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A Briga. Por Aragão

Nem as lutas de Tyson ou Popó mobilizaram tanto nossa cidade quanto esta entre o praticante de jiu-jitsu e o motoboy. Antes de começar o artigo, quero deixar claro que o lutador errou, pois a violência não é uma opção — sugiro ao caro leitor reler essa frase para que não esqueça até o final da leitura.

Como todos nós somos defensores da paz, independentemente de sexo, cor, religião ou condição social, tenho certeza de que nos uniremos ao longo deste texto. Ora, já concordamos que o Vitor errou, pois, independentemente do que o motoboy fez ou deixou de fazer, um erro não justifica o outro. E, em decorrência disso, estimularmos a violência seria cometer o mesmo erro do Vitor. Ao meu ver, quebrar o portão do prédio que não é de Vitor, e, mesmo que fosse, ainda assim, é uma manifestação de violência, e todos nós, defensores da paz, condenamos. Manifestações de ódio na internet também não condizem com um movimento pacífico.

Acho importante registrar que a terceirização da culpa do Vitor para quem quer que seja é injusta, inclusive para uma academia. Afinal, culparemos as faculdades de direito se um advogado se tornar corrupto? Condenaremos as escolas de tiro se algum aluno, por ventura, cometer algum crime com sua arma? Ou ainda, processaremos o restaurante onde um cliente bebeu antes de dirigir? Não! Seria injusto. Enfim, somos adultos e devemos responder pelos nossos atos. A academia desligou o aluno e isso é suficiente.

— Vamos ajudar o motoboy Jonny.

É espetacular a mobilização de todos para ajudar o Jonny na vaquinha virtual que o Luciano Huck lançou recentemente — já ultrapassou os 100 mil reais. Isso é sensacional, espero que seja só o início. Ele merece e é sempre gratificante poder ajudar quem precisa. Por outro lado, a escalada da polêmica para acabar com a vida profissional do Vítor pode ser um exagero, um excesso. Vitor errou? Sim! Por isso mesmo está sendo processado. Certamente pagará na justiça pelo erro e também perante a sociedade, através da grande exposição.

— Não queremos caça às bruxas. Queremos justiça.

O caso foi amplamente noticiado na mídia, já foi realizado exame de corpo de delito e colhidos depoimentos de ambas as partes. O processo deve correr naturalmente e, com a comoção nacional, não há possibilidade de ficar impune. Entretanto, essa pressão pelo cancelamento do Vítor começa a se tornar uma extensão da briga. Está na hora de lutarmos pela paz, de focarmos no que interessa, que é ajudar o Jonny. Vitor errou e pagará na justiça por isso. Lutar para prejudicar sua profissão significaria ampliar a briga e atingir também sua família — que é totalmente inocente e não merece pagar por isso. A paz que queremos no mundo depende de todos nós.

— Vamos em paz e que o Senhor nos acompanhe.

Comentários (15)

Milena 20 fev 2025

Perfeito! Coerente em tudo, parabéns.

Sandra Rufino 20 fev 2025

Parabéns, falou tudo!!👏🏼👏🏼👏🏼

Felipe Alexandre Leite 20 fev 2025

Que o texto sensibilize os moralistas de plantão. Parabéns Aragão!

Albanisa 20 fev 2025

PAZ! É o que está faltando no mundo.

Diogo 20 fev 2025

A história é a verdade que prevalece no tempo!!! Não quer dizer que seja a real verdade! Lembrando que quem se defende não é violento se reprime violentamente injusta agressão!!!

Márlon 20 fev 2025

Excelente texto para reflexão 👏👏👏

Marcelo 20 fev 2025

Excelente artigo... talvez a pior parte de todo este acontecido seja a onda de violência que foi comentada agora. Seja ela física, verbal, digital e patrimonial. Percebe-se também, como é impressionante à velocidade com a qual uma pessoa fica famosa nos dias de hoje, graças às mídias sociais (falo sobre ambos envolvidos). Porém, o que também impressiona, chegando a ser bizarro, é como os canais de publicidade (repórteres, blogs, influenciadores, etc.), assim como advogados (os de profissão e os da Internet) abraçam uma causa deste tipo com uma única versão do ocorrido. Sabe-se que em confrontos como este, existem 3 versões: a de cada um envolvido e a verdadeira; aquela que apenas vídeos e testemunhas oculares poderão "provar".

