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Tarifaço de Trump? E o Tarifaço no RN? Por Aragão.

Sergipe, o menor estado do Brasil, tem três distribuidoras de energia elétrica e paga uma tarifa bem menor que a nossa: R$ 0,666. Já a Neoenergia Cosern, que detém sozinha a distribuição de energia no RN, cobra uma das tarifas mais altas do país: R$ 0,744 por kWh (valor base, sem impostos) — Que tarifaço!

Em Santa Catarina, com aproximadamente o dobro da nossa população e 26 distribuidoras, a tarifa parte de R$ 0,468. No Rio Grande do Sul, com 19 empresas, começa em R$ 0,413. Até mesmo a Paraíba, com apenas uma distribuidora, cobra menos: R$ 0,588.

— Por que temos que perder sempre?

Não conseguimos atrair indústrias que poderiam reduzir o desemprego e gerar renda. Nossas escolas seguem com estrutura defasada, professores que se desdobram para ensinar e alunos enfrentando uma realidade sem perspectiva. A insegurança se espalha pelos bairros, com facções disputando território à luz do dia. O Estado já não dita regras — apenas assiste ao avanço do medo.

— E quando pensamos que não dá pra piorar, vem aí a renovação do monopólio.

O Governo do Estado demonstra interesse em renovar, com dois anos de antecedência, a concessão federal que garante o monopólio da Cosern por mais três décadas. O contrato atual só vence em 2027, mas uma antecipação garante uma contrapartida estimada em quase R$ 2 bilhões. Será esse movimento eleitoreiro? O objetivo seria influenciar as eleições para o Senado e Governo com esse recurso?

O RN vem se transformando num estado cada vez mais hostil. A economia, a saúde, a segurança e a educação falam por si. Mas essa hostilidade parece seletiva. Uma empresa gigante, como a Cosern, segue com o privilegio do monopólio, enquanto a população segue pagando a conta.

Comentários (7)

Franciedny Valentim 11 abr 2025

É realmente um absurdo o que vivenciamos no RN. Um dos estados mais ricos em energia renovável do nordeste. O monopólio do setor pela COSERN e a ganância dos nossos governantes em querer taxar cada vez mais o trabalhador e as empresas. Causando um rastro de má gestão e corrupção que se alastrarão por décadas.

Orlando 10 abr 2025

Só o quê esse governo faz é taxar,mais não quer ser taxado

Orlando 10 abr 2025

Segundo estudos o RN é o terceiro estado mais rico da região e quê vemos é miséria,tanto imposto e não vemos resultados pra população

Carlos Sena 08 abr 2025

Obrigado, Marcus Aragão, por transmitir para todos nós, o resumo do que há anos nosso Estado perde, para demais Estados. Até quando, RN????

de Fátima veras 08 abr 2025

A mais ,só temos o q é desfavorável à população!

Joan 08 abr 2025

E o tarifaco do fracassado Haddad?

Marília 08 abr 2025

👏👏👏👏👏👏

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Monopólio da Cosern — Quem paga a conta? Você. Por Aragão.

— O RN paga caro. E paga calado.

Atualmente, a tarifa base residencial no RN é de R$ 0,744 por kWh (sem impostos), uma das mais altas do país. Veja alguns exemplos de Estados onde existe mais de uma distribuidora de energia elétrica.

•Paraná, com 5 distribuidoras, tem tarifa a partir de R$ 0,520.

•Santa Catarina, com 26 distribuidoras, oferece tarifas que chegam a R$ 0,468.

•Rio Grande do Sul, com 19 distribuidoras, tem tarifas desde R$ 0,413.

•São Paulo, com 19 distribuidoras, parte de R$ 0,604.

•Minas Gerais, com 3 distribuidoras, chega a R$ 0,578.

•Espírito Santo, com 2 distribuidoras, inicia em R$ 0,641.

•Sergipe tem 3 distribuidoras e a tarifa a partir de R$ 0,666.

A Paraíba, tem 1 distribuidora mas a tarifa é de apenas R$ 0,588 —  bem mais barata  que no RN.

Enquanto todos nós, cidadãos comuns, enfrentamos concorrência acirrada para vender nosso trabalho, nossas ideias ou nossos produtos, a Neoenergia Cosern navega tranquila num mar sem rivais. É a única distribuidora de energia do estado. Um monopólio que perdura e que vem cobrando uma das tarifas mais caras do país. 

