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MÁFIA: A incrível história da Cosa Nostra no RN. Entenda. 

Como a máfia siciliana enraizou suas operações em nosso estado? Investimentos que ultrapassam 800 milhões de reais no mercado imobiliário foram realizados por meio de uma engenhosa máquina de transferir e lavar dinheiro. A Cosa Nostra deixou no Rio Grande do Norte um rastro de golpes milionários, fraudes cartorárias, corrupção, grilagem de terras e dois assassinatos. Bem que poderia ser o roteiro de um filme policial, mas é um artigo que você começa a ler agora.

Era quase noite em Palermo, capital da Sicília, quando dois jovens, um deles com uma faca, entraram em uma pequena loja de produtos de limpeza na Via Altofonte. Depois de renderem os funcionários, os assaltantes levaram 4,5 mil euros que estavam na caixa registradora. Era 29 de agosto de 2019. Cinco dias depois, no mesmo horário, novo roubo na mesma loja: dois rapazes, fingindo estarem armados, levaram mais 2,8 mil euros.

O caminho natural do dono da loja seria procurar a polícia. Mas não foi o que aconteceu. Francesco Paolo Bagnasco preferiu telefonar para Giovanni Caruso, um membro da Cosa Nostra, organização mafiosa que desde o século XIX controla boa parte das relações socioeconômicas na Sicília. Ao analisarem imagens captadas por uma câmera de vídeo, os mafiosos identificaram três assaltantes (um deles havia participado dos dois roubos).

Na tarde de 7 de setembro, quatro dias após o segundo assalto, os três ladrões foram sequestrados e levados para um galpão. Caruso notificou o seu chefe, Giuseppe Calvaruso, bem como o dono da loja, e os três foram até o cativeiro, onde assistiram ao brutal espancamento dos assaltantes. Horas depois, Caruso descreveu, para outro membro da máfia, a face de um dos assaltantes, dizendo que parecia uma “peneira”. O dinheiro roubado foi devolvido a Francesco Bagnasco.

Sete meses depois, em abril de 2020, Bagnasco e outros cinco empresários recorreram a Calvaruso para adquirir nove partes de um grande armazém. Coube à máfia afastar outros pretensos concorrentes na compra do imóvel. Em troca, a Cosa Nostra exigiu uma taxa total de 90 mil euros – 40 mil a serem pagos apenas por Bagnasco por ele ter adquirido quatro partes do armazém. Foi a vez do empresário e seus sócios sentirem na pele a ira da máfia palermitana.

Em telefonema captado pela polícia italiana, Calvaruso ordenou que Caruso exigisse o dinheiro dos empresários antes que o negócio fosse formalizado em cartório. “Não tenha piedade”, disse o chefe. Bagnasco pagou, mas apenas uma parte – 15 mil euros. Em dezembro de 2020, Calvaruso reforçou as ameaças. “Se eles não me derem o dinheiro, tudo pode acontecer”, disse a Caruso. Em fevereiro de 2021, duas semanas antes da formalização do negócio no cartório, o chefe mafioso aumentou o tom das ameaças. “Se alguém ousar fazer a escritura sem ter pagado, não deixe ir ao cartório e meta um revólver na boca dele”, ordenou. Calvaruso falava de um lugar muito distante de Palermo, do outro lado do Oceano Atlântico – mais precisamente, de Natal, no Rio Grande do Norte.

Parte do dinheiro extorquido dos empresários custeou as despesas de familiares dos membros da Cosa Nostra que estão presos. Outra parte foi enviada ao Rio Grande do Norte, onde, ao longo de dezessete anos, sob o comando de Calvaruso, a máfia siciliana investiu 800 milhões de reais no mercado imobiliário por meio de uma engenhosa máquina de transferir e lavar dinheiro. Durante esse tempo, a Cosa Nostra deixou no estado nordestino um rastro de golpes milionários, fraudes cartorárias, corrupção, grilagem de terras e dois assassinatos.

Giuseppe Calvaruso tem cabelos castanho-claros, repartidos ao meio, e baixa estatura, o que lhe rendeu o apelido, entre os mafiosos sicilianos, de u curtu (o curto, literalmente, ou o baixote). Em 47 anos de vida, a maior parte atuando como empresário da construção civil, adquiriu o respeito da cúpula da Cosa Nostra, sobretudo depois de ter ajudado na fuga de Giovanni Motisi, no fim dos anos 1990. Motisi foi um dos mais sanguinários assassinos de aluguel de Salvatore “Totò” Riina, mafioso que aterrorizou a Sicília e foi o mandante dos assassinatos, em 1992, dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, responsáveis pelo Maxiprocesso de Palermo. Em 1993, Riina foi preso. Morreu em 2017, aos 87 anos.