Marco 20 fev 2025
Chico 20 fev 2025

A vida do motoboy já está feita. Vamos ter cuidado para não cairmos nas provocações pois todos vão querer ibope.

Jesus 20 fev 2025

👏👏👏👏👏

Fátima 20 fev 2025

Por mais textos assim. Vamos propagar a paz

Marília 20 fev 2025

Excelente texto. 👏

Fe 20 fev 2025

Situação muito difícil de julgamentos

20 fev 2025

Acho que os 2 erraram.

Carlos 20 fev 2025

Conheço esse rapaz e ele sempre foi tranquilo. Estranho tudo isso. Gostaria de ver as imagens desde o início.

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“Pena Justa” causa polêmica ao priorizar benefícios para detentos

O Plano Pena Justa, lançado pelo governo federal e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na última semana, continua gerando forte repercussão e polêmica.

A iniciativa, que propõe mudanças no sistema prisional sob a alegação de reduzir a superlotação e melhorar a ressocialização dos detentos, tem sido alvo de críticas por priorizar benefícios a criminosos enquanto a população enfrenta desemprego, inflação e uma sensação crescente de insegurança.

Entre as medidas mais controversas, o plano estabelece cotas obrigatórias para a contratação de presos e ex-presidiários por empresas que prestam serviços ao governo federal, além de permitir a redução de penas por meio de trabalho doméstico. Há ainda a flexibilização do uso de tornozeleiras eletrônicas e um pacote de incentivos para a reintegração de detentos, incluindo financiamento para educação e profissionalização.

A falta de mecanismos rigorosos de fiscalização levanta preocupações sobre o risco de que os recursos destinados ao programa acabem beneficiando facções criminosas, que controlam grande parte do sistema penitenciário.

O economista Pedro Fernando Nery apontou, em publicação na rede X, que o governo estaria “criando cotas para condenados em 60% dos contratos e permitindo a redução de pena por trabalho doméstico”, medidas que, segundo ele, chegam em um momento político crítico.

O cientista político Andrei Roman, CEO da Atlas Intel, também criticou o plano, alertando para a desconexão entre as prioridades do governo e o desejo da população.

“Diversas pesquisas mostram com clareza o que os brasileiros desejam: combater a impunidade de maneira firme e justa”, escreveu. Segundo ele, as medidas propostas pelo CNJ e pelo governo, ao invés de fortalecer a punição a criminosos, focam na redução de penas e em benefícios para detentos, o que pode ampliar a insatisfação popular e reforçar a demanda por uma política de segurança mais rígida.

Outro ponto de crítica é a inversão de prioridades. Em um país onde milhões de brasileiros enfrentam dificuldades para conseguir trabalho e educação, o Estado impõe cotas obrigatórias para detentos e financia programas exclusivos para presos.

O governo e o CNJ defendem o plano como uma tentativa de enfraquecer o crime organizado dentro dos presídios e reduzir a reincidência criminal.

O Plano Pena Justa estabelece mais de 300 metas até 2027, organizadas em quatro eixos: redução do encarceramento, melhoria da infraestrutura dos presídios, reintegração social dos detentos e monitoramento da execução penal. Estados deverão criar diretrizes próprias alinhadas à política federal, ampliando a abrangência da iniciativa.

Diante das críticas, parlamentares da oposição já indicaram que irão pressionar o governo a esclarecer como pretende evitar que o plano se transforme em mais uma porta aberta para o avanço das facções criminosas. Enquanto isso, a população segue cobrando medidas concretas para combater a criminalidade e garantir mais segurança nas ruas.

Fonte: O Antagonista

Foto: Policia Penal Paraná

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Lembrando os deputados que votaram a favor do aumento do ICMS. Por Aragão.

