A- A+

Nikolas, faz um vídeo aê!

Aliás, faz vários. Começa fazendo um vídeo mostrando que o Brasil gasta 50 bilhões de reais com emendas parlamentares — enquanto falta verba para segurança, transporte, saúde e educação. 

Falando em educação, muda o cenário, vai para frente de um colégio da rede pública e faz outro vídeo sobre os 12 milhões de analfabetos segundo o senso de 2022. 

Depois, veste a camisa da saúde e faz outro vídeo, pra fechar a primeira temporada, sobre o SUS. O caos dos hospitais e a falta de médicos, remédios e assistência digna aos que mais precisam. Não é por acaso que somos o 4° pior pais em saúde mental no planeta. 

Faz ainda um longa metragem sobre nossa economia. Onde os juros são coisa de cinema e a inflação estreia mais uma temporada por aqui. 

Respira um pouco para descansar, tomar um arzinho e continuar, poderia fazer um Vídeo sobre as queimadas da Amazônia. “Amazônia em chamas” é um bom título? Você poderia convidar o Leonardo DiCaprio e a Greta Thunberg para uma participação especial.

— Luzes, câmeras, corrupção!!!

Esse tema é tão imenso que lançaríamos uma série com infinitas temporadas. Do descobrimento aos dias atuais. Um episódio explicando como a metástase desse câncer vem devorando nosso pais e comprometendo o funcionamento de todos os órgãos. Uma série que arremataria todos os outros vídeos. Por que nosso Brasil é coisa de cinema e fica sempre na lanterninha?

Aproveitando a proximidade do Oscar, poderíamos fazer um especial com a Fernanda Montenegro lá em Caracas, Venezuela. “Ainda estamos aqui… esperando nosso país combater a ditadura na Venezuela”. 

— Nikflix? Que tal?

Quem sabe você inspira que os brasileiros façam vídeos mostrando o que deve ser mudado em nossa cidade, nosso estado e pais. Compartilhemos mudanças.

Você pode não Ganhar o Globo de ouro mas vai fazer o Globo inteiro olhar pra gente. 

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade
A- A+

Enem. E só tem medicina?

O Brasil vive um paradoxo. Enquanto o mercado de trabalho em diversas áreas sofre com a falta de profissionais qualificados, os melhores talentos acadêmicos continuam a se concentrar em um único campo: a medicina. Não se trata apenas de vocação, mas de uma escolha racional baseada em um cenário econômico desolador. Em um país marcado pela estagnação econômica, altos índices de desemprego e a precarização de diversas profissões, a medicina surge como uma das poucas áreas que ainda oferece segurança financeira e prestígio social. Mas que tipo de sociedade estamos construindo ao canalizar quase todos os esforços para uma única profissão?

A engenharia é um exemplo claro de como o Brasil tem desperdiçado talentos. Dados recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o Brasil tem um déficit de 75 mil engenheiros. Se investíssemos mais na indústria, entre tantas outras áreas, absorveríamos mais talentos. Afinal, uma indústria forte demanda mão de obra especializada, desde técnicos até engenheiros, cientistas e gestores.

— Brasil: Um país doente

O impacto dessa concentração de talentos na medicina vai além do mercado de trabalho. Ele afeta diretamente o desenvolvimento social e econômico do país. Quem vai desenvolver novas tecnologias? Quem vai educar as próximas gerações? Quem vai projetar as infraestruturas que sustentam uma nação?

Enquanto os melhores cérebros são direcionados para a medicina, a sociedade sofre com a ausência de talentos em áreas fundamentais. Isso cria um círculo vicioso: o Brasil continua dependente da importação de tecnologia e de soluções externas, enquanto suas próprias capacidades internas permanecem subutilizadas.

É evidente que o Brasil precisa de mais médicos, mas também é urgente que o país invista em engenheiros, professores, cientistas e tantos outros profissionais que sustentam o progresso de uma sociedade. A concentração de talentos em uma única área é o reflexo de um governo que não oferece alternativas e de uma economia que não inspira confiança.