Cada município da Sicília (ou, no caso das maiores cidades, cada bairro ou distrito) possui um líder mafioso, chamado capomandamento (mandamento é uma região controlada por determinado clã criminoso). Antonino Rotolo, o capomandamento de Pagliarelli, está preso desde 2006. Quem o substitui desde 2015 é Calvaruso, mas na condição de “regente”, como se chama o líder temporário. Em conversa interceptada pela polícia italiana, o regente disse ter à disposição cerca de 1 bilhão de dólares para investir.

Em fevereiro de 2009, Pietro Ladogana, um homem alto de queixo anguloso que, para a PF, era testa de ferro da Cosa Nostra, desembarcou em Natal. Na capital potiguar, ele fundou três empresas do ramo imobiliário, com um capital social total de 3,8 milhões de reais, e casou-se com Tamara Maria de Barros. A brasileira seria usada como laranja pelo italiano, que colocou no nome dela boa parte dos imóveis que adquiriu. 

Mas Ladogana também começou a grilar terras com o uso da violência. Chegou a criar uma milícia formada por policiais militares para expulsar moradores em Extremoz, município na Região Metropolitana de Natal, onde contava com a ajuda do então tabelião do cartório local e ex-prefeito João Soares de Souza, e de servidores da prefeitura para falsificar documentos que garantissem a posse dos imóveis. Quando o então secretário de Tributação de Extremoz Giovanni Gomes contrariou os interesses do esquema, Ladogana ordenou que um dos PMs de sua milícia, Alexandre Douglas Ferreira, “desse um susto nele” – como a mulher do mafioso contou à Polícia Civil. Gomes levou um tiro de raspão na perna quando saía da festa de formatura do filho, em uma noite de agosto de 2013.

No caso de outro desafeto, o desfecho foi trágico. O empresário italiano Enzo Albanese, que dirigia um time de rugby em Natal e não tinha relações com a Cosa Nostra, descobriu as fraudes fundiárias de Ladogana, bem como desvios de parte do dinheiro da máfia para o próprio bolso, e ameaçou denunciar tudo à polícia. Em março de 2014, Albanese foi ameaçado de morte, caso ousasse delatar seus esquemas. Mas ele não recuou. Em 2 de maio do mesmo ano, ele fechava o portão de entrada de sua casa quando o policial Ferreira se aproximou em uma moto e atirou. O italiano morreu no local. Um mês depois, a Justiça de Natal decretou a prisão preventiva de Ladogana, que foi detido no aeroporto de Roma, onde tentava embarcar para o Brasil com 120 mil euros escondidos na roupa. Acabou liberado meses depois, na Itália, e ficou no país natal. Tempos depois, recebeu uma pena de catorze anos de reclusão, que ele cumpre na penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Ferreira não chegou a ser julgado – a Justiça o considerou inimputável, depois que foi diagnosticado com esquizofrenia.)

Em 2016, Calvaruso iniciou o processo de troca do operador da lavanderia de dinheiro da máfia no Brasil. Recorreu então ao empresário Giuseppe Bruno (foto no início do artigo), cuja família lavava dinheiro para a máfia desde os anos 1990 na construção civil da Sicília, de acordo com a polícia italiana.

Em Natal, Bruno e Calvaruso investiram 830 mil euros na compra de novas áreas nos arredores de Natal, inclusive uma fazenda que seria transformada em loteamento com perspectivas de ganhos milionários. “Gostaria de salientar que estamos falando de 180 hectares, onde há a possibilidade de construir cerca de 7.500 casas, que por 100 mil reais são 750 milhões de reais de faturamento, com um lucro residual de mais de 50%…”, escreveu Bruno, por e-mail, a um integrante da máfia na Sicília. No total, segundo o Ministério Público Federal, a máfia adquiriu 76 imóveis no Brasil.

Certo dia, em um shopping de Ponta Negra, local abastado da cidade, Bruno conheceu Sara da Silva Barros, de 37 anos de idade. Logo, ela se tornaria não só a mulher de Bruno, como sua testa de ferro preferida, já que não tinha antecedentes criminais. “Sara é cem por cento limpa”, escreveu ele para Calvaruso, por WhatsApp. Foi em nome dela que Bruno e Calvaruso montaram a pizzaria e cafeteria Italy’s, na orla de Natal. 

O policial e advogado Carlos Menezes conheceu Bruno em 2016, quando o italiano e Nino Spadaro foram até a Delegacia de Apoio e Assistência ao Turista (Deatur), em Natal, onde o então agente trabalhava, para fazerem um boletim de ocorrência contra João Soares de Souza, tabelião do cartório de imóveis de Extremoz, e seu filho, Gustavo Eugênio Costa de Souza. Segundo Bruno, o tabelião e o filho haviam falsificado a escritura de uma área de 29 hectares adquirida pela empresa Tecnobloco Construções Ltda., da qual o italiano se dizia sócio e procurador, para revendê-la a terceiros por 16 milhões de reais.

