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MÁFIA: A incrível história da Cosa Nostra no RN. Entenda. 

Como a máfia siciliana enraizou suas operações em nosso estado? Investimentos que ultrapassam 800 milhões de reais no mercado imobiliário foram realizados por meio de uma engenhosa máquina de transferir e lavar dinheiro. A Cosa Nostra deixou no Rio Grande do Norte um rastro de golpes milionários, fraudes cartorárias, corrupção, grilagem de terras e dois assassinatos. Bem que poderia ser o roteiro de um filme policial, mas é um artigo que você começa a ler agora.

Era quase noite em Palermo, capital da Sicília, quando dois jovens, um deles com uma faca, entraram em uma pequena loja de produtos de limpeza na Via Altofonte. Depois de renderem os funcionários, os assaltantes levaram 4,5 mil euros que estavam na caixa registradora. Era 29 de agosto de 2019. Cinco dias depois, no mesmo horário, novo roubo na mesma loja: dois rapazes, fingindo estarem armados, levaram mais 2,8 mil euros.

O caminho natural do dono da loja seria procurar a polícia. Mas não foi o que aconteceu. Francesco Paolo Bagnasco preferiu telefonar para Giovanni Caruso, um membro da Cosa Nostra, organização mafiosa que desde o século XIX controla boa parte das relações socioeconômicas na Sicília. Ao analisarem imagens captadas por uma câmera de vídeo, os mafiosos identificaram três assaltantes (um deles havia participado dos dois roubos).

Na tarde de 7 de setembro, quatro dias após o segundo assalto, os três ladrões foram sequestrados e levados para um galpão. Caruso notificou o seu chefe, Giuseppe Calvaruso, bem como o dono da loja, e os três foram até o cativeiro, onde assistiram ao brutal espancamento dos assaltantes. Horas depois, Caruso descreveu, para outro membro da máfia, a face de um dos assaltantes, dizendo que parecia uma “peneira”. O dinheiro roubado foi devolvido a Francesco Bagnasco.

Sete meses depois, em abril de 2020, Bagnasco e outros cinco empresários recorreram a Calvaruso para adquirir nove partes de um grande armazém. Coube à máfia afastar outros pretensos concorrentes na compra do imóvel. Em troca, a Cosa Nostra exigiu uma taxa total de 90 mil euros – 40 mil a serem pagos apenas por Bagnasco por ele ter adquirido quatro partes do armazém. Foi a vez do empresário e seus sócios sentirem na pele a ira da máfia palermitana.

Em telefonema captado pela polícia italiana, Calvaruso ordenou que Caruso exigisse o dinheiro dos empresários antes que o negócio fosse formalizado em cartório. “Não tenha piedade”, disse o chefe. Bagnasco pagou, mas apenas uma parte – 15 mil euros. Em dezembro de 2020, Calvaruso reforçou as ameaças. “Se eles não me derem o dinheiro, tudo pode acontecer”, disse a Caruso. Em fevereiro de 2021, duas semanas antes da formalização do negócio no cartório, o chefe mafioso aumentou o tom das ameaças. “Se alguém ousar fazer a escritura sem ter pagado, não deixe ir ao cartório e meta um revólver na boca dele”, ordenou. Calvaruso falava de um lugar muito distante de Palermo, do outro lado do Oceano Atlântico – mais precisamente, de Natal, no Rio Grande do Norte.

Parte do dinheiro extorquido dos empresários custeou as despesas de familiares dos membros da Cosa Nostra que estão presos. Outra parte foi enviada ao Rio Grande do Norte, onde, ao longo de dezessete anos, sob o comando de Calvaruso, a máfia siciliana investiu 800 milhões de reais no mercado imobiliário por meio de uma engenhosa máquina de transferir e lavar dinheiro. Durante esse tempo, a Cosa Nostra deixou no estado nordestino um rastro de golpes milionários, fraudes cartorárias, corrupção, grilagem de terras e dois assassinatos.