Nosso estado tem o sol que brilha mais, tem o vento que sopra mais forte, tem um mar de ondas, tem empresas especializadas em eólica mas continuamos no escuro — na mão de uma única distribuidora de energia elétrica. 

— A livre concorrência vale para todos os setores mas não vale para energia elétrica no RN. 

E o governo do estado quer renovar esse monopólio por mais 30 anos.

Assim como as estradas não podem ser de nenhuma empresa privada, as redes de distribuição, os postes, os fios, também devem poder ser explorados por outras empresas privadas — Rateando os custos entre todas.

Até quando vamos aceitar que o desenvolvimento econômico do estado — principalmente para o setor produtivo — continue sendo sufocado por uma energia inacessível?

A Neoenergia COSERN não é culpada por ter o monopólio. Mas quem permite que isso continue… é.

Renovar essa concessão por mais 3 décadas sem discussão é apagar a luz da democracia e acender a vela da conveniência. 

— Precisamos de uma luz para essa situação.

Fonte: Site Aneel

Foto meramente ilustrativa: Site Neoenergia

Comentários (10)

Marcelo Correia 08 abr 2025

Marcus, Realmente a sua colocação está certissima, só descordo em um ponto, a Paraiba mesmo tendo apenas uma distribuidora o valor por KWH é menor. Assim entendo que o problema está na gestão do governo estadual e sua conhecida incompetência, infelizmente estamos refens de governantes que não tem interesse de fazer com que o estado do Rio Grande do Norte seja GRANDE como seu nome. É muita incompetência ao mesmo tempo.

Alexandre 08 abr 2025

Verdade, ótima reflexão. Ainda não tinha lido nada sobre isso.

Edmilson 07 abr 2025

Vamos acionar nossos representantes, deputados estaduais,federais e senadores para juntos discutirem essa renovação da concessão, convidando outras empresas a participarem da concorrência, abrindo esse monopólio.

Fláviob 07 abr 2025

E o pior é que se pagássemos caro por um bom serviço, ótimo. Mas o serviço da Cosern não é bom em termos de qualidade e pior ainda em termos de atendimento. Vários meios de atendimento que não se comunicam entre si, cada um com uma resposta para um problema

Flavio Lima 06 abr 2025

Está mais do que na hora dessa questão ser resolvida

Alex 06 abr 2025

Vergonhoso o que acontece no RN!

Matheus Aguiar 06 abr 2025

Muito obrigado pelos esclarecimentos. Nossa classe política nada faz.

Alex 06 abr 2025

Vergonhoso o que acontece no RN!

Romulo 06 abr 2025

Parabéns! Mais que pertinente… Além do óbvio - a já definida renovação desse monopólio obscuro, há que considerar também o menosprezo e descaso com os investidores e iniciativas solar e eólicas, visivelmente sendo expulsos para outras regiões!… bom dia!!

de Fátima veras 06 abr 2025

Mais um carimbo para o atraso!

A Júnior 06 abr 2025

Maravilhoso você ACENDER essa discursão pq eu soube que já estão com tudo pronto p renovar o contrato por mais 30 anos

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Autismo — O silêncio que a sociedade ainda não aprendeu a escutar. Por Aragão.

Tem gente que acha que inclusão é permitir que a criança autista fique na sala de aula. Mas inclusão de verdade é quando ela participa das brincadeiras, é chamada para as festas, cria laços. Quando não está apenas presente — mas pertence. E nisso, nossa sociedade ainda está reprovada.

Nas escolas, o maior desafio não é adaptar o conteúdo — é adaptar o coração. Mediadores que apenas acompanham tarefas e esquecem o afeto. Colegas que poderiam ser pontes, mas nunca foram ensinados a atravessar. E educadores que, por falta de formação adequada, seguem tratando o diferente como problema — e não como potência.

Enquanto isso, há crianças que voltam pra casa emocionalmente exaustas. Crianças que “não parecem autistas”, como se isso fosse elogio. Crianças que, para sobreviver, aprendem a mascarar seus sinais. E a sociedade, que não vê, também não entende. E quem não entende… exclui.

