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MÁFIA: A incrível história da Cosa Nostra no RN. Entenda. 

Como a máfia siciliana enraizou suas operações em nosso estado? Investimentos que ultrapassam 800 milhões de reais no mercado imobiliário foram realizados por meio de uma engenhosa máquina de transferir e lavar dinheiro. A Cosa Nostra deixou no Rio Grande do Norte um rastro de golpes milionários, fraudes cartorárias, corrupção, grilagem de terras e dois assassinatos. Bem que poderia ser o roteiro de um filme policial, mas é um artigo que você começa a ler agora.

Era quase noite em Palermo, capital da Sicília, quando dois jovens, um deles com uma faca, entraram em uma pequena loja de produtos de limpeza na Via Altofonte. Depois de renderem os funcionários, os assaltantes levaram 4,5 mil euros que estavam na caixa registradora. Era 29 de agosto de 2019. Cinco dias depois, no mesmo horário, novo roubo na mesma loja: dois rapazes, fingindo estarem armados, levaram mais 2,8 mil euros.

O caminho natural do dono da loja seria procurar a polícia. Mas não foi o que aconteceu. Francesco Paolo Bagnasco preferiu telefonar para Giovanni Caruso, um membro da Cosa Nostra, organização mafiosa que desde o século XIX controla boa parte das relações socioeconômicas na Sicília. Ao analisarem imagens captadas por uma câmera de vídeo, os mafiosos identificaram três assaltantes (um deles havia participado dos dois roubos).

Na tarde de 7 de setembro, quatro dias após o segundo assalto, os três ladrões foram sequestrados e levados para um galpão. Caruso notificou o seu chefe, Giuseppe Calvaruso, bem como o dono da loja, e os três foram até o cativeiro, onde assistiram ao brutal espancamento dos assaltantes. Horas depois, Caruso descreveu, para outro membro da máfia, a face de um dos assaltantes, dizendo que parecia uma “peneira”. O dinheiro roubado foi devolvido a Francesco Bagnasco.

Sete meses depois, em abril de 2020, Bagnasco e outros cinco empresários recorreram a Calvaruso para adquirir nove partes de um grande armazém. Coube à máfia afastar outros pretensos concorrentes na compra do imóvel. Em troca, a Cosa Nostra exigiu uma taxa total de 90 mil euros – 40 mil a serem pagos apenas por Bagnasco por ele ter adquirido quatro partes do armazém. Foi a vez do empresário e seus sócios sentirem na pele a ira da máfia palermitana.

Em telefonema captado pela polícia italiana, Calvaruso ordenou que Caruso exigisse o dinheiro dos empresários antes que o negócio fosse formalizado em cartório. “Não tenha piedade”, disse o chefe. Bagnasco pagou, mas apenas uma parte – 15 mil euros. Em dezembro de 2020, Calvaruso reforçou as ameaças. “Se eles não me derem o dinheiro, tudo pode acontecer”, disse a Caruso. Em fevereiro de 2021, duas semanas antes da formalização do negócio no cartório, o chefe mafioso aumentou o tom das ameaças. “Se alguém ousar fazer a escritura sem ter pagado, não deixe ir ao cartório e meta um revólver na boca dele”, ordenou. Calvaruso falava de um lugar muito distante de Palermo, do outro lado do Oceano Atlântico – mais precisamente, de Natal, no Rio Grande do Norte.

Parte do dinheiro extorquido dos empresários custeou as despesas de familiares dos membros da Cosa Nostra que estão presos. Outra parte foi enviada ao Rio Grande do Norte, onde, ao longo de dezessete anos, sob o comando de Calvaruso, a máfia siciliana investiu 800 milhões de reais no mercado imobiliário por meio de uma engenhosa máquina de transferir e lavar dinheiro. Durante esse tempo, a Cosa Nostra deixou no estado nordestino um rastro de golpes milionários, fraudes cartorárias, corrupção, grilagem de terras e dois assassinatos.