Giuseppe Calvaruso tem cabelos castanho-claros, repartidos ao meio, e baixa estatura, o que lhe rendeu o apelido, entre os mafiosos sicilianos, de u curtu (o curto, literalmente, ou o baixote). Em 47 anos de vida, a maior parte atuando como empresário da construção civil, adquiriu o respeito da cúpula da Cosa Nostra, sobretudo depois de ter ajudado na fuga de Giovanni Motisi, no fim dos anos 1990. Motisi foi um dos mais sanguinários assassinos de aluguel de Salvatore “Totò” Riina, mafioso que aterrorizou a Sicília e foi o mandante dos assassinatos, em 1992, dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, responsáveis pelo Maxiprocesso de Palermo. Em 1993, Riina foi preso. Morreu em 2017, aos 87 anos.

Cada município da Sicília (ou, no caso das maiores cidades, cada bairro ou distrito) possui um líder mafioso, chamado capomandamento (mandamento é uma região controlada por determinado clã criminoso). Antonino Rotolo, o capomandamento de Pagliarelli, está preso desde 2006. Quem o substitui desde 2015 é Calvaruso, mas na condição de “regente”, como se chama o líder temporário. Em conversa interceptada pela polícia italiana, o regente disse ter à disposição cerca de 1 bilhão de dólares para investir.

Em fevereiro de 2009, Pietro Ladogana, um homem alto de queixo anguloso que, para a PF, era testa de ferro da Cosa Nostra, desembarcou em Natal. Na capital potiguar, ele fundou três empresas do ramo imobiliário, com um capital social total de 3,8 milhões de reais, e casou-se com Tamara Maria de Barros. A brasileira seria usada como laranja pelo italiano, que colocou no nome dela boa parte dos imóveis que adquiriu. 

Mas Ladogana também começou a grilar terras com o uso da violência. Chegou a criar uma milícia formada por policiais militares para expulsar moradores em Extremoz, município na Região Metropolitana de Natal, onde contava com a ajuda do então tabelião do cartório local e ex-prefeito João Soares de Souza, e de servidores da prefeitura para falsificar documentos que garantissem a posse dos imóveis. Quando o então secretário de Tributação de Extremoz Giovanni Gomes contrariou os interesses do esquema, Ladogana ordenou que um dos PMs de sua milícia, Alexandre Douglas Ferreira, “desse um susto nele” – como a mulher do mafioso contou à Polícia Civil. Gomes levou um tiro de raspão na perna quando saía da festa de formatura do filho, em uma noite de agosto de 2013.

No caso de outro desafeto, o desfecho foi trágico. O empresário italiano Enzo Albanese, que dirigia um time de rugby em Natal e não tinha relações com a Cosa Nostra, descobriu as fraudes fundiárias de Ladogana, bem como desvios de parte do dinheiro da máfia para o próprio bolso, e ameaçou denunciar tudo à polícia. Em março de 2014, Albanese foi ameaçado de morte, caso ousasse delatar seus esquemas. Mas ele não recuou. Em 2 de maio do mesmo ano, ele fechava o portão de entrada de sua casa quando o policial Ferreira se aproximou em uma moto e atirou. O italiano morreu no local. Um mês depois, a Justiça de Natal decretou a prisão preventiva de Ladogana, que foi detido no aeroporto de Roma, onde tentava embarcar para o Brasil com 120 mil euros escondidos na roupa. Acabou liberado meses depois, na Itália, e ficou no país natal. Tempos depois, recebeu uma pena de catorze anos de reclusão, que ele cumpre na penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Ferreira não chegou a ser julgado – a Justiça o considerou inimputável, depois que foi diagnosticado com esquizofrenia.)

Em 2016, Calvaruso iniciou o processo de troca do operador da lavanderia de dinheiro da máfia no Brasil. Recorreu então ao empresário Giuseppe Bruno (foto no início do artigo), cuja família lavava dinheiro para a máfia desde os anos 1990 na construção civil da Sicília, de acordo com a polícia italiana.