Capacidade eles tem de sobra — Elon Musk, o ator Antony Hopkins e a atriz Leticia Sabatella são apenas alguns nomes de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) que deram visibilidade a questão compartilhando suas experiências, ajudando a desmistificar o autismo e mostrando a diversidade de perfis dentro do espectro.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo possuem o distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a forma como o indivíduo se relaciona com o mundo ao seu redor.

Todo mês de abril, a sociedade se veste de azul. Monumentos são iluminados, campanhas surgem, frases bonitas se espalham pelas redes. Mas, passado o dia 2, o autismo muitas vezes volta a ser apenas um tema — e não uma causa. A verdadeira inclusão ainda caminha devagar. Se quisermos um mundo mais justo, precisamos parar de romantizar a inclusão e começar a praticá-la. Não em abril. Todos os dias. Começando pelos espaços onde tudo começa: as escolas. O futuro está lá. E ele pode ser mais azul — mas só se for mais humano.

Foto: Banco de imagens

Comentários (8)

Pollyanna 16 abr 2025

Belas palavras! Inclusão ainda tá muito longe de como deve ser. Mas como irmã atípica acredito em uma sociedade onde a inclusão seja praticada de fato. Onde ser “diferente” é normal!

Aragão 05 abr 2025

Muito obrigado por colaborar com o blog.

Maia 05 abr 2025

Ainda não temos as soluções definitivas, mas já temos as estatísticas… E elas são alarmantes! Precisamos além das pesquisas que vão desde a origem do seu desenvolvimento até o alívio e melhora dos sinais como suplementação e dietas, de uma agenda baseada na classificação… Tudo parece novo, mas não é! Apenas a “lupa científica” ainda não havia se debruçado sobre esses pacientes. Cabe a nós , sociedade, reforçar os elos que nos fizeram evoluir abraçados e assim colocar um sorriso em mais membros dela…

Debora Medeiros Dantas 05 abr 2025

Obrigada por da luz a voz a de tantas mães que vivem essa luta silenciosa.

Albanisa 04 abr 2025

Excelente alerta meu amigo. E a (ex)inclusão não acontece só com os autistas, mas também, com os síndromes de down e demais pessoas que apresentem qualquer diferença que fuja do padrão considerado "normal".

Aragão 05 abr 2025

Muito obrigado por colaborar com o blog.

Alexandre 04 abr 2025

Pura verdade. 👏👏👏👏👏👏

de Fátima veras 04 abr 2025

Tema,literalmente,descrito! A inclusão precisa ser PRATICADA !

Marília 04 abr 2025

👏👏👏👏👏👏

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Manual de Sobrevivência do WhatsApp — Como não ser chato! Por Aragão.

Cada vez mais pessoas usam o WhatsApp para resolver todos os assuntos. Trabalho, lazer, família… nossa vida passa pelo aplicativo. — O Brasil envia quatro vezes mais mensagens de voz do que qualquer outro país do mundo. Putz!. E ainda tem gente que não aprendeu a usar. Por isso, segue o guia definitivo. Afinal, o sol nasceu para todos — mas o bom senso, não.

1. Evite enviar áudios com mais de um minuto.

Tente ser objetivo. Grave no máximo 2 ou 3 áudios curtos. Ninguém gosta de receber uma sequência infinita de notificações. Não seja repetitivo nem prolixo — as pessoas têm mais o que fazer. 

2. “Bom dia” não é assunto.

Se for enviar, junte com o conteúdo principal. Ninguém está do seu lado para responder na hora. O receptor da mensagem vai ler quando puder. Forçar interação pode ser irritante.

3. Em ambientes públicos, use texto.

Ninguém quer ouvir o que você está ouvindo. Muito menos no ônibus, na cafeteria ou na recepção do consultório.

4. Mandou mensagem? Espere.

Se for urgente, ligue. Se não obtiver resposta, aguarde. Não mande uma enxurrada de áudios, mensagens ou interrogações cobrando retorno.

5. Não conhece a pessoa? Apresente-se.

“Olá, sou fulano de tal. Tenho seu contato por causa disso e gostaria de falar sobre aquilo.” Parece básico, mas tem gente que ignora.

6. Mantenha o foco nos grupos.

Se o grupo é sobre trabalho, evite piadas, memes ou vídeos aleatórios. Fale do que interessa.

7. “Pensamentos do dia” nem sempre iluminam.

Começar o dia com dezenas de imagens e mensagens pode ter o efeito oposto. Se gosta de enviar esse tipo de conteúdo, observe as reações — especialmente em grupos profissionais.

