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A internet que mata — os desafios que destroem crianças. Por Aragão.

O Brasil está de luto. Mais uma criança morreu, vítima de um “desafio” que circula nas redes sociais. Sarah Raíssa Pereira de Castro tinha apenas 8 anos. Foi encontrada desacordada, em casa, segurando um frasco de desodorante — parte de um ritual insano que a internet disfarçou de brincadeira. Sofreu uma parada cardiorrespiratória. Teve morte cerebral.

A infância, que deveria ser território de proteção, virou campo minado. Crianças e adolescentes, movidos por curiosidade, por aceitação, ou apenas por falta de supervisão, são atraídos por conteúdos tóxicos, algoritmicamente promovidos, que os empurram para o abismo — entre um vídeo de dancinha e outro de maquiagem.

Desafios como “o desodorante”, “apagão”, “corda no pescoço” ou “jogo do silêncio” não são brincadeiras. São armadilhas. São maldades disfarçadas de diversão.

Segundo o Ministério da Justiça, 56 crianças e adolescentes morreram nos últimos anos no Brasil por causa desses desafios. Não é um acidente. É uma epidemia silenciosa.

As plataformas lucram com o engajamento, mas lavam as mãos. Os vídeos circulam livremente. Os algoritmos os recomendam. As moderações vêm tarde — quando não vem nunca. E quem paga o preço são nossos filhos que não têm sequer noção do risco que correm.

Mas essa culpa não é só das redes.

Ela se espalha. Vai para os pais que deixaram a educação digital nas mãos do YouTube. Para as escolas que ainda não incluíram cidadania online como prioridade. Para o Estado, que assiste a tudo como se fosse um problema privado, familiar — e não uma questão de saúde pública. O que estamos esperando para agir?

Não é normal enterrar uma criança por causa de um vídeo.

Não é aceitável tratar a morte de Sarah como se fosse uma fatalidade.

Não é admissível que ainda haja pais que desconhecem o que seus filhos veem.

Não é mais possível fingir que isso não está acontecendo nas nossas casas.

Se você é pai, mãe, tio, professora — faça alguma coisa. Fale sobre isso. Pergunte o que seus filhos assistem. Olhe para a tela com eles. Ensine o que é perigo. Explique o que é manipulação. Proteja. Corrija. Esteja presente.

— A infância de seus filhos não pode ser entregue ao algoritmo.

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1 Minuto de Silêncio pelo Futebol Brasileiro. Por Aragão.

No país do futebol, a arquibancada está em silêncio. Não por falta de paixão, mas por excesso de vergonha. Enquanto a Seleção tropeça em campo, fora dele a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vira manchete por jogar fora das 4 linhas da ética — Suspeitas de corrupção, gastos milionários e jogos de bastidores que mais lembram escândalos políticos do que administração esportiva.

— Uma goleada de denúncias. 

A revista Piauí revelou o que seria um padrão de conduta luxuoso e obscuro na entidade: passagens para familiares durante a Copa do Mundo, câmeras escondidas para vigiar funcionários, contratos milionários com escritórios de advocacia e decisões administrativas pouco transparentes.

— A torcida xinga o Juiz.

Mas o ponto mais sensível — e mais simbólico — envolve a própria recondução de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF. Afastado judicialmente, Ednaldo foi reconduzido ao cargo por decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes, do STF — o mesmo que mantém relações comerciais com a própria CBF por meio do IDP, seu instituto de ensino. O conflito de interesses merece ser vaiado. E a volta ao cargo não veio acompanhada de humildade ou contenção.

— O troféu bola de ouro deve ter outro significado na CBF.

Logo após reassumir, Ednaldo Rodrigues aumentou os salários da alta cúpula da entidade em até 300%. Isso mesmo: enquanto clubes de base vivem à míngua e federações menores mal conseguem bancar campeonatos regionais, os salários da diretoria explodiram. Um escárnio travestido de reajuste. — No país do futebol, é bola para todo lado?

Agora, um pedido de CPI foi protocolado no Congresso. O deputado Coronel Meira (PL-PE) quer abrir a caixa-preta do futebol brasileiro — mas o histórico de CPIs no país não inspira muito otimismo. Será essa apenas mais uma jogada ensaiada? Ou há finalmente espaço para marcar um gol contra a impunidade?