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade
A- A+

Milei para presidente do Brasil.

Eis que, no meio da lama, do pântano populista em que anos de maldição peronista atolaram a Argentina em dívidas, assistencialismo barato e retrocessos, vemos, pouco a pouco, Javier Milei levantar o país. Ainda falta muito, demais mesmo. Mas, pelo menos, a mudança já começou.

— ¡Soy un león, no una oveja!

Em seu primeiro ano como presidente, Milei conseguiu reduzir a inflação mensal de 25% para 2,7%, estabilizar o dólar e recuperar a credibilidade do mercado argentino. Ao mesmo tempo, implementou o que chamou de “o maior ajuste fiscal da história da humanidade”, cortando 35% dos gastos públicos. Além disso, valorizou em mais de 40% o peso argentino. Nem tudo, porém, é um mar de rosas na Casa Rosada — a recessão cresceu como efeito colateral do remédio amargo, e há um custo social a pagar. E quem disse que seria fácil?

— ¡Es la Argentina, carajo!

Milei reduziu a quantidade de ministérios na Argentina de 21 para 8. Enquanto isso, o Brasil ostenta atualmente 37, o maior número da história recente. Essa estrutura gigantesca serve mesmo para atender demandas específicas ou é apenas moeda de troca para o Centrão?

Milei extinguiu o Fundo Eleitoral na Argentina. Enquanto isso, no Brasil, Lula sancionou a bagatela de 4,9 bilhões de reais para campanhas eleitorais. Entendeu?

— Quem será nosso Milei?

A coragem de Milei em enfrentar a máquina estatal inchada é um exemplo claro de que mudanças estruturais profundas são possíveis. Mas elas exigem um líder com visão, determinação e disposição para desagradar setores privilegiados.

O Brasil, agora mais do que nunca, precisa de um líder capaz de cortar privilégios, enfrentar corporações que travam o progresso e devolver ao cidadão a liberdade econômica e o protagonismo que o Estado não possibilita. Um líder que, como Milei, tenha o equilíbrio necessário para conjugar austeridade com crescimento sustentável.

Quem terá a coragem de carregar essa bandeira?

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade
A- A+

ARTIGO: CPI da Violência no RN, por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 08/10/21.

Existem as cidades violentas; as extremamente perigosas; as zonas de guerra; e Natal. Poliana lendo este texto deve achar exagero. Vamos ao tiroteio dos fatos.

Entre as 38 mil cidades do mundo, Natal é a 4ª cidade mais perigosa do planeta Terra e a mais violenta do Brasil, segundo o Word Population Review 2020.

— Se ficou duvidando, digite no google: World’s most dangerous cities.

O pior é que os quatro primeiros colocados estão próximos, enquanto que o quinto está mais distante. Isso quer dizer que podemos subir nesse ranking em breve.

  • 1o) Los Cabos, México (111,3 mortes por 100mil habitantes)
  • 2o) Caracas, Venezuela (111,2)
  • 3o) Acapulco, México (107)
  • 4o) Natal, Brazil (102,7)
  • 5o) Tijuana, México (84)

Para você ter uma ideia, a taxa de homicídios em Nova York é de 3,4 para cada 100 mil habitantes. Pronto. Agora você não precisa mais viajar para locais como o Rio de Janeiro e ficar com medinho de ser assaltado. Não precisa esconder relógio, celular e olhar para os lados. Pare com isso! Você é selva! É mais fácil terem medo de você, quando souberem que é de Natal.

— Deveríamos ter a CPI da violência?

Duvido muito. Apesar desses números, acredite, nosso efetivo da Policia Civil ainda está com déficit de quase 76% e a responsabilidade dessa falta de policiais é do Governo. Hoje, na Policia Civil, existem 980 agentes, 178 escrivães e 150 delegados. Totalizando 1.308 policiais para garantir a segurança de todo RN. Você talvez não saiba, mas deveríamos ter 5.150. O concurso que está em andamento oferece 350 vagas que não servirão nem para repor as aposentadorias.

