido e a aumentar o prazer, prolongando o tempo gasto no jogo.  

Esses processos criam um ciclo no qual o jogador é levado a apostar compulsivamente, gerando tanto dependência química (ligada à dopamina) quanto emocional, tornando o abandono do hábito extremamente difícil sem intervenção adequada.  

— Quando você aposta, você não ganha e o Brasil perde. 

Um estudo da consultoria KPMG Strategy&Innovation indica que a indústria de bets no Brasil teve um crescimento expressivo, movimentando entre R$ 60 bilhões e R$ 100 bilhões em 2023. Em 2024, nosso varejo perdeu R$ 103 bilhões. As apostas online podem reduzir em 11,25% a atividade varejista no país.  

Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que 46% dos apostadores já renunciaram a algum consumo para poder apostar. A Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) indica que o crescimento do mercado de apostas está impactando principalmente as compras de vestuário e serviços, como restaurantes e viagens.  O pagamento de contas também é afetado: 15% dos apostadores já deixaram de quitá-las para usar o dinheiro nas bets.  

A pressão para conter o uso do Bolsa Família para pagamento de apostas esportivas cresceu após o Banco Central revelar que beneficiários gastaram cerca de R$ 3 bilhões em transferências via Pix para casas de apostas em agosto. Dos aproximadamente 20 milhões de beneficiários, 5 milhões (25%) fizeram bets. O valor gasto por essa parcela da população pode ser ainda maior, uma vez que o cálculo não levou em consideração o uso de outros métodos de pagamento. No mesmo mês de agosto, o Bolsa Família pagou R$ 14,2 bilhões aos seus beneficiários, com valor médio de R$ 681 por pessoa.  

— Se você parar de jogar, vai ganhar muito mais. — Nisso, eu aposto contigo.

Foto: Internet/Reprodução

Comentários (7)

Jorge 15 mar 2025

Excelente artigo ! 👏🏼👏🏼

admin 14 mar 2025

Obrigado, Ricardo.

admin 14 mar 2025

Obrigado, Flávio.

Fllávio 13 mar 2025

E um vício q pode levar a outros, como o alcoolismo, Parabéns pelo aprofundamento do artigo

admin 14 mar 2025

Obrigado, Flávio.

Ricardo 12 mar 2025

Parabéns por mais este belíssimo texto e nos remeter a uma reflexão profunda sobre o hábito de jogar.

admin 14 mar 2025

Obrigado, Ricardo.

OrOrlando Gomes da Silva 12 mar 2025

Os exemplos estão aí entra quem quer,jogo de apostas armação do diabo

Alexandre 12 mar 2025

👏👏👏👏👏👏

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Com corte na Argentina, Brasil passa a ter maior juros reais do mundo.

O Banco Central da Argentina reduziu a sua taxa básica de juros de 32% para 29% ao ano, em meio a expectativas de inflação menor. Com isso, o Brasil assumiu a liderança do ranking de juros reais do mundo.

Com Selic a 13,25%, os juros reais no Brasil estão em 9,18% ao ano, conforme levantamento da MoneYou. Na sequência do ranking, agora estão Rússia, Argentina, México e Indonésia.

Leia mais em IstoÉ Dinheiro. Foto: Reprodução

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Armínio Fraga vê Brasil na UTI e pede que Galípolo convença governo a resolver questão fiscal

O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou nesta quarta-feira (12) que o atual cenário econômico do Brasil apresenta sintomas muito graves de um “paciente na UTI”, citando que os juros futuros estão “na lua a perder de vista” e que a única área que pode ajudar a autoridade monetária é a política fiscal.

Em seminário do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, no Rio de Janeiro, Fraga defendeu que o atual presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, convidado do evento, convença o governo a atuar nessa área.

“Você, como uma pessoa de confiança das altas autoridades do nosso país, talvez possa convencê-las de que não tem mágica e que isso que aconteceu até agora foi muito bom, o desemprego está baixo, é um sonho, mas agora a festa meio que acabou, não é um problema de comunicação”, disse.

Fraga, que comandou o BC entre 1999 e 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso, demonstrou preocupação com uma dívida pública acima de 75% do PIB (Produto Interno Bruto), e em trajetória de alta, associada a uma atividade econômica que fatalmente vai desacelerar.

“O Banco Central não faz milagre, sei que é difícil comentar, mas isso precisa acontecer. Eu considero que o paciente está na UTI, não precisa nem entrar nas discussões sobre dominância fiscal, isso é muito acadêmico. O mix macro precisa mudar, e eu acho que isso não parece estar na agenda”, afirmou.

Em resposta a Fraga, Galípolo disse que tem o desafio pessoal de encontrar o limite e a medida certa do que cabe à autoridade monetária falar. Ele ponderou que tem tido espaço e voz para poder se pronunciar sobre o que pensa dos movimentos de mercado e explicar o que está acontecendo na economia.