A verdade é que a CBF opera num limbo jurídico e político: é uma entidade privada que administra um interesse público colossal. O futebol brasileiro é patrimônio cultural, social e econômico do país. A Seleção não pertence à CBF — pertence ao povo. Mas, na prática, os torcedores não têm voz, os clubes pouco apitam, e a transparência é tratada como cartão vermelho.

O Brasil espera por justiça e já estamos na prorrogação e nada muda. Não vamos ter penalidade máxima?… nem mínima?

Por enquanto, a ética parece perder sempre. O problema não é a corrupção na CBF. O problema é que a gente já esperava por ela.

— Continuamos aguardando o apito final para essa série de jogadas que envergonham nosso futebol.

Comentários (7)

Orlando 21 abr 2025

O Brasil em tudo a corrupção destroi todos que assume a CBF ou uma federação estadual querem se perpetuar no poder e isso não é democratico,José Vanildo à décadas estar gerindo o futebol potiguar e hj vive essa lástima

Ricardo Cunha 16 abr 2025

Vergonha

Alex 16 abr 2025

Duvido muito que mude alguma coisa, ,precisa de um choque maior, por exemplo a seleção não classificar pra uma copa do mundo ou ir a coparticipação ser eliminada na primeira fase.

de Fátima veras 16 abr 2025

@Marcus Aragão sempre genial,qdo escreve ou qdo descreve, uma situação! No Brasil,infelizmente, nada merece credibilidade...nem o futebol!

Romulo Leite 16 abr 2025

Bom, não há “futebol” ou “esporte” nesta seara!… Por estes meandros, navegam os mesmos “barcos judi$!@r!&$” tão presentes na tutela e domínio das ditas instituições que não existem por aqui… sobra apenas “pão e circo” de papel, sem bola ou artilheiro que justifique um ingresso…

Flávio 16 abr 2025

Bela jogada, Marcus , vamos ver se conseguimos virar esse jogo

José 16 abr 2025

👏👏👏👏👏

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Da Elegância à Baixeza: Reflexões sobre a Postura Política no Caso Bolsonaro. Por Renato Cunha Lima

Quero iniciar este texto parabenizando a postura republicana da governadora Fátima Bezerra no atendimento ao ex-presidente Bolsonaro, que passou mal no interior do Rio Grande do Norte. O governo estadual agiu com presteza, inclusive disponibilizando um helicóptero para o socorro.

Um episódio marcante na trajetória política da governadora, que, enquanto senadora, ocupou a mesa diretora do Senado ao lado de outras duas senadoras para impedir os trabalhos da Casa. A cena, considerada constrangedora por muitos, incluiu a governadora comendo um bife em uma quentinha.

A falta de educação é algo que sempre “teje” presente na conduta pública dos petistas potiguares e, diferentemente da inédita postura elegante da governadora, os seus companheiros, Fernando Mineiro, Isolda Dantas e Samanda Alves, não a acompanharam e não pouparam o ex-presidente com ironias e ofensas.

As falas precisam ser adjetivadas como, no mínimo, canalhas, abjetas e inaceitáveis para o debate público, com ironias e deboches contra um adversário político que precisou passar por 12 horas de uma cirurgia complicadíssima, em decorrência de um atentado a faca sofrido em 2018 por um militante de esquerda.

Para ficar claro que não devemos tolerar essa sujeira no debate público. Igualmente canalhas foram as piadas, sem nenhuma graça, sofridas por Lula em razão do falecimento de seu neto ou em relação aos seus problemas de saúde, com a diferença de que, nestes episódios, não vimos políticos e figuras públicas adotarem essa postura abjeta.

Volto a dizer: o passado das personagens diz muito sobre elas. Uma é conhecida pelo temperamento destemperado, acumulando gritos e discussões com colegas parlamentares. Do outro, dizem na cidade que iniciou sua militância política invadindo e defecando na mesa do reitor da UFRN. Já a novata demonstra agora que possui o mesmo perfil.