Em Natal, Bruno e Calvaruso investiram 830 mil euros na compra de novas áreas nos arredores de Natal, inclusive uma fazenda que seria transformada em loteamento com perspectivas de ganhos milionários. “Gostaria de salientar que estamos falando de 180 hectares, onde há a possibilidade de construir cerca de 7.500 casas, que por 100 mil reais são 750 milhões de reais de faturamento, com um lucro residual de mais de 50%…”, escreveu Bruno, por e-mail, a um integrante da máfia na Sicília. No total, segundo o Ministério Público Federal, a máfia adquiriu 76 imóveis no Brasil.

Certo dia, em um shopping de Ponta Negra, local abastado da cidade, Bruno conheceu Sara da Silva Barros, de 37 anos de idade. Logo, ela se tornaria não só a mulher de Bruno, como sua testa de ferro preferida, já que não tinha antecedentes criminais. “Sara é cem por cento limpa”, escreveu ele para Calvaruso, por WhatsApp. Foi em nome dela que Bruno e Calvaruso montaram a pizzaria e cafeteria Italy’s, na orla de Natal. 

O policial e advogado Carlos Menezes conheceu Bruno em 2016, quando o italiano e Nino Spadaro foram até a Delegacia de Apoio e Assistência ao Turista (Deatur), em Natal, onde o então agente trabalhava, para fazerem um boletim de ocorrência contra João Soares de Souza, tabelião do cartório de imóveis de Extremoz, e seu filho, Gustavo Eugênio Costa de Souza. Segundo Bruno, o tabelião e o filho haviam falsificado a escritura de uma área de 29 hectares adquirida pela empresa Tecnobloco Construções Ltda., da qual o italiano se dizia sócio e procurador, para revendê-la a terceiros por 16 milhões de reais.

Por causa do alegado prejuízo pela perda do terreno, Bruno e Spadaro passaram a pressionar o tabelião, que se comprometeu a pagar 1,2 milhão de reais e a entregar outra área a eles. Mas Souza só pagou 150 mil reais, e os italianos descobriram que os documentos da área oferecida eram falsos.

Na discussão com os italianos, o tabelião ameaçou Bruno e seu advogado com um revólver, dentro do cartório de Extremoz, o que motivou um segundo boletim de ocorrência contra Souza, agora por ameaça, registrado pelo então policial Menezes no fim de 2017, na mesma Deatur. A aproximação com o policial fez com que este fosse convidado a trabalhar como segurança para a viagem que a mãe de Bruno fez da Itália ao Brasil.

Em março do ano seguinte, Souza e o filho foram denunciados à Justiça por estelionato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusados de uma série de fraudes documentais. Souza morreu um mês depois, de causas naturais. Gustavo, seu filho, foi absolvido. Sem saída, Bruno ingressou com ação na Justiça contra o tabelião e o filho, e a 1ª Vara de Extremoz condenou o espólio de Souza e também Gustavo a indenizarem Bruno em 22 milhões de reais.

Retornando ao Brasil em 2019, Calvaruso, regente da Cosa Nostra, acelerou os investimentos da máfia. Concluiu a construção de uma casa dentro de um resort em Bananeiras, interior da Paraíba; comprou dois apartamentos em Cabedelo, município vizinho a João Pessoa; adquiriu duas empresas em Natal (uma delas dona de imóveis avaliados em quase 4 milhões de reais, no total) e fundou a pizzaria Italy’s. 

Em 2021, os primeiros policiais italianos desembarcaram em Natal para rastrear o patrimônio amealhado pela máfia e seguir de perto os passos de Giuseppe Bruno.

No ano seguinte, em maio, o governo italiano decidiu solicitar formalmente um acordo de cooperação com o Ministério Público Federal (MPF) brasileiro para “a obtenção de dados confiáveis sobre rastreabilidade dos grandes fluxos financeiros movidos da Itália para o Brasil e informações sobre bens atribuídos a Giuseppe Calvaruso e outros”. A investigação do MPF, da PF e da Receita Federal, iniciada em outubro de 2022, não só confirmou os dados já investigados desde a Itália como encontrou novas suspeitas sobre o patrimônio do trio Calvaruso-Ladogana-Bruno no Rio Grande do Norte. 