Giuseppe Calvaruso tem cabelos castanho-claros, repartidos ao meio, e baixa estatura, o que lhe rendeu o apelido, entre os mafiosos sicilianos, de u curtu (o curto, literalmente, ou o baixote). Em 47 anos de vida, a maior parte atuando como empresário da construção civil, adquiriu o respeito da cúpula da Cosa Nostra, sobretudo depois de ter ajudado na fuga de Giovanni Motisi, no fim dos anos 1990. Motisi foi um dos mais sanguinários assassinos de aluguel de Salvatore “Totò” Riina, mafioso que aterrorizou a Sicília e foi o mandante dos assassinatos, em 1992, dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, responsáveis pelo Maxiprocesso de Palermo. Em 1993, Riina foi preso. Morreu em 2017, aos 87 anos.

Cada município da Sicília (ou, no caso das maiores cidades, cada bairro ou distrito) possui um líder mafioso, chamado capomandamento (mandamento é uma região controlada por determinado clã criminoso). Antonino Rotolo, o capomandamento de Pagliarelli, está preso desde 2006. Quem o substitui desde 2015 é Calvaruso, mas na condição de “regente”, como se chama o líder temporário. Em conversa interceptada pela polícia italiana, o regente disse ter à disposição cerca de 1 bilhão de dólares para investir.

Em fevereiro de 2009, Pietro Ladogana, um homem alto de queixo anguloso que, para a PF, era testa de ferro da Cosa Nostra, desembarcou em Natal. Na capital potiguar, ele fundou três empresas do ramo imobiliário, com um capital social total de 3,8 milhões de reais, e casou-se com Tamara Maria de Barros. A brasileira seria usada como laranja pelo italiano, que colocou no nome dela boa parte dos imóveis que adquiriu. 

Mas Ladogana também começou a grilar terras com o uso da violência. Chegou a criar uma milícia formada por policiais militares para expulsar moradores em Extremoz, município na Região Metropolitana de Natal, onde contava com a ajuda do então tabelião do cartório local e ex-prefeito João Soares de Souza, e de servidores da prefeitura para falsificar documentos que garantissem a posse dos imóveis. Quando o então secretário de Tributação de Extremoz Giovanni Gomes contrariou os interesses do esquema, Ladogana ordenou que um dos PMs de sua milícia, Alexandre Douglas Ferreira, “desse um susto nele” – como a mulher do mafioso contou à Polícia Civil. Gomes levou um tiro de raspão na perna quando saía da festa de formatura do filho, em uma noite de agosto de 2013.

No caso de outro desafeto, o desfecho foi trágico. O empresário italiano Enzo Albanese, que dirigia um time de rugby em Natal e não tinha relações com a Cosa Nostra, descobriu as fraudes fundiárias de Ladogana, bem como desvios de parte do dinheiro da máfia para o próprio bolso, e ameaçou denunciar tudo à polícia. Em março de 2014, Albanese foi ameaçado de morte, caso ousasse delatar seus esquemas. Mas ele não recuou. Em 2 de maio do mesmo ano, ele fechava o portão de entrada de sua casa quando o policial Ferreira se aproximou em uma moto e atirou. O italiano morreu no local. Um mês depois, a Justiça de Natal decretou a prisão preventiva de Ladogana, que foi detido no aeroporto de Roma, onde tentava embarcar para o Brasil com 120 mil euros escondidos na roupa. Acabou liberado meses depois, na Itália, e ficou no país natal. Tempos depois, recebeu uma pena de catorze anos de reclusão, que ele cumpre na penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Ferreira não chegou a ser julgado – a Justiça o considerou inimputável, depois que foi diagnosticado com esquizofrenia.)

Em 2016, Calvaruso iniciou o processo de troca do operador da lavanderia de dinheiro da máfia no Brasil. Recorreu então ao empresário Giuseppe Bruno (foto no início do artigo), cuja família lavava dinheiro para a máfia desde os anos 1990 na construção civil da Sicília, de acordo com a polícia italiana.