Por fim, diante de tudo isso, com o objetivo de servir como lição, apaziguar o país e promover respeito e urbanidade no debate público, é imprescindível que os políticos citados sejam prontamente processados pelo crime de injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal.

 

Foto: CNN

Comentários (3)

Araújo 18 abr 2025

Milagres acontecem. Parabéns Governadora por este lapso de civilidade

Marília 15 abr 2025

👏👏👏👏👏👏

Araújo 18 abr 2025

Milagres acontecem. Parabéns Governadora por este lapso de civilidade

HENRIQUE JUNQUEIRA 15 abr 2025

Relativamente à cessão do helicóptero e apoio médico, seria o mínimo obrigatório e nada de louros à governadora por isso. É a RES pública, sob administração do Estado e, por ora, na responsabilidade dela. Os bens em comento não são propriedades dela. Sobre comentários desairosos de ambos os lados, é a constatação inequívoca do analfabetismo acadêmico e moral de uma sociedade que pouco se importa com esses valores.

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O Tabuleiro da Direita no RN para 2026. Por Aragão.

Com a aproximação das eleições estaduais de 2026, o campo da direita ou da quase direita no começa a se movimentar com mais nitidez. Alguns nomes despontam como os principais protagonistas desse tabuleiro: Rogério Marinho, Álvaro Dias e Ezequiel Ferreira. Cada um representa uma vertente distinta: o ideológico, o gestor e o articulador institucional. E, à margem desse triângulo central, um nome tenta permanecer no jogo — mas foi uma peça comida pela esquerda: Alysson Bezerra.

— Rogério Marinho: o comandante da direita ideológica.

Senador da República, ex-ministro de Bolsonaro e autor da Reforma Trabalhista, Rogério Marinho é hoje o nome mais consolidado da direita no RN. Com discurso técnico, experiência administrativa no governo federal e apoio direto do bolsonarismo, tornou-se o candidato natural de uma base fiel e bem estruturada.

Tem o respaldo do PL, influência no interior, prestígio empresarial e fala direta ao eleitor conservador. Seu perfil, porém, é mais racional do que popular, o que pode limitar sua projeção fora da bolha ideológica. Se o cenário for de confronto, ele cresce. Se for de moderação, precisará construir pontes.

— Álvaro Dias: o ex-prefeito que busca projeção estadual.

Álvaro Dias encerrou seu mandato como prefeito de Natal no fim de 2024, deixando a gestão com boa avaliação e um capital político relevante, especialmente entre servidores públicos, idosos e o eleitorado conservador urbano. Agora, fora do cargo, articula sua possível candidatura ao governo do estado.

Seu maior ativo é a popularidade consolidada na capital, onde liderou uma administração marcada por estabilidade, investimentos e moderação. No entanto, para ser competitivo em 2026, precisará romper o isolamento geográfico e político, construindo alianças fora da Grande Natal e se posicionando com mais clareza no cenário estadual. Se conseguir isso, pode surpreender.

— Ezequiel Ferreira: o nome do sistema.

Presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira é o fiel da balança. Com ampla capilaridade no interior, forte influência entre prefeitos e um discurso institucional, apresenta-se como pragmático, agregador e “pró-RN” — acima de ideologias.

Apesar de ser do PSDB, Ezequiel tem sido um aliado funcional do governo Fátima Bezerra, garantindo a governabilidade sem se alinhar ideologicamente à esquerda. Seu nome é cogitado como possível candidato ao governo com apoio do sistema estadual — ou até mesmo como alternativa da própria governadora, caso o PT não tenha nome viável. Ele representa moderação, estabilidade e articulação — três moedas políticas importantes em tempos de radicalização.

— Allyson Bezerra: a peça isolada no tabuleiro.

Em “Uma cilada para Allyson Bezerra?” Artigo que escrevemos em fevereiro, analisamos como a aproximação institucional entre o prefeito de Mossoró e o governo estadual poderia ser uma armadilha cuidadosamente desenhada. À época, levantamos a hipótese de que a esquerda usaria sua imagem até o momento em que se tornasse mais vantajoso descartá-lo — justamente quando o desgaste com a direita fosse visível.

Esse movimento se confirmou há poucos dias.