E na PM? Hoje, dos 13.466 cargos da Polícia Militar somente 8.000 estão preenchidos, mostrando um déficit de 40%. Meu perplexo leitor, está entendendo porque não tem como reduzir os crimes se nem o básico nós temos? Claro que somente o acréscimo do efetivo não resolve. O problema é muito enraizado, amplo e complexo. É preciso investimentos em Educação, Políticas Públicas e muito mais. No entanto, sem polícia é impossível. Não vou falar do aparelhamento das polícias. Vou deixar com sua imaginação.

— É a economia, estúpido!

A frase cunhada por James Carville, estrategista político de Bill Clinton, durante a campanha de 1992 contra George H. W. Bush, deveria ser repetida para nossos políticos. Seja em NY, Rio de Janeiro ou Natal, a violência sempre é consequência da economia. Não é fácil morar em Natal, RN, Brasil. Não é só nossas vidas e pertences que perdemos com a criminalidade. A inflação tem roubado nosso poder de compra; a corrupção nos rouba a esperança; e as fake news nos roubam a verdade.

— É a eleição, idiota!

A situação deve piorar.

Uma educação que não ensina e está disponível para bem poucos devido a pandemia, trará resultados ainda mais desesperadores para a economia e, por conseguinte, aumentará a criminalidade.

Infelizmente, é mais fácil manipular as pessoas sem instrução. Outra coisa, Natal é cercada de favelas por todos os lados. Uma rota de fuga sempre próxima para bandidos. Desapropriar e remanejar parque local melhor? Nem pensar! No outro dia, apareceriam políticos caça-votos defendendo que a favela fique onde está. O politicamente correto também nos rouba soluções.

Não deve estar longe o dia em que as agências de turismo oferecerão opções de safari urbano, no qual os turistas testemunhariam nossa violência batendo selfies — protegidos dentro de carros blindados.

A situação não está assim por sua causa, assustado leitor. Mas depende de você ela continuar assim. Não é só nas urnas que você deve fazer sua parte, mas também nas redes sociais. Você já postou foto do seu chopp, do seu cachorro, do treino pago na academia, da sua roupa nova no elevador e do prato de macarrão. Agora chegou a hora de você pedir a CPI da Violência no RN. Temos que saber o porquê, entre 38 mil cidades no mundo, somos a 4a mais violenta. Por que o déficit enorme nas policias? Por que as audiência de custodia liberam tantos marginais? São tantos os porquês.

Por que você não faz alguma coisa?

Marcus Aragão
@aragao01

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade
A- A+

Marcus Aragão: Que história é essa de BG Prefeito?

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG gustavonegreiros.com.br EM 29/01/23.

Por Marcus Aragão.

Onde já se viu trabalhar na mídia, ser jornalista ou comunicador e querer ser político? Vimos no mundo inteiro. Podemos citar Winston Churchill, que foi correspondente do The Morning Post,  Sarah Palin, Al Gore, Café Filho, João Dória, Aluízio Alves, Agnelo Alves, entre muitos outros. Certo, mas BG também trabalhou vendendo sorvete, você sabia? Isso aos 10 anos de idade. Vendeu assinatura de revista, seguro de carro, seguros de vida (onde ganhou prêmio aos 13 anos de idade); organizou festas; foi dono de boate e casa de show, montou uma empresa de iluminação e; hoje, BG é referência em comunicação no blog, nas redes sociais e na rádio. — Aprendeu fazendo. E o fazedor sempre aprende mais pela prática do que num banco de faculdade. O sucesso nunca ocorre por acaso. É fruto da determinação e da vontade de trabalhar.

Vontade essa que faz com que já se lance candidato. Já começou a trabalhar. Há 20 dias montou um grupo multidisciplinar para estudar os problemas da cidade. Wagner Araújo (planejamento), George Gosson (turismo), Rodrigo Trigueiro (segurança), Cláudia Santa Rosa (educação), Luiz Roberto (saúde) e o professor Rubens Ramos (mobilidade e transporte). Também convidou um professor de contabilidade para fazer toda análise das receitas e despesas da prefeitura para entender mais a fundo a realidade financeira da cidade. Se reuniu com jornalistas, políticos e com a população para colocar a mão no pulso do eleitor. Afinal, a informação também é matéria prima para o prefeito.