Em novembro de 2023, a PF encaminhou à Justiça os pedidos de prisões preventivas e de buscas. Em poucas semanas as requisições foram acatadas pela 14ª Vara Federal de Natal, mas a operação tinha de ser deflagrada ao mesmo tempo no Brasil e na Itália, onde havia outros participantes do esquema mafioso. A Justiça italiana demorou a conceder os pedidos de prisão (só o fez em agosto de 2024).

Bruno foi preso na manhã de 13 de agosto de 2024. No mesmo dia, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo prendeu na Itália a mãe dele, Rosa Simoncini. No Brasil, nove pessoas, incluindo Calvaruso, Bruno e sua ex-mulher, Ladogana, sua ex-mulher, Tamara Barros, e a atual, Regina Souza, são réus em ação penal, ainda não julgada, na 14ª Vara Federal de Natal, acusados de associação criminosa e lavagem de dinheiro. Em dezembro passado, o inquérito da polícia italiana seguia em andamento.

O advogado de Calvaruso na Itália, Michele Giovinco, disse à revista piauí que a Justiça ainda não provou a responsabilidade do réu na suposta extorsão aos compradores do armazém na via Altofonte, em Palermo, nem na lavagem de dinheiro na compra e venda de imóveis no Brasil. “Não há provas processuais nas investigações italianas de transferência de dinheiro de Hong Kong ou Cingapura, nem para a Itália e nem para o Brasil”, afirmou.

Em nota, a defesa de Ladogana informou apenas que o patrimônio dele no Brasil “foi adquirido com muito trabalho” e que o empresário nunca teve envolvimento com a Cosa Nostra. Nino Spadaro não quis se manifestar. A defesa de Bruno não foi localizada.

A última ponta solta dos esquemas da máfia siciliana no Rio Grande do Norte é o assassinato de Carlos Antonio Lopes da Silva, o taxista que se tornou laranja de Pietro Ladogana e era dono formal de duas empresas e de dezenas de imóveis no estado. Mesmo depois da prisão do italiano, em 2019, Silva continuou próximo dele – era uma das pessoas autorizadas por Ladogana a visitá-lo na prisão em Alcaçuz.

Na noite de 1º de março de 2023, Silva dormia em sua casa no bairro Pitangui, em Extremoz, com a mulher e as duas filhas do casal, quando ouviu a porta da entrada sendo arrombada. Pegou um bastão e conseguiu atingir um dos invasores, mas acabou levando sete tiros de pistola de outro criminoso. Morreu ao lado da sua cama.

A principal suspeita da polícia é que Silva tenha sido morto a mando de um empresário potiguar que teria grilado parte dos terrenos da Cosa Nostra no estado. Responsável pelo inquérito, o delegado André Kay, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Ceará-Mirim, não revela a identidade do suspeito para não atrapalhar as investigações. Passados quase dois anos do crime, o inquérito ainda não foi concluído.

Fonte: Revista Piauí. Allan de Abreu.

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Faleceu Maria de Lourdes Alves Dias de Souza — Diúda Alves

Faleceu hoje, Maria de Lourdes Alves Dias de Souza — Diúda Alves — aos 97 anos. Esposa do deputado estadual José Dias, era irmã do ex-governador e ex-ministro Aluízio Alves e mãe do procurador da República Marcelo Alves Dias.

Manifestamos solidariedade à família e registramos nosso reconhecimento por essa personalidade discreta e marcante, presente em tantas páginas da história potiguar.

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Bolsonaro faz brincadeira e convida Moraes para ser seu vice.

 

“Posso fazer uma brincadeira?” Foi assim que Bolsonaro quebrou o clima tenso no STF e convidou Alexandre de Moraes para ser seu vice em 2026.

Moraes respondeu: “Eu declino.”

Brincadeira? Provocação? Estratégia? O que você acha?

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IMORAL. Bolsas de colostomia são substituídas por sacolas de supermercado no RN.

É isso mesmo. Pacientes ostomizados do Rio Grande do Norte estão sendo forçados a usar sacolas de supermercado no lugar das bolsas de colostomia — item essencial que deveria ser fornecido pelo Estado. O motivo? Há cerca de seis meses, o Governo do RN não entrega os kits básicos, segundo denúncia publicada pelo Agora RN.