Recentemente, Raimundo Alves, chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado, declarou publicamente que o PT não apoiará Allyson Bezerra como candidato ao governo em 2026. A fala veio após meses de gestos sutis de aproximação entre Allyson, Fátima e até Lula, como recepções institucionais em Mossoró e acenos em eventos públicos.

O recado foi claro: ele não pertence a nenhum dos lados. Desgastado com a direita, rejeitado pela esquerda, Allyson entra em 2025 como uma peça que saiu do tabuleiro e agora deve esperar uma nova partida começar em 2030.

— Que comecem os jogos.

Foto: reprodução

Comentários (6)

Orlando 21 abr 2025

Esse Ezequiel pra mim é o político mais sem futuro desses q estão aí, ele e Robson farias hj são um dos piores

Claudia 15 abr 2025

Esclarecedor

de Fátima veras 15 abr 2025

Tudo muito bem esclarecido!

Romulo Leite 15 abr 2025

Lamentável que os citados além do Rogério Marinho sejam por aqui considerados algo próximo do conservador , próximo da direita de fato. Nenhum dos três sequer projeta uma leve semelhança com os valores conservadores… Enfim, apenas traduzem o Estado em si, isso sim não posso negar. Ótimo dia!!

Tobias Costa 15 abr 2025

Concordo plenamente. Alysson já é carta fora do baralho.

AGOSTINHO 15 abr 2025

Excelente análise da atual situação. Espero maturidade e união para entrar nessa campanha forte.

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Cristiane Dantas questiona o governo sobre a renovação do monopólio da Cosern. Por Aragão.

Sergipe, o menor estado do Brasil, tem três distribuidoras de energia elétrica em operação e pratica menor tarifa que o RN: R$ 0,66 por kWh. Isso mesmo: um estado pequeno, com menos recursos naturais, paga menos porque tem mais concorrência. Enquanto isso, o Rio Grande do Norte — líder em geração de energia solar e eólica — enfrenta uma das tarifas mais caras do país: R$ 0,74 por kWh (sem impostos).

Outros estados reforçam essa lógica. Paraná, com cinco distribuidoras, tem tarifas a partir de R$ 0,520. Santa Catarina, com 26 distribuidoras, tem tarifas que partem de R$ 0,46. Rio Grande do Sul e São Paulo, ambos com 19 distribuidoras, também oferecem energia mais barata que a nossa. Até a Paraíba, vizinha direta, tem tarifa inferior à do RN.

— Um choque de realidade.

No RN, a Neoenergia Cosern opera sozinha há décadas. E agora, o contrato de concessão pode ser renovado por mais 30 anos, sem exigências de contrapartidas e com o apoio do governo estadual — apesar de a renovação ser formalmente responsabilidade da União.

Foi esse cenário que motivou a deputada estadual Cristiane Dantas a protocolar um requerimento à governadora Fátima Bezerra. Ela cobra explicações formais sobre o apoio à renovação do contrato com a Cosern, questiona a ausência de audiências públicas, solicita a apresentação de estudos técnicos e quer saber se há exigência de metas tarifárias, investimentos ou melhorias nos serviços. Entre os questionamentos, está também a possibilidade de abertura do setor à concorrência, como ocorre em outros estados que hoje pagam menos pela energia elétrica.

A energia elétrica não é apenas um insumo. É o que liga nosso Estado, aquece a economia e impulsiona o desenvolvimento. Tratar sua concessão como um assunto técnico, sem escuta pública, é uma escolha política — e, como toda escolha política, precisa ser debatida.

A deputada acendeu a luz. Agora, cabe aos potiguares decidirem se vão aceitar mais três décadas de monopólio sem questionar — ou se vão continuar pagando a conta.

Fonte Aneel

Comentários (8)

Henrique Junqueira 07 maio 2025

Na boa? O que esperar de um governo petista? Parabéns aos simpatizantes. Do ovo, passando pelo café e chegando na energia, água e esgoto... Acho que ainda é somente o começo...

José Araújo 13 abr 2025

Excelente

Albanisa 13 abr 2025

O meu duplo parabéns a Deputada Cristiane Dantas e a você Aragão que nos trouxe esse importante tema aqui no seu blog alguns dias atrás. E vamos acreditar que o RN colherá bons frutos com essas iniciativas.