Além da vontade, outra coisa que não pode faltar é coragem para fazer. Muitos políticos com receio de perder votos ou apoio político nada fazem. Assista um programa dele na rádio e decida se BG tem coragem ou não. Lançar-se candidato, agora, já é, em si, um ato de coragem. Como administrar nossa cidade sem coragem para consertar problemas tão recorrentes e enraizados — que simplesmente não são resolvidos para não incomodar A ou B. Entendedores entenderão.

Vamos em frente. Entrando, na questão política tanto a direita como a esquerda sabem que concentrar poder demais em um grupo político nunca deu certo. A esquerda está com a presidência e com o governo do Estado. Convém que até a prefeitura seja de esquerda? Claro que não. Então, tudo que você tem que fazer é escolher o candidato de direita. Mas quem? Carlos Eduardo??? Paulinho Freire???

Vamos fazer um balanço do artigo. Já falamos da profissão, da vontade de trabalhar, da coragem e, agora, da independência para governar. Não depender da politica é fundamental para ter autonomia. Imagino que o político profissional sinta-se ameaçado quando sabe que todas as suas fichas estão em jogo a cada eleição, a cada mandato. Procura sempre não incomodar ninguém. Não incomodar os eleitores, não incomodar os empresários e não incomodar a classe política. Esse é o manual do político covarde que apenas quer terminar seu mandato. Sabendo que não consegue fazer grandes coisas, o pequeno político quer apenas terminar seu mandato feijão com arroz. Quer um exemplo? Porque ninguém tem coragem nem de aparar o cajueiro de Pirangi? É em outra cidade, mas serve de exemplo. Medo. E o medo paralisa as obras que deviam sair do papel. Urbanizar a Via Costeira? Medo. Acredito que por BG ter o maior blog do estado e o programa de maior audiência da rádio é a garantia que poderá seguir seus princípios, pois não precisa viver da política. Eu, no lugar dele, não iria para a política.

Mas BG sempre se mostrou inconformado em ver Natal na lanterninha do Nordeste. Nada funciona. Nosso turismo é uma negação. Desde sempre vive dos eternos passeios nas dunas, e só. Ainda pega uma carona em quem vai para Pipa ou São Miguel do Gostoso e passa por aqui. Nossa orla é a mais feia do nordeste. Feia ainda é pegar leve. A violência da cidade nem se fala. O abandono da Ribeira? Da Redinha? Da Zona Norte? É, tem muito trabalho pela frente.

— Você não pode esperar resultados diferentes, agindo da mesma forma.

Não precisa ser Einstein para entender que não podemos votar nos mesmos candidatos de sempre. Todos os possíveis nomes até agora já tiveram sua oportunidade na política. Você quer mudança, porque a cidade precisa mudar. Natal já elegeu muita gente ruim que nem ao menos conhecia a cidade.

No meu ponto de vista, esse artigo resume o porquê dessa história de BG prefeito — É uma história de trabalho. Uma história do cara que começou vendendo sorvete e que hoje informa nossa população todos os dias e tem o sonho de fazer a cidade do sol brilhar mais uma vez.
Vamos dar um voto de confiança.

Marcus Aragão.
Instagram: @aragao01

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade
A- A+

Artigo: Governo do RN nas Olimpíadas. Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NA TRIBUNA DO NORTE EM 28/07/24.

Marcus Aragão
@aragao01

Nosso governo continua batendo recordes olímpicos no revezamento com barreiras para a engorda. Começou com o IDEMA, depois a Procuradoria, seguindo com o MPF e termina com Natália Bonavides criticando a obra. Também está impressionando no salto à distância das decisões judiciais — lembremos da decisão judicial para desocupar o prédio do Diário de Natal e para liberar a licença para a engorda. Outro merecido destaque é na luta livre, com uma imobilização impressionante da obra na Ponte de Igapó.