8. Não repasse tudo o que recebe.

Evite correntes, teorias conspiratórias e informações sem checar a veracidade. Você pode acabar sendo o chato ou, pior, o desinformado.

10. E por tudo que é mais sagrado… não abra o WhatsApp no trânsito.

É o fim do mundo ter que buzinar para a fila andar.

No fim, a regra é simples: — Se incomoda quando fazem com você, não faça com os outros.

Comentários (6)

Edmilson 03 abr 2025

Show👏👏👏👏👏

Clara Campos 03 abr 2025

Muito bom kkkkkkkk

de Fátima veras 03 abr 2025

👏👏👏👏👏excelente!😁😁😁😁

Fábio 03 abr 2025

Vou já enviar esse Manual para os grupos para ver se alguns começam a praticar.

Romulo 03 abr 2025

Perfeito.

Ricardo 03 abr 2025

Simplesmente brilhante. Claro e objetivo. De forma extremamente sutil, só faltou perguntar se não precisava desenhar ✍️ 😂😂

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PPA Participativo — A Prefeitura de Natal na palma da sua mão. Por Aragão.

Tem a hora de criticar e a hora de elogiar. Pois bem, nem sempre é fácil ver inovação em meio ao barulho da política. Mas, de vez em quando, algo realmente diferente acontece.

A Prefeitura do Natal acaba de lançar uma ferramenta inédita no Brasil: o PPA Participativo – Plano Natal Pra Frente via WhatsApp.

Parece simples — e é. E justamente por isso chama atenção.

Sem aplicativo, sem burocracia, sem consumo de dados móveis.

Qualquer pessoa, de qualquer lugar da cidade, com qualquer celular, pode dizer o que precisa, o que deseja, o que espera para o bairro onde vive.

E mais: essas respostas vão direto para o planejamento oficial da cidade.

Pelo WhatsApp, o cidadão responde perguntas curtas, como:

– Quais os problemas do seu bairro?

– O que pode melhorar em Natal?

A conversa é feita com inteligência artificial — mas não daquele tipo frio e mecânico.

O sistema foi programado para ser acessível, gentil e compreensível até para quem tem pouca familiaridade com tecnologia.

Tudo isso vai alimentar o novo Plano Plurianual da cidade (2026–2029), que define os rumos dos próximos anos em termos de obras, serviços e investimentos.

E o mais interessante: essa é só a primeira etapa.

A ideia é transformar o WhatsApp em um canal direto com o poder público: agendamento de exames, matrícula escolar, serviços urbanos, informações tributárias. Tudo sem fila, sem papel, sem espera.

Claro, não resolve tudo.

Mas aproxima. Simplifica. E começa a corrigir um dos maiores problemas da gestão pública: a distância. Falta muito para fazer em nossa cidade — mas me parece que Paulinho está no caminho certo.

Antes disso, Paulinho Freire zerou as filas nas creches.

Depois, reajustou o salário dos professores em 6,27%.

Agora, amplia a escuta e entrega um novo canal de participação cidadã.

Conheça PPA Participativo – Plano Natal Pra Frente via WhatsApp:

👉 https://scanned.page/67e6b8245844a

Estaremos acompanhando a implementação desse importante passo para ouvir o cidadão.

Comentários (8)

Edmilson 02 abr 2025

Por essas iniciativas e muitas outras que ainda estão por vir, que estamos satisfeitos em termos votado na continuação dos serviços que natal precisa. Tenho certeza se fosse aquela outra que não venceu a eleição nada disso estava acontecendo.

Camila Nunes 02 abr 2025

Uma bela iniciativa do Paulinho. Esperamos que funcione bem.

de Fátima veras 02 abr 2025

Excelente iniciativa! Comentário esclarecedor,como sempre.

Agostinho 02 abr 2025

Desde o início da sua gestão que Paulinho Freire vem mostrando porque veio. Várias ações já estão consolidadas, conforme Marcus Aragão mencionou acima. O seu modo de gestão vem surpreendendo pela agilidade e êxito das suas ações. Estou muito confiante que Natal voltará a brilhar como antes. Diga-se que o prefeito Álvaro tbm deixou a cidade a ponto de absorver as melhorias, e a sequência com Paulinho, teremos o crescimento e o desenvolvimento que Natal merece. Vamos todos cooperar e dar nossas sugestões, o prefeito está pedindo e é para nós.