AnaMaria 13 abr 2025

Parabéns a deputada Cristiane Dantas pela sua iniciativa. O RN precisa de alguém como vc para enfrentar esse monopólio que vivi nossa terra.

São Tomé 13 abr 2025

Só acredito vendo alguma mudança pra melhor no RN

de Fátima veras 13 abr 2025

Enfim ,alguém p se mexer!

Romulo 13 abr 2025

Excelente iniciativa… demorou!.. Por isso, ainda mais urgente deve ser seguida por toda a “casa”, de histórico tão inerte!!

Claudia 13 abr 2025

👏👏👏👏👏

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Bolsonaro entre a cruz e a espada Por Aragão.

Nada é mais importante na vida de um homem do que sua liberdade e sua saúde — e essas duas questões seguem ameaçadas na vida de Bolsonaro. Ontem, o STF abriu ação penal contra o ex-presidente e mais sete réus. Não é fácil para ninguém enfrentar um julgamento onde a suposta vítima também é juiz e relator da ação. — Você já imagina o veredicto? Eu também.

Também ontem, sua debilitada saúde voltou a preocupar. Bolsonaro foi obrigado a interromper sua viagem pelo interior do RN e se hospitalizar. Já foi um milagre seu corpo ter resistido a uma brutal tentativa de assassinato, quando um radical da esquerda apunhalou o ex-presidente no abdômen. — As sequelas serão eternas.

Repare que a questão da facada nunca será uma página virada. Sempre retorna a preocupar. É como se Adélio Bispo ficasse à espreita, aguardando o desfecho.

Bem, paralelamente a tudo isso, têm-se as eleições presidenciais que se aproximam. Essa questão não é tão paralela assim, pois pode estar envolvida nas duas situações anteriores. Ora, se a direita se unir em torno de um nome forte e vencer as eleições, o novo presidente poderá iniciar as mudanças no STF, o que tornará possível alterar futuramente qualquer veredicto que se aproxima. E sem essa ameaça à sua liberdade, a saúde tende a responder com mais pujança.

Como fica difícil desejar um julgamento justo pela frente, termino desejando uma excelente recuperação — tanto para Bolsonaro quanto para a direita nas próximas eleições presidenciais.

— Bolsonaro segue entre o martírio de carregar a pesada cruz do sofrimento físico e a espada vingadora de Themis. 

Oremos.

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RN. Nosso Estado de insegurança — Por que os assassinatos dispararam? Por Aragão.

Você tem medo de usar o celular na rua? De andar sozinho numa calçada à noite? De dirigir de madrugada, mesmo que só vá até a farmácia ou buscar alguém no aeroporto?

Você não está sozinho. A população do RN está vivendo com medo — e não é para menos.

Nos três primeiros meses deste ano, o número de assassinatos cresceu 45% em Natal. Saltamos de 42 mortes violentas no início de 2024 para 61 assassinatos no mesmo período de 2025. E esse dado não está solto: ele reflete o que você sente no peito quando seu filho demora cinco minutos a mais no trajeto da escola ou quando se lembra da última vez que foi assaltado.

Não é só a sensação de insegurança — é a insegurança de verdade.

É o crime organizado avançando onde o Estado recua.

É a polícia enxugando gelo enquanto as facções ditam as regras.

É o comércio fechando mais cedo.

É o bairro onde já não se senta mais na calçada.

O RN virou um estado à parte. À parte da segurança. À parte da justiça. À parte da paz.

E se não nos movermos agora, corremos o risco de normalizar o inaceitável. O absurdo virando rotina.

O Governo fez alguma coisa pela segurança mas falta muito, mas muito mesmo para voltarmos a ter nosso estado de tranquilidade.

 

Comentários (7)

Orlando 21 abr 2025

Um país governado pelo PT,o estado governado pelo PT,o presidente um ex presidiário o STF hj é um partido político em fim um sistema todo aparelhado pra favorecer o crime a corrupção.

Romulo 11 abr 2025

Fato… no entanto, desconheço o que este (des)governo teria feito no intuito de garantir qualquer segurança ou tranquilidade ao Estado. Ao contrário, parece óbvia a conivência e estímulo à impunidade e escalada da violência!