Em Natal, Bruno e Calvaruso investiram 830 mil euros na compra de novas áreas nos arredores de Natal, inclusive uma fazenda que seria transformada em loteamento com perspectivas de ganhos milionários. “Gostaria de salientar que estamos falando de 180 hectares, onde há a possibilidade de construir cerca de 7.500 casas, que por 100 mil reais são 750 milhões de reais de faturamento, com um lucro residual de mais de 50%…”, escreveu Bruno, por e-mail, a um integrante da máfia na Sicília. No total, segundo o Ministério Público Federal, a máfia adquiriu 76 imóveis no Brasil.

Certo dia, em um shopping de Ponta Negra, local abastado da cidade, Bruno conheceu Sara da Silva Barros, de 37 anos de idade. Logo, ela se tornaria não só a mulher de Bruno, como sua testa de ferro preferida, já que não tinha antecedentes criminais. “Sara é cem por cento limpa”, escreveu ele para Calvaruso, por WhatsApp. Foi em nome dela que Bruno e Calvaruso montaram a pizzaria e cafeteria Italy’s, na orla de Natal. 

O policial e advogado Carlos Menezes conheceu Bruno em 2016, quando o italiano e Nino Spadaro foram até a Delegacia de Apoio e Assistência ao Turista (Deatur), em Natal, onde o então agente trabalhava, para fazerem um boletim de ocorrência contra João Soares de Souza, tabelião do cartório de imóveis de Extremoz, e seu filho, Gustavo Eugênio Costa de Souza. Segundo Bruno, o tabelião e o filho haviam falsificado a escritura de uma área de 29 hectares adquirida pela empresa Tecnobloco Construções Ltda., da qual o italiano se dizia sócio e procurador, para revendê-la a terceiros por 16 milhões de reais.

Por causa do alegado prejuízo pela perda do terreno, Bruno e Spadaro passaram a pressionar o tabelião, que se comprometeu a pagar 1,2 milhão de reais e a entregar outra área a eles. Mas Souza só pagou 150 mil reais, e os italianos descobriram que os documentos da área oferecida eram falsos.

Na discussão com os italianos, o tabelião ameaçou Bruno e seu advogado com um revólver, dentro do cartório de Extremoz, o que motivou um segundo boletim de ocorrência contra Souza, agora por ameaça, registrado pelo então policial Menezes no fim de 2017, na mesma Deatur. A aproximação com o policial fez com que este fosse convidado a trabalhar como segurança para a viagem que a mãe de Bruno fez da Itália ao Brasil.

Em março do ano seguinte, Souza e o filho foram denunciados à Justiça por estelionato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusados de uma série de fraudes documentais. Souza morreu um mês depois, de causas naturais. Gustavo, seu filho, foi absolvido. Sem saída, Bruno ingressou com ação na Justiça contra o tabelião e o filho, e a 1ª Vara de Extremoz condenou o espólio de Souza e também Gustavo a indenizarem Bruno em 22 milhões de reais.

Retornando ao Brasil em 2019, Calvaruso, regente da Cosa Nostra, acelerou os investimentos da máfia. Concluiu a construção de uma casa dentro de um resort em Bananeiras, interior da Paraíba; comprou dois apartamentos em Cabedelo, município vizinho a João Pessoa; adquiriu duas empresas em Natal (uma delas dona de imóveis avaliados em quase 4 milhões de reais, no total) e fundou a pizzaria Italy’s. 

Em 2021, os primeiros policiais italianos desembarcaram em Natal para rastrear o patrimônio amealhado pela máfia e seguir de perto os passos de Giuseppe Bruno.

No ano seguinte, em maio, o governo italiano decidiu solicitar formalmente um acordo de cooperação com o Ministério Público Federal (MPF) brasileiro para “a obtenção de dados confiáveis sobre rastreabilidade dos grandes fluxos financeiros movidos da Itália para o Brasil e informações sobre bens atribuídos a Giuseppe Calvaruso e outros”. A investigação do MPF, da PF e da Receita Federal, iniciada em outubro de 2022, não só confirmou os dados já investigados desde a Itália como encontrou novas suspeitas sobre o patrimônio do trio Calvaruso-Ladogana-Bruno no Rio Grande do Norte. 