  • Não vou tomar muito seu tempo. Apenas devemos nos lembrar quem votou pelo aumento do ICMS. Não tem como esquecer pois a todo instante quando vamos comprar algo, é certeza que está mais caro. 

Além do mais, um estado sem memória não vale muita coisa — Um eleitor, então, nem se fala. Por isso vamos lembrar da votação inesquecível de 17 de dezembro?

Numa terça-feira de sol escaldante, os seguintes deputados fizeram o potiguar suar um pouquinho mais  — O ICMS subiu de 18% para 20% — o que equivale a 11,11% de aumento efetivo. Vale lembrar que quando o copo está cheio, qualquer gota esborrota — E todos nós estamos cheios de impostos até não poder mais.

Deputados que votaram a favor do Aumento:

Francisco do PT;

Isolda Dantas;

Divaneide Basilio;

Dr Bernardo;

Ubaldo Fernandes;

Eudiane Macedo;

Ivanilson Oliveira;

Neilton Diógenes;

Hermano Morais;

Kleber Rodrigues;

Vivaldo Costa;

Ezequiel Ferreira.

Anotou? Bem, vamos ajudar a preservar a memória da nossa gente. Compartilhe.

Foto: Eduardo Maia

Comentários (5)

Paula 19 fev 2025

Há quem os defenda. Fazendo parte das barbáries em série. Lamentável! Muitos desses oportunistas... O que eles querem mesmo? Dinheiro no bolso deles... E a população em extinção de uma moeda no bolso...

Romulo 18 fev 2025

Boa tarde, prezado! Lembranças sempre bem vindas, afinal todos os listados sem exceção mudam vestes e faces ao sabor do oportunismo continuamente… e por óbvio seguirão apoiando absurdos e os criticando ao sabor de suas ambições de momento… e quando for oportuno!

Fe 18 fev 2025

👏👏👏👏👏

Tiago 18 fev 2025

Osmar Terra, Bia Kicis, Gustavo Gayer, Nikolas Ferreira, Ricardo Sales, Marcel Van Haten, Bibo Nunes, Abílio Brunini, Zambelli.......chega. Sabem o que estes deputados federais votaram contra? Uma reforma tributária que é modelo em praticamente TODOS OS PAÍSES DESENVOLVIDOS e que resultará em ISENÇÃO DE IMPOSTOS SOBRE ITENS DA CESTA BÁSICA a partir de 2027. Já que o assunto aqui é " refrescar a memória" sobre assuntos que irão refletir diretamente no bolso do potiguar, sejamos justos... PAU QUE DÁ EM CHICO DA EM FRANCISCO

Patriota 18 fev 2025

Boa lembrança!

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Escolas off-line  — Por que celulares foram proibidos em sala de aula? Por Aragão

Por muito tempo, justificou-se o uso do celular como um instrumento pedagógico, uma forma de trazer a tecnologia para o aprendizado. Mas sejamos sinceros: quantos alunos realmente estavam assistindo videoaulas e quantos estavam no WhatsApp ou no TikTok?

O argumento da “educação digital” perdeu força quando os próprios professores passaram a perceber que os celulares estavam roubando o protagonismo da sala de aula.

Em vez de ouvirem a explicação do professor, os alunos estavam rolando a tela sem parar.

Em vez de interagirem entre si, estavam imersos em redes sociais, conversando com quem não estava ali. Em vez de enfrentarem os desafios da aprendizagem, estavam buscando respostas prontas no Google.

— Como competir com um universo inteiro dentro de uma tela?

A ciência já nos alertava há tempos. Pesquisas ao redor do mundo demonstram os impactos negativos do uso excessivo de celulares na escola:

Menos aprendizado, mais distração → Um estudo da London School of Economics mostrou que escolas que baniram celulares tiveram melhora de 6% no desempenho acadêmico dos alunos.

Menos criatividade, mais respostas prontas → Pesquisadores da Universidade de Stanford demonstraram que crianças expostas a telas excessivas têm dificuldades para interpretar expressões faciais e desenvolver empatia.