Por outro lado, está bem longe de vencer os grandes desafios como o combate à fome, o desemprego, a violência e a melhoria no sistema de saúde. O despreparo é evidente, pois não conseguimos fazer o tempo mínimo. Uma engorda da praia de Ponta Negra é algo que deveria ser decidido em uma reunião de 20 minutos após analisar os fatos e a viabilidade — fique sabendo que somos o estado lanterninha.

Veja os estados que chegaram na frente e já realizaram engorda: Santa Catarina com Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Jurerê, Canavieiras e Praia dos Ingleses; Rio de Janeiro com Copacabana; Ceará com Praia de Iracema; e Pernambuco com a Praia Central de Jaboatão dos Guararapes.

— O Governo do RN ganha destaque também no nado contra a maré.

No jogo político, percebendo a relutância do governo em entrar em campo para liberar a obra, é inevitável chegarmos à conclusão de que, quando as melhorias na cidade não são sugeridas pelo time dos aliados, é bola para fora na certa. Além disso, precisam passar também por uma maratona para serem aprovadas — mas, por outro lado, a lamentável situação em que se encontra o RN pode caminhar livre como numa marcha atlética sob a torcida dos órgãos de controle.

Quando houver a coletiva de imprensa, como ocorre em toda olimpíada, gostaria de fazer algumas perguntas à dupla do nado sincronizado, Governo e Ministério Público, que tanto questionam os impactos da engorda, sobre os outros impactos que saíram da coreografia da dupla.

Qual o impacto da criminalidade na economia e na qualidade de vida do potiguar?

Qual o impacto da educação de péssima qualidade na infância das nossas crianças e nas próximas gerações?

Qual o impacto das estradas esburacadas para o turismo e para o desenvolvimento dos municípios?

Qual o impacto do sistema de saúde que não atende às demandas mínimas da população?

Vão ter que suar a camisa para responder.

Somos brasileiros e não desistimos nunca. Vamos continuar torcendo pelo nosso RN, pois fica a certeza de que ganharemos ao menos uma medalha de ouro na ginástica que fazemos para sobreviver.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade
A- A+

ARTIGO: Morro do Careca. O RN está com uma doença autoimune? Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 07/07/24.

Tremores na democracia com a invasão do prédio do Diário de Natal, estradas com erupções, empresas falecendo, calafrios na educação e a violência fazendo o nosso estado sangrar. Esses são apenas alguns sintomas enfrentados pelo nosso Estado de sofrimento.

Agora, vemos o Morro do Careca se esvaindo e continua sem atendimento. Como se esperasse numa urgência e não pudesse ser atendido. É preciso uma licença para ser atendido.

— Não adianta o Estado nadar, nadar e o Morro do Careca morrer na praia.

Vamos explicar o que é uma doença autoimune — é quando o sistema que deveria proteger nosso organismo, ataca erroneamente as próprias células e tecidos do corpo. Seria isso que está acontecendo em nosso estado? Autoridades que deveriam proteger nossa terra, trabalham justamente contra?

— IDEMA, dá licença? Queremos salvar o Morro do Careca!

Talvez seja realmente por conveniência política que o governo parece não cooperar. Não é por maldade. Mas por uma percepção errada do que faz bem para nossa gente. Creio que nossas autoridades pensam que estão fazendo o correto, o certo, o melhor para nosso Estado de arrependimento — não incentivar o empreendedorismo e estimular o assistencialismo, é um bom exemplo.

Voltando ao Morro, ou melhor, à Falésia do Careca, é mais que um símbolo, mais que uma analogia, está se transformando no verdadeiro raio-x da nossa terra. Olhemos para o Morro do Careca e lá está um resumo do nosso Estado de calamidade.

Deixar de construir um Estado de desenvolvimento é uma coisa. Assistir à deterioração de um presente dado por Deus, esculpido pela natureza, é outra bem diferente. A prefeitura já tem os recursos para executar a obra de engorda que resolveria o problema, mas falta a licença do IDEMA. A draga já está ancorada em nosso porto, mas falta o governo liberar a licença.