Em novembro de 2023, a PF encaminhou à Justiça os pedidos de prisões preventivas e de buscas. Em poucas semanas as requisições foram acatadas pela 14ª Vara Federal de Natal, mas a operação tinha de ser deflagrada ao mesmo tempo no Brasil e na Itália, onde havia outros participantes do esquema mafioso. A Justiça italiana demorou a conceder os pedidos de prisão (só o fez em agosto de 2024).

Bruno foi preso na manhã de 13 de agosto de 2024. No mesmo dia, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo prendeu na Itália a mãe dele, Rosa Simoncini. No Brasil, nove pessoas, incluindo Calvaruso, Bruno e sua ex-mulher, Ladogana, sua ex-mulher, Tamara Barros, e a atual, Regina Souza, são réus em ação penal, ainda não julgada, na 14ª Vara Federal de Natal, acusados de associação criminosa e lavagem de dinheiro. Em dezembro passado, o inquérito da polícia italiana seguia em andamento.

O advogado de Calvaruso na Itália, Michele Giovinco, disse à revista piauí que a Justiça ainda não provou a responsabilidade do réu na suposta extorsão aos compradores do armazém na via Altofonte, em Palermo, nem na lavagem de dinheiro na compra e venda de imóveis no Brasil. “Não há provas processuais nas investigações italianas de transferência de dinheiro de Hong Kong ou Cingapura, nem para a Itália e nem para o Brasil”, afirmou.

Em nota, a defesa de Ladogana informou apenas que o patrimônio dele no Brasil “foi adquirido com muito trabalho” e que o empresário nunca teve envolvimento com a Cosa Nostra. Nino Spadaro não quis se manifestar. A defesa de Bruno não foi localizada.

A última ponta solta dos esquemas da máfia siciliana no Rio Grande do Norte é o assassinato de Carlos Antonio Lopes da Silva, o taxista que se tornou laranja de Pietro Ladogana e era dono formal de duas empresas e de dezenas de imóveis no estado. Mesmo depois da prisão do italiano, em 2019, Silva continuou próximo dele – era uma das pessoas autorizadas por Ladogana a visitá-lo na prisão em Alcaçuz.

Na noite de 1º de março de 2023, Silva dormia em sua casa no bairro Pitangui, em Extremoz, com a mulher e as duas filhas do casal, quando ouviu a porta da entrada sendo arrombada. Pegou um bastão e conseguiu atingir um dos invasores, mas acabou levando sete tiros de pistola de outro criminoso. Morreu ao lado da sua cama.

A principal suspeita da polícia é que Silva tenha sido morto a mando de um empresário potiguar que teria grilado parte dos terrenos da Cosa Nostra no estado. Responsável pelo inquérito, o delegado André Kay, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Ceará-Mirim, não revela a identidade do suspeito para não atrapalhar as investigações. Passados quase dois anos do crime, o inquérito ainda não foi concluído.

Fonte: Revista Piauí. Allan de Abreu.

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Taxa selic: 15% ao ano. — Quando o remédio vira veneno. Por Aragão.

A nova alta da Selic para 15% consagra uma contradição brasileira: enquanto a economia real engasga com juros sufocantes, o sistema financeiro respira aliviado. O que deveria ser um remédio amargo contra a inflação começa a se parecer mais com um veneno para o crescimento — e, curiosamente, com uma vitamina para os bancos.

Não se trata de teoria da conspiração, mas de matemática elementar: juros altos reduzem o consumo, encarecem o crédito, travam o investimento, estimulam o rentismo — e ao mesmo tempo aumentam os ganhos do setor financeiro com aplicações seguras e spreads mais largos. O Banco Central se diz técnico, mas sua política vem produzindo consequências que agradam aos mesmos de sempre — os banqueiros.

Não é fácil para o Brasil com o presidente gastando demais, sem controle fiscal; o congresso com R$ 53 bilhões em emendas e uma economia enfrentando impostos novos a cada dia.

É legítimo que o Copom esteja preocupado com a inflação e com o risco de desancoragem das expectativas. Mas também é legítimo perguntar: a quem interessa uma Selic persistentemente elevada demais — já é a 2a maior do planeta — em uma economia que já dá sinais claros de desaceleração?