Por causa do alegado prejuízo pela perda do terreno, Bruno e Spadaro passaram a pressionar o tabelião, que se comprometeu a pagar 1,2 milhão de reais e a entregar outra área a eles. Mas Souza só pagou 150 mil reais, e os italianos descobriram que os documentos da área oferecida eram falsos.

Na discussão com os italianos, o tabelião ameaçou Bruno e seu advogado com um revólver, dentro do cartório de Extremoz, o que motivou um segundo boletim de ocorrência contra Souza, agora por ameaça, registrado pelo então policial Menezes no fim de 2017, na mesma Deatur. A aproximação com o policial fez com que este fosse convidado a trabalhar como segurança para a viagem que a mãe de Bruno fez da Itália ao Brasil.

Em março do ano seguinte, Souza e o filho foram denunciados à Justiça por estelionato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusados de uma série de fraudes documentais. Souza morreu um mês depois, de causas naturais. Gustavo, seu filho, foi absolvido. Sem saída, Bruno ingressou com ação na Justiça contra o tabelião e o filho, e a 1ª Vara de Extremoz condenou o espólio de Souza e também Gustavo a indenizarem Bruno em 22 milhões de reais.

Retornando ao Brasil em 2019, Calvaruso, regente da Cosa Nostra, acelerou os investimentos da máfia. Concluiu a construção de uma casa dentro de um resort em Bananeiras, interior da Paraíba; comprou dois apartamentos em Cabedelo, município vizinho a João Pessoa; adquiriu duas empresas em Natal (uma delas dona de imóveis avaliados em quase 4 milhões de reais, no total) e fundou a pizzaria Italy’s. 

Em 2021, os primeiros policiais italianos desembarcaram em Natal para rastrear o patrimônio amealhado pela máfia e seguir de perto os passos de Giuseppe Bruno.

No ano seguinte, em maio, o governo italiano decidiu solicitar formalmente um acordo de cooperação com o Ministério Público Federal (MPF) brasileiro para “a obtenção de dados confiáveis sobre rastreabilidade dos grandes fluxos financeiros movidos da Itália para o Brasil e informações sobre bens atribuídos a Giuseppe Calvaruso e outros”. A investigação do MPF, da PF e da Receita Federal, iniciada em outubro de 2022, não só confirmou os dados já investigados desde a Itália como encontrou novas suspeitas sobre o patrimônio do trio Calvaruso-Ladogana-Bruno no Rio Grande do Norte. 

Em novembro de 2023, a PF encaminhou à Justiça os pedidos de prisões preventivas e de buscas. Em poucas semanas as requisições foram acatadas pela 14ª Vara Federal de Natal, mas a operação tinha de ser deflagrada ao mesmo tempo no Brasil e na Itália, onde havia outros participantes do esquema mafioso. A Justiça italiana demorou a conceder os pedidos de prisão (só o fez em agosto de 2024).

Bruno foi preso na manhã de 13 de agosto de 2024. No mesmo dia, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo prendeu na Itália a mãe dele, Rosa Simoncini. No Brasil, nove pessoas, incluindo Calvaruso, Bruno e sua ex-mulher, Ladogana, sua ex-mulher, Tamara Barros, e a atual, Regina Souza, são réus em ação penal, ainda não julgada, na 14ª Vara Federal de Natal, acusados de associação criminosa e lavagem de dinheiro. Em dezembro passado, o inquérito da polícia italiana seguia em andamento.

O advogado de Calvaruso na Itália, Michele Giovinco, disse à revista piauí que a Justiça ainda não provou a responsabilidade do réu na suposta extorsão aos compradores do armazém na via Altofonte, em Palermo, nem na lavagem de dinheiro na compra e venda de imóveis no Brasil. “Não há provas processuais nas investigações italianas de transferência de dinheiro de Hong Kong ou Cingapura, nem para a Itália e nem para o Brasil”, afirmou.

Em nota, a defesa de Ladogana informou apenas que o patrimônio dele no Brasil “foi adquirido com muito trabalho” e que o empresário nunca teve envolvimento com a Cosa Nostra. Nino Spadaro não quis se manifestar. A defesa de Bruno não foi localizada.

A última ponta solta dos esquemas da máfia siciliana no Rio Grande do Norte é o assassinato de Carlos Antonio Lopes da Silva, o taxista que se tornou laranja de Pietro Ladogana e era dono formal de duas empresas e de dezenas de imóveis no estado. Mesmo depois da prisão do italiano, em 2019, Silva continuou próximo dele – era uma das pessoas autorizadas por Ladogana a visitá-lo na prisão em Alcaçuz.