AGOSTINHO 02 abr 2025

Desde o início que o prefeito Paulinho Freire vem mostrando por que veio. É notório o emprenho e as ações que, mesmo com pouco tempo, já aconteceram, como falou-se neste brilhante texto de Marcus Aragão. Com certeza estamos no caminho certo!

Albanisa 02 abr 2025

Iniciativa inovadora que eu farei questão de participar. E mais ainda de torcer para que Natal tenha resolução efetiva dos seus velhos problemas.

Joan 02 abr 2025

Paulinho Freire (quase o filosofo lixo Paulo Freire) esta fazendo um trabalho bom mesmo, porem, como sempre a classe esquerdista, principalmente dos professores, so sabe criticar. Gostei do aplicativo, so espero que tenham as respostas para a populacao.

Alex 02 abr 2025

Encheção de linguiça isso

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Márcio Rêgo é eleito presidente da Unimed Natal. Por Aragão.

A eleição desta segunda-feira entrou para a história da Unimed Natal. Com ampla participação, os cooperados escolheram a Chapa 2, liderada pelo médico Márcio Rêgo, para conduzir a cooperativa nos próximos anos.

Foi uma eleição histórica, marcada pelo engajamento, pela vontade de construir novos caminhos e pelo desejo legítimo de renovação.

Parabéns a todos os cooperados pela escolha consciente, pela serenidade e pela confiança no processo democrático.

Merece destaque o trabalho sensível e estratégico de Odemar e Erick, diretores da agência Execom, que souberam traduzir ideias em movimento com profissionalismo e respeito aos princípios cooperativistas. Sua condução ajudou a construir uma campanha ética, clara e profundamente conectada aos anseios dos cooperados.

Agora, a eleição termina — e começa um novo ciclo. Um ciclo que será construído por todos, independentemente de posição ou preferência. Porque a Unimed é uma só, e sua força está justamente na união.

 

Comentários (5)

Alex 01 abr 2025

Parabéns a nova diretoria, espero que o Dr Márcio Rêgo, melhore também a parte comercial, voltando a liberar as vendas para a faixa de 0 a 14 anos para equipe externa, os terceirizados!

Maria do Carmo 31 mar 2025

Parabéns!!!Sucessos!.

Glória 31 mar 2025

Chapa ética, unida e cristã,parabéns, mudança salutar

de Fátima veras 31 mar 2025

👏👏👏👏👏👏👏👏

Marília 31 mar 2025

Vitória merecida

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“Adolescência” não é uma série para entretenimento. É um alerta. Por Aragão.

A série britânica Adolescência, recém-lançada na Netflix, não é apenas uma produção impactante — é um soco no estômago. Em quatro episódios intensos, ela faz o que muitos pais, escolas e plataformas digitais têm falhado em fazer: mostrar a dor crua e silenciosa da juventude.

Jamie poderia ser brasileiro. Já tivemos nossos “Jamies” — meninos em silêncio, mergulhados em dor, empurrados para o fundo do poço sem que ninguém percebesse. A diferença? Aqui não virou roteiro.

O que assusta não é apenas o crime cometido. É tudo que veio antes.

É o menino que nunca aprendeu a lidar com frustração.

É o jovem que se isolou no quarto e encontrou companhia em fóruns que espalham ódio.

É o bullying que a escola não percebeu — ou fingiu não ver.

É o vício nas redes sociais, onde a vida parece um jogo de curtidas, comparações e filtros.

E, acima de tudo, é o silêncio. O silêncio dos pais, das escolas, da sociedade.

Aquele silêncio que disfarçamos com frases vazias como:

“Todo adolescente é assim.”

“É só uma fase.”

Mas a adolescência de hoje não é como a de ontem.

Eles não brincam mais na rua. Eles não se perdem mais no shopping.

Eles se perdem dentro do próprio quarto, diante de uma tela que nunca os abraça, mas que os prende.

Sozinhos, mas conectados — com o pior lado da internet.

Quantos pais sabem em que universo digital seus filhos estão imersos?

Quantos educadores sabem que tipo de conteúdo seus alunos consomem na madrugada?

Quantos de nós já percebeu que o adolescente calado da sala do lado pode estar gritando por dentro — e ninguém ouve?