Ailton 11 abr 2025

Com a atual governadora nada teria de diferente. Pior é ter que ficar ouvindo propaganda enganosa nas rádios locais e na TV dizendo mentiras. Desinformando a população.

de Fátima veras 11 abr 2025

Foi o governo q deixou a insegurança se instalar. Não tenho esperança de q isso mude!

de Fátima veras 11 abr 2025

O governo não vai fazer nada! Foi esse mesmo governo q deixou a insegurança se instalar. Não tenho esperança!

Marília 11 abr 2025

U👏👏👏👏👏👏

Leonardo 11 abr 2025

O problema não é a polícia. A polícia prende e a justiça solta. O problema, no Brasil todo é a justiça frouxa com a bandidagem. Tem que pressionar o judiciário e o legislativo.

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O Bingo, a Porrinha e o Beijo no C*. Por Aragão.

Antes da porrinha, vamos falar do bingo. O penúltimo presidente dos EUA, o Biden, provavelmente já está no bingo. Aliás, ele deveria ter ido marcar suas cartelas antes mesmo de entrar na Casa Branca — não tinha a menor condição de ser presidente da América. Imagino-o gritando “bingo” aleatoriamente e rindo com os amigos — “Não foi dessa vez!”. De vez em quando, levantaria as sobrancelhas com um ar de espanto feliz. Colocá-lo na presidência foi uma temeridade.

Por outro lado, Trump parece estar jogando porrinha com o mundo. A imagem que se forma é que está meio bêbado, com um palito no canto da boca, blefando com o punho fechado. Um caju mutilado balança no pires branco no Salão Oval, enquanto uma lapada de cana translúcida aguarda resignada.

Trump blefa, grita e diz que os outros jogadores querem beijar seu c*. Isso não é metáfora — ele falou mesmo. E quando todos estão espantados, ele dobra as apostas. Só que o que está em jogo é a estabilidade do mundo — garantida, em grande parte, pelo comércio internacional. Essa tensão global, aliás, já esteve presente no período que antecedeu as duas últimas grandes guerras.

Mas voltando à porrinha: Trump não tem receio de virar a mesa e começar o quebra-pau no bar.

Entre uma rodada e outra, vai ao banheiro e volta reclamando da força da água — “Passei 15 minutos tentando molhar meu cabelo”. Isso também não é metáfora. Ele falou mesmo. E ontem, dia 9, aprovou um ato para aumentar a pressão da água nos EUA.

As pessoas que assistem a essa partida sabem que isso não vai terminar bem. Uma rodada pode até acabar tranquila, mas outra começa — e ninguém sabe como pode terminar.

— Lona.

Por aqui, sigo apostando que um grande presidente para o Brasil chegará em 2026: Tarcísio de Freitas.

Foto: AP

Comentários (5)

Flávio 13 abr 2025

Uma temeridade o q está acontecendo! Você, sempre objetivo, mas hoje também sarcástico, mostrou bem como pode acabar esse jogo.

Ricardo Cunha 10 abr 2025

Como de praxe, direto ao ponto.

Albanisa 10 abr 2025

Aragão, você como sempre é muito assertivo em suas exposições tão bem argumentadas. O que me impressiona é que esse "maluco sem beleza", já afirmava que faria tudo isso em sua campanha eleitoral. E mesmo assim, foi eleito.

Thiago Lima 10 abr 2025

Sou de direita mas esse Trump exagera.

de Fátima veras 10 abr 2025

Preocupante! Mas o texto está otimo👏👏👏😁😁😁😁

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A Casa Durval Paiva e o Dia Mundial de Combate ao Câncer.

Hoje, é o Dia Mundial de Combate ao Câncer e no Brasil, o câncer ainda é a doença que mais mata crianças e adolescentes — perdendo apenas para os acidentes. Mas, ao contrário de muitos acidentes, o câncer infantojuvenil tem uma aliada poderosa: a detecção precoce.

O problema é que, muitas vezes, ela chega tarde. Os sinais iniciais são silenciosos: uma febre que não passa, manchas pelo corpo, dores ósseas, cansaço fora do comum. Sintomas que se confundem com os de doenças comuns da infância — e que, por isso mesmo, podem ser ignorados até ser tarde demais.