Na noite de 1º de março de 2023, Silva dormia em sua casa no bairro Pitangui, em Extremoz, com a mulher e as duas filhas do casal, quando ouviu a porta da entrada sendo arrombada. Pegou um bastão e conseguiu atingir um dos invasores, mas acabou levando sete tiros de pistola de outro criminoso. Morreu ao lado da sua cama.

A principal suspeita da polícia é que Silva tenha sido morto a mando de um empresário potiguar que teria grilado parte dos terrenos da Cosa Nostra no estado. Responsável pelo inquérito, o delegado André Kay, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Ceará-Mirim, não revela a identidade do suspeito para não atrapalhar as investigações. Passados quase dois anos do crime, o inquérito ainda não foi concluído.

Fonte: Revista Piauí. Allan de Abreu.

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Uniclube lança campanha de Dia dos Pais com ofertas especiais e presentes para todos os estilos

Ação vai até 10 de agosto e inclui frete grátis para clientes Unimed em Natal e região metropolitana

O Uniclube, marketplace da Unimed Natal, lançou uma campanha especial em comemoração ao Dia dos Pais. Até o dia 10 de agosto, os consumidores podem acessar o site e aproveitar ofertas em diversos segmentos, com uma curadoria pensada para atender aos mais variados perfis de pais.

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A campanha pode ser acessada por meio do link uniclube.com.br/busca?q=achadinhosdopai, onde os usuários encontram sugestões para pais clássicos, vaidosos, aventureiros, conectados ou apaixonados por churrasco.

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Trump isenta 694 produtos da taxação, mas taxa Alexandre de Moraes em 100%. Por Aragão.

Trump recuou na economia — e avançou na política. Isentou 694 produtos brasileiros da tarifa de 50% anunciada dias atrás, mas não abriu exceção para um item que, segundo sua lógica estratégica, não pode entrar nos Estados Unidos: Alexandre de Moraes.

O presidente norte-americano não vetou soja, nem frango, nem minério. Vetou Moraes. Aplicou a Lei Magnitsky. Transformando Alexandre Moraes em persona non grata globalmente, bloqueando seus bens, restringindo viagens e isolando-o do sistema financeiro internacional.

Trump não virou súbito defensor dos direitos humanos nem está arriscando capital político por compaixão a Bolsonaro. Ele está, como sempre esteve, defendendo interesses econômicos — os do mercado americano, e principalmente os do eixo financeiro-tecnológico que deseja preservar a hegemonia do dólar e o domínio das plataformas ocidentais.

Porque o que realmente incomoda Washington não é a censura brasileira em si pois a Arábia Saudita é muito pior e está tudo bem para Trump — o que incomoda realmente é uma possível cobranças das Big Techs que não querem pagar impostos; a tentativa de desdolarização que os BRICS estão ventilando e o Brasil acenando para a China, usando o sistema bancário CIPS, sinalizando que talvez, num futuro não tão distante, não dependa mais do SWIFT (sistema ocidental) nem de Wall Street.

A taxação foi apenas o primeiro degrau de uma escada que, se continuar a subir, pode empurrar o Brasil para baixo. O adiamento da entrada em vigor das tarifas para o dia 6 de agosto não é gesto diplomático — é aviso. Um tempo calculado para que o governo brasileiro ceda, negocie, ou pelo menos sinalize alguma inflexão.
— Não temos poderio militar nem econômico para uma disputa com os EUA.

Lamentamos que isso tudo esteja acontecendo. Que Moraes e o STF têm exagerado nas suas decisões, têm sim, é verdade. Mas a entrada de um outro país nesse tabuleiro interno abre um precedente perigoso. A partir do momento em que uma potência estrangeira interfere — outras nações poderão seguir esse caminho?

— O primeiro dia do resto de nossas vidas está chegando. 06/08/25.

Foto: Metroploes.

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IX Mostra Pedagógica da Casa Durval Paiva acontece nesta quinta-feira (31)

As crianças e adolescentes acolhidos pela Casa Durval Paiva apresentam, nesta quinta-feira, 31 de julho, os trabalhos produzidos por eles na Classe Domiciliar e Hospitalar da instituição, dentro da IX Mostra Pedagógica da CDP, um evento repleto de criatividade, descobertas e muitas emoções, que será aberto ao público e vai acontecer a partir das 14h, na sede da instituição, localizada na Rua Clementino Câmara, 234 – Barro Vermelho.

O Espaço Educacional da Casa Durval Paiva trabalha projetos pedagógicos interdisciplinares integrados aos conteúdos curriculares enviados pelas escolas. Teremos exposições, atividades interativas, arte, cultura e muito mais.

O acompanhamento educacional possibilita que os pacientes deem continuidade aos estudos, respaldados pelas leis que regem a educação especial. O método de ensino objetiva cumprir e organizar estratégias que possibilitem a continuidade do processo de escolarização, a fim de oportunizar o desenvolvimento e construção do conhecimento dos alunos.