Essas bolsas são utilizadas por pessoas que passaram por cirurgias e precisam coletar fezes ou urina por meio de um estoma. Mas diante da escassez, são os próprios pacientes que têm improvisado com sacos plásticos, colocando em risco sua saúde, seu bem-estar e sua dignidade.

A aposentada Célia Dantas, que luta contra um câncer na bexiga, contou que está usando um modelo inadequado, que causa alergia, queimação e vazamento de urina. Em suas palavras:

“Estou muito deprimida por conta disso. Está faltando, e é caro.”

Uma caixa com 10 bolsas custa até R$ 280, valor inacessível para quem depende da aposentadoria ou do SUS. Para completar, há relatos de que alguns pacientes estão recebendo material vencido desde novembro do ano passado.

A revolta levou um grupo de ostomizados a realizar uma manifestação em frente ao Centro Especializado em Reabilitação (CER), no bairro Tirol, exigindo que o Governo do Estado restabeleça imediatamente o fornecimento.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) disse, por nota, que o processo de licitação está em andamento. — Em outras palavras: o sofrimento continua…

Onde está a dignidade? Essa situação não é apenas inaceitável — é desumana. A desaprovação do governo estadual realmente não acontece por acaso.

Diante de algo tão grave, calar-se é tornar-se cúmplice.

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Banhistas se impressionam com cobra na Lagoa do Bonfim

 

Durante um passeio de jet ski na Lagoa do Bonfim, uma cobra de grandes proporções foi avistada na água. O registro do encontro inesperado já está circulando, despertando a curiosidade e a imaginação.

 

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Menor de idade atira na nuca do pré-candidato à presidência da Colombia Miguel Uribe

O atentado que atingiu o senador colombiano Miguel Uribe Turbay, neste sábado (7), chocou o país e reacendeu o fantasma da violência política na América Latina. O parlamentar, ligado ao partido Centro Democrático, foi baleado durante um ato de campanha em Bogotá. Os tiros — dois na cabeça e um no joelho – partiram de um menor de idade, entre 14 e 15 anos, que foi baleado no pé pelos seguranças e capturado no local.

Miguel Uribe permanece em estado crítico, internado na Fundação Santa Fe, após passar por cirurgia eurocirúrgica e vascular. Sua esposa declarou que ele está

“lutando pela vida”.

O uso de um adolescente como autor do atentado levanta questões perturbadoras. Não se trata apenas de um crime político, mas de um sinal da degradação moral que atravessa o continente: menores recrutados como instrumentos de guerra, ideológica ou não. O caso lembra as cicatrizes abertas da colômbia, onde o narcotráfico, a guerrilha e os interesses escusos da política tradicional já ceifaram vidas demais.

O presidente Gustavo Petro cancelou sua viagem à França e se ronunciou pedindo investigação urgente.

Até quando aceitaremos que a política na América Latina seja decidida no gatilho — e não no voto?

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Grupo A. Cândido traz a GAC — 5a maior montadora da China — para o RN, Paraíba e Alagoas. Por Aragão.

O Grupo A. Cândido você já conhece pelas concessionárias Nacional e Via Costeira Volkswagen, Reunidas e STA Mercedes-Benz. A novidade que agora vai ganhar as ruas da cidade são os carros da GAC — pronuncia-se “Gê-á-cê”.

A GAC Motor, quinta maior montadora da China, é a responsável pela produção de veículos da Toyota e da Honda em solo chinês. Agora, acaba de desembarcar oficialmente no Brasil com uma estratégia ambiciosa: inaugurar 200 concessionárias até 2027, oferecer carros elétricos e híbridos com até 8 anos de garantia e competir com marcas tradicionais. A estreia aconteceu em maio, com o lançamento simultâneo de 33 lojas no país. E o Rio Grande do Norte já entrou no radar.