A cada reunião, o discurso é o mesmo: cautela, vigilância, compromisso com a estabilidade. Mas do outro lado da taxa de juros, há milhões de brasileiros pagando caro por essa ortodoxia, e um punhado de instituições celebrando lucros recordes.

Na dose certa, juros combatem a inflação. Mas em excesso, intoxicam a atividade econômica. E, como bem sabe o mercado, remédio demais pode ser veneno — menos para os bancos, que seguem convertendo essa rigidez em dividendos.

Foto: Edilson Rodrigues

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tiago 20 jun 2025

vai ter artigo sobre a votação da da direita para manter a alta na conta de energia?

Flávio 19 jun 2025

Os bancos nunca perdem, direita ou esquerda no poder, economia estagnada ou aquecida os lucros são sempre a estratosféricos

Maria de Fátima 19 jun 2025

Só vdd!

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Prefeitura de Natal nomeia 710 professores aprovados em concurso da Educação

A Prefeitura de Natal nomeou, nesta terça-feira (18), os 710 professores aprovados no concurso da Secretaria Municipal de Educação (Edital nº 001/2024), completando o total de vagas previstas. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Município.

“A nomeação desses professores é um marco para a educação de Natal. Estamos fortalecendo nossas escolas com profissionais comprometidos com o ensino público,” destacou o prefeito Paulinho Freire.

Entre os convocados estão professores para Educação Infantil, Ensino Fundamental, Atendimento Educacional Especializado (AEE), artes, língua estrangeira, ciências, matemática e intérpretes de Libras.

O secretário Aldo Fernandes ressaltou: “Estamos investindo em quem faz a diferença: nossos educadores. Essa é uma ação concreta que reafirma a educação como prioridade.”

Além da nomeação, a Prefeitura confirmou que os professores ativos da rede municipal receberão 40% do décimo terceiro salário com recursos do Fundeb, fortalecendo ainda mais a valorização da categoria.

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Maria de Fátima 19 jun 2025

👏👏👏👏👏

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Unimed Natal inaugura Núcleo de Cuidados Paliativos no Complexo de Saúde.

A Unimed Natal implantou, no Complexo de Saúde Unimed (CSU), um Núcleo de Cuidados Paliativos voltado à assistência de pacientes com doenças crônicas graves. A iniciativa tem como propósito oferecer suporte contínuo e qualificado, aliviando o sofrimento físico, emocional, social e espiritual, com foco na promoção da dignidade e da qualidade de vida.

Com esta implantação, o CSU consolida-se como uma das primeiras unidades da rede privada no Rio Grande do Norte a estruturar um serviço especializado em cuidados paliativos, reafirmando seu protagonismo na atenção integral à saúde.

Para a capacitação das equipes, o médico intensivista Dr. Rodrigo Furtado, especialista em Terapia Intensiva com atuação destacada na área de Cuidados Paliativos, vem conduzindo treinamentos práticos junto a profissionais de diferentes áreas do Complexo. As atividades abordam a avaliação de sintomas, a comunicação empática e a articulação entre especialidades — fundamentos essenciais dessa abordagem assistencial.

“Nosso objetivo com a implantação do Núcleo de Cuidados Paliativos no CSU é oferecer acolhimento, alívio e dignidade em todas as fases da jornada de quem convive com uma condição crônica grave, promovendo um cuidado mais humano e respeitoso”, ressalta Dr. Rodrigo.

Diferentemente da concepção limitada aos cuidados de fim de vida, os Cuidados Paliativos propõem um acompanhamento contínuo, contribuindo para decisões mais conscientes e alinhadas aos valores e necessidades do paciente e de sua família.

“Estruturar esse serviço no CSU reforça nossa visão de oferecer uma assistência mais sensível, qualificada e centrada nas reais necessidades dos nossos pacientes e suas famílias. É mais um passo em direção a um modelo de cuidado que valoriza a vida em todas as suas dimensões”, afirma o diretor de Recursos Próprios da Unimed Natal, Dr. Robinson Dias. Ele também informou que a cooperativa realizará, no mês de agosto, um workshop voltado ao tema.

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Líderes do G7 chamam atenção de Lula pela distração na foto oficial.