Já ouviu falar no Cristo Redentor caindo aos pedaços? Ou no Pão de Açúcar? Ou no Elevador Lacerda em Salvador? Não, você nunca vai ver nem ouvir isso. Os governos, por piores que sejam, preservam seus símbolos.

Será que já estamos vivendo num Estado de decomposição?

Marcus Aragão
@aragao01

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade
A- A+

ARTIGO: Nossas praias, a Via Costeira e o bunda-lê-lê. Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 07/07/23.

Nossas praias estão impróprias para o banho, impróprias para o turismo, impróprias para os natalenses.

Durante muito tempo fomos conhecidos em todo o Brasil pelas belezas das nossas praias. A questão é que até o morro está careca de saber que isso está mudando. Se antes os turistas se sentiam atraídos pelas nossas praias, hoje eles se sentem traídos.

— Até tu, Ponta Negra?

Se em Recife precisamos ter cuidado com os tubarões, aqui em Natal a atenção é com ratos, baratas e bocas de lobo. Quem começa a andar pela nossa orla tem que ter cuidado onde pisa. A eterna falta de uma urbanização racional infestou nossas praias com barracas e ambulantes que, pela falta de higiene, atraem ratos e outras pragas, tornando-se alvo involuntário de pisadas distraídas. Fique atento. Banheiros imundos, assaltos frequentes e lixo nas calçadas compõem esse cenário de purgatório — e o inferno é logo ali.

Segundo o presidente da ABIH, o risco do turista ser assaltado é de 90%. A falta de policiamento ostensivo e o domínio da cidade pelas facções estão tornando a vida na cidade do sol um inferno de Dante. Os 10% que não foram assaltados pelos bandidos não resistirão aos preços extorsivos cobrados pelas barracas. Sem falar na prostituição que compõe o cardápio alternativo da orla.

— A boca de lobo é o ânus da cidade.

Um cano enorme que defeca literalmente toneladas de fezes em nossas praias ao ar livre, sem nenhum pudor, para todos assistirem incrédulos esse espetáculo bizarro. Quantas bactérias essa imundície não traz em seu córrego? Se a “boca de lobo” é o ânus, nossa orla é um imenso rego? A “língua preta” é a diarréia da cidade. Quantas crianças, idosos, pais de família e ainda a vida marinha são infectados através dessa imundície? E o pior, temos várias “bocas de lobo” em nossas praias. Se o turista europeu já fica constrangido quando percebe um cachorro fazendo o que o gato enterra em via pública, imaginemos o que não pensa quando se depara com todo o potencial de uma “boca de lobo”. É a cidade fazendo bunda-lê-lê para o turismo.

Se o turista escapou dos perigos do calçadão, conseguiu não ser fisgado pelos preços das barracas, desviou as bocas de lobo na areia e resolve dar um mergulho, percebe que está bem no meio do bojo dos problemas. Os relatórios de balneabilidade constantemente apontam a presença de coliformes fecais, ou agora chamados de “termotolerantes”s, em uma presença bem elevada, tornando impróprio entrar na água. Teríamos que substituir o Morro do Careca por uma pastilha sanitária gigante?

A situação do turista é realmente preocupante. Porém, a diferença é que seus problemas se acabam quando ele vai embora. Certamente, a melhor parte da viagem, ou pelo menos a mais segura, é o retorno para casa. Ele está livre. Não precisa dar ouvidos ao canto da sereia dos políticos locais que prometem e nunca resolveram essa questão.

Se para o turista não está fácil, imagine para nós, natalenses, que não temos para onde escapar? O turista, que tem menos, tem mais do que a gente. Aliás, ele ainda tem um direito extra que nos é negado — usufruir da Via Costeira. Podemos passear de carro e de bicicleta, liberam para correr e andar, mas não podemos ficar nem estacionar. Nascemos aqui, mas não é permitido usar a praia que Deus nos deu. A maior faixa litorânea da cidade — é só para as visitas.