Cumprindo a missão da Casa Durval Paiva de “Acolher a criança e ao adolescente com câncer e doenças hematológicas crônicas e seus familiares, antes, durante e após o tratamento, buscando a cura, contribuindo para o resgate da cidadania, dignidade e a qualidade de vida”, atualmente, a organização é uma referência no suporte ao tratamento de crianças e adolescentes.

As chances de cura do câncer infantojuvenil são de até 80%, se for diagnosticado precocemente. Conheça outras ações e projetos desenvolvidos pela Casa em www.casadurvalpaiva.org.br ou nas redes sociais da instituição (@casadurvalpaiva).

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Maria de Fátima 30 jul 2025

👏👏👏👏👏👏

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Deputada Cristiane Dantas anuncia suporte jurídico, psicológico e social à vítima do espancamento.

O caso Igor Cabral chocou o Rio Grande do Norte — e o país inteiro.
Mas do outro lado da covardia, se levanta uma rede de proteção, amparo e coragem.
A Procuradoria da Mulher da ALRN, sob a liderança da deputada Cristiane Dantas, já acolheu a vítima e mobilizou suporte jurídico, psicológico e social.

Não é apenas uma fala de efeito. É ação.
E toda ação contra a impunidade merece ser reconhecida.

Todos os políticos — de todas as esferas — devem se manifestar contra essa monstruosidade.
O silêncio, nesse caso, também é uma forma de agressão.

Nenhuma mulher potiguar está sozinha.
E nenhum agressor ficará impune.

#JustiçaPorEla #CristianeDantas #ProMulher #IgorCabralNaCadeia #ViolênciaContraMulher #PorAragão

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Ricardo 30 jul 2025

Parabéns pela rápida atuação da deputada Cristiane Dantas. Não existem palavras para traduzir tamanha brutalidade e covardia. Parabéns à deputada Cristiane e a você Aragão pela abertura do espaço.

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Igor Eduardo Pereira Cabral – O Covarde. Por Aragão.

Natal ainda não tinha visto uma aberração dessa natureza — Hoje sabemos que existe um monstro entre nós.

— 28 de julho de 2025 — o dia que o covarde Igor Cabral entrou para a Infâmia.

— 61 socos no rosto de uma mulher indefesa.

Todos nós já vimos brigas de rua, lutas entre profissionais, e nunca tínhamos relatado uma explosão de violência dessa magnitude. Um tentativa de homicídio com requintes de crueldade. Igor Cabral conseguiu cometer um crime contra as mulheres, contra as leis dos homens, as leis de Deus e, acredito, até as leis do mundo do crime. Sim, criminoso como é, a partir de agora terá que se ver também com a justiça do crime. Não me admiro se os bandidos não quiserem dividir a cela com ele. Por outro lado, acho que o demônio também não queira a presença dele.

“Foi um surto claustrofóbico.”
Surto, Igor?

— Surto claustrofóbico ou surto de hipocrisia?

Seria essa a primeira vez que Igor Cabral anda de elevador? Não? Outras vezes ele já esmurrou as paredes dos elevadores? Já bateu com a cabeça na parede? Não? Já bateu em alguém mais forte? Não? Só escolhe os mais fracos? Muito conveniente ter um surto justamente com alguém indefeso. Ora, se é surto, não teria consciência para fazer escolhas. Poderia ter agredido um policial, alguém mais capaz de se defender, mas nosso monstro do cinismo fez a escolha conveniente e agora faz uma alegação bombada de inconsistências.

Ora, ora, no mesmo dia quando preso e trancado no camburão, que é bem mais apertado e claustrofóbico que o elevador, o covarde não teve nada. Mesmo sabendo que estava preso, que estava com o rosto em todas as mídias, que enfrentaria processos, que não teria liberdade, que ficaria numa cela em instantes cercado por marginais… o covarde não teve surto nenhum. Sereno e tranquilo como um psicopata.

— É preciso que a nossa sociedade reaja!

A midia deve seguir vigilante contra esse monstro. Vamos acompanhar o desenrolar dessa história para divulgar cada passo nesse processo. Afinal, Igor Cabral agrediu toda população que segue inconformada e clama por justiça.

— Igor Cabral, quem quebrou a cara foi você!

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Maria de Fátima 29 jul 2025

COVARDE MESMO!

Sérvulo Medeiros 29 jul 2025

Muitos que tem físico avantajado, fazem isso com certo prazer...buscam academias de luta e ginástica buscando ter um porte físico maior para amedrontar, intimidar e agredir indefesos, ou menos preparados, não sei e não dizer qual o percentual, mas são muitos.

Silvia Helena 29 jul 2025

Muito triste e revoltante. Muita covardia. Monstruosidade! Sem palavras para definir. Um homem que acabou com a própria vida por causa da sua agressão, covardia e perversidade.