“Faz parte do desafio você não cruzar uma linha e não transcender o que é o quadrado da autoridade monetária”, ponderou.

Galípolo avaliou que o “remédio” da política monetária vai funcionar para arrefecer a inflação, sublinhando que essa avaliação é compartilhada pelo mercado, que espera uma desaceleração da atividade.

No entanto, ele afirmou que o mercado está menos focado no efeito da política monetária, e observando mais qual será a reação do governo a partir de uma desaceleração da atividade.

“Isso não é simples de você endereçar enquanto autoridade monetária. Uma coisa é você ser preventivo a algo que está presente, outra coisa é você lutar com algo que não existe ainda, ou que possa nem existir”, disse.

Na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a economia brasileira crescerá neste ano, e argumentou que isso vai acontecer porque, segundo ele, o dinheiro circulará nas mãos da população, o que gerará expansão da economia.

Como é que é?  O que esperar do governo Lula este ano?

Fonte: Folha de São Paulo

Foto: Bruno Santos/Folhapress

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Após 4 anos, Coco Bambu vence batalha contra o Outback.

DISPUTA DE GIGANTES – O Coco Bambu venceu uma disputa judicial contra o Outback e o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e recuperou a permissão para usar o slogan “o melhor restaurante do Brasil”. O imbróglio começou há quatro anos, quando o Outback denunciou o slogan “Coco Bambu – o melhor restaurante do Brasil” ao Conar por propaganda irregular.

Em decisão publicada no final de janeiro, a juíza Larissa Gaspar Tunala, da 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), afirmou que essa forma de publicidade conhecida como “puffing”, que faz adjetivação exagerada de um produto, é legal desde que não resulte em concorrência desleal ou propaganda enganosa.

“Entendo que a autora se utilizou de lícita propaganda comparativa, buscando expandir seus negócios no mercado, sem atacar a imagem do Outback ou de qualquer outro restaurante”, escreveu na sentença.

A juíza também afirmou que o Conar já teve decisões contraditórias em casos semelhantes. O conselho permitiu que a Heinz Brasil usasse o termo “a melhor maionese do Brasil” apesar de reclamação formal da Unilever, proprietária da marca Hellmann’s e concorrente da Heinz.

Fonte: O Tempo

Foto: Divulgação

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Meta começa demissões em massa para foca em IA.

A Meta, empresa de Mark Zuckerberg, começou nesta 2ª feira (10.fev.2025) um processo de demissões em massa. A redução será de aproximadamente 5% dos seus funcionários de “menor desempenho”.

A medida visa a reestruturação da empresa e contratação de engenheiros especializados em aprendizado de máquina. As informações são da Reuters.

Os funcionários afetados pelas demissões na Europa, Ásia e África começaram a ser notificados desde as 10h (horário de Brasília) desta 2ª feira (10.fev). Essas notificações vão se dar até o dia 18 de fevereiro. 

Por causa de regulamentações locais, os Estados Unidos, França, Itália e Holanda ficaram isentos dos cortes. 

Um memorando do vice-presidente de engenharia para monetização, Peng Fan, ressaltou a importância dessas novas contratações para alinhar a empresa com as suas prioridades para 2025. O período de contratação dos engenheiros está previsto para se dar entre 3ª feira (11.fev) e 13 de março.

Zuckerberg já havia destacado a importância de construir tecnologias significativas, como inteligência artificial e óculos como a próxima plataforma de computação. 

“Este vai ser um ano intenso, e quero garantir que temos as melhores pessoas em nossas equipes”, afirmou.

Fonte: Poder 360

Foto: Divulgação

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MAGA, NÃO. MANGABA! Por Aragão.

Trump está virado num tetéu, parece que nem dorme. Toda hora um muído diferente. Agora, ameaça mais uma vez o Brasil com um tarifaço de 25%. Lula respondeu falando em reciprocidade e deve aumentar as tarifas dos produtos americanos. — Nesse caso, ele está certo.

— Se o penhor dessa igualdade, conseguimos conquistar com braço forte…

Se Trump tem razão em pensar na América, temos também em pensar no Brasil e ficarmos contra esse tarifaço. Se ele aumenta, aumentamos também. É o mínimo que podemos fazer. Ou seria melhor baixar a cabeça? Claro que gostamos dos EUA mas Brasil First!

— Terra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil, ó pátria amada.

É por essas e outras que não podemos pensar no MAGA (Make America Great Again) — deixemos isso para os americanos. Nosso foco deve ser o Brasil, nossa terra adorada. Devemos pensar no MANGABA (Make America Not Great Again, Brazil Again).

Vamos retomar os períodos de crescimento que tivemos no passado. Além de patrióticos, devemos defender o liberalismo econômico, que prega o livre comércio e a redução de barreiras comerciais. Enquanto isso, o presidente americano se mostra um intervencionista com uma visão arcaica, baseada no protecionismo e no nacionalismo econômico.

— Ó pátria amada, idolatrada, salve! Salve!