Fazendo uma comparação da Via Costeira com uma casa, é como se não nos deixassem jantar na sala. Só podemos fazer as refeições na cozinha — só que somos os donos da casa.

A Via Costeira é admirada por todos, mas usufruída por bem poucos. O pernambucano pode desfrutar tranquilamente, basta se hospedar nos hotéis. O baiano da mesma forma. O capixaba, idem. O gaúcho e o alagoano, também. Enfim, só quem não pode somos nós — os nativos. Afinal, não vamos nos hospedar nos hotéis em nossa própria cidade. Queremos morar com vista para o mar, entendeu? Por que não?

Meu leitor ecochato, não fique verde de raiva, pois não defendo acabar com o meio ambiente. É possível conciliar e planejar com sabedoria. Maceió errou? João Pessoa errou? Claro que não. Ah, quer dizer que temos leis arcaicas? Vamos fazer novas leis para um novo tempo.

Já foi um grande passo a implantação do novo plano diretor que melhorou a situação das edificações em diversos pontos de nossa cidade e na Via Costeira. Excelente, mas, por enquanto, ainda está no papel — é preciso que comecemos a construir. A população não pode esperar ainda mais. Quase 40 anos não foram suficientes?

Fiz o artigo em 2020: “Por que a Via Costeira não é sua?”. Foi realmente um recorde de acessos e compartilhamentos. Fiquei feliz com a repercussão, mas nada comparável à alegria que terei em escrever o artigo comemorando a entrega da Via Costeira ao povo de Natal.

Para não me alongar muito, já vou terminando esse giro pelas praias, passando pelo Forte e indo para a Ribeira. Tenho acompanhado com otimismo as iniciativas da prefeitura para resgatar esse importante bairro. Vamos ver se é para inglês ver ou se é para nossa gente viver. Espero que sim. Quem sabe essa onda de mudança começa pela Ribeira e vai desaguar no mar — trazendo de volta nossas praias! Quando esse dia chegar, bastará um mergulho para lavar a alma de todos nós.
 

Marcus Aragão
Instagram @aragao01

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade
A- A+

ARTIGO: Dia das Mães sem minha Mãe. Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 12/05/24.

Quinta-feira, ao entrar em um edifício comercial, mais uma vez, meu olhar foi fisgado por uma senhora que parecia minha mãe. Ela não olhava para mim, sua nuca olhava. Seu corte de cabelo lembrava o da minha mãe. Suspirei triste na iminência de ver seu rosto para saber que não é minha mãe. Mesmo sabendo que ela se foi há 4 anos, sempre sigo com o olhar para comprovar.

Muito frequentemente estou caminhando pelos shoppings, supermercados ou outros lugares que ela gostava de ir e me deparo com alguma mulher que lembre ela. Pode ser o corte de cabelo, a roupa, o andar, qualquer coisa serve. Isso ocorre com mais frequência do que gostaria porque sempre vem seguido de uma esperada tristeza.

Acontece que quinta-feira, decidi que não seria assim. Desviei o olhar para viver aquela breve esperança um pouquinho que fosse. Comecei a pensar, me permiti imaginar que era ela mesma.

— Mãe!!! Que saudade! Como sinto sua falta!

E antes que ela pudesse responder, já lhe daria muitos abraços e beijos, como a gente sempre gostava. Levaria para passear na praia, pois ela também gostava muito de olhar o mar; tomaríamos sorvete, regaríamos suas plantas e assistiríamos TV juntos, como muito fizemos. Conversaríamos sobre a família, trabalho e ela me daria seus conselhos. Sempre conversamos sobre tudo — tudo mesmo.

Antes dela partir, pediria perdão por não ter passado mais tempo com ela. Afinal, todo o tempo do mundo ainda teria sido pouco. Também agradeceria, pois quase tudo de bom que tenho foi ela quem incutiu na minha cabeça. Inclusive, quando ainda tinha 06 anos, que eu sabia escrever bem.