Marília Lima 29 jul 2025

A cadeia é o lugar dele. Vamos ver como os juízes vão julgar.

Manoel Rocha 29 jul 2025

Vergonha ter um canalha desses no RN

Fernando Almeida 29 jul 2025

Barbarie sem fim. Um monstro!!!!

84999826656 29 jul 2025

Quero que tire esse vídeo pq qualquer um que vise isso ..quede a educação dos pai ?? Colocar a filiação?? tou revolta cadeia d 30.A 🤬💔🙏

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Projeto apoiado pela Unimed Natal e ONG Atitude Cooperação oferece atendimento gratuito a crianças e adolescentes

Pediatria Itinerante reúne médicos e parceiros para levar cuidados de saúde a crianças e adolescentes do RN

Na manhã deste domingo (27), Dia do Pediatra, a diretoria da Unimed Natal marcou presença na ação social Pediatria Itinerante, projeto idealizado e coordenado pelo médico infectologista e pediatra Dr. Francisco Américo Micussi, e que vem se destacando pelo impacto positivo junto à população infantil do Rio Grande do Norte.

A edição especial comemorativa contou com a parceria da ONG Atitude Cooperação – braço social da Unimed Natal – e ofereceu atendimentos voluntários em diversas especialidades médicas para crianças e adolescentes de 0 a 15 anos residentes na zona Oeste de Natal.

A Unimed Natal reforçou seu apoio à iniciativa. Para o diretor-presidente Dr. Márcio Rêgo, o projeto merece ser ampliado e reconhecido. “Esse projeto já é vitorioso, foi premiado e está a serviço da população, especialmente das nossas crianças. A Unimed Natal apoia em toda sua complexidade e magnitude, e convida os nossos cooperados, principalmente os pediatras e suas subespecialidades, a participarem ativamente das próximas edições”, afirmou.

A vice-presidente da Unimed Natal, Dra. Carla Karini, também esteve presente e destacou a relevância da parceria. “É muito bom ter a Unimed Natal como parceira de um projeto tão inspirador. Ações como essa aproximam o médico da comunidade e promovem um cuidado integral e humano com as crianças e adolescentes”, disse.

*SOBRE A ONG*
A Atitude Cooperação, parceira da iniciativa, é uma organização sem fins lucrativos fundada em setembro de 2006 pelo conselho da Unimed Natal. Atua em comunidades vulneráveis como os bairros Bom Pastor e Felipe Camarão, com o objetivo de promover inclusão social, desenvolvimento comunitário e oportunidades culturais. Entre seus projetos, destacam-se o programa Tocando a Vida com D’Amore, que oferece aulas de música e orquestra para crianças e jovens, e diversas ações voltadas à educação, saúde, cultura e esporte.

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A democracia que precisa calar o silêncio ainda é democracia? Por Aragão.

Sou a favor da liberdade de expressão — mas não da liberdade de agressão.
É claro que o país precisa discutir limites, com todo o cuidado para não instituir a censura.
O que não se pode é usar o pretexto da proteção institucional para censurar até o silêncio.

Foi isso que vimos com o deputado Hélio Lopes.
Não havia microfone. Não havia gritos.
Era um protesto mudo.
Havia apenas um esparadrapo na boca.

Era uma manifestação silenciosa — e simbólica.
E foi proibida.

Tem gente dizendo que calar o deputado foi necessário pra proteger a democracia.
Mas a democracia que precisa calar o silêncio dos outros… ainda é democracia?

Karl Popper, filósofo austríaco, dizia que não se pode tolerar os intolerantes.
Pesquisem depois sobre o paradoxo da tolerância.
Mas Hélio não gritou, não pregou golpe, não xingou ninguém.
Ele se calou — e mesmo assim foi censurado.

É preciso defender a democracia.
Mas que, para isso, não precisemos destruí-la.
Não adianta salvá-la e transformá-la em refém.

— Proibir a fala é autoritarismo.
— Proibir o silêncio é desespero.

Sim, é preciso proteger a democracia.
Mas analisando cada passo, cada movimento, para que — no fim — esse caminho sem volta para o autoritarismo não tenha ido longe demais.

Foto: Luis Nova/Metropoles.

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A inaplicabilidade da Lei Magnitsky a autoridades brasileiras. Por Fernando Rocha.

A inaplicabilidade da Lei Magnitsky a autoridades brasileiras: por que ministros do STF e o Procurador-Geral da República não podem ser alcançados por sanções externas.

Muito se tem falado, especialmente em redes sociais e círculos políticos polarizados, sobre a possibilidade de aplicação da chamada Lei Magnitsky a autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ou o próprio Procurador-Geral da República. Há quem defenda que, diante de supostos abusos de poder ou omissões institucionais, essas figuras públicas deveriam ser alvo de sanções internacionais, nos moldes do que já ocorre com autoridades de regimes autoritários. No entanto, do ponto de vista jurídico e institucional, essa ideia é, ao mesmo tempo, inviável e perigosa, por representar uma confusão entre política externa e Estado de Direito.