Cerca de 130 novos casos surgem todos os anos no Rio Grande do Norte. Muitos poderiam ser diagnosticados antes, aumentando as chances de cura, que chegam a 80% quando o tratamento começa no tempo certo.

É aí que entra a importância de iniciativas como a Casa Durval Paiva. Referência nacional no acolhimento e apoio a crianças com câncer e doenças hematológicas, a instituição transforma estatísticas em esperança. Enquanto muitos olham de longe, a CDP cuida de perto — oferece apoio psicológico, social, pedagógico e, acima de tudo, humano.

Mas essa não é uma missão exclusiva da Casa. A responsabilidade é coletiva. Pais, professores, médicos, dentistas, cuidadores — todos precisam estar atentos. Cada dia conta. E informação, neste caso, é remédio.

Neste mês do Dia Mundial de Combate ao Câncer, que a solidariedade vá além do símbolo. Que vire atitude. Que desperte em todos nós a urgência de cuidar do que realmente importa: a vida.

Comentários (1)

Romulo 08 abr 2025

Um tema pertinente e de mais que oportuno debate. Parabéns por resgatar.

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Tarifaço de Trump? E o Tarifaço no RN? Por Aragão.

Sergipe, o menor estado do Brasil, tem três distribuidoras de energia elétrica e paga uma tarifa bem menor que a nossa: R$ 0,666. Já a Neoenergia Cosern, que detém sozinha a distribuição de energia no RN, cobra uma das tarifas mais altas do país: R$ 0,744 por kWh (valor base, sem impostos) — Que tarifaço!

Em Santa Catarina, com aproximadamente o dobro da nossa população e 26 distribuidoras, a tarifa parte de R$ 0,468. No Rio Grande do Sul, com 19 empresas, começa em R$ 0,413. Até mesmo a Paraíba, com apenas uma distribuidora, cobra menos: R$ 0,588.

— Por que temos que perder sempre?

Não conseguimos atrair indústrias que poderiam reduzir o desemprego e gerar renda. Nossas escolas seguem com estrutura defasada, professores que se desdobram para ensinar e alunos enfrentando uma realidade sem perspectiva. A insegurança se espalha pelos bairros, com facções disputando território à luz do dia. O Estado já não dita regras — apenas assiste ao avanço do medo.

— E quando pensamos que não dá pra piorar, vem aí a renovação do monopólio.

O Governo do Estado demonstra interesse em renovar, com dois anos de antecedência, a concessão federal que garante o monopólio da Cosern por mais três décadas. O contrato atual só vence em 2027, mas uma antecipação garante uma contrapartida estimada em quase R$ 2 bilhões. Será esse movimento eleitoreiro? O objetivo seria influenciar as eleições para o Senado e Governo com esse recurso?

O RN vem se transformando num estado cada vez mais hostil. A economia, a saúde, a segurança e a educação falam por si. Mas essa hostilidade parece seletiva. Uma empresa gigante, como a Cosern, segue com o privilegio do monopólio, enquanto a população segue pagando a conta.

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Franciedny Valentim 11 abr 2025

É realmente um absurdo o que vivenciamos no RN. Um dos estados mais ricos em energia renovável do nordeste. O monopólio do setor pela COSERN e a ganância dos nossos governantes em querer taxar cada vez mais o trabalhador e as empresas. Causando um rastro de má gestão e corrupção que se alastrarão por décadas.

Orlando 10 abr 2025

Só o quê esse governo faz é taxar,mais não quer ser taxado

Orlando 10 abr 2025

Segundo estudos o RN é o terceiro estado mais rico da região e quê vemos é miséria,tanto imposto e não vemos resultados pra população

Carlos Sena 08 abr 2025

Obrigado, Marcus Aragão, por transmitir para todos nós, o resumo do que há anos nosso Estado perde, para demais Estados. Até quando, RN????

de Fátima veras 08 abr 2025

A mais ,só temos o q é desfavorável à população!

Joan 08 abr 2025

E o tarifaco do fracassado Haddad?

Marília 08 abr 2025

👏👏👏👏👏👏

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