Sabemos que esse aumento de tarifas não tem nada de ideológico em relação ao Brasil. Não tem nada a ver com Lula, nem com o STF, nem com a cultura woke.

É simplesmente um movimento econômico buscando lucro. Afinal, ele está aumentando as tarifas para o Canadá, México, Panamá e União Europeia — incluindo países aliados na sua ideologia.

Só não taxaremos MANGABA, que exportaremos em abundância para os EUA.

— Verás que um filho teu não foge à luta.

Foto: Alex Brandon/AP

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Dólar emenda 10ª queda seguida e fecha o dia a R$ 5,83

A moeda encerrou janeiro com desvalorização de 5,56%, após ter subido 2,98% em dezembro e 27,34% em 2024
O dólar encerrou esta sexta-feira (31) em sua décima sessão consecutiva de queda, cotado a R$ 5,8366. A moeda encerrou janeiro com desvalorização de 5,56%, após ter subido 2,98% em dezembro e 27,34% em 2024. Foi a maior queda mensal da moeda americana desde junho de 2023 (-5,59%). O dia foi marcado pela disputa entre investidores para a definição da taxa Ptax de fim de mês e pela expectativa em relação à possível implementação de tarifas pelos Estados Unidos sobre produtos do México, Canadá e China.

A moeda abriu o pregão em alta, com máxima a R$ 5,8732, mas perdeu força pela manhã e chegou a atingir 5,80 reais, tocando mínima a R$ 5,8121, em meio à disputa técnica entre “comprados” e “vendidos” pela formação da última taxa Ptax do mês. Depois de rodar entre R$ 5,83 e R$ 5,85 à tarde, o dólar fechou em queda de 0,28%.

O índice DXY, espécie de termômetro do comportamento da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes, subiu mais de 0,50%, acima dos 108,300 pontos, com aceleração dos ganhos à tarde, após a Casa Branca confirmar tarifas de importação de 25% para México e Canadá, além de 10% para a China, a partir de amanhã. Apesar do aumento da aversão ao risco, o peso mexicano teve leve apreciação, enquanto o dólar canadense apresentou um pequeno recuo.

Entre indicadores, o Departamento do Comércio dos EUA informou que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – medida de inflação preferida pelo Federal Reserve – subiu 0,3% em dezembro e 2,06% em 2024, em linha com as estimativas dos analistas. Os núcleos do PCE – que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia – também vieram em linha com as expectativas.

Na última quarta-feira (29), o Fed optou por uma pausa no processo de redução de juros, ao manter a taxa básica inalterada, na faixa entre 4,25% e 4,50. Mas o presidente do BC americano, Jerome Powell, deixou a porta aberta para a retomada dos cortes. O mercado brasileiro também reagiu hoje aos novos dados do mercado de trabalho divulgados pelo IBGE. A taxa média de desocupação em 2024 foi menor da série histórica, atingindo 6,6%, e encerrou o ano em 6,2%.

Bolsa

Já o Ibovespa, índice da B3, oscilou dos 126.057,34 aos 127.531,99 pontos, e encerrou em baixa de 0,61%, aos 126.134,94, com giro a R$ 21,6 bilhões nesta última sessão do mês. Em janeiro, acumulou ganho de 4,86%, comparado a perda de 4,79% no mesmo mês do ano passado. Na semana, em alta de 3,01%, teve seu melhor intervalo desde o período entre 5 e 9 de agosto (+3,78%).

a última sessão do mês foi turvada, do meio para o fim da tarde, por sinais de que a Casa Branca parece estar disposta a iniciar uma guerra comercial, o que afetou também o desempenho do petróleo, enfraquecendo-o em direção ao fechamento em Londres e Nova York. O sinal negativo obscureceu o efeito proporcionado por Petrobras desde o começo da tarde, após a estatal ter anunciado reajuste de R$ 0,22 por litro para o diesel nas refinarias a partir de amanhã, elevado a R$ 3,72. O combustível estava sem reajuste havia 401 dias, com uma defasagem de 17% em relação aos preços praticados no mercado internacional, reporta a jornalista Denise Luna, do Broadcast.

Com a deterioração da percepção de risco sobre emergentes como o Brasil, o desempenho de Petrobras deixou de ser o suficiente para defender o Ibovespa. No fechamento, Vale ON mostrava queda de 1,56% e as perdas no setor metálico chegavam a 4,09% (Gerdau Met). Os bancos, que operavam em bloco no positivo mais cedo, também em parte oscilaram para baixo, com destaque para Itaú (PN -0,65%, na mínima do dia no fechamento) e Bradesco PN (-0,41%). Na ponta perdedora do Ibovespa, Vibra (-5,07%), RD Saúde (-4,35%) e Gerdau Metalúrgica (-4,09%). No lado oposto, Totvs (+4,45%), BTG (+1,62%) e Cogna (+1,44%).

Fonte Jovem Pan

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