Quem traz a GAC para o nosso estado é o Grupo A. Cândido — veterano no setor automotivo, com mais de 70 anos de história e tradição. Agora, amplia seu portfólio com 3 concessionárias (RN, Paraíba e Alagoas). A loja GAC será inaugurada em Natal nos próximos dias, ao lado da Nacional Volkswagen, na Avenida Prudente de Morais, em frente à Arena das Dunas. Mas os natalenses não precisam esperar até lá: a GAC já está presente com um stand no Midway Mall, onde é possível conhecer os modelos, agendar test drives e tirar dúvidas com especialistas.

E os carros? Não são promessas — são respostas. O SUV elétrico Aion V, por exemplo, oferece até 389 km de autonomia pelo Inmetro e 602 km no NEDC. O sedã Aion ES impressiona pelo silêncio e pelo acabamento refinado. O Hyptec HT Ultra tem porta traseira asas de gaivota e voa alto na tecnologia. O programa de recompra GAC, que garante até 90% da Fipe após três anos, reforça a confiança da marca no próprio produto. Isso sem falar na garantia: 8 anos ou 160 mil km para veículos elétricos (com até 200 mil km para as baterias). Os híbridos contam com cobertura de 5 anos ou 150 mil km.

Com o Stand já em funcionamento e a concessionária prestes a abrir as portas, vale a pena conhecer de perto o que, até pouco tempo atrás, parecia ficção científica. Porque o futuro já chegou. E está carregando.

Comentários (7)

Orlando 08 jun 2025

Não sei até que ponto isso é benéfico pra população de um modo geral?

Maria de Fátima 08 jun 2025

👏👏👏👏👏👏👏👏

Fabio 08 jun 2025

Fantástico

Carlos 08 jun 2025

Os chineses vão dominar o mundo. Maravilha

Fernanda 08 jun 2025

Sabendo agora. Já vou conhecer.

Fátima 08 jun 2025

Parabéns Aragão pelas suas publicações inteligentes e suscintas . Deus te abençoe

👏👏👏👏 08 jun 2025

José

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Casa Durval Paiva prepara mais uma edição do Arraiá do Seu Durvá

Mês de junho chegou e, com ele, o São João. A Casa Durval Paiva não poderia ficar de fora e já estamos nos preparativos para mais um ARRAIÁ DO SEU DURVÁ. Nossos pequenos vão comemorar a festança junina, no dia 18 de junho. Para completar a festa, estamos precisando de doações de descartáveis (copo, talheres, pratinho fundo, saco de pipoca e saco de pão de cachorro quente), bolos típicos, canjica, pamonha e salgados. As doações podem ser entregues na Rua Professor Clementino Câmara, 234 – Barro Vermelho, ou agendadas pelo 4006.1600. Some conosco e faça esse arraiá ser ainda mais especial!

TRANSFORMANDO ESPERANÇA EM CELEBRAÇÃO
É com esse mote que a Casa Durval Paiva vai comemorar seus 30 anos de história, no dia 11 de julho, com uma festa especial e solidária, a partir das 20 horas, no Versailles Recepções, com renda revertida para os projetos da Casa. Um evento all inclusive, pilotado por Bebeto Torres e Simone Silva, com buffet da casa de recepções e bebidas diversas. Os passaportes para a festa já estão disponíveis e podem ser adquiridos na Tota Tabacaria, em Petrópolis, e na Casa Durval Paiva, ao preço de R$350. Seja social e do bem!

CÂNCER DOS TECIDOS MOLES
Em média, 50% do nosso corpo é composto por vários tipos de tecidos, como os músculos, fáscias, ligamentos, tendões, gorduras, vasos linfáticos, nervos e pele. Quando algum câncer acomete estes locais, eles são conhecidos como Câncer dos Tecidos Moles, que é o destaque do mês de junho, integrando as atividades da Campanha do Diagnóstico Precoce 2025. Eles atingem tanto crianças, quanto adultos e podem surgir em qualquer parte do organismo.