A série é só um roteiro. Mas o enredo é real.

Talvez mais real do que gostaríamos de admitir.

Porque todos os sinais estavam lá. Mas ninguém quis ver.

Ou não teve tempo. Ou não teve preparo.

Ou acreditou na falácia mais perigosa da vida moderna: “meu filho está bem, sim. Ele não dá trabalho.”

É preciso abrir os olhos.

A dor dos jovens de hoje é profunda, silenciosa e altamente compartilhável.

Mas raramente escutada.

 

— E se o próximo adolescente perdido não for um personagem da Netflix, mas alguém da sua família?

Foto: Netflix/Divulgação.

Comentários (11)

Aldenize 31 mar 2025

Parabéns e excelente reflexão.

Felipe Alexandre Leite 31 mar 2025

Excelente 👏🏻👏🏻

Jane 31 mar 2025

Vc como sempre se superando👏👏👏vou procurar ver essa série

de Fátima veras 31 mar 2025

Mais cruel vdd!

Camila Medeiros 31 mar 2025

Já queria assistir, mas agora virou meta. Excelente análise.

Albanisa 31 mar 2025

A preocupação com"a geração do quarto" só aumenta. E os diagnósticos de transtornos mentais e emocionais também.

Romulo 31 mar 2025

Parabéns, excelente análise. Bom dia!

Marcos 31 mar 2025

👏👏👏👏👏👏

Marilia 31 mar 2025

Espetacular

Giovanna Sinedino 31 mar 2025

Análise perfeita, Marcus. Assisti há 1 semana e não paro de pensar no que deixei passar e até hoje não sei....

rodrigo 31 mar 2025

Parabéns grande reflexão

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Unimed — Pense no seu amanhã. Por Aragão.

Peço isso porque a gestão atual fez uma campanha como se não houvesse amanhã. Promoveu ataques gratuitos contra ex-presidentes, adotou narrativas agressivas e protagonizou uma tentativa de se manter no poder que causou surpresa dentro e fora da instituição — evidenciada quando ultrapassou os limites do razoável e proibiu alguns cooperados de votar. Todos foram atingidos por essa medida absurda, posteriormente revertida pela Justiça.

É bem verdade que a gestão atual construiu o hospital — o problema foi querer reconstruir o passado com uma narrativa inverídica de que Márcio Rêgo era contra sua construção. Nunca foi. Por zelo e cuidado, cumpria seu papel de coordenador do conselho fiscal.

Lembremos alguns pontos que a Deloitte evidenciou na auditoria sobre a construção do hospital:

— Falta de controle orçamentário detalhado e de justificativas para certos aditivos contratuais.

— Ausência de critérios objetivos para medições, resultando em avaliações subjetivas.

— Compras sem licitações, exigindo maior controle sobre cronograma e custos.

— Planejamento deficiente na aquisição de materiais, comprometendo a eficiência financeira.

— Não existia estudo de viabilidade. Só ficou pronto no último trimestre de 2024.

A gestão atual é honesta. Porém, ficou evidente que o problema foi de organização e planejamento. E esse pode ser o cerne da questão que explica outros problemas igualmente preocupantes. O market share da Unimed Natal caiu de 36,14% em 2020 para 29,72% em 2024. Isso não é narrativa, não é opinião — é um fato: a Unimed perdeu 12.086 usuários.

Por que a Unimed encolheu? E mais: por que, no mesmo período, a despesa administrativa saltou de 7,18% em relação ao faturamento para 9,5% em 2024? — em números absolutos, saiu de R$ 73.243.430,94 em 2020 para R$ 129.322.028,52 em 2024. A tentativa de continuidade de uma gestão marcada por perdas relevantes exige, no mínimo, uma reflexão séria por parte dos cooperados que irão votar nesta segunda (31).

— O passado te preocupa? Pense no seu amanhã.

— Será que algumas categorias tiveram seus honorários reajustados recentemente ou foram chamadas para conversar a respeito? — O cooperado sabe.

— O médico cooperado sabe que esperou oito (8) longos anos da gestão atual para ter a justa valorização e a redução dos custos administrativos. É justo receber novas promessas para atender antigas demandas? — É preciso mudar isso.

— Tudo tem limite. Mas os R$ 126 milhões de prejuízo da Unimed neste último mandato parecem extrapolar o razoável.