 

O presidente Lula se distraiu durante a foto oficial dos líderes que participam da cúpula do G7, no Canadá, nesta terça-feira (17/6), e precisou ter sua atenção chamada por outros chefes de Estado.

O episódio ocorreu enquanto os líderes tiravam a chamada “foto de família” na área externa do resort onde a cúpula ocorre. O hotel está localizado em Kananaskis, na região das montanhas rochosas da província de Alberta.

Já posicionado para a foto, Lula virou de lado e engatou uma conversa descontraída com o presidente do Conselho Europeu,o português António Costa. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, estava no meio dos dois.

Ao perceberem a situação, outros líderes chamaram Lula e pediram que o petista olhasse para a foto. Entre eles, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney.

Fonte: Metrópoles.

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Maria de Fátima 17 jun 2025

Mais uma vergonha!

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Ninguém solta a mão de ninguém. Mas soltaram a mão da Andreyna Patrício. Por Aragão.

 

A repórter da Rádio Tropical estava em seu lugar de fala. Sozinha, sendo atacada, ela representava a minoria diante do ódio. E muitos silenciaram. O que é mais importante: combater a violência ou proteger a ideologia?

Infelizmente, não vimos a esquerda condenar o ato de violência.

É preciso que todos lutemos para defender as vítimas de agressão, os violentados, os injustiçados — não apenas quando forem “do nosso lado”. — Hipocrisia que chama?

Vamos lutar juntos contra a agressão — ou só quando o agressor não é “do nosso lado”?

A verdadeira luta contra a violência não tem cor, sexo, religião nem partido.
Nossa pauta deve ser a defesa do ser humano.
Nossa agenda permanente deve ser o combate à violência e a defesa da mulher, das crianças, da comunidade LGBT e da liberdade religiosa. Nosso compromisso deve ser com a justiça.

— Se você se calou, você defendeu o agressor.
Além de hipocrisia, isso deteriora o tecido social. Enfraquece seu discurso e estimula que outro repita — ou revide — a agressão, entrando assim numa espiral que só gera mais ressentimento.

Ninguém solta a mão de ninguém — mesmo que a outra mão vote diferente.

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Henrique Junqueira 17 jun 2025

A esquerda serve pra quê?

Maria de Fátima 17 jun 2025

👏👏👏👏👏👏

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Israel x Irã. Nasce a flor do caos no jardim do inferno. Por Aragão.

— Vamos ser expulsos novamente do paraíso. Mas só saberemos disso quando já for tarde demais para fugir do inferno.

A guerra entre Israel e Irã é apenas mais uma flor que desabrocha no jardim do inferno. Outras já brotaram: Rússia e Ucrânia; Israel e Palestina na Faixa de Gaza; Índia e Paquistão; Houthis e o governo do Iêmen. Agora, a tensão se espalha. A Europa ressurge em sua corrida armamentista. A França repele Moscou com palavras duras. Putin responde com ameaças cada vez mais belicosas. EUA e China já travam uma guerra fria silenciosa — tecnológica, ideológica, estratégica.

Como no Éden, a serpente colheu o novo fruto proibido: dopamina colhida nas árvores da Inteligência Artificial e dos algoritmos. E o oferece não em troca de sabedoria — mas de engajamento, indignação e ressentimento.

A intolerância é o ovo da serpente. E dele nascem os monstros. Ódios antigos que rompem a casca frágil da civilização. Ressentimentos históricos, agora alimentados por mutações digitais que aprendem, adaptam e incitam.

Essa mesma intolerância serpenteia nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp, nas esquinas, nos parlamentos, nas fronteiras. Rompe amizades, divide famílias, derruba tratados, destrói alianças. — É a praga da nossa geração.

Os drones militares são as abelhas assassinas deste novo jardim. Polinizam o terror com precisão cirúrgica. Enquanto isso, a erva daninha dos memes depreciativos, das fake news embaladas em ironia, dos comentários ácidos, das comparações desumanas, das piadas cruéis e dos vídeos editados para florescer a animosidade, se espalha por toda a terra.