Mais ansiedade, menos interação → A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que adolescentes que passam mais de 3 horas por dia no celular apresentam maior risco de ansiedade, depressão e dificuldades de socialização.

Lívia, de cinco anos, costuma usar o celular desde pequenininha. Começou como uma estratégia dos pais para entrete-la enquanto faziam as tarefas domésticas. Mas acabou virando hábito: todo dia, ela abre o YouTube e vê um vídeo atrás do outro.

A rotina, no entanto, começou a preocupar os pais. Não só pelo que a pequena vê no celular, mas, principalmente, pelas reações dela quando está sem o aparelho. É o que conta a mãe de Lívia, a fisioterapeuta Bruna Rosa. Pesquisas traduzem em números o problema que ela vive em casa.

“Essa irritabilidade quando acaba a bateria do celular, quando a gente tira do celular porque acabou o horário (de usar o aparelho). Ou quando não pode pegar o celular naquele momento, ou não tem como pegar o celular naquele momento. Essa mudança de comportamento dela, de ficar mais estressada, mais agitada a gente começou a perceber que talvez ela estivesse passando para um nível de vício mesmo. De vício em telas.”

Ou seja, estamos criando uma geração cada vez mais conectada também aos problemas advindos do uso excessivo dos smartphones — além de ficarem mais desconectada do mundo real.

Noventa e cinco por cento das pessoas entre 9 e 17 anos acessam a internet. A grande maioria usa o celular para isso. 24% delas começam a usar a internet antes dos seis anos. Em 2015, esse percentual era de 11%.

O ambiente escolar precisa de foco, disciplina e troca real entre alunos e professores. Não há aprendizado profundo sem atenção plena. 

A ideia de banir o uso de celulares nas escolas acompanha mobilizações semelhantes de pais nos Estados Unidos e na Inglaterra e vem na esteira da decisão de países como Holanda, Finlândia e França, que aboliram o aparelho das salas de aula.

A proibição não significa um retrocesso, mas um passo necessário para que os alunos redescubram a arte de pensar sem distrações. A forma como as escolas irão proibir deve ser combinada com pais e alunos para evitar desgastes desnecessários. 

Porque no fim das contas, não estamos apenas proibindo um aparelho — estamos tentando resgatar o que foi perdido. Porque o mundo é on e off-line — o desafio será sempre equilibrar esses dois mundos.

E você, acha que ainda dá tempo?

Comentários (9)

Felipe leite 17 fev 2025

Difícil, mas ainda dá tempo.

Ana Lúcia 17 fev 2025

Essa abstinência vem depois de qq vício q e cortado. Mas, antes tarde do q nunca. Sofre um pouco agora, pra sofrer menos depois..

Jurema 17 fev 2025

Sensatíssimo 👏👏👏

Carlos 17 fev 2025

Pela saúde dos nossos filhos 🙏

Fe 17 fev 2025

Exatamente assim. Parabéns pelo artigo

Romulo 17 fev 2025

Argumentos fortes e interessantes. No entanto, considerando a origem da ideia, o meio de efetivação do projeto, e seu desenrolar até a aprovação e efetivação, ofereço um contraponto, também fundamentado em um sem número de ocorrências nos países citados e também por aqui: até onde ficarão os alunos privados de registrar e denunciar os assédios, ideológicos e de gênero, principalmente, daqui para a frente? E como pais e efetivos responsáveis pelas condutas em sala de aula ficarão ainda mais alheios do que realmente acontece em sala de aula nestes tempos sombrios? A refletir! Feliz dia!

Maria de Fátima 17 fev 2025

Ótima e necessária proibição, as crianças estão viciadas mesmo. Nesse momento estão em abstinência, algumas nem querem ir p a escola.

Maria de Fátima 17 fev 2025

Ótima e necessária proibição, as crianças estão viciadas mesmo. Nesse momento estão em abstinência, algumas nem querem ir p a escola.

Maria de Fátima 17 fev 2025

Ótima e necessária iniciativa. As crianças estão viciadas mesmo...nesse momento ,estão em abstinência!