SALVANDO VIDAS
Neste mês de junho, a Casa Durval Paiva dará início a edição 2025 do Projeto Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil, em parceria com o Instituto Ronald McDonald. A ação vai capacitar mais de 400 profissionais da atenção básica de saúde dos municípios de Lagoa Nova, Cerro Corá e Bodó, além disso, estudantes das universidades de Natal para reconhecer, precocemente, sinais e sintomas da doença, fortalecendo a rede de apoio ao diagnóstico precoce. Esse projeto está sendo financiado com os valores arrecadados na campanha McDia Feliz 2024. Capacitar é salvar vidas e salvar vidas é a nossa missão!

ESPERANÇA
“Promover saúde às nossas crianças é ter a certeza de que estamos alimentando um futuro de alegria e esperança” – Diretoria DNA Center

MELINDA EDUARDA
Melinda Eduarda Aureliano Souza tem 5 anos, mora em Natal e foi acolhida pela Casa Durval Paiva, em junho de 2024, com diagnóstico de Câncer dos Tecidos Moles.

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Léo Lins. Santo ou diabo? Por Aragão.

Você já leu as frases do Léo Lins?

•“O uísque pra mim tem que ser igual à mulher: puro e com 12 anos.”

•“Sou totalmente contra a pedofilia, sou mais a favor do incesto […] abusa do seu filho, ele vai fazer o quê? Contar para o pai?”

•“Uma vez vi uma enquete: ‘O que vocês falam quando terminam de transar?’ Aí eu escrevi: ‘Não conta para sua mãe que te dou uma boneca.’ Me xingaram muito… Esse dia fiquei mal. Eu só fiquei melhor no dia seguinte, quando fui no parquinho olhar as crianças.”

•“Tem ser humano que não é 100% humano. O nordestino do avião? 72%.”

•“Se tiver algum anão aqui, no final do show a gente estoura […] vai ser pequenas causas.”

É impressionante como tanta gente julgou esse caso — para defender ou para condenar — sem nunca ter lido uma única frase. Apenas absorveram narrativas prontas, embaladas para confirmar o que já pensavam. Mas quase ninguém leu o conteúdo real. E é por isso que este artigo começa com algumas dessas frases: porque o leitor tem o direito — e o dever — de formar sua própria opinião com base em fatos, não em versões.

Tem piada do Léo Lins que, sinceramente, considero bobagem. E sim — tem muita gente por aí que vê problema em tudo. Que vem deixando o mundo chato e a isso podemos chamar de mimimi.

Mas há uma linha que não se cruza. E quando ele fez piadas com pedofilia e autismo, ultrapassou esses limites.

Algumas coisas simplesmente não se dizem. Nem em nome da arte. Nem em nome da liberdade. Porque há valores inegociáveis. Pela família, pela fé em Deus, pelas crianças do Brasil e pela pátria que queremos deixar para os nossos filhos.

E sim — ele merece alguma punição. Mas com proporcionalidade. Oito anos de prisão com 2 milhões de reais em multa e indenizações é realmente um absurdo. Não poderia ser uma prestação de serviço à comunidade? Bem, a Justiça precisa ser firme, mas também justa. Por outro lado, é preciso ficar atento para não utilizar esse caso para instituir a censura.

Léo Lins não é santo, nem diabo. É um ser humano e, como tal, erra. E errando, deve ser punido sem arbitrariedade, ideologia ou exageros. Porque, quando exageramos na sentença, podemos estar errando tanto quanto quem cometeu o crime.

Foto: Reprodução

Comentários (5)

Orlando 08 jun 2025

Eu acho que essa punição não foi por essas piadas de pedófila outra citada, mas as piadas feitas com a autoridade suprema do país o Sr Sensura

Daniel Monteiro Rosa 08 jun 2025

Estamos caminhando para um lugar onde dificilmente conseguiremos reverter. Censura jamais.

Bora Costa 07 jun 2025

Concordo com vc Aragão A punição exagerada do Léo é um caminho para a censura, Acorda Brasil,

Flávio 07 jun 2025

Muito bem colocado

Maria de Fátima 07 jun 2025

Vdd! Tem q ser punido,até pq,faz piada c o q não tem a menor graça, é um chato metido a engraçado ,mas talvez,tenha sido exagerado dentro da nossa tradição de impunidade.