A Lei Magnitsky, originalmente adotada pelos Estados Unidos em 2012 e depois expandida globalmente, é uma ferramenta de política internacional que permite a imposição de sanções a indivíduos estrangeiros envolvidos em graves violações de direitos humanos ou corrupção sistêmica. Trata-se, essencialmente, de um instrumento unilateral de soberania externa, usado como resposta estatal à impunidade transnacional. Nada mais legítimo — e necessário — em um mundo onde a responsabilização internacional ainda é rarefeita.

Contudo, o alcance dessa lei se limita ao território e à jurisdição do Estado que a promulga. Ela não possui qualquer validade jurídica no Brasil, não gera efeitos vinculantes internos e tampouco serve como base para responsabilização formal de autoridades brasileiras. É um erro conceitual — e jurídico — supor que um ministro do STF ou o chefe do Ministério Público da União possam ser afastados, investigados ou punidos a partir de uma legislação estrangeira que sequer foi recepcionada ou ratificada pelo ordenamento jurídico nacional.

A Constituição Federal de 1988 é clara ao estabelecer o Brasil como um Estado soberano (art. 1º) e ao fixar as competências e prerrogativas de seus Poderes e agentes públicos. Ministros do STF possuem foro por prerrogativa de função (art. 102, I, b), e o Procurador-Geral da República goza de independência funcional (art. 127, §1º). Essas garantias não existem para blindá-los de críticas ou isentá-los de responsabilidade, mas para assegurar a autonomia institucional e a estabilidade do sistema de freios e contrapesos.

Aceitar que um país estrangeiro — por mais democrático que seja — possa sancionar unilateralmente membros do Poder Judiciário ou do Ministério Público brasileiros, com consequências jurídicas internas, seria abrir um precedente inaceitável contra a soberania nacional e contra o devido processo legal. Imagine se o Brasil, por sua vez, resolvesse aplicar sanções a juízes da Suprema Corte americana ou a procuradores alemães. Isso equivaleria a uma interferência internacional indevida, repudiada por qualquer ordem constitucional séria.

Ademais, do ponto de vista doutrinário, juristas como Valério Mazzuoli lembram que normas estrangeiras só produzem efeitos no Brasil mediante ratificação de tratados internacionais e sua internalização por decreto presidencial (art. 49, I, e art. 84, VIII, da CF/88). A Lei Magnitsky não atende a nenhum desses requisitos. Trata-se, pois, de um instrumento eficaz — mas internacionalmente limitado.

Isso não significa que agentes públicos brasileiros estejam acima da lei. Pelo contrário: devem prestar contas dentro do sistema constitucional brasileiro, inclusive por meio de investigações internas, controle judicial, processos legislativos ou até responsabilização perante tribunais internacionais como o Tribunal Penal Internacional (TPI), se for o caso. O que não se pode aceitar é a tentação populista de substituir o ordenamento jurídico nacional por um mecanismo estrangeiro de sanção simbólica, sem o devido contraditório, sem instância recursal e sem previsão constitucional.

Em tempos de crise institucional, é fácil ceder ao impulso de buscar soluções externas para os problemas internos. Mas a defesa do Estado de Direito exige firmeza de princípios — inclusive o princípio da soberania. A Lei Magnitsky é uma ferramenta legítima de política externa, mas não pode ser usada como atalho punitivo para resolver impasses institucionais no Brasil. O caminho para a responsabilização de autoridades é árduo, jurídico e interno — e precisa ser trilhado com respeito à Constituição.

Se o Brasil quiser adotar um regime semelhante ao da Lei Magnitsky, que o faça por meio de debate legislativo, aprovação democrática e adaptação constitucional. Fora disso, estaremos apenas importando o arbítrio travestido de justiça, ainda que sob a bandeira sedutora do combate à corrupção e aos abusos de poder.

 

Fernando Rocha é Procurador da República e Mestre em Direito  Internacional

Comentários (1)

Xavier 27 jul 2025

Não tem validade jurídicano Br, mas tem todos os efeitos práticos.

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A Pandemia das Tarifas. Por Aragão.

A Covid-19 não poderia ter sido evitada de chegar ao Brasil. A nova pandemia, sim.
Pois não veio de um vírus invisível. Veio de decisões bem visíveis, que permitiram que o vírus da tarifa Trump chegasse e contaminasse toda a economia.
Não será medida em vidas perdidas, mas em empresas fechadas, empregos destruídos e qualidade de vida agonizando nas contas de luz, gás, água, combustível e impostos.