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Recall da Stanley: Veja os modelos que devem ser trocados no Brasil

A Stanley publicou em seu site detalhes sobre o recall de peças defeituosas em garrafas térmicas da marca. O processo envolve dois modelos: a Switchback e a Trigger Action.

Em 18 de dezembro de 2024, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) tornou público que seria realizado o recolhimento de 401.211 produtos, sendo 290.125 canecas Switchback Travel e 111.086 canecas

Trigger Action.

Fonte: Isto é Dinheiro

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Com corte na Argentina, Brasil passa a ter maior juros reais do mundo.

O Banco Central da Argentina reduziu a sua taxa básica de juros de 32% para 29% ao ano, em meio a expectativas de inflação menor. Com isso, o Brasil assumiu a liderança do ranking de juros reais do mundo.

Com Selic a 13,25%, os juros reais no Brasil estão em 9,18% ao ano, conforme levantamento da MoneYou. Na sequência do ranking, agora estão Rússia, Argentina, México e Indonésia.

Leia mais em IstoÉ Dinheiro. Foto: Reprodução

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Eleições Unimed — Pela saúde da democracia. Por Aragão.

Realmente, não é para menos que a eleição da Unimed está movimentando toda a cidade. Afinal, é uma das maiores empresas do RN, com um faturamento de aproximadamente 1,3 bilhão de reais por ano, estando presente em grande parte dos lares do estado. As duas chapas que concorrem à direção da Unimed reúnem a excelência da medicina local, médicos reconhecidos pela sua competência em suas respectivas áreas de atuação.

Pois bem, sabemos que a atual gestão se mantém no poder desde 2017. Passados quatro anos, foi reeleita para mais quatro, totalizando oito anos na direção da cooperativa. Entretanto, pretende, vencendo as eleições, dar continuidade através da indicação do médico Ricardo Queiroz. O atual presidente, já teve a merecida oportunidade nesses dois mandatos, tendo tempo suficiente para implantar sua gestão.

Sem entrar no mérito das gestões, é salutar para a democracia e para as boas práticas de gestão em uma cooperativa a alternância de poder. Normalmente, a falta de alternância, em qualquer esfera de poder, independente do segmento, leva à estagnação administrativa e à concentração de decisões em um único grupo. Quando um mesmo grupo se mantém por muitos anos consecutivos no comando, o risco de acomodação, favorecimento interno e falta de diálogo pode se tornar evidente.

Com o passar do tempo, qualquer líder pode se tornar excessivamente confortável, perdendo a visão crítica necessária para continuar evoluindo e podem surgir dificuldades em manter a pluralidade de ideias — Desligar os microfones na Assembléia Geral dos associados não é um bom exemplo? Uma postura dessas, com plateia, nos permite imaginar que sem a audiência dos cooperados poderíamos ter ainda mais excessos?

É preciso fortalecer a confiança e a representatividade. A alternância garante que diferentes setores da instituição tenham a chance de participar da gestão, evitando que o poder se concentre sempre nas mesmas mãos. Temos que dar voz a novos grupos e perspectivas.

É natural que um sentimento de posse sobre a Unimed possa surgir após tanto tempo no poder. A mudança no estatuto, que postergou a eleição, para coincidir com a inauguração do hospital, levanta reflexões sobre o impacto que esses eventos podem ter no pleito.

Outra questão que não podemos esquecer, é que a melhoria da Unimed estaria comprometida pela fidelidade do candidato do continuísmo, o médico Ricardo Queiroz, à atual gestão? Talvez. Não seria natural o sentimento de gratidão pelo apoio recebido nessa eleição? O candidato da situação poderia ficar constrangido em evidenciar posteriormente qualquer ponto de melhoria que pudesse desagradar seu apoiador? Sabemos que existe essa possibilidade. Todos nós tememos parecer ingratos. Acredito que essas hipóteses são percebidas pelos médicos cooperados, pois a perspicácia e o olhar clínico fazem parte da profissão. O cooperado não sabe de tudo, mas sabe de muita coisa.