Estamos, mais uma vez, sendo expulsos do paraíso. Mas não por Deus — por nós mesmos. Porque não resistimos à tentação. E, de novo, comemos do fruto.

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AGOSTINHO 15 jun 2025

Excelente texto, Aragão. O mundo entregue, cada vez mais, a imbecis, lunátidos e suicidas. O mundo está por um fio. Medo do que há por vir.

Waldemir Bezerra 15 jun 2025

Excelente reflexão! Como sempre vc tem nos presenteado com pérolas que nos faz pensar no amanhã. A ciência avança de forma vertiginosa em todas as áreas humanas. Há pouco mais de um século a Revolução Industrial. Um novo século se inaugura com a IA. Está na hora de consultar o manual do fabricante: A Bíblia Sagrada. Pensem nisso !

Francisco Serejo 15 jun 2025

Concordo, a situação é alarmante e reflete a deterioração da civilização. A intolerância e a desinformação estão em ascensão, impactando relações e sociedades.

Maria de Fátima 15 jun 2025

Perfeito!

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Casa Durval Paiva inicia capacitações nas cidades de Lagoa Nova, Cerro Corá e Bodó

A ação, financiada pelo Instituto Ronald McDonald, vai capacitar mais de 400 profissionais da atenção básica de saúde e estudantes das universidades de Natal

Neste mês de junho, a Casa Durval Paiva dá início a edição 2025 do Projeto Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil, em parceria com o Instituto Ronald McDonald. A ação vai capacitar mais de 400 profissionais da atenção básica de saúde dos municípios de Lagoa Nova, Cerro Corá e Bodó, além disso, estudantes das universidades de Natal.

A capacitação tem o objetivo de habilitar agentes comunitários de saúde e demais integrantes das Equipes de Estratégia de Saúde da Família para a identificação de sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, além de otimizar, dentro do sistema de Regulação, os encaminhamentos para o diagnóstico precoce da doença, fortalecendo a rede de apoio ao diagnóstico precoce.

Esse projeto está sendo financiado pelo Instituto Ronald McDonald, com os valores arrecadados na campanha McDia Feliz 2024. Capacitar é salvar vidas e salvar vidas é a nossa missão!
Conheça mais ações e projetos realizados pela Casa Durval Paiva, através do www.casadurvalpaiva.org.br ou pelas nossas redes sociais (@casadurvalpaiva).

Câncer infantojuvenil – Assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de desenvolver-se de forma muito mais acelerada, desordenada e agressiva, o câncer infantojuvenil é uma doença potencialmente curável. Se diagnosticada precocemente e tratada adequadamente, as chances de cura se elevam em mais de 80%.

Uma vez que, alguns dos sintomas do câncer infantojuvenil, como febre, tosse, vômitos, entre outros, também estão presentes em outras doenças comuns à faixa pediátrica, eles acabam sendo relevados por mais tempo. Como os profissionais da Atenção Básica da Saúde atuam na linha de frente, seja em consultas de rotina ou logo que a criança apresenta algum problema de saúde, é fundamental que eles tenham uma percepção clara sobre sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e contribuam para minimizar os diagnósticos tardios.

 

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Maria de Fátima 14 jun 2025

👏👏👏👏👏👏👏

Maria de Fátima 14 jun 2025

Maravilha!👏👏👏👏👏

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Rota 22: A estrada que pode levar Rogério Marinho ao Governo do RN. Por Aragão.

Bolsonaro começa a pavimentar e sinalizar os caminhos para as próximas eleições ao governo por todo país através da Rota 22 — uma referência ao número do PL. Penso que seja uma pré-campanha sutil e inteligente. Afinal, o risco de não poder participar ativamente nas campanhas das próximas eleições é real. Sendo assim, a Rota 22 é um caminho alternativo para essa questão. É uma marcha com cara de saudade, mas alma de mobilização.

— “Nosso cabra da peste, Rogério Marinho, vai ser governador do RN ano que vem”, disse Jair Bolsonaro em Mossoró.