O início foi pelos EUA. Agora, a Venezuela impõe tarifas de 77%, e a União Europeia estuda novas medidas caso continuemos a negociar com a Rússia. Cada tarifa poderá atuar como um vírus na economia.

Com a pandemia instalada, quem deveria usar máscara agora são os responsáveis. Mas não para se proteger — e sim por vergonha.
Usar máscara, nesse caso, seria um ato de coerência.

O distanciamento social também se justificaria — mas não por risco de contágio, e sim por pura indignação.
Quem deseja proximidade com quem sufoca o orçamento do brasileiro em nome de uma luta inglória?
O isolamento social e a máscara seriam atos voluntários dos responsáveis pela nova pandemia.

— E a vacina?

Ela existe. Não está em laboratórios, nem exige três doses. Chama-se bom senso.
Não tem efeito colateral. E está ao alcance de qualquer autoridade: não precisa carteirinha de vacinação, apenas responsabilidade, empatia e o mínimo de visão de país.

Para ser vacinado, não é preciso “dar o braço” — basta estender a mão.
Fazer as pazes para conseguir imunidade de rebanho para todos os brasileiros.
Quando a necessidade entra pela porta, a ideologia deve sair pela janela.
Infelizmente, temos os negacionistas dessa nova pandemia, que negam o grande risco que corremos — e a eficácia dessa vacina.

— A saúde econômica do Brasil é frágil.
Não seremos entubados, mas entraremos pelo cano.

Essa pandemia não mata com febre, mas com fatura.
E, diferentemente da anterior, ela não precisa se espalhar.
Mas, se deixarmos, vai contaminar o Brasil inteiro.

Foto: Imagem gerada por IA.

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Orlando 27 jul 2025

Esse governo é muito irresponsável não compromisso com o país,a ambição desse povo é o poder,essas alturas a diplomacia brasileira já se foi pelo ralo e assim fica complicado.

Maria de Fátima 26 jul 2025

Sensacional

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Os 3 Poderes Que Não Podem e o Louco. Por Aragão.

Eles podem muito, mas não podem tudo.

O Brasil tem três poderes. Mas nenhum poder real para enfrentar uma superpotência como os Estados Unidos. E não se trata de submissão. Trata-se de maturidade. De saber a hora de bater — e a hora de negociar.

— Os EUA não vão enlouquecer se ficarem sem nosso café e suco de laranja.

É aqui que entra a Teoria do Louco (Madman Theory).
Assisti ontem a um documentário da BBC que explica bem essa estratégia.
Criada por Nixon, aperfeiçoada por Trump, essa teoria parte de um princípio simples: quem parece capaz de tudo, impõe medo.
Trump faz questão de parecer irracional, imprevisível, perigoso. É uma encenação calculada. Um jogo de xadrez em que ele derruba as peças de propósito — só pra lembrar que pode virar o tabuleiro a qualquer momento.

E está dando certo. Saiu no Wall Street Journal:

“O mercado acionário está atingindo níveis recordes nos EUA.
O índice de confiança dos consumidores, que era o mais baixo dos últimos três anos, voltou a subir.
As vendas no varejo superaram as previsões dos economistas, e a inflação galopante não se concretizou, ao menos por ora.”

Sim, é preciso reagir. Mas com pragmatismo. Com o pé no chão da nossa terra.
Não precisamos de problemas externos se já temos internamente mais do que o suficiente.
Reagir na política internacional sem medir as consequências é uma loucura sem estratégia.

O Japão, 3a maior economia do mundo, não revidou, não polemizou e baixou a tarifa de 25% para 15%.

Estamos disputando com os EUA, lutando contra uma recessão interna e tentando apartar, sem sucesso, a esquerda e a direita. Esse clima de guerra serve bem às narrativas do presidente Lula — mas a um custo alto demais.

A alternativa de se aliar ao “novo eixo” — China, Rússia, Índia — é uma ilusão revestida de discurso ideológico.
Nenhum desses países tem histórico de proteger parceiros. São predadores sofisticados.
Trocar os EUA por eles pode até parecer ousadia, mas é só dependência com outro sotaque.

O Brasil precisa descer do palanque, tirar a toga, guardar a bandeira debaixo do braço e começar a fazer conta. Porque os 3 poderes devem se unir, primeiramente, para lutar pelo povo Brasileiro.

Comentários (2)

Maria de Fátima 24 jul 2025

👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

Henrique Junqueira 24 jul 2025

Brasil....alguns brasileiros, precisam cair na real da sua inferioridade diante da super potência norte americana. Não bastasse essa falta de senso, continua de vento em popa rasgando e destruindo instituições basilares. Desordem! A promovida pelo STF é a pior de todas e sequer necessário desenhar. Solução: reconhecer o caos e desativar quem está manobrando as condutas nocivas. Atenção, Congresso! Disparem os impeachment de meia dúzia e põe ordem na casa.

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