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Unimed comemora recorde absoluto de vendas com o Dia Imperdível.

O Dia Imperdível da Unimed Natal foi um sucesso absoluto.

Com condições exclusivas, atendimento personalizado e benefícios que não se repetem ao longo do ano, a ação atraiu um volume expressivo de novos clientes e consolidou-se como a maior campanha comercial da história da cooperativa.

Foi um dia de alto desempenho, engajamento das equipes e respostas positivas do público — reflexo direto da confiança que a marca construiu ao longo de quase cinco décadas de atuação no RN.

Para o diretor-presidente da Unimed Natal, Dr. Márcio Rêgo, o resultado foi motivo de comemoração. “Estamos extremamente felizes com esse resultado estupendo. Tínhamos uma meta de 1.300 vidas e captamos quase 2.600. Isso mostra a força da Unimed Natal no mercado e, acima de tudo, o quanto o potiguar confia e tem interesse em fazer parte do maior e melhor plano de saúde do Rio Grande do Norte”, destacou.

O gerente de Vendas da Unimed Natal, Rouver Benvenuti, destacou que agora o foco será a consolidação das propostas registradas durante o evento.

“Conquistamos um resultado histórico, fruto do comprometimento de cada corretor, das equipes de apoio e do alinhamento de toda a área comercial. Tivemos um engajamento incrível e um suporte essencial da nova diretoria, que confiou e investiu nessa ação desde o início”, ressaltou o gerente de Vendas, Rouver Benvenuti.

O sucesso da campanha reforça o posicionamento da Unimed Natal como referência em saúde suplementar no Estado. Os benefícios em ser cliente vão desde ampla rede credenciada, serviços próprios de saúde, até descontos em shows, espetáculos, eventos culturais e vantagens exclusivas na Unimed Corretora de Seguros, no Univacinas e no Uniclube, o marketplace da Unimed Natal.

Além disso, os clientes passam a ter à disposição o maior e mais moderno complexo hospitalar do Estado: o Complexo de Saúde Unimed (CSU), que conta com um Hospital Geral, Hospital Materno-Infantil e um Centro de Diagnóstico e Imagem. Tudo isso em uma estrutura moderna e completa.

Porque quando se trabalha com seriedade, os números falam por si. E o resultado prova por que esse foi um dia realmente imperdível.

A Unimed segue como o plano de saúde líder no RN.

Comentários (2)

Maria de Fátima 07 jun 2025

👏👏👏👏

Maria de Fátima 07 jun 2025

👏👏👏👏👏👏👏

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NOTA OFICIAL UNIMED

A Unimed Natal, por meio de sua Diretoria Executiva, vem a público esclarecer informações recentemente divulgadas pela Clínica Vivianny Lopes, que não correspondem à realidade dos fatos.

Reiteramos que os contratos firmados com nossos prestadores de serviços são cumpridos com rigor, dentro dos prazos e conforme os termos acordados. No caso específico da Clínica Vivianny Lopes, a pedido da própria clínica, que alegou dificuldades para cumprir seus compromissos internos, a Unimed Natal adiantou valores, de forma excepcional, demonstrando, mais uma vez, sua postura responsável e colaborativa.

A cooperativa repudia qualquer tentativa de disseminar informações inverídicas que possam gerar insegurança entre beneficiários e prestadores. Tentativas de desinformar a sociedade e questionar a credibilidade de uma instituição com quase 48 anos de atuação, pautada na ética, no cuidado e na seriedade, não encontram respaldo nos fatos.

Reafirmamos nosso compromisso com a transparência, o respeito e a responsabilidade nas relações institucionais. A Unimed Natal segue oferecendo a maior e mais qualificada rede credenciada do Rio Grande do Norte, garantindo o melhor cuidado em saúde e a excelência no atendimento aos seus mais de 200 mil clientes.

A Unimed Natal tem um compromisso inegociável: a excelência no cuidado dos nossos beneficiários. Esse é, e sempre será, o nosso foco.

_*Diretoria Executiva da Unimed Natal*_

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