Bem, esse foi um sonho que gostaria de ter realizado na quinta-feira. Você, que ainda vive o sonho real que é ter uma mãe, aproveite muito. Não se sabe até quando terá esse privilégio e não imagina mesmo o vazio, o vácuo eterno que ficará na sua ausência.

Se todos que estão lendo o artigo dessem um abraço em suas mães e passassem mais tempo com elas, me sentiria mais aliviado — Sim, digo aliviado porque todos esses abraços somados ainda seriam uma fração do que eu gostaria de poder dar.

Aproveitem o Dia das Mães.

Marcus Aragão
@aragao01

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade
A- A+

ARTIGO: Padre Júlio — o pecador. Por Marcus Aragão

POSTADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO BG EM 05/06/22.

Naquele tempo a Igreja Católica adotou o celibato dos padres e freiras para defender seu patrimônio. Não casava bem o sacerdócio com herdeiros brigando pelo patrimônio do padre. Isto é, o patrimônio da Igreja — era a Idade Média. Foi aí que começou, Deus me perdoe, o inferno dos padres.

Durante o papado de Gregório VII, em 1075, o clero foi obrigado ao celibato. Vejam que foi mais de 1000 anos depois de Cristo. Essa ideia não partiu de Jesus. Hoje em dia, continua na mesma ladainha, apesar de que muito se superou dos absurdos da Idade Média. Um bom exemplo foi o fim da venda de indulgências, ou o perdão divino a quem pagasse por isso. Graças a Deus, acabou. As missas em latim, também. Mas o celibato continua.

A manutenção de algo tão fora de contexto pode trazer, e tem trazido inúmeros problemas. Pedofilia, relações clandestinas com homens ou mulheres e muita repressão para não aceitar a maçã da eva. Ou de Adão.

— Se você ainda vai continuar a leitura deste artigo, reze 10 ave-marias e 10 pai-nossos.

Essa semana tivemos a vida do Pe. Júlio devassada nas redes sociais e antissociais. Pegaram o Júlio para Cristo. Mas o Júlio é humano e, como tal, erra. E é lógico que errou. Afinal, o adultério é um dos pecados mortais, porém, cabível de perdão se o arrependimento é genuíno. Vejam agora a ironia do destino. Particularmente, não conheço o Pe. Júlio, mas sei que todo padre atende fiéis que querem se confessar. Todos nós precisamos de uma segunda chance. Nos confessar, receber a penitência e voltar a vida com esperança de sermos pessoas melhores. Quem vai perdoar os pecados do Pe. Júlio se a arquidiocese e a sociedade já condenaram à fogueira?

— Senhor, tende piedade de nós.

A igreja não evoluiu quando Papa Francisco, em 2018, disse que padres gays devem largar o sacerdócio. O médico gay salva sua vida; o engenheiro gay constrói sua casa; o professor gay ensina sua profissão, mas o padre não pode ser homossexual nem hétero. Não pode ser nada. Deve ser um inferno mesmo.

— Vamos rezar a oração que o Senhor nos ensinou.

Viu? Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido. As partes envolvidas devem pensar em perdoar. É nosso dever e nossa salvação! Por isso, peço aos mais exaltados que guardem a tocha acessa, pois não vamos ter caça às bruxas. O nosso coração está em Deus.

— O amor de Cristo nos uniu.

Agora, tentando amar o próximo como a si mesmo, pergunto-me quem pode perdoar o Pe. Júlio por ter caído em tantas tentações? Antes, gostaria que o padre perdoasse a Igreja por insistir no celibato e em pensamentos vigentes da Idade Média e que perdoasse também a todos nós que expomos sua vida nas mídias.

— Aquele que não tem pecado que atire a primeira pedra.

Após esse momento de fraternidade em que perdoaremos uns aos outros, rogo a Deus que tenha compaixão de nós, perdoe nossos pecados e nos conduza a vida eterna. Amém.

— Vamos em paz e que o senhor nos acompanhe.

Marcus Aragão
Instagram @aragao01

Comentários (0)

Nenhum comentário recente.

Compartilhar artigo:
Publicidade