Reservado, técnico, experiente, Marinho vem se mostrando o mais indicado para representar a direita potiguar na disputa pelo governo pela sua forte ligação com Bolsonaro e como porta-voz da causa ideológica. Sua força vem da competência administrativa e da articulação política — mas a ausência de carisma de massas ainda é um desafio. É justamente aí que entra o ex-presidente.

Ora, Tarcisio de Freitas, que também não tem carisma, mas tem Bolsonaro, foi eleito. É inegável que o ex-presidente tem um capital político impressionante. Onde passa, atrai multidões de seguidores. Mesmo inelegível, mesmo processado, mesmo silenciado, sua imagem tem mais adesão do que qualquer outra figura pública. E a Rota 22 é, em parte, uma resposta a isso: se em 2026 o ex-presidente estiver impedido de concorrer, ao menos terá colocado seus aliados na direção certa, na rota com destino às eleições.

No RN, o terreno é fértil. A rejeição ao governo estadual é alta, a oposição está sedenta por um nome forte, e o eleitor conservador permanece órfão de um projeto estadual que dialogue com suas pautas. Marinho pode ocupar esse vácuo. E a Rota 22 é o tapete que está sendo estendido.

— A caravana que transporta mudanças e patrimônio eleitoral.

Mais do que lançar candidaturas, Bolsonaro quer mostrar força institucional. Mostrar ao Judiciário que não está só. Mostrar ao Brasil que sua base não enfraqueceu. Mostrar ao mundo que, mesmo fora do cargo, ainda é o maior capital eleitoral da política brasileira.

O destino? A cadeira do governo.

O condutor? O capitão.

O passageiro? Rogério Marinho.

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Maria de Fátima 14 jun 2025

"Alea jacta est"!

Maria de Fátima 14 jun 2025

Alea jacta est!

Maria de Fátima 14 jun 2025

Alea jacta est!!😁

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George Antunes é o novo diretor do Complexo Unimed Natal

A chegada de George Antunes à Direção Administrativa do Complexo de Saúde da Unimed Natal marca uma nova etapa para a instituição. Com vasta experiência na gestão hospitalar e no comando das secretarias municipal e estadual de Saúde, George assume não uma fase de construção, mas de consolidação.

O Complexo já está em funcionamento, e o seu compromisso permanente com a melhoria contínua exige eficiência, planejamento e superação dos resultados. A missão é elevar ainda mais o padrão de qualidade, integrando gestão técnica, cuidado com as pessoas e uso racional dos recursos.

Para o diretor-presidente da Unimed Natal, Dr. Márcio Rêgo, “George é uma unanimidade na área da saúde. Seu currículo fala por si: já esteve à frente de grandes desafios e sempre com competência, seriedade e foco em resultados. Ele traz a expertise necessária para contribuir com a consolidação do nosso Complexo como referência em saúde no estado”.

Sua presença reforça o compromisso da Unimed Natal com a excelência na saúde suplementar do Rio Grande do Norte, consolidando o Complexo como referência em atendimento, estrutura e inovação.

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Maria de Fátima 14 jun 2025

👏👏👏👏👏

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Israel ataca o Irã. “Estão mais perto do que nunca da bomba atômica”. Diz porta-voz de Israel.

“Estão mais perto do que nunca da bomba atômica”, diz porta-voz de Israel sobre at4ques ao Irã. “Não temos escolha, estamos operando contra uma amaça iminente e existencial”, afirmou Effie Defrin sobre o ataque preventivo israelense a alvos nucleares iranianos.

Israel realizou uma série de ataques de grande proporção contra o Irã na madrugada de sexta-feira (13/06) em horário local- noite de quinta-feira (12/06) no Brasil. Por sua vez, o governo israelenses declarou estado de emergência no seu território na expectativa de retaliações.

Segundo a mídia estatal iraniana, o chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami, e o cientista Fereydoon Abbasi, ex-chefe da agência nuclear do país, foram mortos nos ataques.

A morte de Salami é um duro golpe para Teerã. A Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) é um estratégica força militar, política e econômica no Irã, com laços estreitos com o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei.

Khamenei, afirmou que, com a operação, Israel “preparou para si mesmo um destino amargo, que certamente receberá.”

Fonte: Metrópoles.

Foto: Getty Images

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