— A atual gestão era de difícil acesso? O cooperado sabe. 

— Havia alternativas aos dois anos de taxa extra? O cooperado sabe. 

— A postura de desligar os microfones de toda a audiência na assembleia geral foi um fato isolado do atual presidente? O cooperado sabe. 

— O Hospital Unimed, que ainda será inaugurado, poderia ser mais adequado a realidade da cidade para não comprometer a saúde financeira da cooperativa? O cooperado sabe. 

— A presença massiva na mídia justamente nas vésperas das eleições visa desequilibrar o pleito? O cooperado sabe. 

— O aumento na remuneração para algumas especialidades médicas nas vésperas da eleição foi mera coincidência? O cooperado sabe. 

Bem, o cooperado já deve saber em quem votar. Porém, antes de terminar, é importante lembrar que essa é uma eleição histórica, onde os cooperados devem se unir para passar uma mensagem clara a todas as futuras gestões. A Unimed Natal é uma cooperativa amplamente democrática, a favor de eleições claras e transparentes, onde todos os cooperados são iguais, têm o direito de serem ouvidos e podem ser candidatos quando bem entenderem — Seu voto será a sua voz.

A Unimed é livre! A Unimed é de todos os cooperados!

(Acompanhe nosso próximo artigo com perfis e propostas no Blog Marcus Aragão).

Comentários (11)

Maria de Fátima 16 fev 2025

"Cirúrgico".

Fatima 16 fev 2025

Comentario "cirúrgico".

Fatima Véras 16 fev 2025

Comentário "cirúrgico".

Antonimar 16 fev 2025

Finalmente alguém com coragem para falar a verdade.

Alex Fabiano Soares 16 fev 2025

Como cooperativa todos são donos, por tanto, não deveriam ter brigas por posição e sim contratar uma empresa para administrar os interesses da empresa. Onde os cooperados traçariam metas a serem atingidas, onde o conselho teria a função de fiscalizar e ser informada o andamento dos projetos. E a presidência da cooperativa seria rotativo, a cada 3 ou 4 anos, mudando a presidência, enfim uma opção para evitar o grande pecado do ser humano a vaidade. A administradora, cuidaria da parte comercial, com os parceiros terceirizados(corretoras e concessionárias de planos de saúde) e suas equipes de vendas os quarterizados, respeitando o que está na lei que regulou o sistema de planos de saúde, porque os médicos ( alguns, não todos) acha exagerado pagar uma comissão e premiações em dinheiro e viagens a quem vende o seu produto, enfim quem sabe a nova diretoria não faz mudanças!

Valentim 16 fev 2025

👏👏👏👏👏👏👏

85999412235 16 fev 2025

Me engana que eu gosto....

84999452346 16 fev 2025

Só firulas e mais firulas... quando usam o termo "democracia" para justificar determinados métodos ideológicos tá na cara para que serve toda esta política.

Albanisa 16 fev 2025

Eu sou radicalmente contra a reeleição em qualquer esfera organizacional. E eu acho interessante porque quem se submete a isso, faz um planejamento estratégico (PE) para ser cumprido em determinado prazo e depois justifica que o tempo não foi suficiente para dar conta do que planejou fazer. E já compromete o seu PE, porque vai precisar do dobro do tempo para fazer o que comprometeu. CHEGA DE CONTINUISMO!

16 fev 2025

Certissimo

Marília 16 fev 2025

👏👏👏👏👏

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Cada engarrafamento é uma carreata pedindo mudança. Por Aragão

Nossa parada obrigatória hoje são os engarrafamentos. Essa rotina irritante nos causa enormes prejuízos, que são diluídos ao longo dos dias, fazendo parecer menos bizarro do que realmente é. No entanto, continuamos pagando caro para ficarmos presos dentro de um carro ou ônibus.

Gastamos combustível e desgastamos peças dos veículos, como pastilhas de freio, câmbio e embreagem, simplesmente por nos arrastarmos pelas ruas. A tensão acumulada tem transformado motoristas pacatos em imprudentes e impacientes ao volante. E o pior: essa irritação se estende aos nossos relacionamentos em casa e no trabalho.