— A hora da verdade está chegando.

Chega de passado. — Amanhã há de ser outro dia.

Comentários (3)

Alex 30 mar 2025

E quem paga a conta disso também é o comercial, onde vendedores ficaram proibidos de vender para a faixa etária de 0 a 14 anos, isto é, só podemos vender para pessoas com 15 anos ou mais! A Unimed teve um salto com vendedores em vendas, aumentou o seu quadro e hoje, você diz que perdeu mais de 12 mil clientes? Bem, isso tbm acontece quando não valoriza o vendedor. Mas fazer o que, quando médicos vendo o sucesso de vendas e campanhas boas para incrementar as vendas e eles ficaram irritados com os ganhos financeiros dos vendedores!

José Ferreira 30 mar 2025

A Unimed precisa mudar urgentemente.

de Fátima veras 30 mar 2025

Hora de avaliar bem!!!

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A Ucrânia é aqui: Como a guerra das facções explode a paz no RN. Por Aragão.

Não é Kiev, é Mãe Luiza.

Não é Donetsk, é Paço da Pátria.

Não é Mariupol, é Quintas, Felipe Camarão, Guarapes.

Nossa guerra de cada dia não aparece em rede nacional. Nem Putin, nem Zelensky querem nossa cidade, nosso estado — mas nós queremos. E o que vemos são ruas tomadas, escolas fechadas, famílias fugindo, bairros sitiados. Pessoas estão tombando, vítimas de uma violência atroz, perpetrada por duas grandes facções, Comando Vermelho e Sindicato do Crime, que disputam território, impõem regras e estabelecem o medo como método.

E uma população que, sem perceber, vai se acostumando à presença da guerra como se ela fosse apenas mais uma camada do cotidiano.

A diferença entre uma guerra internacional e a que se trava aqui é que lá há câmeras e cobertura ao vivo. Aqui, há silêncio. Um silêncio conveniente para quem governa, mas ensurdecedor para quem vive sob o medo. A taxa de homicídios cresceu 24%, e os casos envolvendo intervenção policial, 40%.

Enquanto o Brasil se indigna com os mísseis russos, crianças da zona Oeste de Natal crescem ouvindo o estalo dos fuzis como trilha sonora. Enquanto jornais narram, com detalhes, o avanço dos tanques em solo europeu, nossos becos, vielas e bairros inteiros já foram ocupados — só que sem repórteres, sem mapas, sem atenção.

O Estado já não consegue conter a onda de violência. Ela é regulada pelas próprias facções. Há locais em que se comete — ou se proíbe — crimes por ordem do tráfico. E o mais grave: enquanto nos acostumamos com essa realidade, a autoridade se inverte. Quem dita a lei não é mais a Constituição, mas o “salve” da comunidade.

Não se trata apenas de segurança pública. Trata-se de soberania. De dignidade. De cidadania.

É a democracia sendo fatiada, rua por rua, até que reste muito pouco dela nas áreas onde o Estado não pisa mais.

— Tá tudo dominado.

Foto: Jean Catuffe/Getty Images

 

Comentários (8)

Flávio R Sousa 30 mar 2025

Mais um texto cirúrgico, indo no cerne da questão. Tudo isso embaixo do nosso nariz e começamos a achar normal. Precisamos fazer algo

Marcelo Barbosa 29 mar 2025

E a propagando do Governo é que a criminalidade diminuiu e muito

Paulo Cortes 29 mar 2025

A questão da segurança pública deveria ser uma das prioridades do governo. Entretanto, parece que andamos para trás.

O observador 29 mar 2025

Texto perfeito. Lamentável a situação que nosso estado se encontra.

Albanisa 29 mar 2025

Hoje o seu artigo merece um "EITA! PORRA", assim mesmo em letras garrafais tamanha é a nossa indignação com o domínio das facções no Brasil. É inconcebível o que vem acontecendo, anualmente, na data de 27 de março. A população acuada aguardando a queima de fogos que anunciam, não a chegada de mais um ano novo, mas sim o quanto estamos dominados pelos bandidos.