O desafio para a atual gestão é enorme. Mas, com planejamento e tecnologia, esse problema pode ser minimizado. Um exemplo disso é o Programa de Parceria Waze for Cities.

O Waze for Cities (WFC) permite que o aplicativo e cidades do mundo todo compartilhem dados para alcançar três grandes objetivos:

• Melhorar o planejamento urbano com base no tráfego em tempo real.

• Tomar decisões mais inteligentes sobre a infraestrutura viária.

• Aumentar a eficiência das operações diárias no trânsito.

Quem sabe uma parceria como essa não ajudaria a resolver problemas simples, mas que consomem horas de nossas vidas? Como, por exemplo, o desperdício de tempo em um semáforo de três tempos, onde o fluxo de um sentido é muito maior que o do sentido oposto. Seria justo que o semáforo se ajustasse automaticamente para liberar mais tempo ao lado com maior congestionamento. Mas essa é apenas uma ideia.

Natal está estressada e buzinando. Precisamos avançar! Precisamos urgentemente encontrar uma nova rota para recuperar o tempo perdido e seguir na direção do desenvolvimento sustentável.

Foto: Canindé Soares

Comentários (6)

admin 14 fev 2025

Obrigado, Albaniza.

admin 14 fev 2025

Verdade, Hernando. Obrigado pela participação aqui no blog

admin 14 fev 2025

Obrigado pela participação aqui no blog, Marcelo.

Marcelo 14 fev 2025

Deveríamos dar andamento no projeto e obras das trincheiras propostas para a Hermes da Fonseca

admin 14 fev 2025

Obrigado pela participação aqui no blog, Marcelo.

Hernando Paredes 14 fev 2025

Com sensores de frequência nos cruzamentos, os semáforos inteligentes calculariam o tempo de abertura e fechamento automático. A falta de etiqueta e senso de seguridade dos motoristas em Natal não permitem muitas coisas, como: cruzamento à esquerda estando em vermelho, o passo do motorista que está à direita nas vias sem semáforo; ninguém para ao chegar a uma rotatória para permitir a entrada a quem já chegou nele – o dizer é “eu entrei primeiro na rotatória então levo a via”, pouquíssimo respeito no cruzamento de pedestres, a tirania dos motociclistas. Natal é a única cidade onde o motociclista tem área para aguardar o semáforo em vermelho, ‘eles podem passar entre carros para ficar na frente. O pior de tudo é que não há vigilância: Os guardas em moto só passeiam sem ver as faltas arredor deles, os que estão a pé só aparecem durante eventos públicos e assim. Já deveria haver um grupo de estudo para desenhar as rotas para um metrô.

admin 14 fev 2025

Verdade, Hernando. Obrigado pela participação aqui no blog

Albanisa 14 fev 2025

O bom mesmo dos seus artigos é que além da análise, você apresenta alternativa de solução. Parabéns!

admin 14 fev 2025

Obrigado, Albaniza.

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Quem Com Greve Fere, Com Greve Será Ferido. Por Aragão

Vivi pra ver o governo do PT sentir na pele as ameaças de greves e paralizações. Deus é realmente um roteirista surpreendente. Ora, Ora, o Partido dos Trabalhadores, historicamente conhecido por sua origem sindical e sua defesa intransigente do direito à greve, agora se encontra no papel de alvo das mesmas mobilizações que um dia incentivou. 

No Rio Grande do Norte, professores da rede estadual estudam paralisar suas atividades e protestam por reajuste salarial, enquanto o governo, enfrenta o desconforto de lidar com uma categoria que, por muitos anos, foi sua base de sustentação.

— Uma postura reprovável do governo?

A governadora, professora de formação e ex-sindicalista, sempre teve a educação como uma de suas bandeiras. Em seus discursos, defendeu greves, marchas e mobilizações como instrumentos legítimos da classe trabalhadora para pressionar governos a cumprirem seus compromissos. Agora, do outro lado da mesa, precisa administrar as limitações orçamentárias e justificar por que não pode conceder o reajuste de 6,27% do piso nacional da categoria, conforme reivindicado pelos docentes.

— Segundo o IDEB, nosso ensino médio da rede pública já é um dos piores do Brasil — imagine com as greves.

Essa questão vem expor um dilema enfrentado por partidos de origem sindical: é mais fácil defender bandeiras na oposição do que conciliá-las com a realidade administrativa no governo. Agora, o PT precisa explicar por que aquilo que um dia foi “falta de compromisso com a educação” nos governos adversários se tornou uma necessidade de contenção de gastos em sua própria gestão.

— Será que uma greve dos professores fará escola e será seguida por outras categorias?

É bem provável que sim, pois os servidores do Detran aprovaram greve no RN a partir de 17 de fevereiro. — E agora? Se há um aprendizado nisso tudo, é que a coerência política é um dos bens mais difíceis de preservar quando se assume o poder. Os professores e os servidores do Detran que hoje protestam por melhores reajustes não esquecerão facilmente essa ironia do destino.

Foto: Reprodução da Internet

Comentários (9)

Lilian 14 fev 2025

Pois é... parabéns para quem colocou eles no governo, que na realidade é um total desgoverno. Que Deus nos guarde.

admin 13 fev 2025

Obrigado, Ricardo

Ricardo 13 fev 2025

Parabéns pela clarividência e objetividade do texto. Ser pedra é fácil. Difícil é ser vidraça.

admin 13 fev 2025

Obrigado, Ricardo

Albanisa 13 fev 2025

A Profa. do "gopi"

Nina 13 fev 2025

👏👏👏👏👏👏

Leandro Mendes 13 fev 2025

Pau que dá em Chico, dá em Francisco.

Michel Pipolo 13 fev 2025

A “lei do retorno” é implacável. A base de mudança de uma sociedade é a educação, que nos últimos anos retrocedeu em nosso RN. Se a principal bandeira da chefe do executivo potiguar está em situação de greve, olhemos também para segurança publica, saude, agricultura, infraestrutura e gastos públicos.

Marcela 13 fev 2025

O governo de Fatima nao demostra respeito nem pelos grupos que um dia ela pertenceu. O RN deverá entrar em greve generalizada, ja que a insatisfacao, atraso salarial e nao realizacao dos ajustes sao realidade desde o inicio dessa nova gestao da governadora. Trabalhar sem receber ela nao faz, mas quer que os outros o façam 🤷🏻‍♀️

Dr Jedra 13 fev 2025

Vc tocou na ferida da demagogia e cutucou o cão com vara grande e grossa.

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Líder do PL propõe isentar IR de quem recebe até R$ 10.000.

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), apresentou um projeto de lei nesta 3ª feira (11.fev) para isentar do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) quem recebe até R$ 10.000 mensais.

A proposta surge no momento em que o governo federal discute formas de compensação para a isenção do IRPF de quem recebe até R$ 5.000 por mês.

O projeto do deputado da oposição amplia a faixa para o dobro do que o governo propõe e estabelece o início da vigência para fevereiro de 2025, sem formas de compensação. “A defasagem na tabela do Imposto de Renda chega a 167,02% entre 1996 e 2024, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco)”, diz o líder na justificativa.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu na Câmara com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) no dia 5 de fevereiro, 4 dias depois da eleição da Mesa Diretora, para apresentar 25 prioridades, com ênfase na isenção do imposto de renda.

Na ocasião, ele disse que o ministério já tem desenhada a forma de compensação da mudança, mas que só falaria depois de autorizado pelo Palácio do Planalto. A medida é uma promessa de campanha de Lula.  Motta tem afirmado que a Câmara não irá mais votar aumento de impostos. O governo havia sinalizado que a compensação ocorreria por meio da taxação de quem recebe mais de R$ 50.000 por mês, mas há indícios de que a proposta enfrente resistência entre os deputados.

Fonte: Poder 360

Foto Sérgio Lima

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