Marília 29 mar 2025

👏👏👏👏👏👏

Carlos Sena 29 mar 2025

Já estamos tão acostumados com esse PODER das facções, que parece normal, onde nem cobramos mais.de nossos políticos. Toca da Raposa, Rocas e tantos outros não podemos passar em certas ruas sem acender a luz interna e desligar os faróis. Não é problema na polícia, mas nas políticas públicas, legisladas por nossos políticos.

de Fátima veras 29 mar 2025

Nossa realidade descrita c perfeição!

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O Homem Performático. Por Fernando Rocha.

Arthur Schopenhauer (1788-1860) acreditava que a verdadeira individualidade era uma dádiva rara. Para ele, a maioria das pessoas não passava de meros repetidores, encaixados em categorias previsíveis, reféns de hábitos triviais e pensamentos padronizados. Suas vontades não eram próprias, mas sim reflexos do coletivo, como se a vida fosse um grande palco onde todos atuam conforme o roteiro já escrito por outros. O que ele talvez não tenha previsto é que, mais de um século depois, essa tendência à repetição se tornaria ainda mais radical – não apenas uma característica natural do homem, mas uma exigência imposta pelo mundo digital e pela lógica produtivista da contemporaneidade.

Byung-Chul Han, em sua crítica à sociedade do desempenho, aponta como o homem moderno é forçado a ser não apenas produtivo, mas um produto em si. Se antes o capitalismo exigia corpos que trabalhavam exaustivamente, agora ele exige corpos que se exibam, que se vendam como marcas pessoais, que monetizem sua própria existência. O ser humano não precisa apenas ser eficiente, ele precisa parecer eficiente. Não basta viver, é necessário demonstrar que se vive – e bem. É a era do espetáculo total.

As redes sociais, com suas câmeras sempre ligadas, transformaram o cotidiano em um reality show sem roteiro, mas com regras invisíveis e rígidas. O sorriso precisa ser perfeito, os dentes brancos como os dos influenciadores, a pele polida, os ângulos estudados. Até mesmo a tristeza precisa ser performada de maneira esteticamente aceitável. Não basta sofrer, é necessário sofrer de forma instagramável. A espontaneidade deu lugar à coreografia ensaiada; a autenticidade cedeu espaço à simulação de autenticidade. Não se trata mais de ser, mas de parecer ser. E, para isso, há um manual implícito: os mesmos filtros, as mesmas legendas motivacionais, os mesmos trejeitos nas danças virais.

A vida real foi substituída por um teatro digital onde todos desempenham papéis que não criaram, mas que precisam interpretar para serem aceitos. A estética dos corpos agora é forjada em clínicas de harmonização facial, criando rostos uniformes, bocas idênticas, expressões esculpidas para caberem nos moldes de um ideal que sequer foi escolhido conscientemente. O mundo digital se tornou a verdadeira realidade, e a vida offline, uma mera preparação para ele.

O que resta do humano quando ele se transforma em um avatar de si mesmo? Quando cada momento é vivido com a consciência de que pode ser filmado, editado, analisado, curtido ou rejeitado? Quando cada emoção precisa ser modulada para caber na expectativa do público invisível que habita o outro lado da tela? O homem performático deixou de ser sujeito para se tornar personagem. Não mais um ser único, mas um fragmento repetido, um eco incessante daquilo que já foi visto antes.

Talvez Schopenhauer estivesse certo ao dizer que poucos realmente possuem individualidade. Mas o que ele não poderia imaginar é que, no futuro, essa falta de singularidade não seria apenas um traço da natureza humana – seria uma obrigação social.

Fernando Rocha de Andrade.
Procurador da República e Mestre em Direito Internacional.

 

Comentários (7)

Flávio R Sousa 30 mar 2025

Triste, mas real. Falta de consciência individual,

Rildete 29 mar 2025

Quando professora, hj eu com 75 anos já dizia: a prova é ondividual e a vida tb.

Raquel Medeiros 29 mar 2025

Excelente texto que nos faz refletir exatamente sobre o que vivemos hoje. Essa necessidade de ser validado pelo outro, é que causa grande sofrimento. A essência do ser humano está se perdendo, a partir do momento que a preocupação gira em torno do que se aparenta ser ao invés do que se realmente é.

Maria Felicia 29 mar 2025

Perfeito! Muito atual!

Gleidson 29 mar 2025

Muito bom!

Felicia Carlos Felicia 29 mar 2025

Perfeito! O que vivemos hoje!

Maria de Fátima 29 mar 2025

Uma lamentável constatação! Sensacional!

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